terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Japão sacrifica 42.000 frangos por novo surto de gripe aviária

Funcionários de saúde desinfetam granja em Miyazaki em 29 de dezembro de 2014
As autoridades japonesas ordenaram o sacrifício de 42.000 frangos após a confirmação de um novo surto de gripe aviária, o segundo no arquipélago em menos de um mês.
As análises genéticas realizadas confirmaram que se trata de uma cepa H5 do vírus. O proprietário de uma fazenda de Miyazaki, na ilha meridional de Kyushu, alertou as autoridades após a morte inesperada de várias aves.
O sacrifício dos animais já começou e foi estabelecido um perímetro sanitário de 10 km ao redor da exploração agropecuária contaminada, informaram as autoridades locais.
Em meados de dezembro, foi descoberto outro surto a 100 km do atual. Na época, foram sacrificadas 4.000 aves.
Até o momento, não se sabe se existe um vínculo entre os dois casos, indicou um funcionário do ministério da Agricultura, ressaltando que outras análises da cepa serão realizadas.
Em meados de abril, 112.000 frangos foram abatidos em dois dias pela mesma razão, também no sudoeste do país.
As autoridades japonesas alertam regularmente os fazendeiros para o risco de infecção, ao lembrar que esta doença continua presente na Ásia. Fonte; Yahoo Notícias

quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

Células germinativas primordiais são recriadas pela 1º vez em laboratório


Redação Central, 24 dez (EFE).- Um grupo de pesquisadores conseguiu recriar, pela primeira vez em um laboratório, células germinativas primordiais de humanos, o que pode dar resposta às causas da infertilidade.
Embora este tipo de célula já tenha sido reproduzida em laboratório no caso dos roedores, fazer o mesmo com as humanas era um desafio, ao qual enfrentaram cientistas da britânica Universidade de Cambridge e do Instituto Weizmann de Ciências, em Israel.
A revista americana "Cell", que publicou nesta quarta-feira seu estudo, destacou que esta é "a primeira vez que células humanas foram programadas para situar-se em um estágio tão prematuro de desenvolvimento" como é o das células germinativas primordiais (PGC), das quais derivam os óvulos e espermatozoides.
Os resultados deste estudo podem ajudar a dar respostas às causas dos problemas de fertilidade, compreender melhor os primeiros estágios do desenvolvimento embrionário e, potencialmente, permitir o desenvolvimento de novos tipos de tecnologia reprodutiva.
"A criação de células germinativas primordiais é um das primeiras fases no desenvolvimento dos mamíferos", explicou um dos autores do estudo, Naoki Irie, do Wellcome Trust/Cancer Research UK Gurdon Institute da Universidade de Cambridge.
As PGC aparecem durante as primeiras semanas do crescimento embrionário, quando as células-tronco embrionárias do óvulo fertilizado começam a diferenciar-se em vários tipos de células básicas.
Uma vez que essas células primordiais são "especificadas", seguem seu desenvolvimento para células precursoras de espermatozoides ou de óvulos "de uma maneira bastante automática", segundo o doutor Jacob Hanna, do Instituto Weizmann.
A ideia de criar este tipo de células em um laboratório surgiu com a criação em 2006 de células-tronco pluripotentes induzidas (IPS), ou seja, células adultas que são "reprogramadas" de modo que parecem e atuam como células-tronco embrionárias, as quais podem transformar-se em qualquer tipo de célula.
Os pesquisadores descobriram que um gene conhecido como SOX17 é fundamental para conseguir que as células-tronco humanas se transformem em PGC, o que foi uma surpresa para eles pois, no caso dos ratos, o equivalente desse gene não intervém no processo, o que sugere a existência de uma diferença fundamental entre o desenvolvimento dos humanos e o dos roedores.
O estudo demonstrou, além disso, que as PGC também podem conseguir a partir de células adultas reprogramadas, como as da pele, o que permitirá avançar no conhecimento da linha germinativa humana, a infertilidade e alguns tipos de tumores.
Hanna destacou que conseguir a PGC é apenas o primeiro passo para criar espermatozoides e óvulos humanos, embora ainda restem obstáculos antes que se possa completar em um laboratório a cadeia de passos que leva a uma célula adulta.
Por enquanto, o estudo já rendeu alguns resultados interessantes que podem ter implicações significativas para novas pesquisas sobre as PGC e outras células embrionárias de formação antecipada. EFE Fonte: Siga o Yahoo Notícias no Twitter e no Facebook 

