quarta-feira, 31 de julho de 2013

Peixe damisela desenvolve enorme olho falso para confundir predador


Sydney (Austrália), 29 jul (EFE).- Os alevinos de peixes damisela desenvolvem um enorme olho falso e crescem mais rápido para evitar serem devorados por seus predadores, segundo uma pesquisa divulgada nesta segunda-feira na Austrália.
"Os peixes damisela jovens têm corpos levemente coloridos e um olho falso que sobressai na parte de atrás da barbatana dorsal, que desaparece à medida que os exemplares amadurecem", disse a bióloga marinha Oona Lönnstedt, responsável pela pesquisa da Universidade James Cook.
O estudo, publicado na revista "Scientific Reports", é o primeiro de seu tipo demonstrando que a presença de predadores afeta o crescimento e o padrão de cores deste tipo de peixe, segundo a emissora local "ABC".
Para efeitos deste estudo, os cientistas capturaram vários exemplares juvenis de damisela no final da etapa larval e antes de sua exposição a seus predadores naturais.
Os pesquisadores colocaram um grupo em um tanque do laboratório junto a uma espécie predadora, contida dentro de uma bolsa de plástico, por sua vez injetando dentro do aquário extratos da pele e rastros de cheiro destes inimigos naturais.
Um segundo grupo foi colocado junto a espécies herbívoras e um terceiro conjunto de peixes damisela foi completamente isolado da presença de outros animais marítimos.
Os peixes expostos durante seis semanas a seus predadores desenvolveram uma maior altura, desde a base à barbatana dorsal, e um "olho falso maior", explicou Oona.
O aumento no tamanho do peixe contribui para evitar os ataques dos predadores e, além disso, melhora a velocidade e a capacidade de aceleração e de realizar manobras.
O desenvolvimento de um enorme olho falso, de maior tamanho que seus olhos reais, procura "confundir seu predador" sobre a direção do peixe e evitar ataques na cabeça e órgãos vitais.
Além disso, os cientistas observaram que os peixes damisela expostos a seus predadores eram mais cautelosos em seu comportamento, menos ativos e permaneciam escondidos mais tempo em comparação com os outros grupos.
Após libertarem todos os peixes que participaram do experimento, o grupo de damiselas que esteve junto aos animais herbívoros ou completamente isolados sofreram cinco vezes mais mortes que aqueles mais "experientes" a reagir perante um predador. EFE Fonte: yahoo nptícias

sábado, 27 de julho de 2013

Cientistas australianos descobrem novas técnicas para identificar DNA


Sydney (Austrália), 26 jul (EFE).- Cientistas australianos desenvolveram novas técnicas de identificação de DNA em drogas ilegais e na coleta de material genético em zonas de desastre, informou nesta sexta-feira a imprensa local.
O ex-cientista da polícia, Paul Kirkbride, afirmou que o primeiro passo foi confirmar a presença de DNA em drogas, já que até o momento não era comprovado que os narcóticos também eram capazes de armazenar rastros genéticos.
O segundo passo foi "desenvolver um processo de sequenciamento" para obter a informação que permitia identificar de onde a droga vinha e determinar se os carregamentos estão relacionados com outros, explicou Kirkbride.
O biólogo molecular Leigh Burgoyne, que liderou este estudo da Universidade Flinders, conseguiu identificar diversas informações em mostras de drogas ilegais, como terra, pelo de animal, pólen, fungos, vírus e DNA humano a partir de restos de cabelo ou pele.
Os cientistas acreditam que a descoberta permitirá identificar às pessoas envolvidas na produção e na distribuição a partir dos carregamentos confiscados, tendo em vista que a droga, ao contrário dos remédios, é elaborada sem controles de impurezas ou contaminação.
A pesquisa partiu do suposto que as pessoas "contaminam" as substâncias ilegais, o que permite comparar "os mesmos padrões de sujeira e os tecidos humanos", explicou Burgoyne à emissora "ABC".
A mesma equipe também conseguiu colher material genético com um arame quente, uma técnica que permitirá a obtenção de DNA após acidentes de avião, atentados e incêndios florestais.
O Instituto Nacional de Ciência Legista da Austrália reconheceu a qualidade de ambas as técnicas, ainda em uma etapa preliminar, informou a emissora "ABC". EFE  Fonte: Siga o Yahoo! Notícias no Twitter e no Facebook 

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Sequenciamento do genoma do óleo de palma identifica gene essencial

