sábado, 31 de maio de 2014

Tratamento para mulheres com câncer de mama preserva fertilidade

Mulheres visitam exposição em fundação contra o câncer de mama em Demarest, Nova Jersey
Um novo tratamento hormonal ajudou mulheres que sofrem de câncer de mama a preservar melhor sua fertilidade durante a quimioterapia, revela um estudo divulgado nesta sexta-feira, no primeiro dia da conferência anual da American Society of Clinical Oncology (ASCO), em Chicago.

A quimioterapia traz, entre outros efeitos, um importante risco de provocar uma insuficiência ovariana, ao reduzir a quantidade e a qualidade dos óvulos.
O estudo clínico - de fase 3 - revela que uma injeção mensal de goserelina (Zoladex) durante a quimioterapia reduz em 64% o risco de falha dos ovários.
Ao bloquear a produção dos estrógenos, o tratamento provoca uma menopausa temporária e preserva muito melhor a fertilidade da paciente.
Apenas 8% das mulheres que receberam uma injeção mensal deste hormônio apresentaram falha ovariana, contra 22% do grupo-controle.
As pacientes submetidas ao tratamento com goserelina também tiveram duas vezes mais possibilidades de desenvolver uma gravidez normal após concluir a quimioterapia em relação ao grupo que não recebeu o tratamento hormonal, segundo os pesquisadores.
"Preservar sua fertilidade é um objetivo e uma preocupação importante para as jovens mulheres diagnosticadas com câncer de mama e os resultados deste teste clínico oferecem uma alternativa simples e nova, que poderá ser aplicada a outros tipos de câncer", destacou a doutora Halle Moore, principal autora do estudo .
"Não apenas a goserelina se revela muito segura, como também é eficaz na medida em que o tratamento aumenta a probabilidade de gravidez e de dar à luz um bebê saudável após a quimioterapia".
A pesquisa revelou ainda que as pacientes tratadas com goserelina têm 50% mais possibilidades de estar com vida quatro anos após o diagnóstico em relação ao grupo-controle.
O estudo analisou 257 mulheres ainda não menopáusicas com câncer de mama e receptores hormonais negativos.Fonte: Yahoo Notícias

Médicos chineses implantam ossos fabricados com impressora em 3D

Pequim, 31 mai (EFE).- Uma equipe de médicos do Hospital Xijing, que pertence ao exército da China, conseguiu implantar em três pacientes próteses de titânio que reproduzem ossos com a nova tecnologia de impressão em 3D, informou neste sábado a imprensa oficial.

Nas cirurgias, que aconteceram na cidade de Xian, foram extraídos ossos afetados por tumores cancerígenos que foram substituídos pelas próteses impressas.
O especialista em ortopedia Guo Zheng, que dirigiu as intervenções, explicou que as operações conseguira resolver um problema, o da substituição de ossos afetados por tumores, o que difícil com as próteses convencionais, pois elas com frequência não se adaptam a este tipo de paciente.
Os pacientes estão se recuperando satisfatoriamente após as cirurgias, mais de dois meses após terem recebido os implantes, destacou Guo.
Pesquisadores chineses em Medicina querem também construir órgãos com a técnica de impressão 3D. Ano passado especialistas da Universidade Huazhong, da província oriental de Zhejiang, afirmaram ter conseguido "criar" protótipos de rins humanos com esta nova tecnologia. EFE Fonte: Yahoo Notícias

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Para especialista, América Latina deve mudar modelo de produção agrícola

Agricultor trabalha em fazenda na cidade baiana de Acajutiba, em 18 de fevereiro de 2014
O modelo de agricultura praticado na América Latina "está se esgotando" e deve se adaptar às necessidades atuais para poder se tornar um celeiro gigante do mundo, advertiu nesta segunda-feira o diretor-geral do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), Victor Villalobos.
"Não podemos continuar com a agricultura que estamos praticando até agora (...) Estamos na fronteira de uma agricultura que está se esgotando", disse Villalobos, em Brasília, em entrevista com correspondentes estrangeiros, coincidindo com os 50 anos do IICA no Brasil e 71 de sua fundação.
Em menos de 50 anos, no século XX, a agricultura latino-americana teve um crescimento explosivo, graças a uma revolução tecnológica da agricultura tropical, mas também com um grande custo ambiental: uso elevado de agroquímicos, consumo d'água e destruição de florestas.
"Não vai ser possível continuar produzindo ou dobrar a produção - para atender às necessidades do planeta - a estes altos custos (ambientais), porque não há água, não se pode continuar avançando indiscriminadamente sobre as florestas, e temos os imponderáveis da mudança climática, que já é uma realidade e para a qual temos que nos preparar", afirmou.
"O continente americano é o que está mais bem preparado para ser um provedor cada vez maior de alimentos para a humanidade", porque dispõe de 36% da água doce do mundo, espaço para expandir sua agricultura de forma sustentável e grande diversidade genética, pois é origem de cultivos e alimentos importantes no planeta, concluiu. Fonte: Yahoo Notícias

domingo, 25 de maio de 2014

Descoberta proteína para potencial vacina contra malária

Um número crescente de americanos são céticos em relação às vacinas, por acreditarem que a natureza é suficiente para combater as doenças
Cientistas americanos descobriram uma proteína que gera anticorpos e pode ajudar a prevenir a multiplicação de parasitas da malária, abrindo caminho para uma vacina em potencial, segundo estudo publicado nesta quinta-feira.