Homem moderno perdeu 20% da densidade óssea por causa da agricultura

Agricultor colhe laranja em pomar de campo de refugiados de Jabalia no norte da Faixa de Gaza, em novembro de 2013
O homem moderno perdeu 20% da densidade óssea nas extremidades inferiores desde o aparecimento da agricultura, há 12 mil anos, afirmaram cientistas que explicam este fenômeno pelo sedentarismo motivado por este estilo de vida.
Até então e durante milhões de anos antes, os humanos e seus antepassados viviam da caça e da coleta, atividades que exigiam maior atividade física.
Os caçadores-coletores de 7.000 anos atrás tinham ossos e articulações (quadris, joelhos e tornozelos) tão sólidos quanto os dos neandertais, um primo desaparecido há 28.000 anos, e inclusive como os do chimpanzés, um ancestral distante.
A pesquisa foi publicada na edição de segunda-feira dos Anais da Academia Americana de Ciências (PNAS).
Em comparação, os "agricultores" que viviam nas mesmas regiões há 6.000 anos têm ossos significativamente menos densos e mais frágeis.
"Trata-se do primeiro estudo sobre o esqueleto humano que revela uma diminuição significativa da densidade óssea nos seres humanos modernos", disse um dos co-autores, Brian Richmond, curador da divisão de antropologia do Museu Nacional de História Natural de Washington e professor da Universidade George Washington.
Para o estudo, os autores usaram escâneres para medir a densidade do tecido ósseo esponjoso em 59 humanos modernos, 229 primatas como os chimpanzés, assim como em ossadas fossilizadas de hominídeos como o "Australopithecus africanus" (-3,3 a -2,1 milhões de anos), o "Paranthropus robustus" (-1,2 milhões de anos) e os neandertais (-250.000 a -28.000 anos).
Os resultados mostram que só os humanos modernos recentes têm pouca densidade nos ossos, que é particularmente pronunciada nas articulações dos membros inferiores.
"Esta mudança anatômica tardia na nossa evolução parece ter resultado da transição de uma vida nômade a um modo de vida mais sedentário", concluíram os cientistas. Fonte: Yahoo Notícias

sábado, 20 de dezembro de 2014

Pássaros conseguem sentir a chegada de tempestades



»Algumas aves demonstram ter um sexto sentido para antecipar a chegada de tempestades e fugir, segundo um estudo publicado nesta quinta-feira.
Enquanto estudavam pequenas aves migratórias com dispositivos de geolocalização, os cientistas observaram que elas abandonaram uma zona para se reproduzir pouco depois de sua chegada e dois dias antes de uma forte tempestade em abril, que provocou pelo menos 84 tornados no Tennessee, onde 35 pessoas morreram.
As mariquitas d'asa amarela ("Vermivora chrysoptera") viajaram 1.500km em cinco dias para escapar desta tempestade, disseram os autores do estudo publicado na revista especializada Current Biology nos Estados Unidos.
"O mais curioso é que estes pássaros abandonaram o lugar muito antes da chegada das chuvas", estimou Henry Streby, um ecologista da Universidade da Califórnia, em Berkeley.
"Quando os especialistas do canal meteorológico nos disseram que a tormenta se dirigia a nós, os pássaros se preparavam para sair da zona", explicou.
Segundo os pesquisadores, as aves, ao contrário dos humanos, são capazes de escutar infrassons de baixíssima frequência que se propagam em longas distâncias e são gerados principalmente por perturbações meteorológicas severas.
"Os meteorologistas e físicos já sabiam que as tempestades que geram tornados produzem fortes emissões de infrassons, que viajam milhares de quilômetros e a frequências as quais estes pássaros são mais sensíveis", explicou o ecologista.
Os pesquisadores também mostraram que esta espécie, que segue as mesmas rotas migratórias todos os anos, pode também efetuar deslocamentos fora de seus períodos de migração quando necessário.
Este sexto sentido dos pássaros é uma boa notícia para sua sobrevivência em meio ao aquecimento climático, que conduzirá a um aumento da intensidade e frequência de tempestades e tornados, destacaram.
"Isso significa que, diante ao aquecimento climático, os pássaros deverão se adaptar melhor do que alguns previam", afirmou Streby. Fonte: Siga o Yahoo Notícias no Twitter e no Facebook 

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Britânicos descobrem anticorpo capaz de neutralizar vírus da dengue

Londres, 15 dez (EFE). - Cientistas do Imperial College London descobriram uma nova classe de anticorpos capazes de neutralizar as quatro formas do vírus da dengue, conforme publicou nesta segunda-feira a revista britânica "Nature Immunology".