A palmeira é cultivada por seus frutos, de onde é extraído o óleo de palma
O sequenciamento do genoma do óleo de palma, também conhecido como dendê, a principal fonte de gordura vegetal do mundo, permitiu identificar um gene essencial para aumentar a produtividade e diminuir a pressão sobre as florestas tropicais, de acordo com dois estudos.
A palmeira é cultivada por seus frutos, de onde é extraído o óleo de palma, o óleo vegetal mais consumido no mundo.
Ela representa a primeira cultura de oleaginosas em todo o mundo (33% da produção mundial de óleo vegetal e 45% da produção de óleo comestível).
Também é a mais produtiva, chegando a produzir 5 a 7 vezes mais óleo por hectare do que o amendoim e 10 vezes mais do que a soja.
Frente ao aumento da demanda mundial de óleo de palma, para atender às demandas da indústria de alimentos, mas também a de biocombustíveis, as superfícies plantadas com óleo de palma aumentaram dramaticamente nos últimos anos, especialmente no sudeste asiático, em detrimento das florestas.
Atualmente, o plantio da palma é considerado um dos maiores responsáveis por desmatamentos destrutivos.
O Escritório de Óleo de Palma da Malásia (MPOB) apresenta nesta quarta-feira na revista Nature dois estudos que podem ajudar a melhorar a sua cultura.
O MPOB analisou o genoma das duas principais espécies de óleo de palma, Elaeis guineensis, nativa da África Ocidental, a mais comum, e a Elaeis oleifera, nativa da América Latina.
Eles identificaram um gene específico, denominado "Shell", que determina a natureza da casca do fruto. Existem três variedades de palmeiras, que diferem entre si pela espessura da casca. O tipo "dura" é caracterizado pela sua casca grossa, o tipo "pisifera" por sua falta de casca, mas esta palmeira geralmente não produz fruto, e o tipo "tenera", um híbrido das anteriores, caracterizado pela fineza de sua casca.
O tipo tenera contém uma versão normal do gene Shell e uma versão mutada, uma combinação que se traduz por um rendimento de óleo por fruto 30% maior que o tipo dura.
O óleo de palma tem um ciclo reprodutivo muito longo. São necessários até seis anos para que os produtores determinem o tipo de muda.
A obtenção de um marcador genético permitiria acelerar o processo de seleção e reduzir a superfície cultivada.
"Esta descoberta poderia ajudar a conciliar os interesses conflitantes entre a crescente demanda mundial por óleos e biocombustíveis, por um lado, e para a preservação das florestas, do outro", declarou um dos autores do estudo, Rajinder Singh (MPOB).
O cultivo de óleo de palma, que está passando por um rápido desenvolvimento, sofre com dois problemas: é acusado de destruir florestas e ameaçar a saúde humana, com produtos de consumo nocivos para o sistema cardiovascular.
A Malásia é o segundo maior produtor de óleo de palma, depois da Indonésia. Fonte> Siga o Yahoo! Notícias no Twitter e no Facebook 

Novo estudo nega existência de células-tronco VSEL no sangue

Amostra sendo preparada para análise em laboratório
Em estudo publicado nesta quarta-feira, pesquisadores americanos negaram a existência de pequenas células-tronco do tipo embrionário, chamadas de VSEL, no sangue e na medula óssea, identificadas em investigações anteriores.
Em 2006, cientistas anunciaram a detecção dessas células-mãe em camundongos, e estudos posteriores indicaram sua presença também nos seres humanos.
Como as células-tronco provêm do embrião, essas células VSEL (do inglês "Very Small Embryonic-Like") teriam, de acordo com esses pesquisadores, o potencial de se transformar em qualquer célula do corpo para reparar tecidos danificados por uma doença, ou por um acidente. Também poderiam ser uma alternativa às células-mãe embrionárias para pesquisa - o que continua sendo muito polêmico por implicar a destruição de embriões humanos.
Como outros laboratórios não conseguiram reproduzir esses resultados, os principais pesquisadores da Faculdade de Medicina de Stanford, na Califórnia, liderados pelo doutor Irving Weissman, tentaram detectar essas células VSEL e avaliar seu potencial médico.
Usando vários métodos, os autores do estudo descobriram que a maioria dessas pequenas partículas nas células da médula óssea de camundongos eram apenas restos de células mortas, ou células vivas incapazes de se converter em uma outra célula.
"Nossos resultados refutam claramente o fato de que as células VSEL em estudos em camundongos têm o potencial das células-tronco embrionárias, e lançam sérias dúvidas sobre sua possível aplicação clínica em humanos", afirmou o doutor Weissman, cujo estudo foi publicado on-line na revista "Stem Cell Reports" deste 24 de julho.
O estudo questiona fortemente o projeto da companhia biofarmacêutica americana NeoStem para realizar testes clínicos destinados a provar a capacidade das células VSEL em medicina regenerativa em humanos.
A NeoStem apresentou os direitos exclusivos da tecnologia VSEL, com planos de pedir autorização à FDA - a agência americana que regula alimentos e remédios - para fazer o primeiro teste clínico em pessoas com doenças periodontais (infecções na gengiva).
Para o médico Ihor Lemischka, professor de Biologia Regenerativa do Centro Médico Monte Sinai de Nova York, os resultados dessa pesquisa "resolvem definitivamente a questão das células VSEL", cuja pesquisa "foi uma perda de dinheiro".
Lemischka, que não participou do estudo, disse que "o laboratório do professor Weissman se tornou referência no mundo sobre células-tronco".
"Minha impressão é que um número muito pequeno de especialistas na comunidade científica sobre células-tronco deu alguma credibilidade a esses estudos sobre células VSEL", disse ele à AFP. Fonte: yahoo  notícias

