quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Quais são os animais que vivem mais tempo?

Há Animais Que Nunca Morrem!

Quem acha que chegar aos 100 anos de idade é muito precisa se aprofundar no mundo animal e ver do que a natureza é capaz. Há notícias de animais com 100, 150, 200 anos de idade e até mesmo imortais. Com propriedades biológicase expectativa de vida invejáveis, eles habitam os mais diferentes lugares. Listamos abaixo os animais com maior expectativa de vida.
Foto: Reprodução/ YoutubeÁgua viva imortal (Turritopsis nutricula)
Qual idade pode atingir? Imortal
Por que vive tanto? Esta espécie de água-viva consegue expandir seu tempo de vida por meio de um método em que as células passam por mutações, transformando-se em outro tipo de célula ou renovando-se completamente. Com isso, a Turritopsis consegue voltar ao seu estado juvenil (fase de pólipo) e recomeçar. Quando ela chega à fase madura, ao invés de envelhecer e morrer como ocorre com a maioria dos animais, consegue retornar para a fase jovem e renovar o processo de vida.
Reprodução/ YoutubeMolusco (Arctica islandica)
Qual idade pode atingir? Pode viver mais de 400 anos.
Por que vive tanto? Ele vive enterrado no fundo do oceano Atlântico, é pouco móvel o que faz com que tenha uma demanda energética pequena. Suporta temperaturas extremamente baixas e aguenta grandes restrições alimentares. Com isso, ele consegue reduzir o seu metabolismo a apenas 10% dos níveis normais. Ele também tem baixos níveis de proteínas e outras moléculas oxidadas (ajudam no envelhecimento celular), o que pode ajudar a garantir uma maior sobrevida.
Link para imagem ou vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=dYQmEgODRHg
Baleia-da-Groenlândia (Balaena mysticetus)
Qual idade pode atingir? 210 anos.
Por que vive tanto? Não se sabe ao certo se há uma única coisa que leve esses animais a chegarem aos 210 anos. Elas possuem uma densa camada de gordura, que pode chegar a 50 cm e que ajuda a manter a temperatura corporal, mesmo nos dias mais frios. O formato do seu corpo, que lembra um bulbo, ajuda a reduzir a sua área de superfície quando comparado a outras baleias, o que também colabora com a manutenção da sua temperatura e permite que ela viva bem em regiões mais geladas.
Link para imagem ou vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=J1aqJ6tleuY
Foto: ReproduçãoJabuti Harriet (Testudinipae cytodira)
Qual idade pode atingir? 175 anos de idade
Por que vive tanto? Um indivíduo da espécie que reside no arquipélago britânico de Santa Helena, no sul do Atlântico, conseguiu chegar a 175 anos de idade e faleceu em 2005. Não há nenhuma alteração morfológica específica que justifique tanto tempo de vida.

Avanços no tratamento de lesões cerebrais podem reduzir doações de órgãos

Cérebro é conservado no museu Dupuytren, d afaculdade de medicina de Paris, em 10 de julho de 2013
O êxito na prevenção e no tratamento de traumas cerebrais na última década teve como consequência indesejada uma redução nos órgãos disponíveis para transplante, revelou um novo estudo canadense apresentado esta terça-feira.

Cientistas da Universidade de Calgary examinaram 2.788 pacientes adultos com lesões cerebrais, que deram entrada nos hospitais do sul de Alberta durante um período de 10,5 anos.
Eles descobriram que o número de pacientes com morte cerebral declarada caiu de 8,1% em 2002 para 4% em 2012.
Esta forte queda refletiu uma redução no número de mortos e feridos em acidentes de trânsito, um aumento no uso de capacetes em bicicletas e esquis, assim como avanços na hora de tratar traumas cranianos, afirmaram os cientistas.
Embora pareçam boas notícias, esses fatos não são tão bons para quem está na fila aguardando a doação de um órgão, concluíram.
"Estes resultados podem refletir evoluções positivas na prevenção e no tratamento de traumatismos cerebrais", afirmaram os pesquisadores.
"No entanto, a doação de órgãos após a morte cerebral constitui uma das principais fontes de órgãos para transplantes", acrescentaram.
"Sendo assim, as descobertas podem ajudar a explicar as taxas relativamente paralisadas de doações de órgãos de pessoas falecidas em algumas regiões do Canadá, que ao mesmo tempo têm implicações importantes no cuidado dos pacientes com insuficiência terminal de órgãos", prosseguiram.
Os resultados da pesquisa foram publicados esta semana na última edição da revista científica da Associação Médica Canadense. fonte: yahoo notícias

domingo, 27 de outubro de 2013

Ocorrência de AVC aumenta na faixa entre 20 e 64 anos

Os acidentes vasculares cerebrais (AVC) atingem um número cada vez maior de adultos com menos de 65 anos, sobretudo nos países em desenvolvimento

