quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Tiranossauro rex possuía a mordida mais potente entre todos os animais

Londres, 29 fev (EFE).- Entre todos os animais que caminharam alguma ve
z sobre a Terra, o tiranossauro rex é o que possuía a mordida mais potente, segundo um estudo publicado nesta terça-feira pela revista "Biology Letters", da Royal Society de Londres.
A força da mandíbula do dinossauro dividiu durante anos a comunidade científica, até o ponto de alguns especialistas defenderem que a mordida do tiranoussauro rex era tão fraca que o animal devia limitar-se a comer os restos de presas mortas.
Uma simulação por computador determinou, no entanto, que o tiranosssauro rex, que viveu há 65 milhões de anos, podia exercer uma força com sua mandíbula de entre 20 mil e 57 mil newtons, até quatro vezes maior que o animal vivo com a mordida mais potente, a águia americana.
O estudo, desenvolvido por uma equipe da Universidade de Liverpool, sugere que esse dinossauro, que podia alcançar 12 metros de comprimento e quatro de altura, era capaz de caçar grandes animais para alimentar-se e partir os ossos de suas presas com os dentes.
Os músculos da mandíbula dos dinossauros não se conservam entre os restos fósseis com os quais trabalham os cientistas, por isso os responsáveis da pesquisa avaliaram diferentes modelos possíveis de tecido muscular para calcular a força exercida pela mandíbula de um tiranossauro.
Mesmo nos modelos nos quais os músculos eram mais fracos, a simulação por computador determinou que a potência da mandíbula do dinossauro era duas vezes maior do que se imaginava até agora.
"O poder da mandíbula do tiranossauro rex foi um tema muito debatido durante anos. Os cientistas contam apenas com seu esqueleto, já que os músculos não se fossilizam, portanto em muitas ocasiões temos que confiar em análises estatísticas ou em comparações qualitativas com animais vivos", explicou o responsável pelo estudo, Karl Bates.
Para contextualizar seus resultados, a equipe de Bates calculou a força exercida por uma mandíbula humana e de uma águia se tivessem o tamanho da de um tiranossauro.
Em ambos casos, a potência era maior em relação a uma mandíbula de tamanho natural, apesar do "enigmático dinossauro gigante" continuar possuindo a mordida mais poderosa.
"Nossos resultados mostram que o rex tinha uma mordida extremamente potente. É um dos predadores mais perigosos que habitaram nosso planeta, e seu esqueleto e seu sistema muscular continuarão fascinando os cientistas durante anos", concluiu Bates. EFE
Fonte: Yhaoo  Noticias Sáude

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Destruição da base na Antártida é uma grande perda científica para Brasil

  • Foto da Marinha chilena mostra equipes tentando conter o incêndio na base brasil …
A destruição total da base Comandante Ferraz na Antártida no incêndio que matou dois militares representa uma grande perda no campo da pesquisa biológica para o Brasil, afirmam os especialistas.
A Marinha avaliou neste domingo que "aproximadamente 70% da estação foi destruída pelas chamas".
"Todo o núcleo central, onde estavam concentrados os alojamentos e alguns laboratórios, foi completamente destruído pelo incêndio. Permaneceram intactos os refúgios de emergência, laboratórios de meteorologia, química e estudo da alta atmosfera, os tanques de combustível e o heliporto".
Um avião da Força Aérea deve repatriar os evacuados da base - 32 civis, 12 oficiais da Marinha, um alpinista e um representante do Ministério do Meio Ambiente - de Punta Arenas, no sul do Chile, para o Brasil, informou o governo.
A Agência Brasil indicou que o avião pousará numa base aérea na periferia do Rio de Janeiro no final deste domingo ou início de segunda-feira. Consultados pela AFP, a Marinha e a Secretaria da Comissão Interministerial de Recursos do Mar não quiseram dar a hora ou o local exato da chegada.
Especialistas brasileiros estudam as consequências dos danos depois do incêndio de sábado, que começou numa área que abrigava os geradores elétricos da base Comandante Ferraz, localizada na baía de Almirantazgo, na ilha Rey Jorge, perto da ponta da península Antártica.
A base, foi estabelecida em 1984, tinha 2.600 m2 de área construída e realizava pesquisas científicas centradas nos ecossistemas costeiros e marinhos. O complexo contava com laboratórios, oficinas, estacionamentos para veículos e embarcações, lancha oceanográfica, heliporto, biblioteca, ginásio e panificadora, entre outros.
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação afirmou que os cientistas da base realizavam estudos sobre os efeitos das mudanças climáticas na Antártida e seu impacto no planeta, além de pesquisas sobre a vida marinha e a atmosfera.
"Perdemos muito mais que material, perdemos vidas. Perdi toda minha pesquisa, e era uma das mais baratas. Foram perdidas algumas pesquisas de milhões de reais", afirmou ao site do jornal O Estado de São Paulo um dos sobreviventes, o biofísico João Paulo Machado Torres, de 46 anos, contatado por telefone em Punta Arenas.
"Poucas pessoas conseguiram salvar alguma coisa. Só recuperei meu computador porque consegui chegar à biblioteca, mas não fui até o camarote, era muito arriscado", contou.
"Deixaram tudo para trás, documentos, pesquisas, equipamentos. É uma perda irreparável (...) Estamos consternados, parece que não restou nada", afirmou Yocie Yoneshigue Valentin, coordenadora do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia Antártida da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
"Estamos fazendo estudos científicos de ponta na Antártida, estudos com importantes implicações para o clima no Brasil, os recursos pesqueiros e a biodiversidade", afirmou a bióloga Lucia Siqueira Campos, membro do Comitê Nacional de Pesquisas Antárticas, ao jornal O Globo.
O continente desempenha um papel crucial na regulação do clima e circulação oceânica na América do Sul.
Além da perda de equipamento muito valioso e toda a informação coletada desde dezembro, o fogo deixa dezenas de grupos de estudo brasileiros sem uma base fixa na região, segundo os especialistas.
A Antártida abriga sob sua camada gelada continental enormes recursos minerais e os mares circundantes estão repletos de recursos biológicos.
As geleiras da Antártida contêm 90% da água fresca do mundo.
O crescente valor estratégico da região explica por que cerca de 30 países, todos signatários do Tratado Antártico, operam estações durante todo o ano ou no versão no continente.
O tratado, que entrou em vigor em 1961 e atualmente tem 49 Estados-membros, estabelece a Antártida como um território cujo objetivo é estritamente científico, garante a liberdade para a pesquisa e proíbe a atividade militar.
A presidente Dilma Rousseff prometeu que a base Comandante Ferraz será reconstruída e Amorim garantiu que os planos para isso terão início na segunda-feira Fonte: Yahoo Notícias Saude

Calendário de imunização infantil terá mais duas vacinas a partir do segundo semestre


A partir do segundo semestre, mais duas vacinas farão parte do calendário de imunização das crianças. As novidades são a inclusão da vacina injetável contra a paralisia infantil e a pentavalente, que imunizará contra cinco doenças e substituirá a tetravalente.

A entrada no calendário de imunização da vacina injetável contra paralisia infantil não vai implicar a retirada da dose em gotinhas da lista. A diferença entre as duas é que a vacina injetável usa o vírus morto e, a segunda, o vírus vivo atenuado (mais fraco).