Essa proteína pode ajudar os cientistas em suas pesquisas na luta contra as formas mais severas da malária, uma doença que mata mais de 600.000 pessoas todos os anos, particularmente crianças pequenas na África subsaariana.
Denominada de PfSEA-1, a proteína, cuja presença semeia a formação de anticorpos, foi associada à diminuição no número de parasitas em algumas crianças e adultos da África, onde a malária é endêmica, segundo estudo publicado na revista científica americana Science.
Camundongos expostos à proteína em uma vacina demonstraram redução nos níveis de parasitas em seu sangue.
A descoberta da proteína pode se somar a um grupo limitado de antígenos utilizados em vacinas potenciais contra a malária, afirmaram cientistas que conduziram o estudo no Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas.
Os anticorpos gerados pela proteína detêm o parasita da malária, pois vão abandonando um glóbulo vermelho para invadir outro, prevenindo que se multiplique.
As populações que vivem em áreas onde a malária é comum costumam desenvolver respostas imunológicas naturais que limitam o número de parasitas no sangue e previnem febre alta e sintomas severos.
Os cientistas basearam seu estudo em amostras de sangue de crianças de dois anos, provenientes da Tanzânia, e que eram resistentes ou suscetíveis à malária. Fonte: Yahoo Noticias

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Estudo alerta para mau uso de dupla mastectomia no câncer de mama

A afegã Bassira, 38 anos, diagnosticada com câncer de mama, conversa com médicas em hospital de Herat, em 2 de abril de 2014
Mulheres diagnosticadas com câncer em uma das mamas costumam se confrontar com a difícil decisão de se devem remover ambas e um estudo publicado nesta quarta-feira mostrou que as mastectomias duplas podem ser realizadas com frequência demais.
A cirurgia não aumenta a sobrevivência na maior parte das mulheres e é tipicamente recomendada para cerca de 10% daquelas consideradas com alto risco de desenvolver o câncer de mama.
Das mulheres que se submeteram à cirurgia para remover a mama saudável, 69% não apresentavam grandes fatores de risco familiares ou genéticos, destacou o estudo, publicado no Jornal da Associação Médica Americana.
Enquanto isso, apenas um quarto das mulheres que correm um risco maior de desenvolver câncer no futuro tiveram a recomendação de remover as duas mamas, uma operação conhecida como mastectomia profilática contralateral.
Mulheres com algumas mutações nos genes BRCA1 e BRCA2 ou que têm um forte histórico familiar de câncer de mama costumam ser aconselhadas a remover as duas mamas após a doença ser diagnosticada em uma, para evitar a recorrência.
"As mulheres parecem estar se baseando em uma preocupação com a recorrência do câncer para optar pela mastectomia profilática contralateral", disse a principal autora do estudo, Sarah Hawley, professora associada de medicina interna da Escola Médica da Universidade de Michigan.
"Não faz sentido, porque ter uma mama não afetada removida não reduzirá o risco de recorrência na mama afetada", disse Hawley.
A pesquisa tomou como base uma amostra de 1.447 mulheres americanas, com média de 59 anos, que foram diagnosticadas com cânceres no estágio de 1 a 3 em uma das mamas.
Cerca de 8% das mulheres tiveram as duas mamas removidas, 35% tiveram apenas a mama afetada removida e quase 58% fizeram uma cirurgia de conservação da mama, na qual apenas o tumor é retirado.
Os cientistas descobriram que as mulheres com nível educacional mais elevado eram mais propensas a optar pela mastectomia profilática contralateral, e que o principal fator que pesou em sua decisão foi a preocupação de que a doença pudesse vir a aparecer na mama sadia. Fonte: Siga o Yahoo Notícias no Twitter e no Facebook 