Os acidentes vasculares cerebrais (AVC) atingem um número cada vez maior de adultos com menos de 65 anos, sobretudo nos países em desenvolvimento - de acordo com dois estudos publicados quinta-feira na revista médica britânica "The Lancet".
Embora a ocorrência de AVC esteja tradicionalmente associada ao envelhecimento e continue sendo de fato mais frequente nas pessoas de mais idade, um amplo estudo com dados de 119 países mostra que o número de casos de AVC aumentou 25% em duas décadas na faixa etária de 20 a 64 anos. O percentual desse grupo subiu de 25% do total, em 1990, para 31%, em 2010.
De acordo com o estudo, foram registrados mais de 16,9 milhões de casos de AVC pelo mundo, em 2010, o que corresponde a um aumento de 68% em relação a 1990.
Uma parte crescente do total de 11,6 milhões dos AVCs isquêmicos e dos 5,3 milhões dos hemorrágicos foi registrada nos países em desenvolvimento e nas pessoas com menos de 64 anos.
Um AVC pode ser provocado por um coágulo de sangue que reduz a circulação sanguínea cerebral (AVC isquêmico), ou pela ruptura de um vaso sanguíneo dentro do cérebro (AVC hemorrágico).
A hipertensão arterial é um fator de risco, assim como o sedentarismo, a obesidade e o tabagismo.
Enquanto a taxa de mortalidade de ambos os tipos caiu sensivelmente (37%) nos últimos 20 anos nos países desenvolvidos, ela aumentou em 42% nas nações em desenvolvimento. Agora, esse grupo representa a maior fatia das 5,9 milhões de mortes observadas no mundo em 2010 - ou seja, 84% dos cerca de 3 milhões de óbitos por AVC hemorrágico e 57% das 2,98 milhões de mortes por AVC isquêmico.
Se a tendência se mantiver, o número de mortes pode dobrar até 2030, assim como o número de sobreviventes a um AVC (70 milhões em 2030, contra 33 milhões em 2010) - alertam os autores desses estudo, dirigido pelo professor neozelandês Valery Feigin.
Os especialistas afirmam também que, se nada for feito em termos de prevenção nos países em desenvolvimento, os casos de AVC continuarão a atingir um número crescente de pessoas jovens.
Em comentário complementar a essa análise, Graeme Hankey, da Universidade da Austrália Ocidental, defendeu "estratégias globais, visando a reduzir o consumo de sal, de calorias, de álcool e do cigarro". Fonte: yahoo notícias

Capacidade de ocultação do HIV é desafio para busca da cura

Amostra de pessoa que vive com HIV é vista em laboratório que realiza pesquisas sobre Aids em 13 de setembro de 2013, na cidade de Abidjan, na Costa do Marfim

A medicina moderna pode manter o HIV isolado, mas a cura ainda está longe, e cientistas dizem que a razão pode estar na quantidade de esconderijos do vírus, maior que o esperado.
Traços de HIV podem ficar adormecidos nas células imunológicas do corpo e este reservatório latente é 60 vezes maior do que se estimava anteriormente, revelou um novo estudo publicado na revista Cell.
As descobertas, baseadas em três anos de experiências de laboratório, explicam porque o vírus da Aids costuma retornar sutilmente, podendo provocar uma manifestação completa da doença se a pessoa infectada parar de tomar medicamentos antirretrovirais.
"Os resultados do nosso estudo certamente mostram que encontrar uma cura para a Aids será muito mais difícil do que pensávamos e ansiávamos", afirmou o pesquisador sênior Robert Siliciano, professor da Escola de Medicina da Universidade Johns Hopkins.
Em 1995, Siliciano já tinha demonstrado que reservatórios do HIV adormecido estavam presentes nas células imunológicas.
Há 213 provírus conhecidos ou vestígios de HIV que permanecem nas células e tecidos de todo o corpo mesmo que o vírus seja indetectável no sangue.
A mais recente pesquisa demonstrou que 25 deles - um total de 12% - poderiam se reativar, replicar seu material genético e infectar outras células.
Isto surpreendeu a equipe de cientistas, porque estes provírus não induzidos tinham anteriormente sido vistas como defeituosos, consequentemente sem desempenhar qualquer papel na volta da infecção.
O estudo revelou que a frequência média de provírus não induzidos intactos foi "pelo menos 60 vezes maior" do que vírus latentes potencialmente perigosos que os cientistas já conheciam.
Para se chegar à cura, todos estes provírus intactos não induzidos precisam ser eliminados, afirmam especialistas.
Mais de 34 milhões de pessoas vivem com HIV em todo o mundo. A pandemia, que já tem 30 anos, mata cerca de 1,8 milhão de pessoas todos os anos.
No entanto, a existência de um punhado de soropositivos no mundo, descritas como em remissão ou potencialmente curadas do HIV, tem despertado a esperança de uma possível cura da Aids, embora estes casos sejam raros.
O mais conhecido deles, Timothy Brown - um americano conhecido como "paciente de Berlim" - se livrou do vírus após um transplante de medula que o curou, tanto de leucemia quanto da infecção por HIV.
Outro caso recente é o de uma menina, infectada no útero, que recebeu fortes doses de antirretrovirais logo após o nascimento até os 18 meses de idade.
Nesta ponto, a mãe da criança deixou de levá-la ao médico e de lhe dar a medicação. Um estudo publicado nesta quarta-feira mostrou que a menina, hoje com 3 anos, não tem qualquer vestígio de HIV no sangue, apesar de ficar sem tratamento por tanto tempo.
Testes clínicos para verificar a abordagem em ampla escala em crianças nascidas em países de rendas baixa e média devem começar no ano que vem.
"Embora a cura da infecção por HIV possa ser alcançada em situações especiais, a eliminação do reservatório latente é um grande problema e ainda não está claro quanto tempo levará para encontrarmos uma saída para isto", disse Siliciano. fonte: yahoo nóticias

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Descoberta na Guiana nova espécie de peixe elétrico

Foto divulgada em 22 de outubro de 2013 mostra peixe elétrico descoberto na Guiana
Um grupo internacional de cientistas descobriu uma nova espécie de peixe elétrico em um rio da Guiana, informou nesta terça-feira o coordenador da missão, o colombiano Javier Maldonado, que publicou a descoberta na revista científica Zoologica Scripta.