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, explicou que a vacina injetável diminui os riscos da criança sofrer eventos adversos após a vacinação, como uma paralisia infantil pós-vacinal. O efeito é raro, mas passível de acontecer. Em 2011, foram detectados dois casos suspeitos de paralisia infantil pós-vacinal no país. A vacina injetável tem maior eficácia nas primeiras doses em comparação à oral.

Segundo o ministro, a vantagem da vacina oral é proteger um grande número de crianças, mesmo quem não foi imunizado. “A vacina oral causa um efeito rebanho. Mesmo as crianças não vacinadas, são protegidas quando vacinamos várias crianças. A oral é eliminada nas fezes da criança e, nos locais onde há pouco saneamento básico, causa um efeito de proteção no ambiente”, explica o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa. A injetável será aplicada nos bebês com 2 e 4 meses de idade e, a oral, no reforço aos 6 e 15 meses.

Com a vacina antipólio injetável, o campanha contra a paralisia infantil em 2012 muda. Em vez de duas mobilizações nacionais contra a doença, na primeira etapa da campanha, prevista para 16 de junho, as crianças com menos de 5 anos de idade vão tomar a vacina oral, independentemente de terem sido vacinadas antes. Já na segunda fase, em agosto, os pais devem levar os filhos para tomar outras vacinas que estiverem atrasadas. Quem tiver perdido o cartão, pode procurar o posto, mesmo sem o documento, para atualizar as vacinas.

A injetável tem sido adotada em países sem registro de casos de pólio. O Brasil não tem caso da doença há mais de 20 anos. No entanto, a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) recomenda que as nações mantenham a vacinação oral até que a pólio seja eliminada em todo o mundo. Em pelo menos 25 países, o vírus continua a circular e a doença é considerada endêmica.

Já com a inclusão da vacina pentavalente, o objetivo é imunizar a criança contra cinco doenças em uma única dose: difteria, tétano, coqueluche, Haemophilus influenza tipo B e hepatite B. Os pequenos serão vacinados aos 2, 4 e 6 meses de idade. Atualmente, as crianças tomam a tetravalente, contra quatro doenças, e também a vacina contra a hepatite B.

Será mantido o reforço de difteria, tétano e coqueluche, sendo o primeiro a partir do primeiro ano de vida e o segundo, entre 4 e 6 anos de idade. O récem-nascidos devem continuar recebendo a primeiro dose da vacina contra hepatite B nas primeiras 12 horas de vida para evitar a transmissão vertical da doença, de mãe para filho. Fonte: Yahoo Notícias

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Fumo está relacionado com deterioração mental nos homens, diz estudo

 

  • Romeno fuma cigarro em um bar de Bucareste, em 21 de junho de 2011
    Romeno fuma cigarro em um bar de Bucareste, em 21 de junho de 2011
Os homens tabagistas têm maior deterioração mental com o passar do tempo do que aqueles que nunca fumaram, segundo um estudo britânico publicado na segunda-feira nos Estados Unidos, que advertiu, no entanto, que a mesma relação causa-efeito não se observou nas mulheres.
A investigação sugere que os efeitos do hábito de fumar a longo prazo se manifestam em perda de memória e incapacidade para vincular a experiência passada com as ações do presente, assim como uma queda nas habilidades cognitivas gerais.
O estudo, publicado na revista especializada Archives of General Psychiatry, acompanhou através do serviço civil britânico mais de 5.000 homens e 2.100 mulheres com idade média de 56 anos no começo do estudo e foram acompanhados no máximo por 25 anos.
Os cientistas da University College de Londres comprovaram sua condição de fumantes seis vezes neste período e os submeteram a uma série de provas cognitivas.
Eles descobriram que o tabagismo esteve vinculado a uma redução mais rápida na capacidade mental em todos os testes cognitivos entre homens que fumavam em comparação com os homens não fumantes.
"Nossos resultados mostram que a associação entre tabagismo e cognição, sobretudo em idades mais avançadas, parece estar subestimado devido ao risco maior de morte e abandono entre os fumantes", destacou o estudo, chefiado por Severine Sabia, do University College de Londres.
Os homens que pararam de fumar nos primeiros 10 anos após iniciado o estudo estavam ainda em maior risco de deterioração cognitiva, mas a longo prazo os ex-fumantes não mostraram os mesmos níveis de deterioração.
"Este estudo põe em manifesto que fumar é nocivo para o cérebro", afirmou Marc Gordon, chefe de neurologia do hospital Zucker Hillside em Glen Oaks, Nova York, que não participou do estudo.
"Na metade da vida, fumar é um fator de risco modificável, com um efeito mais ou menos equivalente a 10 anos de envelhecimento na taxa de deterioração cognitiva", acrescentou.
As descobertas são chave para explicar o envelhecimento da população mundial, com 36 milhões de casos de demência em todo o planeta, uma cifra que dobrará a cada 20 anos, segundo as projeções, afirmaram os autores do estudo.
O porquê as mulheres não mostraram a mesma relação entre tabagismo e envelhecimento mental não ficou claro, embora os pesquisadores tenham sugerido que o menor tamanho da amostra e a maior quantidade de cigarros fumados pelos homens em comparação com as mulheres poderiam ser fatores contribuintes. Fonte: Yhaoo Notícias saúde

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

'Relógio biológico' tem ligação com ataques cardíacos

  • Pesquisadores afirmaram ter descoberto a primeira ligação molecular entre este risco e o ritmo circadiano
    Pesquisadores afirmaram ter descoberto a primeira ligação molecular entre este risco …
Cientistas afirmaram na quarta-feira que descobriram a primeira prova molecular de que o "relógio biológico" está ligado a um tipo súbito e fatal de ataque cardíaco.
Arritmia ventricular ou batimentos cardíacos anormais ocorrem com mais frequência pela manhã após acordar - e também, em menor escala, no fim da tarde - e causam um maior número de mortes.
Em informações publicadas na revista Nature, pesquisadores dos Estados Unidos afirmaram ter descoberto a primeira ligação molecular entre este risco e o ritmo circadiano, que aponta a variação dos processos biológicos de acordo com um período de 24 horas.
Os dados apontam esta ligação com os níveis de uma proteína chamada Klf15, informaram.
Pesquisas anteriores descobriram que a Klf15 era uma controladora do ritmo circadiano - e, surpreendentemente -, ela não está presente em alguns pacientes com problemas cardíacos.
O grupo criou camundongos que foram manipulados geneticamente para sofrer com a falta de Klf15 ou produzir esta proteína em excesso.
Nos dois casos, os roedores sofreram um risco muito maior de arritmias se comparados a seus pares.
"É o primeiro exemplo de um mecanismo molecular que provoca a mudança do ritmo circadiano relacionado à possibilidade de ocorrerem arritmias cardíacas", disse Xander Wehrens, do Baylor College School of Medicine em Houston, Texas.
"Se houvesse muita Klf15 ou nenhuma, os camundongos estavam em risco de desenvolver a arritmia".
A Klf15 é apenas um passo em uma complexa cascata molecular, acreditam os pesquisadores.
Ela controla outra proteína, a KChIP2, que afeta a corrente elétrica gerada pelo potássio que se dirige às células musculares do coração, chamada de miócitos cardíacos.
Quando os níveis de KChIP2 flutuam, isto causa instabilidades elétricas nos miócitos.
Como resultado, as ações do músculo cardíaco ficam comprometidas e este demora mais tempo (ou, inversamente, menos tempo) para esvaziar o ventrículo - a câmara de bombeamento do coração. O coração perde a regularidade dos batimentos e se esforça para bombear o sangue de forma eficiente.
O coautor da pesquisa Mukesh Jain, da escola de Medicina da Universidade Case Western Reserve, em Cleveland, Ohio, afirma que mais estudos podem ajudar a descobrir outras causas relacionadas ao ritmo circadiano.
A descoberta abre espaço para caminhos intrigantes de pesquisa, na identificação de indivíduos em risco de morte noturna e na escolha de medicamentos para protegê-los, disse Jain. Fonte: yahoo notícias saúde