domingo, 21 de julho de 2013

Descobertos dois novos tipos de vírus gigantes

Foto mostra o megavírus chilensisa, que detinha o recorde de maior vírus até o momento, com 1200 genes
Dois vírus descobertos recentemente são duas vezes maiores do que os que detinham esse "recorde" até agora e podem representar uma nova forma de vida, revelou um estudo francês publicado na revista americana "Science" nesta quinta-feira.
Os pesquisadores disseram estar "muito surpresos" com a descoberta do que chamaram de Pandoravírus, que não estão relacionados com os que deixam seres humanos doentes.
Esses Pandoravírus são notáveis, devido ao grande tamanho de seu genoma, que contém entre 1.900 e 2.500 genes, e o vírus da gripe, apenas dez. Os seres humanos, por exemplo, têm cerca de 24 mil genes.
O recorde anterior em um vírus era de 1.200 genes.
Em geral, os vírus não são considerados formas de vida. Para alguns cientistas, porém, esses vírus gigantes poderiam ser classificados como organismos vivos.
Um desses dois vírus, o Pandoravirus salinus, foi encontrado em uma cepa sedimentar da costa chilena. O outro, o Pandoravirus dulcis, estava no barro no fundo de um reservatório em Melbourne, na Austrália.
Observados com um microscópio, esses novos vírus se parecem muito mais com células vivas do que com outros vírus conhecidos.
Isso se explica porque os Pandoravírus vêm de uma família diferente dos vírus conhecidos até agora, afirma professor da Faculdade de Medicina de Aix-Marseille Jean Michel Claverie e a diretora de Pesquisa do Centro Nacional de Pesquisa Científica da França (CNRS) Chantal Abergel.
A forma e a quantidade de genes que contêm "nos faz pensar na caixa de Pandora: abrir a caixa vai romper verdadeiramente os fundamentos do que sabemos de vírus até o momento", acrescentaram os dois pesquisadores em um e-mail à AFP.
"A ausência de similaridades da maior parte de seus genes com outras formas de vida poderia indicar que provêm de uma linha de células primitivas totalmente diferente", acrescentaram.
Para Gustavo Caetano-Anolles, professor de bioinformática da Universidade de Illinois e estudioso dos vírus gigantes, que não integra esse grupo de pesquisa, os Pandoravírus "fazem parte de algo que não compreendemos muito bem e que tem a mesma complexidade que uma célula".
Os cientistas franceses esperam que essa descoberta permita financiar outras investigações sobre como funcionam os Pandoravírus, o que poderá levar a importantes inovações em matéria biomédica e de biotecnologia.
"Nosso conhecimento global da Biologia e da origem da vida ainda é muito incompleto", acrescenta. Fonte: Siga o Yahoo! Notícias no Twitter e no Facebook 

Cronoterapia melhora eficácia de tratamentos contra câncer

O estudo propõe que os médicos apliquem os tratamentos em um determinado momento do dia, dependendo do ritmo biológicoA cronoterapia, que busca administrar os medicamentos respeitando os ritmos naturais do organismo, deve ser utilizada para lutar contra doenças como o câncer porque melhora a eficácia dos tratamentos, apontam recentes pesquisas científicas.

Os investigadores do Instituto Francês de Saúde e Pesquisa Médica (Inserm) demonstraram que levar em consideração o famoso "relógio biológico", que afeta uma série de fatores, como a temperatura corporal, a pressão arterial e a tolerância à dor, permite aumentar a eficácia dos tratamentos e diminuir sua toxicidade.
Por isso, os médicos devem aplicar os tratamentos em um determinado momento do dia, e não em outro, dependendo dos ritmos biológicos que regem cada organismo, propõem estes estudos, que destacam a importância dos "relógios biológicos" e dos ritmos circadianos.
Os ritmos circadianos (do latim circa, que significa "ao redor de", e dies, que significa "dia") modificam a ação dos remédios no organismo durante as 24 horas. Os medicamentos, por sua vez, podem modificar o sistema circadiano que gera estes ritmos, explicam as pesquisas.
É por causa destes "relógios biológicos" que é melhor tomar uma aspirina à noite e que o organismo digere melhor a cortisona pela manhã, na fase do pico fisiológico de secreção do cortisol, que ocorre entre as seis e as oito horas da manhã, segundo os estudos
As investigações realizadas pelo Inserm destacam, sobretudo, a importância de levar em consideração estes ritmos para tratamentos contra o câncer, porque isso permite aumentar os benefícios dos medicamentos e sua tolerância, assim como diminuir sua toxicidade, explicou Francis Lévi, que dirige a unidade de Ritmos biológicos e Câncer desse instituto francês.
Além disso, as pesquisas demonstram que, "quando o sistema circadiano não funciona de maneira coordenada, o risco de desenvolver cânceres, doenças cardiovasculares ou infecciosas é maior", observou Lévi.
O sistema pode se desajustar por causa de um tumor no cérebro, mas, na maioria dos casos, isso ocorre em função de uma "defasagem crônica de horários", como o trabalho noturno, que a Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer da Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou como "provavelmente cancerígeno", em 2010.
Os estudos citam com mais frequência o câncer de mama, que representaria um risco quase duas vezes maior para quem tem horários atípicos, como um trabalho noturno. Mas o professor Lévi também destacou um aumento dos casos de câncer de próstata e de colo do útero.
Os problemas deste ritmo biológico também podem favorecer o diabetes e a obesidade, assim como o envelhecimento, segundo um estudo realizado em ratos pelo pesquisadores do Massachusetts Institute of Technology (MIT), no noroeste dos Estados Unidos.
O professor Leonard Guarante, autor de um estudo publicado em junho na revista científica Cell, destaca, baseando-se nestas pesquisas, "a importância de manter o ritmo circadiano para conservar a saúde".
Como o sistema circadiano também controla o ritmo da divisão celular, os pesquisadores têm se esforçado para desenvolver a cronoterapia, com o desejo de determinar qual é o melhor momento para administrar os remédios, para que eles sejam mais eficazes e menos perigosos.
"Temos descoberto, por exemplo, que o medicamento fluorouracil, que combate o câncer, é cinco vezes menos tóxico quando administrado cerca das quatro da manhã, e não às quatro da tarde", informou o doutor Lévi, que utiliza a cronoterapia para administrar quimioterapias em pacientes com câncer digestivo no hospital Paul-Brousse, na periferia de Paris.
A cronoterapia também existe de maneira bastante tímida em outros países, como Estados Unidos, Canadá, China, Japão, Itália, Bélgica e Portugal, voltada para pacientes que têm câncer, mas também os que se tratam de depressão ou de distúrbio de bipolaridade.
zigg/ame/eg/mc Fonte: Siga o Yahoo! Notícias no Twitter e no Facebook 

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Curas espontâneas, como elas acontecem?