O novo animal, denominado 'Akawiao penak', é um peixe de água doce, mede no máximo 10 centímetros e difere de outros animais em seus ossos e na morfologia craniana, disse à AFP Maldonado, um cientista da Universidade Javeriana de Bogotá, especializado em peixes elétricos.
Os cientistas, que publicaram sua descoberta em agosto de 2013 na revista científica arbitrada Zoologica Scripta, analisaram ainda o DNA e traçaram a árvore evolutiva deste peixe anguiliforme que habita o rio Mazaruni. Assim, determinaram que o animal representa um novo gênero e, portanto, uma nova categoria taxonômica.
Maldonado explicou que o 'Akawiao penak' pertence a um grupo de peixes popularmente conhecidos como "facas", pelo formato do corpo, ou elétricos, devido à capacidade de produzir e detectar campos elétricos, os quais usa para navegar, identificar objetos e se comunicar com outros peixes da sua espécie.
Estes peixes, que têm uma visão muito limitada e habitam zonas turvas do rio, produzem e detectam cargas elétricas, com as quais obtêm informações de seu entorno.
"A maioria das descargas não são perceptíveis, isto é (os peixes) podem ser agarrados com a mão, já que a frequência é muito baixa. Não se pode vê-los, mas podem ser escutados, este som se grava", disse Maldonado.
As missões de explorações da equipe de pesquisa foram organizadas pelo Royal Ontario Museum, do Canadá, e a Universidade da Guiana, em Georgetown.
"O fato de esta área ser tão remota e ter estado isolada tanto tempo indica que seja muito provável encontrar novas espécies", afirmou Nathan Lovejoy, membro da missão, no jornal da Universidade de Toronto. fonte: yahoo notícias

Evolução fez roedor ficar imune ao veneno de escorpião

Rato-gafanhoto se aproxima de um escorpião que ele acabou de matar
O rato gafanhoto ('Onychomys torridus') é insensível às picadas de uma espécie de escorpião, uma raridade resultante da evolução que permite a este roedor da América do Norte alimentar-se deste inseto, reporta uma pesquisa que será publicada esta sexta-feira nos Estados Unidos.
Esta exceção biológica poderia ajudar os cientistas a desenvolver tratamentos contra a dor e antídotos para o veneno deste escorpião, o 'Centruroides sculpturatus'.
Não é comum que a evolução neutralize o mecanismo da dor que permite proteger o corpo das agressões externas e identificar uma doença, afirmam cientistas, cujo estudo será publicado na edição desta sexta da revista americana Science.
Para descobrir o segredo da resistência do rato gafanhoto, os cientistas estudaram os efeitos do veneno desta espécie de escorpião em outros ratos desprovidos deste mecanismo biológico.
Descobriu-se que as toxinas do veneno do escorpião neutralizam certos neurônios no rato gafanhoto, mas as ativam em outros roedores.
O veneno destes escorpiões contém poderosas neurotoxinas que agem no sistema nervoso central e no sistema circulatório, provocando intensas contrações musculares e insuficiência respiratória.
Depois de uma série de experimentos, os cientistas, entre eles Ashlee Rowe, da Universidade do Texas (Austin, sul), comprovaram que o veneno ativa alguns receptores da dor nos ratos normais, como em todos os mamíferos, mas isto não ocorre no rato gafanhoto.
Neste último, os biólogos descobriram que outro receptor, produto de uma mutação, gera aminoácidos diferentes, capazes de unir as toxinas do veneno e neutralizar todos os outros neurônios receptores da dor ao redor.
De fato, segundo os cientistas, o veneno parece desativar temporariamente qualquer forma de dor no rato gafanhoto.
Este mecanismo de defesa é similar ao observado no rato-toupeira-pelado, insensível à dor, o que lhe permite suportar níveis muito elevados de dióxido de carbono nas galeri fonte: yahoo notícias

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Cientistas americanos descobrem "relógio biológico" do DNA

