quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Entomologia


Sobretudo em virtude de sua nocividade, os insetos são mais importantes para a sobrevivência do homem do que qualquer outro grupo do reino animal.
Estudo científico dos insetos, a entomologia tem como objeto a maior classe animal existente, com aproximadamente 700.000 espécies conhecidas e talvez outras tantas ainda não registradas pela ciência.
Segundo o modo pelo qual se estudam os insetos, a entomologia divide-se em pura e aplicada (ou econômica); nessa última se inclui o estudo das espécies daninhas e das úteis. Os insetos daninhos podem causar prejuízos à economia, atacando plantas cultivadas, animais domésticos e o próprio homem, diretamente ou como vetores de germes patogênicos; os insetos úteis são os que produzem o mel, a cera, os fios de seda, os materiais corantes e os que se empregam no combate às pragas. Encarada desses diferentes ângulos, a entomologia econômica pode ser subdividida em entomologia agrícola, que abrange o controle biológico e a toxicologia dos inseticidas, em entomologia médica e veterinária, em apicultura e em sericicultura. Há ainda estudos de pesquisa pura, que buscam a aquisição de informações básicas sobre os insetos e seus ciclos vitais.
Aristóteles, no século IV a.C., estudou os insetos e observou que têm o corpo dividido (cortado) em três seções. Dessa noção de corte deriva a palavra éntoma, "inseto", da qual a ciência recebeu seu nome. Aristóteles descreveu muitos aspectos da história natural dos insetos, que ficaram ignorados até 1602, quando o italiano Ulisse Aldrovandi publicou o importante tratado De animalibus insectis... (Tratado dos insetos). O advento do microscópio, em meados do século XVII, permitiu muitas descobertas sobre a anatomia dos insetos. No século XVIII teve início a moderna classificação desses animais. Um marco importante foi Mémoires pour servir à l'histoire des insectes (Notas sobre a biologia dos insetos), do biólogo francês René Antoine Feachault de Réaumur, cujo primeiro volume surgiu em 1734. Lineu foi o primeiro a aplicar a nomenclatura binominal aos animais, em seu Systema naturae, que simplificou a nascente nomenclatura das espécies entomológicas.
Boa parte da entomologia moderna está ainda no estágio descritivo da taxionomia; mesmo em grupos já bastante estudados, como borboletas e mariposas (Lepidoptera), continuamente se descobrem novas espécies. Muitas vezes é extremamente difícil identificar as várias fases da vida de grupos de insetos que apresentam metamorfose completa, ou seja, uma profunda mudança estrutural, da larva ao adulto.
Em geral se conhece melhor a biologia de um inseto nocivo importante do que a de outros membros da mesma família mais obscuros e menos predadores. Órgãos governamentais de agricultura, por meio de universidades e centros de pesquisas, investem recursos apreciáveis no estudo dos insetos nocivos, a fim de determinar os melhores meios de controle.
Abelha; Apicultura; Bicho-da-seda; Borboletas e    mariposas; Formiga; Insetos; Praga (agricultura)
©Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda.

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