terça-feira, 20 de maio de 2014

Cientistas descobrem porque azeite de oliva reduz pressão arterial

Azeite de oliva é produzido na cidade toscana de Montepuclciano, na Itália, em 6 de outubro de 2007
Ingerir gordura não saturada, como a contida no azeite de oliva, juntamente com vegetais de folhas verdes, entre outros, gera um tipo de ácido-graxo que reduz a pressão arterial, revelaram cientistas britânicos nesta segunda-feira.
O estudo com ratos de laboratório ajuda a entender trabalhos anteriores, segundo os quais a dieta mediterrânea combate a hipertensão, e foi publicado nos Estados Unidos e financiado pela British Heart Foundation.
Esta dieta inclui lipídios não saturados contidos no azeite de oliva contém e em alguns frutos secos, bem como espinafre, aipo, abacate e cenouras ricas em nitratos inorgânicos e nitritos, produto da oxidação do nitrogênio.
Estes ácidos-graxos parecem inibir uma enzima conhecida como epóxido hidrolase solúvel, que regula a pressão arterial, segundo artigo publicado na revista americana Proceedings of the National Academy of Sciences.
"Os resultados do nosso estudo ajudam a explicar porque trabalhos anteriores mostraram que uma dieta mediterrânea, combinada com azeite de oliva extra-virgem ou nozes, pode diminuir a incidência de problemas cardiovasculares", disse o co-autor do estudo, Philip Eaton, professor de bioquímica cardiovascular do King's College de Londres.
Enquanto a maioria dos especialistas concorda que a dieta mediterrânea - que consiste em comer verduras, peixe, grãos, ingerir vinho tinto, nozes e azeite - traz benefícios para a saúde, houve até agora pouco consenso sobre como e por quê.  Fonte: Yahoo Notícias

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Cientistas renovam esperança de tratamento dos problemas de equilíbrio

Estudos mostraram que um paciente levaria, em média, nove anos para obter um diagnóstico do chamado 'déficit vestibular', e que os afetados consultaram até 20 médicos para consegui-lo
Cientistas dos Hospitais Universitários de Genebra (HUG) desenvolveram um implante que permite restituir o equilíbrio a pessoas que sofrem de alguns problemas de equilíbrio, um avanço apresentado como algo inédito no mundo.
De acordo com um comunicado dos HUG, os trabalhos com base neste avanço acabam de ser publicados esta semana na revista online "Frontiers in Neurology".
Cerca de 500 mil pessoas na Europa e nos Estados Unidos sofrem de "déficit vestibular", uma alteração no ouvido interno que provoca problemas de equilíbrio.
No entanto, este distúrbio ainda é pouco conhecido, mesmo em meios médicos.
Estudos mostraram que um paciente levaria, em média, nove anos para obter um diagnóstico e que os afetados consultaram até 20 médicos para consegui-lo, acrescentaram os HUG em um comunicado.
O equilíbrio pode ser afetado por problemas no ouvido interno.
Quando o problema afeta os dois ouvidos, as consequências são desastrosas: a pessoa caminha como se estivesse embriagada, ela titubeia e sua visão fica turva.
Apesar da severidade de sintomas, não existe tratamento permanente para curar um sistema vestibular doente.
Em Genebra, trabalhos de uma equipe liderada pelo professor Jean-Philippe Guyot, chefe das equipes médicas nos HUG, permitiram provar que era possível restituir a atividade fundamental do sistema vestibular, graças à colocação de um implante funcionando no mesmo princípio que aqueles utilizados para tratar a surdez profunda.
Ainda é um protótipo, composto de dois elementos: um captador de movimentos, fixado no crânio do paciente, e eletrodos, que ligam a parte externa da prótese ao nervo vestibular.
Sinais coletados pelo captador de movimentos estimulam o nervo vestibular, que transmite as informações para o cérebro.
Testes conduzidos em laboratório demonstraram que os pacientes recuperaram a acuidade visual enquanto caminhavam munidos com este dispositivo.
No total, 11 pacientes participaram da experiência, realizada com a participação da Escola Politécnica Federal de Lausanne (EPFL) e do centro médico universitário de Maastricht.
A próxima etapa consistirá em permitir aos pacientes testar a eficácia de seu protótipo no exterior. Fonte: Siga o Yahoo Notícias no Twitter e no Facebook 