Londres, 21 out (EFE).- Cientistas americanos descobriram um mecanismo no DNA que funciona como uma espécie de "relógio biológico" que pode medir a idade dos tecidos e dos órgãos e que ajudaria a entender o processo de envelhecimento, informou a revista "Genome Biology".
Segundo a pesquisa realizada por especialistas da Universidade da Califórnia, em Los Angeles (EUA), o relógio mostra que apesar de muitos tecidos saudáveis envelhecerem ao mesmo ritmo que o corpo em seu conjunto, alguns passam pelo processo mais rápido ou mais lentamente.
Os pesquisadores acham que destrinchar seu funcionamento ajudará a entender o processo de envelhecimento e também a desenvolver remédios para controlá-lo.
"Seria muito emocionante desenvolver intervenções terapêuticas para reajustar o relógio e com otimismo nos manter jovens", disse Steve Horvath, professor de genética da Universidade da Califórnia e responsável pela pesquisa.
De acordo com a análise, Horvath avaliou o DNA de quase oito mil mostras de 51 tipos de tecido e células do corpo, mas em particular observou como a metilação, um processo natural que modifica quimicamente o DNA, varia com a idade.
O relógio biológico se acelera nos primeiros anos de vida até os 20 anos, depois reduz sua velocidade e mantém um ritmo contínuo, segundo a investigação, que indica que ainda se desconhece se as mudanças no DNA causam o envelhecimento.
"O desenvolvimento do cabelo branco é uma marca de envelhecimento, mas ninguém poderia dizer se causa envelhecimento", acrescentou Harvath.
Este relógio biológico revelou resultados particulares, já que os testes dos tecidos saudáveis do coração mostram que sua idade biológica é aproximadamente nove anos mais jovem do que o pensado, enquanto os tecidos mamários femininos envelhecem mais rápido que o resto do corpo.
"Os tecidos mamários femininos, inclusive os saudáveis, parecem mais velhos que outros do corpo humano. Isto é interessante levando em conta que o câncer de mama é o câncer mais recorrente nas mulheres. Além disso, a idade é um dos fatores de risco do câncer, de modo que este tipo de resultado poderiam explicar por que o câncer de mama é tão recorrente", acrescentou Horvath. EFE  Fonte: Siga o Yahoo Notícias no Twitter e no Facebook 

Pesquisadores descobrem biomarcadores que detectam o câncer de pulmão


Barcelona, 21 out (EFE).- Pesquisadores espanhóis identificaram dois novos biomarcadores que ajudam a detectar e prevenir o câncer de pulmão nas pessoas que padecem da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC).
Segundo informou nesta segunda-feira o Hospital do Mar de Barcelona, onde o estudo foi realizado, os especialistas constataram pela primeira vez que se os níveis de oxidação e inflamação celulares estiverem elevados nas vias aéreas de aparência normal e afastados da lesão tumoral, poderia haver um câncer de pulmão.
O estudo publicado pela revista "Free Radical Biology and Medicine" é o primeiro que descreve os níveis de estresse oxidativo e de inflamação no sangue e nas vias aéreas - parte superior do aparelho respiratório - distantes da zona do tumor nos pacientes com câncer de pulmão.
O estresse oxidativo é o desequilíbrio entre a produção de oxidantes e de antioxidantes nas células, e é o responsável em parte pela deterioração celular.
Em conjunto com a inflamação, são dois parâmetros relacionados com a progressão do câncer de pulmão.
Até agora, as pesquisas tinham se concentrado no estudo destes parâmetros no sangue e no tecido tumoral, mas esta nova investigação os analisa pela primeira vez nas zonas do aparelho respiratório não afetadas pela lesão tumoral.
Os pesquisadores compararam as variáveis fisiológicas, clínicas e biológicas de 52 pacientes com câncer de pulmão, com e sem Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC).
Estes dados se compararam com um grupo controle de 21 pessoas sem câncer, a metade com DPOC e a outra metade sem esta doença.
"Independentemente da presença da DPOC, verificamos que os níveis de estresse oxidativo e de inflamação aparecem mais elevados no sangue e nas vias aéreas dos pacientes com câncer, em comparação com o grupo controle", explicou Esther Barreiro, pneumologista do Hospital do Mar.
O estudo também identificou diferentes biomarcadores que no futuro podem servir para prever o desenvolvimento de câncer de pulmão em pacientes com DPOC.
O DNA danificado por oxidação e o fator de necrose tumoral alfa (TNF-a), um tipo de proteína relacionada com a inflamação, mostrava valores mais elevados nos pacientes com câncer de pulmão e que ao mesmo tempo tinham DPOC.
A DPOC se caracteriza por uma progressiva limitação crônica não reversível do fluxo aéreo, e é uma doença que não só afeta o pulmão, mas tem manifestações em todo o organismo. Ela é causada em 90% dos casos pelo consumo de tabaco.
O tabaco também é a principal causa do câncer de pulmão, o tipo de câncer mais frequente no mundo, com 1,4 milhão de novos casos por ano.
O câncer de pulmão é constatado de duas a cinco vezes mais em pacientes com DPOC do que nos fumantes sem a doença. EFE  Fonte: Siga o Yahoo Notícias no Twitter e no Facebook 