Este novo tipo de anticorpo descoberto em humanos, que também neutraliza o estado inicial do vírus presente nos mosquitos, poderia orientar o desenvolvimento de vacinas e tratamentos efetivos para combater a doença. A dengue é uma doença transmitida pela picada do mosquito da família "aedes" e infecta 400 milhões de pessoas por ano, especialmente nas regiões tropicais e subtropicais do planeta.
Um dos principais problemas que o vírus apresenta é que existem quatro tipos de dengue e ter tido um deles não imuniza a pessoa dos demais. No relatório, a equipe de pesquisadores assinalou que a expansão geográfica da dengue tem aumentado, já que foi registrado um maior número de casos na América Latina e na Austrália, e poderia se estender ao sul da Europa.
O diretor da pesquisa, Gavin Screaton, disse em uma teleconferência com a imprensa que seu grupo já leva mais de dez anos estudando do vírus. Ele destacou que não acredita que a dengue possa ser controlada até que se desenvolva uma vacina.
Para ele, o desenvolvimento de uma vacina poderia levar uma quantidade de tempo "considerável", porque primeiro seria preciso produzi-la e testá-las em modelos não humanos. Com relação a penetração do vírus na América Latina, Screaton afirmou que, apesar de ter "existido países que realizaram boas práticas", estas não evitaram alguns surtos severos.
Segundo Screaton, para prevenir o contágio em grande escala, é preciso "informar à população sobre boas práticas, limpar e não armazenar lixos nas cidades e usar inseticidas".
Para o estudo, a equipe de cientistas analisou 145 mostras de anticorpos de pacientes que foram infectados pelo vírus e desenvolveram um quadro imunológico. Desta forma, encontraram um bom número de anticorpos que são muito efetivos neutralizando o vírus.
Essa descoberta abre a porta ao desenvolvimento de uma futura vacina universal contra a dengue, apesar dos pesquisadores matizarem que ainda é necessário entender a resposta imunológica humana aos contágios naturais e ver qual é sua resposta à vacinação posterior.
A dengue provoca febres altas, dor de cabeça, vômitos e erupções na pele, e pode ser fatal em sua forma hemorrágica. EFE  Fonte: Siga o Yahoo Notícias no Twitter e no Facebook  Imagem fonte: Internet Google

Resistência a antibióticos pode matar milhões até 2050

Foto registra imagem de caixas de antibióticos em farmácia em Mumbai no dia 20 de outubro de 2010

Um estudo encomendado pelo governo britânico concluiu que a resistência a antibióticos pode ser responsável por 10 milhões de mortes ao ano até 2050 e afetar o Produto Interno Bruto mundial de 2% a 3,5%.
O informe sobre a resistência antimicrobiana lembra que as cirurgias podem ter se estendido e perdido periculosidade graças aos antibióticos e que intervenções como as cesarianas poderiam se tornar mais perigosas.
O boletim, encomendado pelo premiê britânico, David Cameron, foi chefiado por Jim O'Neill, ex-economista-chefe do banco de investimentos americano Goldman Sachs, e incluiu especialistas britânicos de alto nível.
Comparativamente, o estudo avalia que a segunda maior causa de morte, câncer, dará conta de 8,2 milhões de mortes ao ano em 2050.
"Os efeitos prejudiciais da resistência aos antimicrobianos já estão se manifestando em todo o mundo", acrescentou o informe.
"As infecções resistentes a antimicrobianos atualmente matam pelo menos 50 mil pessoas a cada ano em toda a Europa e os Estados Unidos apenas", acrescentou.
Os cálculos se baseiam em estudos existentes do instituto de pesquisas Rand Europa e a consultoria KPMG.
O informe adverte que a resistência a medicamentos não é "um risco distante e abstrato" e pediu "uma intervenção importante para evitar o que ameaça ser uma carga devastadora para os sistemas sanitários do mundo".
Diz, ainda, que há três tipos de bactérias - a pneumonia 'Klebsiella', 'Escherichia coli' (E. coli) e 'Staphylococcus aureus' -, que já mostram sinais de resistência.
Nos Estados Unidos, as infecções resistentes a antibióticos se associam com 23.000 mortes e dois milhões de doenças a cada ano. Fonte: Siga o Yahoo Notícias no Twitter e no Facebook 

sábado, 13 de dezembro de 2014

Inteligência artificial: aliada ou inimiga da humanidade?