domingo, 18 de maio de 2014

Descobertos na Argentina fósseis de dino com 40 metros e 100 toneladas


Paleontólogos argentinos anunciaram na sexta-feira a descoberta, na Patagônia, dos restos fósseis de um enorme dinossauro que tinha 40 metros e pesava o equivalente a 14 elefantes, ou seja, 100 toneladas.
Trata-se do "maior exemplar conhecido, que tem 90 milhões de anos de antiguidade", afirmou Rubén Cúneo, diretor do museu paleontológico Egidio Feruglio da cidade patagônica de Trelew, em declarações a jornalistas locais.
Os fósseis tinham sido encontrados por acaso em 2013 por um trabalhador rural em um campo localizado a 260 quilômetros de Trelew, na região da costa atlântica da província de Chubut, 1.300 km ao sul de Buenos Aires.
Trata-se de um fóssil de saurópode, herbívoro, e "com um comprimento aproximado de 40 metros da cabeça à cauda, o equivalente ao tamanho de 14 elefantes", explicou Cúneo.
O exemplar, que ainda não tem nome, é a "descoberta mais completa desse tipo de dinossauro em nível mundial", disse o cientista, contando que "foi preciso fazer um buraco muito grande" para poder resgatar os restos.
A equipe de cientistas do museu Egidio Feruglio, chefiada pelos paleontólogos José Luis Carballido e Diego Pol, comprovou a descoberta e descobriu, também, um enorme campo de fósseis nessa região de planície em Chubut.
"A quantidade de fragmentos encontrados, que correspondem a ao menos sete exemplares diferentes, faz desta descoberta a mais completa envolvendo dinossauros gigantes em nível mundial, algo transcendental para a ciência", destacou Carballido em entrevista à AFP neste sábado.
"É algo extraordinário em todos os sentidos porque até agora o que se conhecia sobre os saurópodes procedia de descobertas fragmentárias", disse o cientista.
Carballido, 36 anos, precisou que o achado envolve "10 vértebras do torso, 40 da cauda, parte do pescoço e patas completas", o que permitirá "reconstruir completamente o animal".
Os pesquisadores encontraram ainda fragmentos que permitirão, pela primeira vez, reconstruir a forma dos músculos, calcular a energia necessária para a locomoção dos gigantes e concluir seu padrão alimentar.
Além dos fósseis ósseos, foram encontrados fragmentos de troncos e folhas, "com o que será possível reconstruir completamente o ecossistema". "Vamos poder realizar uma reconstrução muito precisa e responder muitas questões".
"Os maiores dinossauros conhecidos habitavam o sul da Argentina (...) e não tínhamos evidência sobre os elementos propícios para o gigantismo, mas agora vamos poder analisar isto e desvendar a história evolutiva".
"A investigação terá várias etapas: primeiro revelaremos a nova espécie, suas características. Calculamos que serão necessários mais cinco anos para realizar um estudo profundo da anatomia deste animal", estimou Carballido.
A descoberta foi divulgada um dia depois de anunciado outro achado, o dos restos do primeiro dinossauro diplodócido na América do Sul, em Neuquén, sudoeste da Argentina, também na Patagônia, uma região rica em fósseis. Fonte: Siga o Yahoo Notícias no Twitter e no Facebook 

terça-feira, 13 de maio de 2014

Para prevenir o câncer de mama, mulheres devem evitar certos químicos do ambiente

Mulheres participam da 5ª edição do Pink Bra Bazaar, evento de luta contra o câncer de mama, em 15 de março de 2014, em Paris
Cientistas americanos identificaram as substâncias químicas mais cancerígenas presentes no ambiente cotidiano que as mulheres devem evitar para diminuir o risco de câncer de mama, uma pista que consideram importante para a prevenção da doença.
O estudo, publicado nesta segunda-feira na revista Environmental Health Perspectives, também confirma que os produtos químicos que provocam tumores cancerígenos nas glândulas mamárias dos ratos também estão vinculados ao câncer de mama nos humanos.
O estudo elaborou uma lista de 17 substâncias cancerígenas prioritárias porque provocam tumores mamários nos animais, às quais muitas mulheres estão expostas.
São produtos cancerígenos presentes na gasolina, no diesel e em outras substâncias que emanam dos veículos, assim como ignífugos, solventes, corrosivos de pinturas e derivados de desinfetantes usados no tratamento de água potável, entre outros.
"Esta pesquisa fornece elementos para prevenir o câncer de mama identificando produtos químicos prioritários aos quais as mulheres estão expostas com mais frequência e mostra também como controlar esta exposição", explica o médico Ruthann Ruden, diretor de pesquisa no instituto Silent Spring de Newton (Massachusetts, nordeste), co-autor da pesquisa.
"Estas informações guiarão os esforços para diminuir o contato com estas substâncias ligadas ao câncer de mama e ajudarão os pesquisadores a estudar como as mulheres são afetadas", acrescenta.
As pesquisas realizadas até agora sobre o câncer de mama não levavam em conta a exposição de mulheres a uma grande quantidade de produtos químicos, sobretudo pela falta de informação sobre os produtos que deveriam ser analisados.
Segundo estes pesquisadores, os grupos de consulta de especialistas da Casa Branca, o Instituto Americano de Medicina e o Comitê de coordenação para a pesquisa ambiental e o câncer de mama ressaltaram que as substâncias químicas presentes no ambiente cotidiano eram uma pista promissora para a prevenção de tumores malignos mamários.
- Reduzir a exposição a produtos químicos -
"Todas as mulheres nos Estados Unidos estão expostas a substâncias químicas que podem aumentar o risco de câncer de mama, mas lamentavelmente este vínculo é amplamente ignorado", comentou Julia Brody, diretora-geral do Silent Spring Institute e co-autora do estudo.
"Reduzir a exposição aos produtos químicos tóxicos pode salvar a vida de muitas mulheres", considerou, acrescentando que "quando se fala ao povo do câncer de mama, não se pensa no risco que as substâncias químicas representam".
Finalmente, lamenta a pesquisadora, "os fundos direcionados à pesquisa sobre o vínculo entre o câncer de mama e os produtos químicos no ambiente só representam uma parte ínfima do total".
"É imprescindível que as indústrias e os governos atuem para reduzir a exposição às substâncias mais perigosas", insistiu Kristi Marsh, autora de uma obra sobre o tema chamada "Little Changes".
Marsh foi diagnosticada com câncer de mama aos 35 anos e ela, que não tinha antecedentes familiares, o atribui a uma exposição a químicos cancerígenos.
Para Dale Sandler, principal epidemiologista do Instituto Nacional americano de Ciências de Saúde ambiental (NIEHS), "esta pesquisa examina de maneira extensa e profunda os dados toxicológicos e os biomarcadores vinculados ao câncer de mama".
Também é uma "importante fonte de informação" para estudar o vínculo entre o ambiente e o câncer, diz.
Os Institutos Nacionais da Saúde (NIH) irão incorporar recomendações do estudo ao mesmo tempo em que se preparam para testar amostras mamárias de 50.000 mulheres no âmbito de uma investigação sobre irmãs para determinar as causas do câncer de mama.
O câncer de mama é a segunda causa de mortalidade por câncer entre as mulheres nos Estados Unidos, com 40.000 falecimentos estimados em 2014 e 232.670 novos casos diagnosticados, segundo o Instituto Nacional do Câncer, que estima que 2,89 milhões de mulheres sofrem atualmente deste tipo de câncer. Fonte: Yahoo Notícias