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Proibido em países ricos, amianto ameaça população de nações em desenvolvimento

Dunkerque (França), manifestação nacional da associação de defesa de vítimas do amianto
O amianto, um produto prejudicial à saúde, tem coberto com seu manto invisível a vida dos países desenvolvidos. Proibido nessa região do planeta, embora não extinto, atualmente ameaça a população dos países mais pobres. O Brasil é um dos maiores produtores mundiais de amianto.
Desde o começo do século passado, o amianto se tornou o principal material da maior parte das construções. O material é um grupo de minerais fibrosos, compostos de silicatos, caracterizado por suas fibras longas e resistentes, que podem se separar, apresentando a particularidade de poder ser entrelaçadas solidamente e resistir a altas temperaturas.No começo do século 20 se inventou um procedimento pelo qual, misturado com o cimento, dava lugar ao amianto cimento ou fibrocimento, utilizado especialmente nos encanamentos de água potável, telhas onduladas e – como é um produto ignífugo, que resiste muito bem ao calor – para recobrir elementos que precisam ficar expostos ao calor.
No trabalho, no lar e até no ar
Francisco Puche, membro da organização Ecologistas em Ação, editor, escritor, que faz parte da Federação Nacional de Vítimas do Amianto, explica que "já existiram até três mil produtos de diferentes tamanhos e condições que continham amianto, como por exemplo torradeiras, filtros de cigarros, filtros de água e encanamentos, pinturas impermeabilizantes, pastilhas e sapatas de freio, pavimentos”.

“Além disso, como era muito flexível, podia ser usado como tecido em cobertores ou tecidos isolantes, assim como na indústria naval. Estava em todas as partes, de modo que houve uma espécie de contaminação geral de fibras de amianto no ambiente", continua.

Mina Jeffrey em Asbestos, Québec (Canadá), que opera desde o final do século 19 e se dedica ao amianto branco.

Devido a essa variedade de usos, a exposição ao amianto atualmente pode ser ocupacional, doméstica ou ambiental. Em um estudo publicado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), no ano de 2006, se estimava em cem mil o número de pessoas que morrem por ano no mundo como consequência da exposição ao amianto.
A Organização Mundial da Saúde (OMS), em um relatório realizado em 2010, assegurava que no mundo há cerca de 125 milhões de pessoas expostas ao amianto no local de trabalho e, segundo cálculos desta organização, a exposição laboral causa mais de 107 mil mortes anuais por causa de câncer de pulmão relacionadas com esse material.

Além disso, afirmava o relatório, um terço das mortes por causa de câncer de origem laboral são causadas pelo amianto.
O produto industrial mais mortal da história
Para Puche, o amianto é "talvez o produto industrial que mais mortes vai causar na história da humanidade, mais do que o tabaco, porque vem sendo usado há muito tempo e porque também é muito difundido".
Cerca de 70% das pessoas que estão expostas no trabalho caem doentes, mas também faz adoecer 30% dos que não estão assim expostos, ou seja, as pessoas que vivem perto de fábricas ou que são parentes dos próprios trabalhadores.
O amianto em sua elaboração industrial se esmiúça em fibras muito pequenas. Da ordem de uma milionésima parte de um metro, que passam a ser fibras invisíveis e indestrutíveis, "em grande parte porque são muito resistentes aos ácidos e ao fogo, portanto permanecem quase mais tempo que a energia nuclear e está em todas as partes, no ar, na água e, portanto, nos alimentos", explica o ecologista.
Puche assinala que "as primeiras informações sobre os males do amianto para a saúde remontam ao ano de 1898. Depois, ao longo dos primeiros 50 anos do século 20, foram feitos estudos científicos cada vez mais sérios onde se foi demonstrando a toxicidade deste mineral. O problema é que houve muito tempo de latência entre a exposição e a morte ou surgimento da doença, e por outro lado a fibra é invisível, não se vê nem tem cheiro".
Mas, além disso, Puche lamenta que tenha havido "uma grande conspiração do silêncio porque era um material muito rentável, muito flexível, servia para muitas coisas e não interessava de nada para as empresas que se descobrisse sua toxicidade. Somente no começo da década de 90, e sobretudo a partir de 2000, que se começou a proibir o produto nos países desenvolvidos. De fato, atualmente é proibido em 55 países".
Países em desenvolvimento
O que a princípio foi um fenômeno nos países desenvolvidos, atualmente a construção com este material barato emerge nos países em desenvolvimento, com a consequente incidência futura que terá sobre a saúde de suas populações.
"No século 20, até a década de 1990, os países mais afetados eram os Estados Unidos e os da Europa, ou seja, onde mais se consumia amianto. Agora, como lá é proibido, os países mais afetados são Rússia, China, Índia e alguns da África. Na América Latina, a metade de seus países também foi muito afetada, mas já começa a haver um processo de proibição que começou na Argentina, Chile e parte do Brasil".
O Brasil um dos maiores produtores mundiais de amianto. Segundo a Associação Brasileira dos Expostos ao Amianto (Abrea), o mineral é utilizado em quase 3 mil produtos industriais, como telhas e caixas d'água. O baixo custo do produto e sua alta resistência favorecem o consumo.
Outra das arbitrariedades que se cometem, diz o ecologista e escritor, é que "países onde seu uso é proibido, como no Canadá, o amianto é extraído mas não consumido, sendo exportado para outros para que o transformem. São empresas instaladas em países com o amianto regulamentado, mas com interesses econômicos em outras empresas localizadas em países onde ele não está".
"Há muita cumplicidade entre os países desenvolvidos onde se encontra um tremendo problema na hora de eliminar o amianto", adverte Puche.
"Costuma-se assegurar que o amianto não prejudica mais a saúde, mas isso não é verdade, porque constantemente ele está sendo quebrado ou manipulado e, como por cada 12 milímetros de largura de uma placa pode sair um milhão de fibras que podem ser inaladas, se torna um enorme risco cancerígeno. Há gente que com uma dose muito pequena pode contrair câncer de pulmão depois de 30 ou 40 anos. Esse é o problema", acrescenta o especialista.
Também, uma das atuações de muito duvidosa moralidade é a que explica o ecologista que está acontecendo em alguns países onde "os navios que foram construídos há mais de dez anos estão cheios de amianto e, na hora de seu desmantelamento, são enviados aos países asiáticos pobres. Ali, as pessoas, por três dólares ao dia, se dedicam a tirar o amianto sem nenhum tipo de proteção e é gente muito jovem, por isso que o número de mortes que haverá dentro de 30 ou 40 anos vai ser imenso".
E para pôr fim a este grave problema de saúde pública ao qual a população está exposta, Puche diz: "Há lugares muito sensíveis porque há crianças, idosos e doentes onde existe o amianto. Portanto, uma das coisas que nós pedimos é que se faça um registro dos lugares e prédios sensíveis. A partir daí, realizar um programa para desamiantar, começando pelo mais urgente, e dedicar um orçamento em nível governamental. Fonte: yahoo notícias saúde