sábado, 19 de outubro de 2013

Poluição do ar provoca câncer, alerta OMS

A Organização Mundial de Saúde (OMS) se baseou em resultados de milhares de estudos
A poluição do ar provoca câncer, anunciou nesta quinta-feira a Organização Mundial de Saúde (OMS), com base em resultados de milhares de estudos.
O Centro Internacional de Pesquisas sobre o Câncer (CIIC), uma agência da OMS, classificou a poluição do ar na categoria "cancerígena segura", anunciou nesta quinta-feira, em Genebra, seu diretor, Christopher Wild, em uma coletiva de imprensa.
O CIIC já havia classificado o diesel e as partículas finas na categoria "cancerígena segura" em junho de 2012.
"Os especialistas concluíram que existem provas suficientes de que a exposição à poluição do ar causa câncer de pulmão. Também notaram uma associação com um risco maior de câncer de bexiga", indicou o CIIC em um comunicado.
A organização ressaltou que os transportes, a indústria e a agricultura são alguns dos causadores desta poluição.
Estas foram as conclusões alcançadas pelos especialistas, reunidos durante vários dias na cidade de Lyon (centro-leste da França), que analisaram as conclusões de milhares de estudos realizados em todo o mundo.
"Os resultados dos estudos apontam na mesma direção: o risco de desenvolver câncer de pulmão aumenta de forma significativa nas pessoas expostas à poluição atmosférica", declarou o médico Dana Loomis, do CIIC.
Segundo números desta agência, em 2010 223.000 pessoas morreram de câncer de pulmão relacionado à poluição do ar.
Ar poluído
"O ar que respiramos foi contaminado com uma mistura de substâncias que provocam câncer", lamentou o médico Kurt Straif do CIIC.
"Agora sabemos que a poluição do ar exterior não apenas é um risco maior para a saúde em geral, mas também uma causa ambiental que provoca mortes por câncer", acrescentou.
Por enquanto, os dados não permitiram estabelecer se um grupo da sociedade em particular (homens ou mulheres, jovens ou idosos) é mais vulnerável que outros. Mas "as pessoas mais expostas (à poluição do ar) são as mais vulneráveis", indicou o médico Kurt Straif do CIIC.
Além disso, os estudos confirmam que nos últimos anos os níveis de exposição à poluição do ar aumentaram significativamente em algumas regiões do mundo, em particular nos países mais populosos e em crescimento industrial rápido, como a China.
A organização ressalta em um comunicado que os transportes, a indústria e a agricultura são alguns dos causadores desta poluição.
"Classificar a poluição do ar exterior como cancerígena para o ser humano é uma etapa importante", declarou Wild.
"Existem maneiras eficazes de reduzir a poluição do ar e, dada a magnitude da exposição (à poluição) que afeta pessoas de todo o mundo, este relatório deve enviar um sinal forte à comunidade internacional para que atue sem demora", acrescentou o diretor do CIIC.
A agência da OMS publicará conclusões mais detalhadas no dia 24 de outubro no site do The Lancet Oncology. Fonte: yhaoo notícias

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Cientistas descobrem mais antigo sistema nervoso conhecido

Aranha é vista na cidade francesa de Rennes em 26 de setembro de 2013
Paleontólogos anunciaram nesta quarta-feira em um artigo na revista Nature a descoberta do mais antigo sistema nervoso completo conhecido, encontrado em uma criatura fossilizada incomum que viveu 520 milhões de anos atrás.
Com apenas três centímetros de comprimento, o animal pertenceu à classe Megacheira, grupo de animais marinhos com garras que viveram no período Cambriano, uma época de biodiversidade exuberante.
Encontrado na formação Chengjiang, uma arca do tesouro situada na província de Yunnan, sudoeste da China, esta peça de museu revela, com riqueza de detalhes, a espinha, os olhos, o cérebro e os gânglios da criatura, afirmaram os cientistas.
Uma imagem tridimensional do achado foi gerada com escâner de tomografia computadorizada, cujo uso é mais frequente na Medicina, para ajudar outros cientistas a compará-lo com espécies modernas e antigas.
A criatura tinha um corpo alongado e segmentado, ligado a membros que lhe permitiam nadar ou rastejar. A cabeça tinha uma garra longa e semelhante a uma tesoura, que provavelmente era usada para agarrar ou sentir.
A descoberta fornece datação para quando os ancestrais das atuais aranhas, escorpiões e outros membros da família chamada Chelicerata, se distanciaram de outros artrópodes, que incluem crustáceos e diplópodes.
"Sabemos agora que os megacheiras tinham sistemas nervosos centrais muito similares aos caranguejos-ferradura e escorpiões", disse o principal autor do estudo, Nicholas Strausfeld, professor de neurociência da Universidade do Arizona.
"Isto significa que os ancestrais das aranhas e sua família viveram lado a lado com os ancestrais dos crustáceos no Cambriano Inferior", acrescentou. Fonte: yahoo nptícias

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Asteroide rico em água sugere existência de exoplanetas habitáveis

Projeção divulgada em 10 de outubro de 2013 pela Universidade de Warwick mostra asteroide rico em água sendo puxado pela intensa gravidade da estrela anã GD 61