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Pesquisa mostra que imunoterapia pode tratar o câncer

Um tratamento experimental que ajuda a reprogramar o sistema imunológico do paciente para atacar tumores pode funcionar em um amplo espectro de cânceres comuns, revelou um estudo preliminar publicado nesta sexta-feira nos Estados Unidos

Um tratamento experimental que ajuda a reprogramar o sistema imunológico do paciente para atacar tumores pode funcionar em um amplo espectro de cânceres comuns, revelou um estudo preliminar publicado nesta sexta-feira nos Estados Unidos.
Até agora, os maiores êxitos da técnica conhecida como terapia celular adotiva (ACT) foram registrados com o melanoma, mas os pesquisadores estão curiosos para ver se a abordagem pode funcionar em cânceres do trato digestivo, de pulmão, pâncreas, mama ou bexiga.
A revista científica Science publicou um artigo descrevendo como a técnica conseguiu reduzir tumores em uma mulher de 43 anos que sofre de colangiocarcinoma, uma forma de câncer do trato digestivo que havia se espalhado para os pulmões e o fígado.
O resultado do estudo pode representar um avanço na luta contra o câncer epitelial, grupo que responde por 80% de todos os cânceres e 90% das mortes por câncer nos Estados Unidos.
O processo consistiu em coletar as próprias células do sistema imunológico da paciente - um tipo chamado de linfócitos infiltradores de tumores (TILs) -, selecionando aquelas com a melhor atividade antitumoral, e em desenvolvê-las em laboratório para reinfundi-las na paciente.
Depois que a paciente recebeu a primeira injeção destes TILs, os tumores metastáticos no pulmão e no fígado se estabilizaram.
Cerca de 13 meses depois, a doença voltou a progredir. Com isso, os médicos submeteram a paciente novamente ao tratamento e ela "experimentou uma regressão tumoral que perdurou até o último acompanhamento (seis meses após a segunda infusão de células T)", destacou o estudo.
Embora o cientista que conduziu as pesquisas, Steven Rosenberg, chefe do Setor de Cirurgia do Centro de Pesquisas sobre o Câncer do Instituto Nacional do Câncer, tenha alertado que o estudo está em estágio inicial, ele afirmou que poderia fornecer uma diretriz para outros cânceres.
"Essas estratégias indicadas aqui poderiam ser usadas para produzir uma terapia celular adotiva com células T em pacientes com cânceres comuns", afirmou Rosenberg.
Os cientistas esperam que, um dia, uma variedade de tratamentos imunológicos personalizados venha a substituir a quimioterapia como a principal forma de combater o câncer. Fonte: Yahoo Notícias