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Gasolina de algas, o combustível verde

Os cientistas estão desenvolvendo sistemas para conseguir biocombustíveis fabricados a partir de óleos vegetais extraídos de diferentes espécies de algas marinhas. O combustível verde chegou. As algas marinhas, espécies de organização muito simples que vivem e realizam sua fotossíntese na água e se alimentam de substâncias inorgânicas, têm cada vez mais aplicações. Não só são utilizadas como alimento, por causa de sua riqueza em vitaminas e minerais, mas também em cosmética, devido a suas propriedades hidratantes, antioxidantes e regeneradoras. As microalgas englobam cianobactérias e algas eucariotas microscópicas. Por sintetizar e acumular acilgliceróisDentro de alguns anos, os combustíveis ecológicos que colocaremos em nossos veículos realmente poderão levar o rótulo de “verde”: a cor das algas. Já terão dado fruto muitas das pesquisas que estão em andamento no mundo todo, destinadas a utilizar estes vegetais marítimos para produzir diversos combustíveis de origem biológica ou biocombustíveis, como a alternativa aos cada vez mais escassos e caros hidrocarbonetos de origem mineral.
A companhia biotecnológica espanhola Biomar Microbial identificou seis micro-organismos denominados microalgas que, ao serem cultivadas com sais e luz solar e sem sofrer modificação genética, produzem ácidos graxos que originam um biocombustível de uma qualidade similar ao atual óleo diesel.
Segundo explica Antonio Fernández Medarde, executivo-chefe da companhia, "algumas multinacionais líderes do setor petroquímico como a Repsol já avaliam o cultivo destes micro-organismos como uma fonte de energia ecológica alternativa útil para a indústria do motor".
"O biodiesel obtido tem as mesmas aplicações que o atual diesel e sua produção é ilimitada. Além disso, sua utilização não precisa realizar nenhuma mudança na atual tecnologia da indústria do motor", explica Antonio, especialista em biologia celular e patologia molecular.
já Arturo Ayats, vice-presidente da Biomar, destaca que "os biocombustíveis obtidos a partir de cereais podem ser criticados pelos países que precisam deles como fonte de alimentação, enquanto o gasóleo obtido a partir do cultivo de microalgas não traz esta polêmica". Arturo Ayats, vice-presidente da Biomar.
"O oceano cobre 70% da superfície do planeta e sua diversidade biológica é muito superior à que existe na terra", assinala Arturo, para quem "o cultivo de microalgas como fonte para obter biocombustível é uma revolução no âmbito das energias renováveis com capacidade ilimitada de produção".
Os primeiros testes da Biomar para produzir biodiesel foram realizados em laboratório, e depois este cultivo se transferiu para piscinas de 400 litros nas instalações da empresa.
Energia alternativa
"Obtemos biocombustível ecológico a partir dos óleos que surgem da conversão da biomassa de microalgas, em processo denominado transesterificação", explica Arturo à Agência EFE. A biomassa se define como a "matéria orgânica originada em processo biológico, espontâneo ou provocado, utilizada como fonte de energia".
Segundo o especialista, "os ácidos graxos resultantes dão lugar ao biocombustível de alta qualidade. A produção em grande escala será realizada aumentando a disponibilidade do espaço de cultivo dessas microalgas".
Cientistas do Instituto de Ciência e Tecnologia Ambiental (Icta), associado à Universidade Autônoma de Barcelona (UAB), na Catalunha, Espanha, conseguiram fabricar biodiesel a partir do cultivo de três espécies de algas marinhas.
O pesquisador Claudio Fuentes Grünewald explicou que este avanço faz parte do biodiesel de "terceira geração", fabricado a partir de óleos vegetais, o que difere do bioetanol, um biocombustível produzido à base de açúcares.
Segundo este engenheiro chileno de pesca e aquicultura do Instituto de Ciências do Mar do Conselhos Superior de Pesquisas Científicas (CSIC) de Barcelona, - que fez seu teste em condições ambientais e também controladas - "esta nova descoberta permite fabricar biocombustíveis sem depender de potenciais alimentos terrestres, como soja ou óleo de palma, nem utilizar recursos valiosos como a água doce".As microalgas são cultivadas em grandes piscinas com sais e luz solar e sem sofrer modificação genética.
As três espécies que se revelaram viáveis, escolhidas após comparar seu perfil, taxas de crescimento e produção de biomassa de 12 microalgas diferentes, são comuns na maior parte do globo: dois dinoflagelados (alexandrium e karlodinium) e uma rafidoficea (heterosigma).
O trabalho do pesquisador consistiu em "estressar" as algas para que produzissem mais óleo, aumentando a temperatura, reduzindo os nutrientes e injetando nitrogênio. Ele comprovou que as condições controladas permitem obter uma produtividade mais elevada, já que não se depende das variações climáticas.
“Já se pode produzir biodiesel, mas em termos energéticos e econômicos ainda é inviável, embora esta 'desvantagem' deva ser revertida à medida que o petróleo aumente seu preço no mercado", explicou Claudio, que realizou primeiro seu experimento em um litro de água e depois em um tanque com mil litros.
De acordo com o pesquisador, "ainda há problemas técnicos para separar a biomassa da água, porque se consome muita energia, e de nada serve buscar combustíveis ecológicos se não são eficientes e consumimos mais energia para produzi-los".
As microalgas marinhas pesquisadas por Claudio produzem florações no litoral e mudam a cor da água, crescem e todas as partes do planeta. Cada país litorâneo poderia isolar suas próprias cepas e usar variedades locais que já estão bem adaptadas para produzir seu próprio biodiesel. Fonte: Yahoo notícias saúde

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Remédios via wireless

Chip (direita) usado no tratamento medicinal ao lado de um pendrive
Pesquisadores da MicroCHIPS Inc. concluíram um estudo que poderá revolucionar a medicina. Um chip que libera o medicamento seguindo comandos de controle wireless. Ele é implantado sob a pele e pode ser programado para fazer com que o remédio caia na corrente sanguinea na hora certa.


O experimento foi feito com mulheres que apresentavam osteoporose e tinham que aplicar injeções diárias de remédios. O dispositivo substituiu a medicação tradicional e os resultados foram suficientes para o tratamento da doença.