Ultrassom em paciente com câncer de mama u sando avançada tecnologia de ressonância magnética. (Foto EFE)


Sem remédios, cirurgias nem tratamentos, e em alguns casos inclusive sem explicação. Assim algumas doenças são curadas, aliviadas, melhoram ou desaparecem, ou então alguns de seus sintomas e lesões, de forma natural, abrindo novos caminhos de investigação para a medicina e novas esperanças para os pacientes.
Embora tenham sido relatados casos de câncer de pele e de rim que sumiram e de neuroblastoma, um tumor infantil pouco usual, que desapareceram sem serem tratados, a maioria dos casos de câncer que desaparecem sozinhos, no que se conhece como cura espontânea, é considerada "uma raridade clínica", segundo de “The New York Times'” (NYT).
O jornal americano repercutiu um estudo realizado na Noruega e publicado em “The Archives of Internal Medicine”, que sugere que inclusive o câncer de mama invasivo, em algumas ocasiões, poderia desaparecer sem tratamento e em uma quantidade significativa de pacientes.
Neste estudo, comandado pelos médicos H. Gilbert Welch, Per-Henrik Zahl e Jan Maehlen, foram comparados dois grupos de mulheres de entre 50 e 64 anos de idade, em dois períodos de seis anos consecutivos cada um.

Em um dos grupos havia 109.784 mulheres, que foram estudadas entre 1992 e 1997 e as quais fizeram uma só mamografia; no outro havia 119.472, que foram analisadas entre 1996 e 2001 e que fizeram uma mamografia a cada dois anos.
Tumores em retrocesso

Segundo os pesquisadores, o resultado esperado era que em ambos os grupos se tivessem detectado quantidades similares de cânceres de mama, seja no final ou durante os períodos de estudo.
Mas ficou comprovado que no grupo que fez mamografia regularmente 1909 mulheres tinham sido diagnosticadas com câncer de mama invasivo em seis anos, e no grupo submetido a uma só mamografia houve 1564 mulheres com o mesmo diagnóstico no mesmo lapso de tempo.


Embora haja outras explicações para este fenômeno, para o médico Welch, da Escola de Medicina Geisel em Dartmouth (EUA), a explicação mais provável é que "algumas mulheres têm um tumor em um momento de sua vida e depois não o têm", ou seja, que seus tumores desapareceram.


Embora alguns especialistas rejeitem ou desprezem a ideia de uma cura espontânea, outros profissionais como o médico Robert M. Kaplan, da Escola de Saúde Pública da Universidade da Califórnia, em Los Angeles (EUA), expressou seu interesse sobre este estudo.


"Se outras pesquisas confirmarem estes resultados, em um futuro poderia ser possível que algumas mulheres optassem pela denominada "observação ou tratamento expectante", que inclui o controle periódico do tumor mamário para comprovar se ele cresce", declarou Kaplan ao “NYT”.


Por sua vez, uma equipe espanhola averiguou o motivo de alguns tumores desaparecerem totalmente ou seu tamanho se reduzir notavelmente, sem nenhuma intervenção terapêutica convencional, e suas conclusões foram publicadas nas revistas científicas “European Journal of Gastroenterology & Hepatology” e “Digestive Disease Sciences”.


Os autores revisaram os casos de regressões espontâneas (totais ou parciais e não atribuíveis à cirurgia ou tratamento oncológico) de tumores, compilados na literatura médica entre 1978 e 2007, constatando que é um fenômeno mais comum nos hepato-carcinomas (cânceres de fígado) que em outros tumores e que estes casos são mais frequentes do que se acreditava.
Segundo o hepatologista Bruno Sangro, da Clínica Universitária de Navarra (Espanha), coordenador deste trabalho, calcula-se que a regressão parcial ocorre entre dois e quatro casos de cada mil, e que de 1% a 2% dos pacientes podem experimentar algum tipo de regressão, na qual o tumor encolhe ou diminui.
Segundo os autores deste estudo, nas regressões poderiam intervir fatores imunológicos, que permitem que o paciente desenvolva uma potente resposta defensiva contra a doença e o ritmo de crescimento do tumor, já que quando este cresce rápido demais, não lhe dá tempo para tecer uma rede de vasos sanguíneos eficaz o bastante para nutri-lo.