sexta-feira, 9 de maio de 2014

Um simples aperto de mãos pode revelar a idade biológica

Homens se cumprimentam no Afeganistão, em 17 de fevereiro de 2014


A maneira como alguém aperta as mãos pode ser um bom indicador da idade biológica, do estado de saúde e do nível educacional de uma pessoa, apontam pesquisas de uma equipe internacional publicadas na revista americana PLOS ONE.
Esse teste do aperto de mãos para "medir" a idade revela diferenças nas taxas de envelhecimento em vários grupos populacionais, como indicam os estudos realizados por demógrafos do International Institute for Applied System Analysis (IIASA), com sede em Viena (Áustria).
E, se um aperto de mãos pode dizer muito sobre uma pessoa, sua confiança em si mesma, seu poder, ou agressividade, também dá indícios sobre seu estado de saúde, acrescentam os autores.
A investigação se baseia nos resultados de cerca de 50 estudos realizados no mundo todo com grupos de pessoas de diferentes idades.
Os estudos concluem que a força do aperto de mãos pode ser uma das formas mais eficazes de se medir a idade real das pessoas, somada a outros marcadores biológicos como o declínio da capacidade mental, a pressão arterial, a força nas pernas, o estado das artérias e a capacidade de recuperação depois de uma internação hospitalar.
"O aperto de mãos é, facilmente, mensurável. Encontramos uma grande quantidade de dados com esse teste na maioria das pesquisas importantes sobre o envelhecimento no mundo", afirmou um dos autores, Warren Sanderson, pesquisador do IIASA e da Universidade de Stony Brook, perto de Nova York.
Esses trabalhos também mostram que uma evidência desse tipo pode ser usada para medir a idade biológica e comparar vários grupos de populações, acrescentou.
O teste do vigor do aperto de mãos mostrou que as pessoas com formação superior envelhecem menos rápido do que aquelas que deixaram de estudar antes de terminar o ensino médio, afirmou o diretor de Pesquisas Demográficas no IIASA e principal autor do estudo, Serguei Scherbov.
- 'Os mais firmes sobrevivem' -
"Baseando-se nesse trabalho, uma mulher branca de 65 anos que não concluiu seus estudos secundários tem um aperto de mãos similar ao de uma mulher branca de 69 anos com um nível mais alto de formação", exemplificou.
Isso sugere que, "segundo o aperto de mãos, as pessoas de 60 anos com um nível de formação superior são e se sentem vários anos mais jovens do que aqueles que estudaram menos", completou o pesquisador.
A mesma observação foi feita entre os homens, à exceção dos homens negros, para os quais o nível de formação não fez diferença no envelhecimento. Os cientistas não souberam explicar o motivo.
Já as mulheres negras com formação superior também envelhecem mais devagar.
"Nosso objetivo é medir o ritmo do envelhecimento de grupos populacionais em uma sociedade", declarou Serguei Scherbov.
"Se há grupos que envelhecem antes do que outros, podemos determinar as causas e avaliar quais políticas podem ajudar", argumentou, destacando que "os economistas e tomadores de decisão não deveriam se apoiar na idade cronológica, que é uma medida equivocada".
O nível de estudos não marca nenhuma diferença entre as pessoas de mais de 80 anos. Nessa faixa etária, a sobrevivência é atribuída, sobretudo, à genética. "Os mais firmes sobrevivem. É a seleção natural", frisou Scherbov.
Entre os mais jovens, o aperto de mãos pode ajudar a antecipar alguns riscos de mortalidade.
Um estudo realizado na Suécia com 1,14 milhão de adolescentes nascidos entre 1951 e 1976, ao longo de 25 anos, indica que aqueles com um aperto de mão mais fraco do que a média tinham um risco mais alto de mortalidade, sobretudo, cardiovascular e por suicídio.
Para Scherbov, o teste do vigor do aperto de mão, simples e barato, deveria ser parte dos exames médicos para avaliar o estado de saúde dos pacientes.  Fonte: Siga o Yahoo Notícias no Twitter e no Facebook 

domingo, 4 de maio de 2014

Causas do autismo seriam genéticas e ambientais na mesma proporção

  1. Jovem autista monta um colar na França
Um amplo estudo realizado na Suécia mostra que os fatores ambientais são tão importantes quanto a genética como causa do autismo.
"Ficamos surpresos com o resultado, porque não esperávamos que os fatores ambientais fossem tão importantes para o autismo", comentou Avi Reichenberg, pesquisador do Mount Sinai Seaver Center for Autism Research, em Nova York.
Estes fatores, não analisados pelo estudo, poderiam incluir, segundo os autores, o nível sócio-econômico da família, complicações no parto, infecções sofridas pela mãe e o uso de drogas antes e durante a gravidez.
Os pesquisadores disseram terem se surpreendido ao descobrirem que a genética tem um peso de cerca de 50%, muito menor do que as estimativas anteriores, de 80% a 90%, segundo um artigo publicado no Journal of the American Medical Association.
O resultado partiu da análise de dados de mais de 2 milhões de pessoas na Suécia entre 1982 e 2006, o maior estudo já realizado sobre as origens genéticas do autismo, que atinge uma em cada 100 pessoas no mundo.
Estatísticas americanas recentes revelam que uma em casa 68 pessoas é autista nos Estados Unidos.
Os autores da pesquisa trabalham no King's College de Londres e no Instituto Karolinska de Estocolmo.
Os cientistas ainda desconhecem as origens do autismo. Estudos recentes apontam para uma origem pré-natal deste fenômeno patológico. Fonte: Yahoo notícias