Pela primeira vez na história, um grupo de cientistas descobriu os restos de um asteroide rico em água fora do sistema solar, o que sugere que a vida poderia ser possível em outros planetas.
Até então nunca havia sido possível detectar água e um corpo rochoso - "dois elementos-chave" para que um planeta seja habitável - fora do nosso sistema solar, informaram os autores do estudo publicado nesta quinta-feira pela revista Science.
Observações realizadas anteriormente sobre 12 exoplanetas destruídos cujos restos orbitavam ao redor de anãs brancas - estrelas no final da vida que esgotaram seu combustível nuclear - não haviam acusado a presença de água.
O estudo divulgado nesta quinta-feira concentra-se nos restos de um asteroide que teve pelo menos 90 km de diâmetro, que estão em órbita com outros planetas ao redor de uma anã branca batizada GD 61, cerca de 170 anos-luz da Terra. Cada ano-luz equivale a 9,46 trilhões de quilômetros.
"Nesta etapa de sua existência, tudo o que fica do corpo rochoso é a poeira e os escombros ao redor da estrela moribunda", comentou Boris Gänsicke, um dos principais co-autores do estudo, professor do departamento de Física da Universidade de Warwick, no Reino Unido.
"Mas este cemitério planetário é uma grande fonte de informação", ressaltou Gänsicke. "Estes restos contêm evidências químicas que revelam a existência deste antigo asteroide rochoso rico em água", explicou.
Um planeta anão com 26% de água
Os astrônomos também detectaram entre os escombros magnésio, silício, ferro e oxigênio, ingredientes-chave das rochas.
Os planetas rochosos, como a Terra, se formam pela agregação de asteroides e "o fato de encontrar tanta água em um corpo celeste grande significa que os materiais que formam os planetas habitáveis existiram ou existem no sistema solar GD 61 e provavelmente em outros inúmeros sistemas semelhantes", afirmou Jay Farihi, astrofísico do Instituto de Astronomia de Cambridge e principal autor da descoberta.
O asteroide, que pode ter sido um planeta anão, se formou com 26% de água, proporção similar a do planeta anão Ceres, localizado em nosso sistema solar. Em comparação, a Terra é muito seca: a água representa apenas 0,02% de sua massa.
De acordo com os pesquisadores, a estrela do GD 61 esgotou seu combustível há 200 milhões de anos para se converter numa anã branca. Uma parte de seu sistema planetário sobreviveu, mas os asteroides e os planetas anões não resistiram.
Para esta pesquisa, os cientistas se basearam principalmente em observações feitas a partir de um espectrógrafo do telescópio espacial Hubble. Fonte: yahoo notícias

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Mosquitos transgênicos são lançados no céu do Sertão

Entenda a transgenia. (Foto: Agência Pública)

O plano de comunicação

As primeiras liberações em campo do Aedes transgênico foram realizadas nas Ilhas Cayman, entre o final de 2009 e 2010. O território britânico no Caribe, formado por três ilhas localizadas ao Sul de Cuba, se mostrou não apenas um paraíso fiscal (existem mais empresas registradas nas ilhas do que seus 50 mil habitantes), mas também espaço propício para a liberação dos mosquitos transgênicos, devido à ausência de leis de biossegurança. As Ilhas Cayman não são signatárias do Procolo de Cartagena, o principal documento internacional sobre o assunto, nem são cobertas pela Convenção de Aarthus – aprovada pela União Europeia e da qual o Reino Unido faz parte – que versa sobre o acesso à informação, participação e justiça nos processos de tomada de decisão sobre o meio ambiente.

Ao invés da publicação e consulta pública prévia sobre os riscos envolvidos no experimento, como exigiriam os acordos internacionais citados, os cerca de 3 milhões de mosquitos soltos no clima tropical das Ilhas Cayman ganharam o mundo sem nenhum processo de debate ou consulta pública. A autorização foi concedida exclusivamente pelo Departamento de Agricultura das Ilhas. Parceiro local da Oxitec nos testes, a Mosquito Research & Control Unit (Unidade de Pesquisa e Controle de Mosquito) postou um vídeo promocional sobre o assunto apenas em outubro de 2010, ainda assim sem mencionar a natureza transgênica dos mosquitos. O vídeo foi divulgado exatamente um mês antes da apresentação dos resultados dos experimentos pela própria Oxitec no encontro anual da American Society of Tropical Medicine and Hygiene(Sociedade Americana de Medicina Tropical e Higiene), nos Estados Unidos.

A comunidade científica se surpreendeu com a notícia de que as primeiras liberações no mundo de insetos modificados geneticamente já haviam sido realizadas, sem que os próprios especialistas no assunto tivessem conhecimento. A surpresa se estendeu ao resultado: segundo os dados da Oxitec, os experimentos haviam atingido 80% de redução na população de Aedes aegypti nas Ilhas Cayman. O número confirmava para a empresa que a técnica criada em laboratório poderia ser de fato eficiente. Desde então, novos testes de campo passaram a ser articulados em outros países – notadamente subdesenvolvidos ou em desenvolvimento, com clima tropical e problemas históricos com a dengue.

Depois de adiar testes semelhantes em 2006, após protestos, a Malásia se tornou o segundo país a liberar os mosquitos transgênicos entre dezembro de 2010 e janeiro de 2011. Seis mil mosquitos foram soltos num área inabitada do país. O número, bem menor em comparação ao das Ilhas Cayman, é quase insignificante diante da quantidade de mosquitos que passou a ser liberada em Juazeiro da Bahia a partir de fevereiro de 2011. A cidade, junto com Jacobina mais recentemente, se tornou desde então o maior campo de testes do tipo no mundo, com mais de 18 milhões de mosquitos já liberados, segundo números da Moscamed.

“A Oxitec errou profundamente, tanto na Malásia quanto nas Ilhas Cayman. Ao contrário do que eles fizeram, nós tivemos um extenso trabalho do que a gente chama de comunicação pública, com total transparência, com discussão com a comunidade, com visita a todas as casas. Houve um trabalho extraordinário aqui”, compara Aldo Malavasi.