Diabetes "de ida e volta"
Embora não possa ser considerada estritamente uma cura espontânea, um novo estudo dirigido pelo médico Edward Gregg, dos Centros para o Controle e a Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC, em inglês), demonstrou que embora a regressão do diabetes seja muito pouco frequente seria possível consegui-la mudando o estilo de vida.
Nesta pesquisa, uma em cada nove pessoas com diabetes conseguiu recuperar seu nível normal ou "pré-diabético" de açúcar no sangue, após seguir um programa no qual os participantes ingeriam entre 1.200 e 1.800 calorias diárias e praticavam atividade física pelo menos três horas por semana.
Depois de um ano, 11,5% dos participantes conseguiu uma redução do diabetes, pelo menos parcial, ou seja, que seus níveis de glicose no sangue se normalizassem sem que tomassem remédios. No grupo de controle, que não seguiu um programa intensivo de dieta e exercício, as reduções ocorreram em apenas 2% dos casos.
"Acredita-se que depois que o diabetes aparece, não há volta, nem redução nem cura, mas mudar para uma dieta saudável, um estilo de vida ativo e com controle do peso, facilita o manejo da doença e poderia ajudar a suspender a medicação e reduzir o risco de complicações", segundo Gregg, autor principal do estudo.
Por outro lado, algumas crianças menores de cinco anos diagnosticados de algum transtorno do espectro autista (TEA) perdem os sintomas, ao se tornarem maiores, segundo uma pesquisa financiada pelos Institutos Nacionais de Saúde Mental dos Estados Unidos (NIMH, em inglês) e comandada pela médica Deborah Fein, da Universidade de Connecticut-Storrs.
Esse estudo foi feito com 34 crianças e adolescentes que receberam um diagnóstico precoce de autismo e agora não apresentam sintomas, 44 com características autistas muito acentuadas, como a incapacidade emocional e atraso na aprendizagem, e outras 34 com um desenvolvimento normal do TEA, todas elas de entre oito e 21 anos de idade.
Apesar deste estudo não apresentar informação sobre a porcentagem de crianças diagnosticadas com autismo que poderiam perder os sintomas, segundo seus autores ele pode ajudar a esclarecer se as mudanças nas crianças assintomáticas se devem a uma normalização de sua função cerebral ou se seus cérebros foram capazes de compensar as dificuldades relacionadas a este problema.
"Embora normalmente o diagnóstico do transtorno do espectro autista não desapareça com o tempo, as conclusões obtidas neste relatório indicam que existe uma pequena porcentagem de casos em que se consegue superar este problema", segundo o diretor do NIMH, Thomas R. Insel. Fonte: Yahoo Notícias

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quinta-feira, 18 de julho de 2013

Bisturi inteligente pode identificar tecidos cancerosos

Médico estuda imagens de paciente com câncer em 4 de agosto de 2010 em Fayetteville, Carolina do Norte, EUA
Um novo tipo de bisturi "inteligente", capaz de diferenciar um tecido saudável de um canceroso, permitirá uma maior eficiência na remoção cirúrgica desses tumores - de acordo com um estudo publicado nos EUA nesta quarta-feira.
O chamado iKnife utiliza uma pequena corrente elétrica que gera um pouco de vapor, enquanto corta o tecido. Esse vapor é analisado, e o instrumento pode determinar se o tecido cortado é saudável, ou canceroso.
Testes em 91 pacientes mostraram que o "diagnóstico do iKnife é particularmente preciso" e "suficientemente confiável para um uso generalizado na sala de cirurgia", ressaltou o estudo americano, publicado no periódico "Science Translational Medicines".
O iKnife utiliza um espectrômetro de massa para analisar o vapor que escapa do tecido cortado e informar ao cirurgião, em apenas três segundos, a natureza do material que está cortando.
A técnica atual, em que uma amostra de tecido é enviada para um laboratório para sua análise, é "cara e muitas vezes insuficiente". Além disso, leva-se de 20 a 30 minutos, destacaram os cientistas húngaros e britânicos que participaram da pesquisa.
Por causa das deficiências tecnológicas atuais, muitas vezes, os pacientes devem se submeter a várias cirurgias, acrescentaram.
O iKnife "pode melhorar o diagnóstico de tumores e pode influir na tomada de decisões durante a operação, para melhorar em última instância os resultados em Oncologia", acrescentaram os autores do estudo.
Na Grã-Bretanha, são diagnosticados cerca de 300 mil novos casos de câncer por ano, o que requer 1,8 milhão de cirurgias, de acordo com o artigo.
A chefe de Cirurgia Oncológica do Hospital Lenox Hill (Nova York), Stephanie Bernik, considerou o estudo "impressionante".
"Isso pode ajudar os cirurgiões e os pacientes a evitar muitas cirurgias", ressaltou. "Deve-se aprovar essa ferramenta para uma escala maior, mas os primeiros resultados são muito interessantes".
À espera de novos testes, o iKnife ainda não está à venda e não há previsão de que seja comercializado antes de um ano. Fonte: Siga o Yahoo! Notícias no Twitter e no Facebook 

Doenças venéreas estão cada vez mais resistentes aos antibióticos

Congresso mundial de doenças sexualmente transmissíveis e Aids, em Viena
Algumas doenças venéreas resistem cada vez mais aos antibióticos, de acordo com especialistas internacionais reunidos em Viena no Congresso Internacional de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) e Aids.
"Um dos problemas atuais no que diz respeito às doenças sexualmente transmissíveis é a resistência aos antibióticos, que é a primeira coisa que os médicos prescrevem, ou seja, as cefalosporinas", explicou à AFP a austríaca Angelika Stary, presidente do congresso.
"Temos observado, como em décadas passadas com outros antibióticos, um aumento da resistência às cefalosporinas, particularmente na Ásia, e isso está se desenvolvendo rapidamente em outros continentes", acrescentou.
Os 1.500 participantes da conferência discutiram esta questão, entre outras.
"A história nos mostra que depois de um certo tempo de tratamento com antibióticos, a resistência acaba acontecendo. Tal é o caso com a penicilina, por exemplo," acrescentou.
"Esperamos que em um futuro próximo teremos novos antibióticos com uma taxa de cura de 100%. Há novos antibióticos no horizonte", explicou. Fonte: yahoo notícias