Robert Farra, o responsável pelo projeto e presidente da MicroCHIPS Inc, comentou durante a reunião anual da Associação Americana para o Avanço da Ciência que a experiência abriria as possibilidades de mudanças nos tratamento dos pacientes e potencializaria a telemedicina. Fonte: Yahoo notícias

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Chip implantado no corpo permite tratar a osteoporose à distância

Um teste clínico mostrou pela primeira vez que é possível controlar remotamente um chip implantado no corpo para liberar doses de medicação e, neste caso, para tratar a osteoporose nas mulheres.
Esta técnica poderá ser aplicada para tratar de forma mais eficaz outras doenças como o câncer, segundo os pesquisadores, que publicaram esta pesquisa na revista Science Translational Medicine.
A pesquisa também será apresentada na conferência anual da Sociedade Americana para a Promoção da Ciência (AAAS), que reúne 8 mil pesquisadores em Vancouver, Canadá, do 16 ao 20 de fevereiro.
O estudo foi realizado na Dinamarca com um grupo de sete mulheres com osteoporose, caracterizada pela perda de massa óssea progressiva.
As idosas constituem 80% das pessoas atingidas por esta doença, que provoca principalmente fraturas.
"Os doentes não vão precisar se lembrar de tomar o medicamento ou sofrer com as várias injeções necessárias para tratar a osteoporose", explicou o Dr. Robert Farra, chefe da empresa MicroCHIPS com sede em Massachusetts (nordeste dos Estados Unidos) que desenvolveu este chip eletrônico.
Ele é um dos coautores deste projeto junto com outros pesquisadores do Massachusetts Institute of Technology (MIT), da faculdade de medicina de Harvard e da Universidade Case Western Reserve (Ohio, leste).
Ao contrário da maior parte dos chips que, pré-programados, liberam lentamente pequenas doses de medicamento por certo período, este novo chip libera o tratamento graças a um controle remoto sem fio.
"Este sistema permite liberar um medicamento no sangue rapidamente como uma injeção", explicou o Dr. Farra.
"A medicação poderá ser ajustada à distância e, suavemente, o tratamento dos pacientes será feito por meio de um computador ou celular", acrescentou.
Segundo os autores do estudo, este novo chip do tamanho de um marcapasso cardíaco, poderá ser mais satisfatório e, talvez, menos dispendioso em longo prazo do que as injeções diárias de medicamentos.
Os pesquisadores implantaram o chip logo abaixo da cintura em cada uma das sete mulheres com idades entre 65 a 70 anos. O procedimento pode ser realizado por um clínico geral em seu consultório com apenas anestesia local.
As mulheres foram observadas durante 12 meses. Neste período foi constatado que o chip libera o medicamento, chamado de teriparatide, de maneira tão eficaz quanto as injeções diárias.
O teriparatide melhora a formação de massa óssea e reduz o risco de fratura.
Os chips usados no estudo clínico tinham 20 doses de medicamento. Mas a empresa MicroCHIPS trabalha para criar exemplares capazes de estocar centenas de doses. Fonte:  Yahoo  notícias saúde

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Campanha contra a Aids no carnaval começa a ser veiculada esta terça

Brasília – Começa esta terça (14) na TV aberta a campanha contra a Aids no carnaval. O vídeo é apresentado por dois jovens - um homem e uma mulher - que falam sobre a doença e apresentam dados. Não há um casal homossexual, como o vídeo postado no site do Ministério da Saúde e retirado em seguida.

Na semana passada, a pasta tirou do site do Departamento de DST (doenças sexualmente transmissíveis), Aids e Hepatites Virais o vídeo com um casal gay trocando carícias em uma boate. O ministério alegou que a peça faz parte da campanha, mas para ser veiculada somente em ambientes fechados e frequentados pelo público-alvo da edição deste ano, os jovens gays de 15 a 24 anos. Foi um erro, segundo a pasta, ter disponibilizado o vídeo no site. A retirada gerou críticas de entidades da sociedade civil de combate à aids e é vista como um recuo do governo.

No vídeo para a rede nacional de TV, os jovens falam sobre a incidência da aids, o aumento de 10% de casos da doença entre os jovens gays e o uso regular de preservativos por apenas 43% dos jovens.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, explicou que a mensagem dá prioridade aos dados epidemiológicos e busca sensibilizar a juventude para o fato de que a aids não tem cura. A ideia, segundo ele, é usar estratégias de comunicação diferentes para a população em geral e o público gay.

“O conteúdo que queremos passar na TV aberta para o conjunto da sociedade não era possível fazer naquela estratégia de vídeos para o público específico”, disse.

Segundo Padilha, o vídeo colocado no site do ministério com o casal gay, retirado em seguida, nunca foi cogitado para transmissão na rede nacional de televisão. O ministério chegou a informar em sua página que os filmes para TV e internet iriam apresentar homens gays e um casal heterossexual prestes a ter relação sexual sem camisinha. Então, personagens – uma fadinha e um siri – surgiriam trazendo o preservativo. As informações não constam mais do portal.

“Foi um erro, tanto que determinei a retirada imediata. Aquele vídeo nunca foi pensado para ser colocado na TV aberta”, explicou.

O filme removido mostra um casal homossexual trocando carícias em uma boate e quando decide ter uma relação sexual, uma fadinha aparece com o preservativo. O conceito da campanha é “Na empolgação, pode rolar de tudo. Só não rola sem camisinha. Tenha sempre a sua”.

Para o presidente do Fórum de Organizações Não Governamentais Aids de São Paulo, Rodrigo Pinheiro, o vídeo para a televisão aberta é burocrático e não cativa o público-alvo. Ele discorda da decisão do governo de produzir material diferenciado para a TV aberta e os ambientes segmentados, além de defender a veiculação do filme com o casal gay na rede nacional de televisão.

“Não faz o menor sentido. Vão interromper uma festa [ na boate] para colocar o vídeo”, disse. “É totalmente fora de foco. É falta de encarar o problema de frente”.

A organização pretende ingressar com uma denúncia no Ministério Público Federal contra o ministério, alegando desperdício de dinheiro público, e recorrer também a organismos internacionais de direitos humanos. Fonte: yahoo notícias saúde

Descoberta de lago na Antártida pode ajudar a encontrar vida extraterrestre

Moscou, 15 fev (EFE) - A descoberta do lago Vostok, localizado na Antártida e que fica a quatro mil metros sob o gelo, é o primeiro passo para encontrar vida em outros planetas, como Marte, onde as condições são parecidas com as do continente gelado, disse à Agência Efe o chefe da expedição antártica russa.