A inteligência artificial poderia ameaçar a humanidade, segundo a previsão do renomado cientista britânico Stephen Hawking, um cenário de ficção científica que volta a abrir o debate sobre a tecnologia e o futuro do ser humano.
A perguntas da AFP, antropólogos, futurologistas e especialistas em inteligência artificial se mostram divididos sobre os temores de Hawking.
Os temores de um homem que brinca de ser Deus são antigos e alimentaram grande número de romances e filmes como "2001: uma odisseia do espaço", com seu computador mortal Hal 9000 ou, mais recentemente, o "Exterminador do Futuro", um androide matador.
Mas, atualmente, quem abordou o assunto foi um respeitado astrofísico.
"As forças primitivas de inteligência artificial que já temos demonstraram ser muito úteis", admite Stephen Hawking que, vitimado por uma distrofia neuromuscular, se expressa através de um computador.
"Mas penso que o completo desenvolvimento da inteligência artificial poderia significar o fim da raça humana", declarou, em entrevista recente à BBC.
Para não perder de vista o que acontece neste contexto, o multimilionário Elon Musk explicou já ter investido em empresas de inteligência artificial. "Devemos nos assegurar de que as consequências são boas, e não más", indicou.


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"Gostei que um cientista 'ciência pura' tenha dito isto. Eu digo isto há anos", declarou Daniela Cerqui, antropóloga da Universidade de Lausanne.
"Delegamos cada vez mais prerrogativas dos seres humanos a estas máquinas para que sejam mais competentes que nós. Terminaremos transformados em seus escravos", afirmou.
Ao contrário, Jean-Gabriel Ganascia, filósofo e especialista em inteligência artificial, considera excessivo o grito de alerta de Hawking.
"O risco é, sobretudo, o humano que usaria estas tecnologias para submeter" outros seres humanos, considera este professor da Universidade Pierre et Marie Curie, de Paris.
Desenvolver uma inteligência artificial "amistosa"
Nick Bostrom, futurologista da Universidade de Oxford, pensa que "a máquina inteligente conseguirá superar a inteligência biológica. Então, haverá riscos existenciais associados a esta transição".
"As máquinas já são mais fortes do que nós. Penso que também acabarão sendo mais inteligentes, embora não seja o caso atualmente", acrescentou.
Durante estes últimos anos, foram realizados enormes avanços no campo da inteligência artificial com relação à capacidade de tratar, analisar dados e responder perguntas.
No entanto, para Anthony Cohn, professor da Universidade de Leeds (centro do Reino Unido), ainda está longe da inteligência artificial geral completa, que preocupa Stephen Hawking. "Serão necessárias ainda várias décadas", estima.
Mathieu Lafourcade, especialista em inteligência artificial e em tratamento da linguagem da Universidade de Montpellier (sul da França), considera alarmista a advertência do físico.
Para este especialista francês, "em um futuro hipotético" talvez será preciso recorrer às máquinas em algumas áreas, pois suas capacidades intelectuais terão superado as nossas. "A máquina nos proporá uma solução que não chegaremos a compreender, mas na qual será preciso confiar".
Stuart Armstrong, outro futurologista da Universidade de Oxford, avalia que "as incertezas sobre o desenvolvimento da inteligência artificial são extremas".
"O problema é que é extremamente difícil programar objetivos compatíveis com a dignidade ou, inclusive, com a sobrevivência da humanidade", continua.
"Seria preciso programar quase todos os valores humanos perfeitamente no computador para evitar que a inteligência artificial não interprete 'erradicar a doença' como 'matar todo mundo' ou 'manter os humanos sãos e salvos e felizes' como 'enterrar todo mundo em um bunker com heroína'", afirma.
Para Armstrong, "os engenheiros devem levar a sério estes problemas e encontrar soluções para desenvolver uma inteligência artificial 'amistosa', plenamente compatível com os valores humanos". Fonte: Yahoo Noticias

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Árvore genealógica dos pássaros revela estranhos casais