domingo, 14 de julho de 2013

Estudo relaciona complemento de ômega-3 a câncer de próstata

Farmácia em San Francisco, Califórnia, em 2009

Cientistas americanos confirmaram nesta quarta-feira as conclusões inesperadas de um estudo de 2011, segundo o qual os homens que consomem suplementos de ômega-3 têm maior probabilidade de desenvolver câncer de próstata.
A pesquisa, publicada no periódico do Instituto Nacional do Câncer americano, destaca que há 71% a mais de risco de contrair câncer agudo entre os homens que consomem peixe gordo, ou um suplemento de óleo de peixe.
"Demonstramos, mais uma vez, que o uso de suplementos nutricionais pode ser prejudicial", disse Alan Kristal, pesquisador do Centro Fred Hutchinson de Pesquisa do Câncer e principal autor do artigo.
Os cientistas ainda estão desconcertados com a relação entre os suplementos de ômega-3 e o câncer, mas tudo indica que há, de fato, relação na formação de tumores.
A mesma equipe publicou descobertas similares em 2011, quando relacionou as altas concentrações sanguíneas do ácido com um dos mais graves tipos de câncer de próstata.
Um grande estudo europeu também havia apontado a relação entre o ômega-3 e a doença.
"As recomendações para aumentar a ingestão de ácidos graxos de cadeia longa ômega-3, em particular, por meio de suplementos, deve levar em conta seus riscos potenciais", indicou a equipe de cientistas, voltando a colocar em debate a questão da confiabilidade dos suplementos nutricionais. Fonte: Yhaoo Notícias

Um exoplaneta azul como a Terra

(Ilustração) O exoplaneta HD 189733b
De um azul cobalto profundo, sua cor se assemelha à da Terra vista do espaço: pela primeira vez, astrônomos utilizando o telescópio espacial Hubble conseguiram determinar a verdadeira cor de um exoplaneta.
Mas a semelhança acaba aqui: localizado a 63 anos-luz de nosso planeta azul (600.000 bilhões de km), na constelação da Raposa (Vulpecula), este exoplaneta chamado HD 189733b é um gigante de gás, perfeitamente inóspito à vida, em órbita muito próxima à de sua estrela.
Sua atmosfera é quente, com um temperatura de mais de 1.000 graus Celsius. É varrido por ventos de 7.000 km/h e "chove vidro", segundo um comunicado da Agência Espacial Europeia (ESA).
HD 189733b é um dos exoplanetas mais próximos da Terra, que podem ser observados quando passa em frente as suas estrelas: durante este trânsito, os planetas imprimem sua assinatura na luz da estrela, que é analisada com a ajuda de espectrógrafos.
O HD 189733b já foi bastante estudado pelo Hubble e outros telescópios. Mas pela primeira vez, graças ao Hubble, uma equipe liderada por Frédéric Pont (Universidade de Exeter, no Reino Unido) conseguiu atribuir cor a um planeta fora do sistema solar.
Para determinar sua cor, os astrônomos mediram a quantidade de luz refletida na superfície de HD 189733b, uma propriedade chamada "albédo".
A medição da cor "é uma verdadeira novidade", ressaltou o pesquisador, citado em um comunicado da ESA. "Nós podemos imaginar como este planeta se pareceria se pudéssemos observá-lo diretamente", acrescentou.
Mas a cor azul do planeta não vem da reflexão de um oceano tropical... Deve-se a uma atmosfera gasosa e turbulenta, composta principalmente de hidrogênio e carregada de partículas de silicato, que transmite luz azul.
Observações anteriores, utilizando métodos diferentes, já haviam identificado uma difusão de luz azul sobre este planeta, mas as últimas observações do Hubble, publicadas na revista Astrophysical Journal Letters, confirmam esta impressão.
"É difícil saber exatamente o que dá cor à atmosfera de um planeta, mesmo para os planetas do sistema solar", observou Frédéric Pont. "Mas estas novas observações adicionam uma peça ao quebra-cabeça sobre a natureza e a atmosfera de HD 189733b. Nós traçamos um quadro mais completo deste planeta", acrescentou.
O planeta HD 189733b é um exoplaneta do tipo "Júpiter-quente". Os Júpiter-quentes são gigantes gasosos que orbitam muito perto de suas estrelas-mãe. HD 189733b está muito perto de sua estrela, apenas 1/30th da distância entre o Sol e a Terra. Mesmo Mercúrio, o planeta mais próximo do Sol, está 10 vezes mais longe.
O HD189733b gira em torno de sua estrela em 53 horas e é cerca de 10% maior e com mais massa do que Júpiter.
Desde o início dos anos 1990, quase 900 planetas orbitando em torno de outras estrelas que não o nosso Sol foram descobertos, segundo os últimos dados da Nasa. Estatisticamente, recentes estudos consideram que poderiam existir no total vários milhões no Universo.
Lançado em 1990, o telescópio espacial Hubble é um projeto em cooperação internacional entre a ESA e a NASA. Fonte: Siga o Yahoo! Notícias no Twitter e no Facebook 

Anticorpos maternos são nova pista para autismo (estudo)