Laboratório de criação de mosquitos transgênicos da Moscamed. (Foto: Agência Pública)


Em entrevista por telefone, ele fez questão de demarcar a independência da Moscamed diante da Oxitec e ressaltou a natureza diferente das duas instituições. Criada em 2006, a Moscamed é uma organização social, sem fins lucrativos portanto, que se engajou nos testes do Aedes aegypti transgênico com o objetivo de verificar a eficácia ou não da técnica no combate à dengue. Segundo Malavasi, nenhum financiamento da Oxitec foi aceito por eles justamente para garantir a isenção na avaliação da técnica. “Nós não queremos dinheiro deles, porque o nosso objetivo é ajudar o governo brasileiro”, resume.

Em favor da transparência, o programa foi intitulado “Projeto Aedes Transgênico” (PAT), para trazer já no nome a palavra espinhosa. Outra determinação de ordem semântica foi o não uso do termo “estéril”, corrente no discurso da empresa britânica, mas empregada tecnicamente de forma incorreta, já que os mosquitos produzem crias, mas geram prole programada para morrer no estágio larval. Um jingle pôs o complexo sistema em linguagem popular e em ritmo de forró pé-de-serra. E o bloco de carnaval “Papa Mosquito” saiu às ruas de Juazeiro no Carnaval de 2011.

No âmbito institucional, além do custeio pela Secretaria de Saúde estadual, o programa também ganhou o apoio da Secretaria de Saúde de Juazeiro da Bahia. “De início teve resistência, porque as pessoas também não queriam deixar armadilhas em suas casas, mas depois, com o tempo, elas entenderam o projeto e a gente teve uma boa aceitação popular”, conta o enfermeiro sanitarista Mário Machado, diretor de Promoção e Vigilância à Saúde da secretaria.

As armadilhas, das quais fala Machado, são simples instrumentos instalados nas casas de alguns moradores da área do experimento. As ovitrampas, como são chamadas, fazem as vezes de criadouros para as fêmeas. Assim é possível colher os ovos e verificar se eles foram fecundados por machos transgênicos ou selvagens. Isso também é possível porque os mosquitos geneticamente modificados carregam, além do gene letal, o fragmento do DNA de uma água-viva que lhe confere uma marcação fluorescente, visível em microscópios.

Desta forma, foi possível verificar que a redução da população de Aedes aegypti selvagem atingiu, segundo a Moscamed, 96% em Mandacaru – um assentamento agrícola distante poucos quilômetros do centro comercial de Juazeiro que, pelo isolamento geográfico e aceitação popular, se transformou no local ideal para as liberações. Apesar do número, a Moscamed continua com liberações no bairro. Devido à breve vida do mosquito (a fêmea vive aproximadamente 35 dias), a soltura dos insetos precisa continuar para manter o nível da população selvagem baixo. Atualmente, uma vez por semana um carro deixa a sede da organização com 50 mil mosquitos distribuídos aos milhares em potes plásticos que serão abertos nas ruas de Mandacaru.

“Hoje a maior aceitação é no Mandacaru. A receptividade foi tamanha que a Moscamed não quer sair mais de lá”, enfatiza Mário Machado.

O mesmo não aconteceu com o bairro de Itaberaba, o primeiro a receber os mosquitos no começo de 2011. Nem mesmo o histórico alto índice de infecção pelo Aedes aegypti fez com que o bairro periférico juazeirense, vizinho à sede da Moscamed, aceitasse de bom grado o experimento. Mário Machado estima “em torno de 20%” a parcela da população que se opôs aos testes e pôs fim às liberações.

“Por mais que a gente tente informar, ir de casa em casa, de bar em bar, algumas pessoas desacreditam: ‘Não, vocês estão mentindo pra gente, esse mosquito tá picando a gente’”, resigna-se.

Depois de um ano sem liberações, o mosquito parece não ter deixado muitas lembranças por ali. Em uma caminhada pelo bairro, quase não conseguimos encontrar alguém que soubesse do que estávamos falando. Não obstante, o nome de Itaberaba correu o mundo ao ser divulgado pela Oxitec que o primeiro experimento de campo no Brasil havia atingido 80% de redução na população de mosquitos selvagens.

Supervisora de campo da Moscamed, a bióloga Luiza Garziera foi uma das que foram de casa em casa explicando o processo, por vezes contornando o discurso científico para se fazer entender. “Eu falava que a gente estaria liberando esses mosquitos, que a gente liberava somente o macho, que não pica. Só quem pica é a fêmea. E que esses machos quando ‘namoram’ – porque a gente não pode falar às vezes de ‘cópula’ porque as pessoas não vão entender. Então quando esses machos namoram com a fêmea, os seus filhinhos acabam morrendo”.

Este é um dos detalhes mais importantes sobre a técnica inédita. Ao liberar apenas machos, numa taxa de 10 transgênicos para 1 selvagem, a Moscamed mergulha as pessoas numa nuvem de mosquitos, mas garante que estes não piquem aqueles. Isto acontece porque só a fêmea se alimenta de sangue humano, líquido que fornece as proteínas necessárias para sua ovulação.