sexta-feira, 2 de maio de 2014

Resistência aos antibióticos já é realidade

Laboratório de microbiologia em uma universidade belga
A resistência aos antibióticos deixou de ser uma ameaça e se tornou realidade, advertiu a Organização Mundial de Saúde (OMS), ao destacar que infecções atualmente consideradas menores podem voltar a ser fatais.
O relatório alarmista da organização, o primeiro sobre a resistência aos antibióticos em escala mundial, afirma que "esta grave ameaça não é mais uma previsão, e sim uma realidade em cada região do mundo, afeta a todos, independente da idade ou país de origem".
Os antibióticos são considerados pela OMS um dos pilares de nossa saúde, que nos permitem viver saudáveis por mais tempo. Mas o uso inapropriado os tornou praticamente ineficazes em um período de poucas décadas.
"A menos que os diferentes atores envolvidos atuem em caráter de emergência e de maneira coordenada, o mundo prossegue para uma era pós-antibióticos, na qual infecções correntes e feridas menores, que durante décadas eram curadas com facilidade, podem voltar a matar", adverte Keiji Fukuda, subdiretor geral da OMS para a segurança alimentar.
"Se não adotarmos medidas significativas para prevenir melhor as infecções e modificar a forma como produzimos, prescrevemos e utilizamos os antibióticos, vamos perder pouco a pouco estes benefícios da saúde pública mundial e as consequências serão devastadoras", completa.
O documento, baseado em dados de 114 países, alerta que existe resistência a vários agentes infecciosos e insiste em sete bactérias resistentes, responsáveis por doenças graves como infecções hematológicas (septicemia), diarreias, pneumonias, infecções urinárias e gonorreia.
Segundo a OMS, os resultados "muito preocupantes" corroboram a resistência aos antibióticos, em particular aos considerados como "último recurso", utilizados contra certas bactérias resistentes.
As ferramentas essenciais para lutar contra a resistência aos antibióticos, como sistemas elementares para assegurar o acompanhamento e vigilância do fenômeno, são insuficientes ou inexistentes em vários países, critica o organismo da ONU.
Aumento do risco de morte
A OMS alerta para a generalização em todo o mundo da resistência aos carbapenemas, um tratamento de último recurso contra infecções potencialmente mortais causadas por uma bactéria intestinal corrente, a Klebsiella pneumoniae (causa importante de doenças contraídas em hospitais como a pneumonia, as infecções hematológicas ou as contraídas por recém-nascidos ou pacientes em cuidados intensivos).
Os especialistas também constataram uma forte resistência - em particular na África, sudeste da Ásia, América e Oriente Médio - da bactéria E. coli às cefalosporinas e fluoroquinolonas de terceira geração, dois tipos de antibióticos antibacterianos amplamente utilizados.
Nos anos 1980, quando foram introduzidas as fluoroquinolonas, a resistência era praticamente nula: atualmente o tratamento se tornou ineficaz para mais da metade dos pacientes em diversas partes do mundo.
A OMS destaca ainda que o fracasso das cefalosporinas de terceira geração como tratamento de último recurso contra a gonorreia (doença venérea que infecta mais de um milhão de pessoas por dia) foi confirmado na África do Sul, Austrália, Áustria, Canadá, França, Japão, Noruega, Grã-Bretanha, Eslovênia e Suécia.
Em outro aspecto da questão, as infecções com estafilococo aureus (dourado) resistentes à meticilina alcançam 90% dos casos em certas regiões das Américas e 60% em algumas regiões da Europa.
Como consequência da resistência aos antibióticos, "os pacientes ficam doentes por mais tempo e aumenta o risco de morte".
As pessoas infectadas com estafilococo dourado resistente à meticilina apresentam, por exemplo, um risco de morte 64% mais elevado que aquelas que apresentam uma forma não resistente da infecção.
Para a OMS, o uso inapropriado dos antibióticos é uma das principais causas da resistência: nos países pobres, as doses administradas são muito pequenas e nos países ricos o uso é excessivo.
A OMS denuncia também a falta de vigilância da utilização dos antibióticos em animais destinados ao consumo.
O relatório foi divulgado em conjunto com o lançamento de uma campanha mundial da OMS para combater a resistência aos medicamentos. A organização recomenda, em particular, a adoção de sistemas para monitorar o fenômeno, prevenir infecções e desenvolver novos antibióticos.
A organização destaca que cada pessoa pode contribuir na luta contra a resistência, com o uso de antibióticos apenas com receita médica e a conclusão do tratamento indicado, mesmo quando o paciente sente que está melhor, e jamais compartilhar antibióticos com terceiros. Fonte: Yahoo Notícias