"Na estação russa de Vostok, a temperatura chega a 89,2 graus negativos, e em Marte é de 90 graus abaixo de zero", afirmou Valery Lukin, subdiretor do Instituto de Pesquisas Árticas e Antárticas (IIAA).
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O cientista russo destacou que "os equipamentos usados para perfurar o gelo que cobria o lago e desenhados com esse único fim pelo Instituto de Engenharia de Minas de São Petersburgo foram um sucesso, por isso essa tecnologia poderia ser utilizada agora para explorar outros planetas".
"O lago da vida", como foi batizado pela comunidade científica, e que tem cerca de 300 quilômetros de comprimento, 50 quilômetros de largura e quase mil metros de profundidade em algumas regiões, pode ter a água mais pura do planeta, espécies desconhecidas ou muito antigas".
"Provavelmente é a água mais antiga e pura do planeta. Não temos provas concretas, mas sim informações de que a superfície é estéril, apesar de esperarmos encontrar formas de vida como termófilos e extremófilos (microorganismos que vivem em condições extremas) no fundo do lago", comentou.
Lukin revelou que a expedição russa, cujas perfurações demoraram mais de 20 anos para alcançar a superfície do lago, encontraram "rastros do DNA de termófilos" a 3,6 quilômetros de profundidade, por isso é provável que haja vida nessa massa de água líquida formada há 40 milhões de anos.
"Se não encontrarmos nada, isso também seria uma descoberta. Mas se acharmos algum organismo, poderemos estudar a evolução de espécies que não tiveram nenhum contato durante milhares de anos com a atmosfera terrestre", disse.
O cientista também está convencido de que o Vostok será um "polígono promissor" para estudar as zonas polares de Marte e o satélite de Júpiter, o Europa, que abriga uma camada de gelo e, possivelmente, água.
"E se houver água, significa que também pode haver vida", disse, citado pelas agências russas.
De acordo com Lukin, os resultados da investigação no lago serão fundamentais também para o estudo da mudança climática na Terra durante os próximos séculos, pois o Vostok foi e continua sendo uma espécie de termostato isolado do resto da atmosfera e da superfície da biosfera.
Vários expedicionários russos vão hibernar na estação, mas ninguém tocará o lago até dezembro, quando a expedição será retomada.
"Se tudo correr bem, traremos amostras de água congelada à Rússia em maio de 2012. Aí saberemos se o Vostok é o lar de novos microorganismos, bactérias ou nada", disse.
O chefe da expedição antártica reconhece que alguns cientistas ocidentais se mostraram "céticos" com a descoberta e com o risco de que os russos infectem o lago, saturado de oxigênio com níveis de concentração 50 vezes superiores aos da água doce.
"Há muita disputa. Muitos países queriam ser os primeiros. Usamos equipamentos especiais de perfuração para não danificar o ecossistema do Vostok e respeitamos todos os protocolos internacionais da Antártida", garantiu Lukin.
Para a demonstração, o IIAA informou em seu relatório que 40 litros de água do lago foram bombeados à superfície, porém congelaram no caminho.
Os russos desenharam uma máquina dragadora térmica que utiliza fluido de silicone não contaminante depois que a secretaria do Sistema do Tratado Antártico pôs impedimentos à expedição russa por temer a contaminação do lago com o querosene usado pela perfuradora.
"Nem tudo se faz com dinheiro. Sem conhecimento, entusiasmo e capacidade, é impossível. Tenho certeza de que nem a revista britânica 'Nature' nem a americana 'Science' publicarão nossas conquistas, mas isso não importa", declarou.
Lukin garante que a Rússia é, pela primeira vez, líder mundial em algum campo científico desde que Yuri Gagarin se tornou o primeiro astronauta da história, em abril de 1961.
"É preciso reconhecer que a casualidade jogou a nosso favor. Os soviéticos não sabiam quando abriram a estação em 1957, e que justo debaixo dela havia um lago", confessa.
De qualquer forma, não faltaram elogios aos cientistas russos, que chegaram ao lago às 18h25 (de Brasília) do dia 5 de fevereiro, em particular por parte do primeiro-ministro russo, Vladimir Putin - que foi presenteado com uma amostra de água do Vostok em um frasco de vidro hermeticamente fechado -, e do departamento de Estado americano.
O Vostok tem uma superfície de 15,6 quilômetros quadrados, parecida com a do Baikal, a maior reserva de água doce do mundo, e é o maior lago subterrâneo entre os mais de 100 que se encontram sob o continente. Fonte: yahoo notícias saude

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Antibióticos são ineficazes para tratar sinusite, demonstra estudo

Cientista trabalha em laboratório de um hospital belga
Cientista trabalha em laboratório de um hospital belga
Os antibióticos são ineficazes contra a maioria das infecções dos seios nasais, embora com frequência sejam prescritos por médicos, demonstrou um estudo publicado na revista Journal of the American Medical Association (JAMA).
"As pessoas que sofrem de sinusite - inflamação da cavidade nasal e dos seios nasais - não se sentem melhor ou apresentam menos sintomas quando tomam antibióticos", disse Jay Piccirillo, professor de otorrinolaringologia da Universidade de Washington em St. Louis (Missuri, centro), principal responsável por este teste clínico publicado na edição da revista JAMA de 15 de fevereiro.
"Nosso estudo com 166 adultos mostra a inutilidade dos antibióticos para tratar a sinusite comum - com frequência de origem viral. A maioria das pessoas se recupera sozinha", acrescentou.
Estes médicos compararam um grupo de participantes tratado com antibióticos e um grupo de controle, cujos participantes tomaram um placebo.
Nos Estados Unidos, um em cada cinco antibióticos com receita é prescrito para tratar a sinusite, informaram os autores da pesquisa.
Em vista da resistência crescente dos antibióticos como resultado de seu uso excessivo, era importante saber se estes medicamentos são eficazes contra a sinusite, disseram os especialistas.
"Acreditamos que os antibióticos são muito receitados pelos clínicos gerais", disse Jane Garbutt, professora associada de medicina na Universidade de Washington, outra autora do estudo.
Concretamente, os cientistas recomendam, no lugar de antibióticos como a amoxicilina, tratar a dor da sinusite com analgésicos (aspirina, ibuprofeno) e a congestão nasal com descongestionantes. Fonte: yahoo notícias saúde

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Lago na Antártica pode revelar evolução do planeta e novas vidas

Gelo na Antártica, onde se localiza o lago Vostok. (Foto: AFP)
Cientistas russos afirmaram nesta quinta-feira (9) que uma sonda enviada a um lago primitivo sob o gelo da Antártica pode fazer revelações sobre a evolução do planeta e até mesmo novas formas de vida. Uma equipe russa fez uma perfuração até a superfície do lago Vostok, que, acredita-se, foi coberto por gelo durante milhões de anos, em um avanço anunciado oficialmente pelo Instituto do Ártico e da Antártica.
Cientistas afirmaram que as amostras de água que serão retiradas do lago até o fim deste ano podem revelar novas formas de vida, apesar das condições extremas. "Esperamos encontrar vida lá como nenhuma outra que exista na Terra", explicou Sergei Bulat, um biólogo molecular do Instituto de Física Nuclear de São Petersburgo, à AFP. "Se houver vida lá, será uma forma de vida que é desconhecida para a ciência. Nesse caso, estamos falando de uma descoberta fundamental, uma nova página em nossa compreensão científica da vida".

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"Descobrimos um novo assunto para a ciência, ninguém nunca viu nada como isso", acrescentou Vladimir Syvorotkin, um especialista em geologia e mineralogia da Universidade Estatal de Moscou. "Os biólogos provavelmente encontrarão alguma bactéria desconhecida que se adaptou a estas condições", disse.
Os sedimentos do lago também revelarão mudanças na Terra e em seu clima nos últimos 20 milhões de anos, afirmou German Leichenkov, do Instituto de Geologia e Recursos Minerais do Oceano em São Petersburgo. "Para os geólogos, é importante perfurar e trazer de volta os sedimentos. Eles contêm informações sobre alterações no meio ambiente, o clima nos últimos 15 a 20 milhões de anos.Nós temos muito pouca informação sobre isso na Antártica e esta poderia ser uma fonte única de informação", contou.