A tecnologia se encaixa de forma convincente e até didática – talvez com exceção da “modificação genética”, que requer voos mais altos da imaginação. No entanto, ainda a ignorância sobre o assunto ainda campeia em considerável parcela dos moradores ouvidos para esta reportagem. Quando muito, sabe-se que se trata do extermínio do mosquito da dengue, o que é naturalmente algo positivo. No mais, ouviu-se apenas falar ou arrisca-se uma hipótese que inclua a, esta sim largamente odiada, muriçoca.Por Coletivo Nigéria, para a Agência Pública | Yahoo Notícias – 10 horas atrás

Mudanças climáticas radicais estão prestes a ocorrer, diz estudo







A Terra pode experimentar um clima radicalmente diferente no prazo de 34 anos, mudando para sempre a vida como conhecemos e os trópicos devem ser afetados primeiro e de forma mais intensa, alerta um estudo publicado esta quarta-feira, que visa reforçar os riscos do aquecimento global.

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Com as tendências atuais de emissões de gases de efeito estufa, 2047 será o ano em que o clima na maior parte das regiões da Terra mudará para além dos extremos documentados, destacou o estudo.
Este prazo se estenderá a 2069 em um cenário em que as emissões derivadas da queima de combustíveis fósseis se estabilizarão, destacou uma análise de projeções climáticas publicada na revista Nature.
"Os resultados nos chocaram", afirmou a respeito das descobertas o principal autor do estudo, Camilo Mora, do departamento de geografia da Universidade do Havaí.
"Ao longo da minha geração, qualquer clima com o qual estejamos acostumados será coisa do passado", acrescentou.
A maioria dos estudos climáticos prevê mudanças médias globais a partir de uma data aleatória, como 2100.
O novo estudo seguiu um curso diferente, ao distinguir entre diferentes regiões do planeta e tentar identificar o ano em que o clima cruzará o limite em que os eventos climáticos considerados extremos serão a norma.
Entre os efeitos analisados estão a temperatura superficial de ar e mar, padrão de chuva e acidez dos oceanos.
"Independentemente do cenário, as mudanças vão acontecer logo", advertiu Mora, destacando que isto forçará as espécies a se adaptar ou mudar para não morrer.
"O trabalho demonstra que estamos empurrando os ecossistemas do planeta para fora do ambiente em que evoluíram e para dentro de condições totalmente novas que eles podem não conseguir suportar. As extinções são o resultado provável", comentou Ken Caldeira, do departamento de ecologia global do Instituto Carnegie de Ciência.
Segundo o estudo, os trópicos serão afetados mais rápido e de forma mais intensa. Plantas e animais tropicais não estão habituados a variações no clima e por isso são mais vulneráveis mesmo às menores alterações.
"Os trópicos sustentam a maior diversidade do mundo em espécies marinhas e terrestres e experimentarão climas sem precedentes dez anos antes do que qualquer outra (região) da Terra", destacou um comunicado.
Essas regiões também abrigam a maior parte da população mundial e contribuem significativamente para o abastecimento alimentar global.
"Em países predominantemente desenvolvidos, cerca de um bilhão de pessoas em um cenário otimista e cinco bilhões em um cenário 'business-as-usual' (n.r: mantidas as mesmas condições) vivem em regiões que irão experimentar climas extremos antes de 2050", disse o co-autor do estudo, Ryan Longman.
"Isso faz aumentar a preocupação com mudanças no abastecimento de água e comida, saúde humana, a disseminação mais extensa de doenças infecciosas, estresse causado pelo calor, conflitos e desafios para as economias", alertou.
"Nossos resultados sugerem que os países que serão impactados primeiro por climas sem precedentes serão aqueles com menos capacidade de responder", prosseguiu.
Segundo um cenário de emissões 'business-as-usual', os cientistas previram que as datas da "partida climática" seriam por volta de 2020 em Manokwari (Indonésia), 2029 em Lagos (Nigéria), 2031 na Cidade do México, 2066 em Reykjavik (Islândia) e 2071 em Anchorage (Alasca).
Os estudiosos denominaram de "partida climática" o ponto em que eventos extremos mensurados durante os últimos 150 anos - período durante o qual dados climáticos são considerados confiáveis - se tornam a norma.
"Se a avaliação estiver correta, atenção conservacionistas: a corrida das mudanças climáticas não só começou, mas está definida, com a linha de chegada da extinção se aproximando mais dos trópicos", escreveu Eric Post, do departamento de biologia da Universidade do Estado da Pensilvânia, em um comentário sobre as descobertas.
O ano 2047 foi estabelecido em um cenário 'business-as-usual', segundo o qual os níveis de dióxido de carbono (CO2) atmosférico continuarão constantes.
Atualmente, estes níveis estão abaixo das 400 partes por milhão (ppm), mas podem alcançar 936 ppm em 2100, o que significaria uma elevação média na temperatura ao longo deste século de 3,7 graus Celsius.
O ano 2067 se baseia em um cenário de redução de emissões, que alcançaria as 538 ppm em 2100, provocando um aquecimento neste século de cerca de 1,8º C.
Mais 0,7º C precisa ser adicionado às temperaturas para incluir um aquecimento que aconteceu do início da Revolução Industrial até o ano 2000.
As Nações Unidas estabeleceram como meta limitar o aquecimento global a 2º C em comparação com níveis pré-industriais para evitar efeitos catastróficos decorrentes das mudanças climáticas. Fonte: yahoo nóticias