As mulheres grávidas passam seus anticorpos para o feto
Anticorpos maternos que têm como alvos as proteínas no cérebro do feto podem desempenhar um papel no desenvolvimento de algumas formas de autismo, de acordo com um estudo publicado nesta terça-feira.
Realizado em 246 mães de crianças com "transtornos do espectro autista" e 149 mães de crianças saudáveis, o estudo mostrou que quase um quarto das mulheres do primeiro grupo tinham uma combinação diferente destes anticorpos do que aquelas do segundo grupo.
Os "transtornos do espectro autista" (TEA) incluem variedades diferentes de autismo, entre elas a síndrome de Asperger, que afeta crianças muito inteligentes, mas com grande dificuldade em interações sociais.
Os anticorpos são proteínas essenciais para o sistema imunológico. Eles detectam e neutralizam substâncias estranhas ao corpo, tais como vírus e bactérias.
As mulheres grávidas passam seus anticorpos para o feto, o que lhe permite defender-se de infecções até os 6 meses de idade, enquanto seu sistema imunológico ainda está imaturo.
Mas eles podem também, de acordo com o estudo publicado na revista Translational Psychiatry, transmitir anticorpos que impedem que o cérebro se desenvolva corretamente.
"Descobrimos que 23% das mães de crianças autistas têm auto-anticorpos contra proteínas que são necessárias para um desenvolvimento neurológico saudável", explicou à AFP Judy Van De Water autora do artigo, professora da Universidade da Califórnia, que afirma que esses anticorpos não estavam presentes em mães de crianças não-autistas.
Os sintomas também se mostraram mais graves em crianças nascidas de mães com o anticorpo em questão do que em comparação com crianças autistas nascidas de mães sem esses anticorpos.
Os TAE afetam cerca de um em cada 100 nascimentos nos países ocidentais. Os meninos são três vezes mais afetados do que as meninas por esta doença, cujas origens permanecem obscuras.
A equipe da Dra. Van de Water foi capaz de identificar 11 diferentes combinações de sete proteínas alvo de anticorpos associadas aos TEA, cada um dos quais tem um risco diferente do transtorno autista.
O objetivo agora é encontrar marcadores capazes de identificar o risco de TEA, o que permitiria "uma intervenção precoce" para ajudar crianças com autismo para "melhorar o seu comportamento e capacidades", observa Van de Water.
Em um estudo separado, os pesquisadores liderados por Melissa Bauman, também da Universidade da Califórnia, expuseram oito fêmeas de macacos-rhesus grávidas aos anticorpos maternos relacionados ao TEA e chegaram a resultados semelhantes: os macacos recém-nascidos dessas mães "mostraram diferenças de comportamento, incluindo reações inadequadas em relação a outros macacos", observa o estudo. Fonte: Yahoo Notícias

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Nova terapia genética é esperança para doenças infantis raras

(Arquivo) Ilustração da dupla hélice de DNA

Uma nova terapia genética se mostrou promissora na eliminação de dois tipos de doenças infantis raras, aparentemente sem risco de causar câncer, revela uma pesquisa internacional publicada nesta quinta-feira.

O método utilizou um vetor do vírus HIV e as células-tronco do sangue dos próprios pacientes para corrigir uma versão defeituosa de um gene, segundo a pesquisa publicada na revista americana "Science".
Como resultado, seis crianças estão melhorando 18 a 32 meses depois de suas operações, afirmou o principal cientista da equipe, Luigi Naldini, do San Raffaele Telethon Institute for Gene Therapy, em Milão.
"Três anos depois do começo dos testes clínicos, os resultados obtidos dos primeiros seis pacientes são animadores. A terapia não apenas é segura, como eficiente e capaz de mudar a história clínica dessas doenças graves".
Três das crianças sofrem de leucodistrofia metacromática, uma doença do sistema nervoso causada por uma mutação do gene ARSA. Os bebês com essa doença parecem saudáveis quando nascem, mas, à medida que crescem, perdem faculdades motoras e cognitivas. Não há cura.
A nova terapia genética deteve o avanço da doença em três dessas crianças, informaram os pesquisadores.
Os outros três menores estudados têm a síndrome de Wiskott-Aldrich, originada por mutações no gene WAS, o que gera infecções recorrentes, doenças autoimunes, sangramentos frequentes e um maior risco de câncer. O tratamento reduziu os sintomas até estes sumirem completamente nas crianças, acrescentaram os pesquisadores.
Tentativas anteriores de terapias genéticas para diversas doenças, entre elas a síndrome de Wiskott-Aldrich, mostraram um certo êxito, mas no longo prazo descobriu-se que os pacientes com problemas imunológicos desenvolveram leucemia.
Os cientistas acreditam que os vetores virais utilizados no passado possam ter ativado, de algum modo, uma parte do DNA responsável pelo câncer.
Os pesquisadores têm sido bastante prudentes com os testes de terapia genética em humanos desde a morte em 1999 do adolescente americano Jesse Gelsinger. Sua participação em um teste por uma doença rara do metabolismo devastou seu sistema imunológico, o que levou à sua morte por falência múltipla dos órgãos.
O novo método retira células-tronco de hemocitoblasto da medula óssea do paciente e introduz uma versão corrigida do gene defeituoso, utilizando vetores virais derivados do HIV. Quando as células tratadas são reinjetadas nos pacientes, começam a criar proteínas desaparecidas em órgãos-chave.
"Até agora, não vimos uma forma de criar células-mãe utilizando uma terapia genética que seja tão eficiente e segura como essa", afirmou o pesquisador Eugenio Monti, acrescentando que "os resultados abrem caminho para novas terapias para outras doenças mais comuns".
Os dois testes tiveram início em 2010. Participaram deles seis pacientes com síndrome de Wiskott-Aldrich e dez com leucodistrofia metacromática.
Os resultados publicados na "Science" se referem aos seis primeiros pacientes tratados pelo tempo suficiente para que os pesquisadores pudessem emitir suas primeiras conclusões com segurança. A equipe afirma, porém, que são necessários um acompanhamento maior e mais testes em pacientes humanos para confirmar a segurança e a eficácia da terapia. Fonte: Tahoo Notícias