Foto de 3 de maio de 2012 mostra uma girafa perto de um grupo de flamingos rosa no lago Oloidien, perto de Naivasha, no Quênia
As aves usam essencialmente os mesmos genes para cantar que nós, humanos, usamos para falar. E os flamingos são mais próximos dos pombos do que dos pelicanos. Estas são algumas revelações surpreendentes que emergiram do maior e mais sofisticado mapeamento já feito sobre a árvore genealógica das aves.
Para realizar o mapeamento, publicado em mais de duas dúzias de artigos separados, oito deles na edição desta sexta-feira da revista científica americana Science, cientistas de 20 países passaram quatro anos debruçados no projeto de decodificar os genomas completos de 48 espécies de aves, incluindo corujas, beija-flores, pinguins e pica-paus.
Eles também compararam as aves a três diferentes espécies de crocodilos - que são os répteis mais próximos das aves - e descobriram taxas vastamente diferentes de evolução.
As aves foram muito mais rápidas em desenvolver novos traços, enquanto os crocodilos - que compartilharam um ancestral comum com as aves e os dinossauros, há 240 milhões de anos - quase não mudaram.
As aves são "a única linhagem de dinossauros que sobreviveu à extinção em massa do final da chamada era dos dinossauros", há cerca de 65 milhões de anos, disse o co-autor do estudo, Ed Braun, professor associado da Universidade da Flórida.
"Seu parente vivo mais próximo é na verdade crocodiliano, então você volta a ter estes organismos muito diferentes voltando no tempo regularmente", acrescentou.
Acredita-se que alguns poucos novos tipos de aves tenham sobrevivido ao evento catastrófico que varreu os dinossauros da face da Terra e a partir de então, eles evoluíram rapidamente para o arranjo de cerca de 10 mil espécies que nós vemos hoje.
De acordo com a pesquisa, as aves perderam seus dentes cerca de 116 milhões de anos atrás.
O desejo de acasalar e ser notado pelo sexo oposto levou a uma rápida evolução de 15 genes de pigmentação, associados à plumagem e às penas, acrescentou o estudo.
A habilidade das aves de cantar e imitar sons se baseia nos mesmos circuitos cerebrais que vemos nos humanos, embora tenham desenvolvido estas habilidades por caminhos evolutivos diferentes.
Enquanto isso, galinhas e avestruzes estão entre as aves cuja aparência mais lembra à de seus ancestrais.
O co-autor do estudo, Erich Jarvis, professor associado de neurobiologia da Escola de Medicina da Universidade de Duke, descreveu como "uma grande surpresa que na verdade é a galinha que parece ter preservado a maior organização cromossômica dos ancestrais, em comparação com outras espécies".
"Mas isto não significa que outras partes dos aspectos deste genoma não sejam tão antigas quanto. O avestruz poderia, inclusive, ser mais velho", pois parece que seu genoma está evoluindo mais lentamente que o das galinhas.
Os cientistas também se disseram surpresos ao descobrir que os flamingos, conhecidos pelas pernas longas, pelos bicos elegantes e a plumagem característica rosada, sejam intimamente ligados aos pombos, pombas e pequenas aves aquáticas conhecidas como mergulhões.
"O que nós descobrimos foi um casal realmente estranho de aves: onde nós temos pombos e seus afins, eles se juntam com flamingos e mergulhões", disse Braun.
"Flamingos e mergulhões são bastante diferentes em aparência, embora ambos sejam aves aquáticas, que você pode ficar surpreso em vê-los juntos, mas relacioná-los com pombos é especialmente inesperado", prosseguiu.
Para chegar a estas conclusões, os cientistas usaram uma variedade de técnicas que ajudaram a reunir e analisar mais de 14.000 genes e construir uma árvore genealógica vinculando diferentes espécies de aves. Fonte: Siga o Yahoo Notícias no Twitter e no Facebook 

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Maioria de mulheres com câncer de mama faz radioterapia em excesso

A médica Severine Alran, chefe do departamento de cirugias do hospital especializado em câncer Instituto Curie, observa procedimento de radioterapia em 4 de novembro de 2014, em Paris
Dois terços das mulheres com câncer precoce de mama são tratadas com radioterapia por mais tempo que o necessário, segundo estudo publicado nesta quarta-feira em um jornal especializado em medicina nos Estados Unidos.
A grande maioria das mulheres submetida nos Estados Unidos à retirada de um tumor para preservar a mama recebeu radioterapia de seis a sete semanas, segundo o Jornal da Associação Médica Americana (JAMA).
Mas testes clínicos e recomendações de várias associações médicas dos Estados Unidos indicam que três semanas bastam, usando a técnica denominada radioterapia hipofracionada.
O procedimento consiste em administrar doses mais elevadas de radiação por sessão durante duas vezes menos tempo. Este tratamento é eficaz para tratar o câncer de mama, além de ser mais prático e barato.
"A radioterapia hipofracionada não costuma ser usada em mulheres com câncer precoce de mama, mesmo sendo de melhor qualidade e mais barato", explicou Justin Bekelman, professor de radiologia de câncer e principal autor do estudo.
"Clinicamente, isto equivale a uma radioterapia mais longa para um câncer de mama com efeitos colaterais similares", destacou.
A radioterapia diária entre cinco e sete semanas para mulheres operadas de um tumor em estágio inicial foi o tratamento privilegiado durante décadas nos Estados Unidos.
Os autores determinaram que, em 2013, 34,5% das mulheres com mais de 50 anos receberam radioterapias hipofracionadas contra 10,8% em 2008. Mas entre as mulheres jovens e aquelas com tumores mais avançados, só 21,1% se beneficiaram deste tratamento no ano passado.
Os cientistas determinaram que este tipo de radioterapia reduz os custos totais dos cuidados com seguro de saúde.  Finte: Yahoo Notícias

