segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Resistência a antibióticos pode matar milhões até 2050

Foto registra imagem de caixas de antibióticos em farmácia em Mumbai no dia 20 de outubro de 2010

Um estudo encomendado pelo governo britânico concluiu que a resistência a antibióticos pode ser responsável por 10 milhões de mortes ao ano até 2050 e afetar o Produto Interno Bruto mundial de 2% a 3,5%.
O informe sobre a resistência antimicrobiana lembra que as cirurgias podem ter se estendido e perdido periculosidade graças aos antibióticos e que intervenções como as cesarianas poderiam se tornar mais perigosas.
O boletim, encomendado pelo premiê britânico, David Cameron, foi chefiado por Jim O'Neill, ex-economista-chefe do banco de investimentos americano Goldman Sachs, e incluiu especialistas britânicos de alto nível.
Comparativamente, o estudo avalia que a segunda maior causa de morte, câncer, dará conta de 8,2 milhões de mortes ao ano em 2050.
"Os efeitos prejudiciais da resistência aos antimicrobianos já estão se manifestando em todo o mundo", acrescentou o informe.
"As infecções resistentes a antimicrobianos atualmente matam pelo menos 50 mil pessoas a cada ano em toda a Europa e os Estados Unidos apenas", acrescentou.
Os cálculos se baseiam em estudos existentes do instituto de pesquisas Rand Europa e a consultoria KPMG.
O informe adverte que a resistência a medicamentos não é "um risco distante e abstrato" e pediu "uma intervenção importante para evitar o que ameaça ser uma carga devastadora para os sistemas sanitários do mundo".
Diz, ainda, que há três tipos de bactérias - a pneumonia 'Klebsiella', 'Escherichia coli' (E. coli) e 'Staphylococcus aureus' -, que já mostram sinais de resistência.
Nos Estados Unidos, as infecções resistentes a antibióticos se associam com 23.000 mortes e dois milhões de doenças a cada ano. Fonte: Siga o Yahoo Notícias no Twitter e no Facebook 

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