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Mais de 10% da população mundial pode ser afetada por mudanças climáticas em 2100

Nível de água no reservatório de Los Laureles, Honduras, abaixo da capacidade nesta foto de 29 de abril de 2011
Mais de 10% da população mundial poderá ser seriamente afetada em 2100 pelas consequências da mudanças climáticas, advertiu um estudo internacional publicado nesta segunda-feira, que identifica os "pontos quentes" mais afetados em todo o mundo.
Esses "pontos quentes" são definidos como aqueles nos quais pelo menos dois dos aspectos-chave para a vida humana - plantações, acesso à água, ecossistemas e saúde - serão afetados pelo aquecimento global, se não forem reduzidas as emissões de gases causadores do efeito estufa e se a temperatura aumentar uma média de 4°C em relação ao período 1980-2010.
Esses locais são especialmente numerosos no sul da Amazônia, com "mudanças importantes" nas condições de acesso à água potável, aos cultivos e aos ecossistemas, destacou o estudo publicado na Atas da Academia Nacional de Ciências (PNAS, na sigla em inglês), uma revista científica americana.
A segunda região mais afetada é o sul da Europa, devido à maior dificuldade de acesso à água e às más colheitas, de acordo com a pesquisa dirigida por Franziska Piontek, do Instituto para a Investigação sobre o Impacto do Clima em Potsdam, na Alemanha.
"As consequências das mudanças climáticas em diferentes aspectos cruciais podem interagir entre si e multiplicar a pressão gerada nos hábitats das populações nas regiões afetadas", explicou Piontek.
Esses efeitos começam a ser observados com um aumento de 3°C da temperatura em comparação à média do intervalo 1980-2010. Com um aumento de 4°C, 11% da população mundial seria gravemente impactada, completou o estudo.
Outros "pontos quentes" do mundo estariam na América Central e nas regiões tropicais da África e as terras altas da Etiópia. Algumas partes do sul da Ásia também sofreriam devido às más colheitas, ao difícil acesso à água e a mudanças nos ecossistemas.
"O que hoje se considera uma situação extrema pode chegar a ser normal", advertiu Qiuhong Tang, da Academia de Ciências da China.
Porém, nenhuma região do mundo seria afetada ao mesmo tempo nos quatro setores-chave avaliados, em função do modelo usado para este tipo de trabalho.
Segundo esses modelos, grande parte da África não está entre os "pontos quentes" destacados. Os autores do estudo apontam, contudo, que provavelmente essa parte apareceria se as secas, ou as inundações, fossem consideradas entre os parâmetros analisados.
Este estudo utiliza modelos matemáticos para projetar como o aquecimento global vai mudar a vida da população de todo o planeta. Ele contou com a participação de pesquisadores de Estados Unidos, China, Europa e Japão. Fonte. Yahoo Notícias

Cientistas apresentam notícias promissoras na busca da cura da Aids

(Arquivo) Grupo de estudantes solta balões pela luta contra a aids, em Viena
Os cientistas que pesquisam um tratamento para o HIV apresentaram notícias encorajadoras durante uma conferência sobre a Aids que terminou nesta quarta-feira em Kuala Lumpur, Malásia.
Entre as experiências se discutiu o caso do "bebê de Mississippi". O bebê, infectado pelo vírus da Aids (HIV) contraído no ventre de sua mãe, recebeu um coquetel de três drogas nas primeiras 30 horas de vida e por 18 meses consecutivos.
Quinze meses após a terapia tripla, o bebê ainda não apresenta traços de HIV no sangue.
Também foram citados os casos de dois homens HIV-positivos que receberam transplante de medula óssea e passaram a não apresentar sinais do vírus, respectivamente, 15 e sete semanas após o término do tratamento.
No entanto, estes sinais encorajadores não significam que existe uma cura milagrosa, advertem os cientistas.
Mas os novos casos revelam a possibilidade do completo desaparecimento do vírus em pacientes - um objetivo inimaginável há apenas alguns anos - ou, pelo menos, o controle de longa duração da doença, também chamada de "remissão funcional", que acaba com a necessidade do uso diário de tratamentos antirretrovirais.
Os tratamentos antirretrovirais, que surgiram na década de 1990, melhoraram gradualmente, mas milhões de pacientes em todo o mundo ainda precisam tomá-los por toda a vida.
Quase 34 milhões de pessoas estão infectadas com o HIV em todo o mundo, e 1,8 milhões morrem com esta doença a cada ano.
A única cura total conhecida até o momento é a de Timothy Brown, chamado de "o paciente de Berlim". Ele recebeu tratamento para leucemia e se declarou curado depois de um transplante de medula óssea de um doador que tinha uma mutação genética rara que impedia o HIV entrar nas células.
Enquanto isso, cientistas franceses apresentaram dois estudos em Kuala Lumpur, ANRS Optiprim e Visconti, destacando a importância do tratamento precoce para controlar a infecção pelo HIV.
"Dada a diminuição significativa de depósitos nestes dois estudos, não podemos excluir a possibilidade de uma remissão funcional, ou seja, o controle a longo prazo da infecção sem tratamento, a curto prazo pode ser obtida em pacientes tratados precocemente", destacou Jean-François Delfraissy, diretor da Agência Nacional de Pesquisas sobre Aids e Hepatites Virais da França Fonte: Siga o Yahoo! Notícias no Twitter e no Facebook