sexta-feira, 29 de abril de 2016

Nova pesquisa confirma que alimentação interfere no crescimento de bactérias no intestino



Nova pesquisa confirma que alimentação interfere no crescimento de bactérias no intestino

Os cientistas coletaram amostras de fezes para examinar como os micróbios interagem com o comportamento humano e saúde em geral .Os resultados confirmam a impressão de longa data que uma microbiota mais diversificada é, pelo menos, correlacionada com a melhoria da saúde. Os estudos encontraram uma pequena ligação entre menos biomas e um maior índice de massa corporal. Essa ligação tem sido sugerida por pesquisas anteriores, mas permanece controversa. Os pesquisadores também encontraram uma correlação positiva entre um bioma mais diversificado e uma dieta rica em frutas e legumes.
Ao mesmo tempo, os pesquisadores viram variação extrema em bactérias de pessoa para pessoa. “Os autores de ambos os estudos encontraram uma grande variedade de composições de microbioma entre estes indivíduos, e nós precisamos de olhar para grandes grupos de indivíduos antes de podermos ver padrões na composição microbioma que estão associados com a saúde”, disse Stanford, pesquisador da Elisabeth Bik, que administra o blog Microbiome Digest.
Embora os efeitos diretos de saúde ainda não estão claros, os estudos apontam para uma série de medidas concretas que uma pessoa pode tomar para cultivar um microbioma mais diversificada. Bactérias lácteas foram encontradas mais frequentemente em amostras de indivíduos com dietas ricas em laticínios, indicando fortemente que a dieta de uma pessoa tem um efeito direto sobre as suas bactérias intestinais.
Alguns pesquisadores acreditam que essa pesquisa poderia nos ajudar a administrar a crescente ameaça representada por bactérias resistentes a antibióticos. Em um editorial na mesma edição da Science, Sloan-Kettering médico-cientista Eric Pamer argumenta que tratamentos à base de bactérias intestinais poderia ser uma ferramenta crucial para os pacientes que lidam com uma infecção bacteriana.
Fonte: The Verge
Foto: FreeImages/Bensik Imeri

quinta-feira, 14 de abril de 2016

Pesquisadores americanos confirmam vínculo entre zika e microcefalia

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As autoridades de Saúde dos Estados Unidos confirmaram a relação entre o vírus zika e a microcefalia em fetos - revela um estudo publicado nesta quarta-feira, que acaba com meses de debates sobre a questão.
"Cientistas dos Centros para o Controle e a Prevenção de Enfermidades (CDC) concluíram, após revisar cuidadosamente as evidências existentes, que o vírus zika causa microcefalia e outros problemas cerebrais graves no feto", informou a agência federal.
Essa confirmação se baseia, em parte, em uma série de estudos no Brasil, onde milhares de bebês nasceram com a má-formação no ano passado, ao mesmo tempo em que havia um surto de zika.
"Este estudo é um ponto de inflexão no surto de zika", disse o chefe dos CDC, Tom Frieden, acrescentando que "já está claro que o vírus causa microcefalia".
Não havia uma pista conclusiva, nem qualquer tipo de evidência que pudesse oferecer uma prova definitiva dessa relação, afirma o relatório publicado na revista especializada New England Journal of Medicine.
Em contrapartida, a decisão de estabelecer este vínculo se baseia "na crescente evidência apresentada em vários estudos publicados recentemente e na avaliação cuidadosa por intermédio de critérios científicos estabelecidos", declararam os CDCs.
Foram publicados mais estudos para "determinar se as crianças com microcefalia nascidas de mães infectadas com o vírus zika são a ponta do iceberg dos potenciais efeitos danosos e de outros problemas de desenvolvimento" que este vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti pode causar, acrescentou Frieden.
Má-formação
O vírus zika foi identificado pela primeira vez em Uganda, em 1947, mas a doença não foi analisada a fundo, e seus sintomas se mostravam leves: eczema, dor nas articulações e febre. A maioria dos infectados sequer apresentava sintomas.
O zika foi identificado pela primeira vez no Brasil no início de 2015. Nove meses depois, em setembro, observou-se um aumento incomum de bebês nascidos com microcefalia.
O Brasil confirmou 907 casos de microcefalia e 198 bebês falecidos com essa má-formação genética desde que o vírus se propagou, informaram autoridades no mês passado.
O Ministério brasileiro da Saúde indicou que ainda investiga 4.293 casos suspeitos.
"A microcefalia severa e outras anormalidades que foram observadas em muitas crianças são consistentes com uma infecção que acontece no primeiro, ou segundo, trimestre da gravidez", de acordo com o informe do New England Journal of Medicine.
Até onde se sabia, nenhum vírus transmitido por um mosquito havia causado problemas de má-formação. O último patógeno infeccioso conhecido que causou uma epidemia foi o vírus da rubéola, há mais de 50 anos.
Os especialistas que analisaram a evidência de microcefalia no Brasil observaram um aumento similar de bebês com má-formação na Polinésia Francesa, onde se registrou um surto de zika em 2013 e 2014. O número de recém-nascidos com microcefalia foi menor, porém: oito.
Nos Estados Unidos, seis em cada 10 mil bebês nascem com microcefalia.
A falta de clareza sobre se o zika poderia ser considerado, de forma conclusiva, como a causa dessas más-formações pode ter contribuído para que o público entendesse mal os riscos dessa doença, acrescenta o informe. Fonte: Yahoo Notícias