Trabalhando em condições extremas no leste da Antártica, onde a temperatura média é de cerca de menos 50 graus Celsius, a expedição implantou uma sonda através do gelo por muitos meses, utilizando querosene como anticongelante. "Esta é nossa vitória técnica. Perfuração nestas condições climáticas complexas é difícil, além dos fatores da alta altitude e do gelo forte", explicou Leichenkov.
"É uma vitória técnica e psicológica importante. É importante parabenizá-los com isso, especialmente porque não existem outras vitórias. Essas pessoas são heroínas", disse Syvorotkin, da Universidade Estatal de Moscou.
O líder da expedição, Valery Lukin, comparou orgulhosamente o sucesso do projeto de longa duração com o primeiro voo ao espaço. Em um sinal da importância que o governo russo atribui à descoberta, o ministro dos Recursos Naturais e Ecologia, Yury Trutnev, visitou o local no início deste mês.
Os cientistas por trás da expedição afirmaram que a sonda não iria contaminar a água devido às técnicas empregadas, que utilizaram água pressurizada para puxar o fluido de perfuração menos denso para fora do poço. No entanto, um especialista do Greenpeace alertou para o risco de poluição na perfuração, citando cientistas internacionais.
"Muitos cientistas dizem que têm dúvidas e que o líquido para perfurar pode atingir este lago único com flora e fauna desconhecidas. É um risco", disse Vladimir Chuprov, chefe da equipe de energia do Greenpeace na Rússia.
O professor Martin Siegert, chefe da escola de geociências da Universidade de Edimburgo, afirmou à AFP nesta semana que o método de perfuração utilizando anticongelante significava um potencial para contaminação. "É muito difícil para eles convencer (outros) de que seu experimento será limpo, quando você tem essencialmente duas milhas (3,5 quilômetros) de querosene para atravessar antes de chegar à superfície do lago".
A difícil tarefa de atingir os sedimentos do lago também exigirá um método seguro de perfuração, explicou o geólogo Leichenkov. "Este problema já está sendo solucionado, temos especialistas muito bons trabalhando nisso", completou. Fonte: Yahoo Notícias saude

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Como ajudar a esfriar o planeta



Branqueamento de nuvens pode causar danos
O branqueamento de nuvens, pela borrifação delas com água do mar, proposto como uma "solução técnica" para a mudança do clima, pode causar mais danos do que vantagens, de acordo com uma pesquisa. Nuvens mais brancas refletem mais luz solar de volta para o espaço, resfriando a terra.
Mas um estudo apresentado pela União Européia de Geociências descobriu que o uso de gotas de água do tamanho errrado levariam ao aquecimento, e não ao resfriamento. Um dos pais da idéia disse que seria possível criar gotas com o tamanho adequado. O branqueamento de nuvens foi proposto originalmente por John Latham, hoje na Universidade-Corporação de Pesquisa Atmosférica, em Boulder, no Colorado.
Desde então, a idéia vem sendo desenvolvida por diversos outros pesquisadores, incluindo o pioneiro em energia de ondas Stephen Salter, da Universidade de Edinburgo. É mais uma das técnicas de "geoengenharia", que tentariam ou reduzir a radiação solar que chega à Terra, ou absorver dióxido de carbono do ar. Uma das versões envolve navios especialmente projetados, movidos a energia eólica, que operariam em áreas do oceano onde os estratocumulos são escassos.
Os barcos borrifariam continuamente jatos de gotas de água salgada, e pequenos cristais de sal atuariam como núcleos em torno dos quais o vapor da água se condensaria, produzindo nuvens ou engrossando as existentes. Isto ainda não foi experimentado na prática. Mas Kari Alterskjaer, da Universidade de Oslo, chegou ao encontro da União Européia de Geociências, esta semana, com um aviso. Seu estudo, que usou observações de nuvens e um modelo de computador do clima global, confirmou descobertas anteriores, de que o branqueamento de nuvens funcionaria melhor a oeste das Américas do Norte e do Sul e a oeste da África.
No entanto, ela conclui que seria necessário 70% mais de sal na atmosfera do que o calculado pelos proponentes da técnica. E o uso de gotas do tamanho errado reduziria a cobertura de nuvens, em vez de fortalecê-las – levando ao aquecimento, e não ao resfriamento desejado."O problema é que nuvens são muito complicadas. Uma vez que se começa a manipulá-las de uma forma, acontecem muitas interações diferentes", afirmou ela. "Se as partículas forem muito pequenas, elas não branquearão as nuvens, mas influenciarão partículas que já se encontram lé, gerando uma competição entre elas", disse a cientista à BBC. "Obviamente, o tamanho da partícula é de importância crucial, não apenas por gerar efeitos positivos ou negativos – se elas forem muito grandes, cairão de volta no mar".
No momento em que cientistas do clima se encontram frustados pelo lento progresso na redução de gases estufa, o branqueamento de nuvens vem sendo usado como exemplo de uma tecnologia que poderia fazer diferença, pelo menos para ganhar tempo.
Há cálculos segundo os quais um modesto aumento destas nuvens marítimas equilibrariam o aumento do CO2 na atmosfera – embora mesmo os proponentes da técnica admitam que ela não faria nada para combater a outra importante consequência das emissões de carbono, a acidificação dos oceanos. Fonte: blog: "Planeta Sustentável"
Foto: ©NASA’s Marshall Space Flight Center

"Salve o Planeta"

Seja um pai ou uma mãe em 2012

E diga  não  ao fim do mundo!

“Plante uma árvore” – Pois o sol nasce para todos
mas as sombras só para quem plantou o futuro...

Um gesto simples  que pode esfriar o planeta
Uma campanha do blog “Biopemas Vereda”

Brasil, motor do crescimento mundial da agricultura transgênica

  • Fazendeiro trabalha em sua fazenda de soja transgênica em Mato Grosso do Sul, em outubro de 2004
    Fazendeiro trabalha em sua fazenda de soja transgênica em Mato Grosso do Sul, em …
O Brasil foi, em 2011, o motor da expansão mundial do cultivo de transgênicos e pode desbancar nos próximos anos os Estados Unidos como primeiro produtor do planeta, informou a ISAAA, ONG especializada em biotecnologia para a agricultura.
Os Estados Unidos lideram a produção agrícola de OGM (organismos geneticamente modificados), com 69 milhões de hectares plantados em 2011, seguido de Brasil, com 30,3 milhões, Argentina, com 23,7 milhões e Índia, com 10,6 milhões, segundo dados do Serviço Internacional para a Aquisição de Aplicações Agrícolas em Biotecnologia (ISAAA).
A organização informou que o Brasil foi, no ano passado, o motor do crescimento das plantações transgênicas, com expansão de 20% sobre 2010, o que representou 4,9 milhões de hectares a mais destes plantios.
No mundo, o cultivo de transgênicos atingiu 160 milhões de hectares em 2011, com aumento de 8%. Em 1996, foram apenas 1,7 milhão de hectares.
Embora os Estados Unidos ainda esteja à frente do resto, o "Brasil está reduzindo esta brecha muito rapidamente", disse Clive James, presidente desta associação, em teleconferência celebrada na terça-feira, das Filipinas.
"O Brasil precisará de um tempo (para alcançar os Estados Unidos), mas acho que a vontade política está aí e que o objetivo de aumentar a produtividade através da biotecnologia, tanto para seu mercado interno quanto para suas exportações, especialmente para a China", seu primeiro parceiro comercial, disse.
Segundo ele, o Brasil está aportando novos plantios transgênicos, por exemplo de cana-de-açúcar.
Estes tipos de cultivos geneticamente modificado resistem melhor a secas, frio, doenças e agrotóxicos, além de teren maior produtividade. Também podem ser usados para aumentar o conteúdo nutricional de alimentos e seus defensores os consideram chave para o desafio de alimentar a população mundial, que deve chegar a 9 bilhões de pessoas em 2050.
Mas seus críticos afirmam que não se conhecem seus efeitos a longo prazo, advertem para o monopólio da produção de sementes por algumas multinacionais e consideram que podem ameaçar o meio ambiente.
A União Europeia proíbe a entrada em seu território de qualquer carregamento de cereais, plantas ou vegetais geneticamente modificados ou que apresente traços de OGM.
A ISAAA é uma organização sem fins lucrativos que compartilha conhecimentos e avanços sobre biotecnologia agrícola com camponeses em países em desenvolvimento, através de acordos públicos e privados. Fonte: yahoo notícias saúde