Exposição a produtos químicos presentes no plástico pode reduzir QI

Grávidas são vistas em 29 de outubro de 2013, em Bangcoc, Tailândia

Mulheres grávidas que foram expostas a altos níveis de produtos químicos domésticos comuns encontrados em plásticos, cosméticos e purificadores de ar deram à luz crianças que tiveram a inteligência afetada anos depois, revelou um estudo americano publicado nesta quarta-feira.
Crianças cujas mães tiveram detectados traços elevados das substâncias di-n-butil ftalato (DnBP) e diisobutil ftalato (DiBP) apresentaram uma média de QI aproximadamente seis pontos abaixo daquelas cujas mães tiveram níveis mais baixos de exposição aos compostos químicos.
Com base nos resultados, as pesquisas recomendam que as grávidas limitem a exposição a produtos aromatizados, incluindo aromatizadores de ambiente e lenços amaciantes, evitar aquecer alimentos no micro-ondas dentro de recipientes plásticos e manter distância de plásticos recicláveis classificados com os números 3, 6 ou 7 para reduzir os riscos para os filhos.
"Mulheres grávidas nos Estados Unidos estão expostas ao ftalatos - um grupo de compostos químicos derivados do ácido ftálico - quase diariamente, muitas em níveis similares àqueles que nós achamos estar associados a reduções substanciais no QI das crianças", alertou o principal autor do estudo, Pam Factor-Litvak, doutor e professor associado de Epidemiologia na Escola de Saúde Pública Mailman da Universidade de Columbia, em Nova York.
"Embora exista alguma regulamentação para proibir os ftalatos em brinquedos de crianças pequenas, não há nenhuma legislação sobre a exposição durante a gravidez, que é, provavelmente, o período mais sensível do desenvolvimento cerebral", acrescentou.
O estudo, publicado no periódico PLOS ONE, é o primeiro a estabelecer uma relação entre exposição pré-natal aos ftalatos e o QI de crianças em idade escolar.
A pesquisa se baseou em 328 mulheres de renda baixa da cidade de Nova York e seus filhos.
Foi medida a exposição das mulheres a quatro ftalatos - DnBP, DiBP, di(2-etilhexil)ftalato e o dietilftalato - no terceiro trimestre da gravidez, através de amostras de urina.
Seus filhos fizeram testes de QI quando completaram 7 anos de idade.
"Filhos de mães expostas durante a gravidez à concentração de 25%, a mais elevada de DnBP e DiBP, tinham QIs 6,6 e 7,6 pontos mais baixos, respectivamente, do que os filhos de mães expostas a níveis inferiores a 25% de concentração, após o controlados fatores como QI e educação da mãe e a qualidade do ambiente doméstico, conhecidos por influenciar os níveis de QI das crianças", acrescentou o estudo.
Outras duas pesquisas sobre ftalatos também demonstraram uma relação com a diminuição do QI.
O nível de exposição encontrado nas mulheres esteve bem dentro dos limites do que os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDCs) observaram em uma amostra nacional.
"O tamanho dessas diferenças de QI é preocupante", disse o principal autor do estudo, Robin Whyatt, professor de ciências de saúde ambiental e vice-diretor do Centro de Saúde Ambiental Infantil da Escola Mailman.
"Um declínio de seis ou sete pontos no QI pode ter consequências significativas no desempenho acadêmico e no potencial ocupacional", destacou.
O DnBP e o DiBP foram encontrados em lenços amaciantes (utilizados em secadoras de roupa), fibras de vinil, batom, spray de cabelo, esmalte e alguns sabonetes. Os produtos nos Estados Unidos raramente exibem na embalagem a presença de ftalatos. Finte: Siga o Yahoo Notícias no Twitter e no Facebook