Implante cerebral para restaurar memória é desenvolvido pelos EUA

Os cérebros dos homens e das mulheres estão conectados de forma muito diferente, revelou nesta segunda-feira um estudo feito com escâner, que parece confirmar certos estereótipos sobre atitudes e comportamentos próprios de cada sexo
Sonho de muitos mortais, apagar ou recuperar da memória uma recordação pode se tornar realidade graças a um grupo de pesquisadores militares que desenvolvem um implante cerebral capaz de restaurar recordações de soldados e pacientes com problemas neurológicos.
A Agência de Investigação de Projetos Avançados de Defesa (DARPA) desenvolve um plano de quatro anos para construir um sofisticado estimulador de memória. Caso tenha sucesso, a pesquisa poderá beneficiar, por exemplo, milhões de pessoas acometidas com o Mal de Alzheimer.
O projeto faz parte de um investimento de 100 milhões de dólares concedido pelo presidente Barack Obama, que visa fomentar pesquisas de aprofundamento na compreensão do cérebro humano.
A ciência nunca tentou tal façanha antes, e o tema levanta inúmeros questionamentos éticos, como por exemplo se a mente humana pode ser manipulada com o intuito de controlar feridas de guerra ou o envelhecimento do cérebro.
Assim como quem sofre de demência, as pesquisas poderão ajudar os cerca de 300.000 soldados norte-americanos que sofreram lesões cerebrais graves no Iraque e no Afeganistão.
"Se você ficou ferido no cumprimento de seu dever e não consegue se lembrar da sua família, queremos ser capazes de recuperar este tipo de função", disse esta semana o gerente do programa do DARPA, Justin Sánchez, em conferência realizada em Washington, organizada pelo Centro de Saúde Cerebral da Universidade do Texas.
"Pensamos que podemos desenvolver dispositivos neuro-protésicos que possam interagir diretamente com o hipocampo para restaurar o primeiro tipo de recordação que apontamos, a memória declarativa", disse.
A memória declarativa, também chamada de memória explicita, é uma forma de memória de longo prazo que armazena a identificação de pessoas, acontecimentos, feitos e números. Nenhuma pesquisa conseguiu mostrar como, uma vez perdidas, estas lembranças podem ser recuperadas.
- Como um marcapasso -
O que os cientistas da área são capazes de fazer até o momento é ajudar a reduzir os tremores de pessoas que sofrem do Mal de Parkinson, controlar as convulsões de epilépticos e melhorar a memória de alguns pacientes com Alzheimer através de um processo chamado estimulação cerebral.
Estes dispositivos, inspirados nos marcapassos usados por pacientes que sofrem de problemas cardíacos, enviam sincronizadamente estímulos elétricos ao cérebro, mas não funcionam de maneira igual em todos os doentes.
Os especialistas garantem que é necessário desenvolver algo parecido para trabalhar na recuperação da memória. "A memória é um assunto de padrões e conexões", explicou Robert Hampson, professor associado da universidade Wake Forest.
"Para desenvolvermos a prótese de memória, devemos primeiramente ter algo que nos mostre quais são os padrões específicos", ressaltou Hampson, negando-se a falar explicitamente sobre a pesquisa do DARPA.
A investigação de Hampson em roedores e macacos tem demonstrado que os neurônios do hipocampo - zona do cérebro que processa a memória - se ativam de maneiras diferentes quando o sujeito vê a cor vermelha ou azul, ou quando é confrontado com uma fotografia de um rosto ou de um alimento.
Munido desta descoberta, Hampson e seus colegas puderam estender a memória de curto prazo dos animais usando próteses cerebrais para estimular o hipocampo.
Os pesquisadores também conseguiram que um macaco dopado agisse quase normalmente ao realizar uma tarefa de memória, e o confundiram manipulando o sinal para que ele escolhesse a imagem oposta da que ele se lembrava.
Assim, segundo Hampson, para restaurar uma lembrança humana específica, os cientistas necessitariam saber qual é exatamente o padrão, ou caminho, para aquela memória.
Outros cientistas da área consideram que podem melhorar a memória de uma pessoa ajudando o cérebro a trabalhar de forma similar à que trabalhava antes de sofrer a lesão cerebral.
- Preocupações éticas -
É fácil prever que a manipulação das lembranças de uma pessoa abrirá um campo de batalha ético. Foi o que disse Arthur Caplan, médico especializado em ética do centro médico de la Universidade Langone, em Nova York.
"Quando você mexe com o cérebro, mexe com sua própria identidade", disse Caplan, que presta consultoria à DARPA em assuntos de biologia sintética.
"O custo de alterar a mente é que se corre o risco de perder sua identidade,e este é um tipo de risco que nunca enfrentamos antes".
No que diz respeito aos soldados, a possibilidade de que seja factível apagar memórias ou inocular novas recordações pode interferir nas técnicas de combate, fazer com que os soldados sejam mais violentos e menos escrupulosos, ou até mesmo manipular o andamento de investigações de crimes de guerra, advertiu Caplan.
"Se eu puder tomar uma pílula ou colocar um capacete para que algumas lembranças sejam apagadas, talvez eu não tenha que viver com as consequências do que faço", disse.
A página da DARPA na internet assinala que, devido a seus "programas levarem a ciência até seus limites", a agência "periodicamente consulta estudiosos com gabarito para aconselhar e discutir temáticas de relevância ética, legal e social".
Uma das muitas perguntas sem resposta sobre o projeto é quem estará à frente dos primeiros testes em seres humanos, quais serão as primeiras cobaias.
Sánchez afirmou que os próximos passos da pesquisa serão anunciados dentro de poucos meses. "Temos alguns dos cientistas mais talentosos de nosso país trabalhando neste projeto. Então fiquem ligados: muitas coisas promissoras estão por vir num futuro muito próximo". Fonte: Yahoo noticias