Novos avanços na terapia genética para um tipo de cegueira hereditária

Novos avanços na terapia genética para um tipo de cegueira hereditária
  • Novos avanços na terapia genética para um tipo de cegueira hereditária
Investigadores americanos informaram nesta quarta-feira sobre novos avanços através da terapia genética para restaurar a visão em um tipo raro de cegueira hereditária.
A terapia, testada inicialmente em apenas um dos olhos de 12 pessoas, funcionou bem ao ser repetida no outro olho de três dos pacientes, dando um sinal de que o tratamento é seguro, eficaz e não será rejeitado pelo corpo.
"Nossa preocupação era que o primeiro tratamento (no primeiro olho) poderia causar uma reação do sistema imunológico similar a uma vacina que poderia levar o sistema imunológico do indivíduo a agir contra a exposição repetida", do tratamento, explicou o autor principal do estudo, Jean Bennett, professor de oftalmologia da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos.
Apersar dos riscos, três pacientes do estudo inicial se mostraram de acordo para receber a terapia no olho que não tinha sido tratado.
As três pessoas conseguiram ver melhor em um ambiente pouco iluminado e dois foram capazes de navegar diante de obstáculos em situações de pouca luz. Não foram reportados efeitos colaterais.
O estudo foi publicado na edição desta quarta-feira da revista Science Translational Medicine.
O tratamento revolucionário se dirige contra a amaurose congênita de Leber, doença provocada por falhas em 13 genes que compromete a capacidade de captar luz das células da retina. Esta doença causa perda severa da visão e movimentos anormais do olho na infância do paciente e provoca cegueira total aos 20 ou 30 anos.
Bennett e sua equipe testaram um novo método inserindo um gene corretor em um vírus de resfriado desativado. O vírus modificado foi injetado no globo ocular, infectando as células doentes, trabalhando como um cavalo de Tróia para depositar DNA correto na retina.
Nenhum dos 12 pacientes recuperou a visão normal, mas todos eles experimentaram melhora em pelo menos 100 vezes na resposta da pupila à luz. Seis dos 12 recuperaram a visão até o ponto de não serem mais classificados como cegos.
Mais pesquisas são necessárias antes de confirmar que o tratamento contra a cegueira hereditária é considerado seguro. Fonte: yahoo notícias saúde

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Infarto: Saiba como e por que o coração pode parar de funcionar

Sedentarismo, maus hábitos alimentares e estresse contribuem para o problema
Por Minha Vida
Estar acima do peso, levar uma rotina estressante, fumar, não praticar exercícios e ter maus hábitos alimentares são fatores determinates para desencadear o mais popular e perigoso problema de saúde do Brasil: o infarto do miocárdio, ou, como é conhecido popularmente, o ataque cardíaco. De acordo com dados do Ministério da Saúde, o país registra uma média anual de 70 mil mortes por infarto. O alto índice de óbitos não e restrito aos brasileiros. O problema é de escala mundial e atinge até mesmo pessoas que mantém uma rotina saudável.

O que acontece no coração
O ataque cardíaco é, basicamente, a morte do coração. O músculo cardíaco para de receber sangue - que leva oxigênio e nutrientes aos tecidos do órgão - e a falta de irrigação, consequência do entupimento das artérias coronárias, faz com que ele pare de funcionar.
Infarto: saiba como e por que o coração para de funcionar


O processo que desencadeia o problema é relativamente lento e pode levar anos. "Embora ele seja súbito, o excesso de colesterol, ou seja, a gordura, vai se acumulando ao longo dos anos nas paredes internas das artérias até interromper totalmente o fluxo de sangue", explica o cardiologista Maurício Wajngarten.

De acordo com o especialista, o sangue passa a fluir devagar devido ao engrossamento das tais placas de gordura (ateromas) nas artérias. Com isso, o coração passa a ser menos irrigado e sinaliza isto sob a forma de uma intensa dor, chamada angina. "Nas pessoas que já têm uma predisposição genética, ou que apresentam um ou mais fatores de risco, como hipertensão ou
diabetes, este processo é muito mais intenso", diz o cardiologista.
Infarto: saiba como e por que o coração para de funcionar


No passo seguinte o ateroma se quebra para cobrir a ferida, o que faz com que as plaquetas se unam para formar um coágulo de sangue (trombo) até aparecer o responsável pela total obserução da artéria: um coágulo que impede que o sangue passe e, preso, ele deixa de irrigar o miocárdio. A duração deste processo todo leva apenas alguns minutos. No entanto, se ultrapassar 20 minutos, o dano pode ser irreversível. "A gravidade de um infarto depende muito do tamanho da área atingida do coração. Se o bloqueio for em uma das principais artérias, é necessário que o atendimento médico seja urgente. Caso contrário, é morte certa", alerta Wajngarten.

Os sintomas de que um infarto está prestes a acontecer nem sempre são evidentes: além da dor ou pressão no peito, pode haver falta de ar, dores nos braços, pescoço, ombros e costas, enjoos e até mesmo um desmaio. No entanto, algumas pessoas passam pela experiência sem sentir absolutamente nada.

Tratamentos e prevenção
Nem todo infarto é fatal e existem formas de tratamento para quem já passou pela experiência. De acordo com o cardiologista, a medicina oferece medicamentos para revascularizar a área atingida.
Há também procedimentos e intervenções cirúrgicas, como a angioplastia, que devolve a irrigação através de um cateter que viaja pelos vasos até o coração. Nesta técnica, uma uma espécie de balão inflado alarga as artérias estreitadas e libera a passagem do sangue. Em muitos casos, uma espécie de mola pequena (stent) é colocada para garantir a passagem do sangue e, consequentemente, a irrigação do músculo.

Já a
ponte de safena é usada em casos mais graves, onde várias artérias foram bloqueadas pelas placas de gordura. A taxa de sucesso dessas técnicas chega a 90%. "Evitar um infarto exige cuidados relativamente simples. Se manter longe de fatores de risco, como o tabagismo e o sedentarismo, já é um começo", recomenda o cardiologista. Alimentação balanceada, controle do colesterol e pressão arterial também influenciam. Assim como deve-se procurar alternativas para aliviar o estresse e a tensão.  Fonte: yahoo