terça-feira, 30 de junho de 2015

Platelmintos fazem autofecundação na ausência de parceiros

(Arquivo) Platelmintos desenvolvem um surpreendente mecanismo de auto-fertilização na ausência de um parceiro, injetando seu próprio esperma na cabeça - de acordo com um estudo publicado nesta quarta-feira na revista da Royal Society britânica
Platelmintos desenvolvem um surpreendente mecanismo de auto-fertilização na ausência de um parceiro, injetando seu próprio esperma na cabeça - de acordo com um estudo publicado nesta quarta-feira na revista da Royal Society britânica.
Para a maioria dos animais, o celibato significa ausência de descendentes e pode representar até uma futura extinção. Mas não é para os platelmintos. Se forem mantidos longe de potenciais parceiros, estes parasitas hermafroditas são capazes de injetar seu próprio esperma ao se picarem com seu pênis em forma de agulha. É o que explicam os pesquisadores da Universidade de Basileia, na Suíça, e da Universidade de Bielefeld, na Alemanha.
Normalmente, os platelmintos usam o pênis para picar um outro e injetar o esperma através da pele, chamada de inseminação hipodérmica. Os dois parceiros, que possuem órgãos reprodutores masculinos e femininos, se acasalam passando por um rito romântico em forma de combate: os dois vermes querendo assumir o papel de pai e tentando tocar o outro primeiro.
Mas se eles são isolados, os vermes injetam seu próprio esperma na parte anterior do corpo, e podem até preferir picar sua cabeça. As células de esperma, em seguida, migram para os ovos, de acordo com o estudo.
Os pesquisadores observam que os vermes só usam a autofecundação na ausência prolongada de oportunidades para acasalar, e que ela causa a diminuição da produção de recém-nascidos e na sobrevivência das crias.
O acoplamento de dois indivíduos distintos continua a ser o sistema de reprodução preferido pela espécie, mas pode ser uma forma de garantir a reprodução em condições ambientais adversas, avaliam os cientistas. Fonte: Yahoo Notícias

Cheiro funciona como bússola de pássaros no céu

Um albatroz é visto em Sydney, no dia 8 de junho de 2010
Como os pássaros encontram seu caminho em meio a oceanos extensos? Nesta quarta-feira pesquisadores publicaram uma possível explicação na revista da Royal Society britânica: seu GPS é o nariz.
Enquanto os seres humanos podem se perder no espaço de dois segundos e a dois passos da casa, as aves marinhas voam por dias e noites sobre os oceanos, encontram sua refeição favorita e retornam para o seu ninho sem nunca se perder.
Estudos prévios já demonstraram a capacidade dessas aves para localizar suas colônias de reprodução, muitas vezes localizadas em pequenas ilhas perdidas no mar, graças a odores transportados pelo vento.
Pesquisadores ingleses, italianos e portugueses avançaram um pouco mais na solução deste mistério que fascina cientistas há décadas: as aves marinhas, como os albatrozes, os petréis e as pardelas usam algum tipo de odor para se orientar através da imensidão azul sem referência visual.
Os cientistas analisaram os modelos de voo de 210 aves pertencentes a três espécies de cagarras, com a ajuda de gravadores de GPS durante o período de incubação e criação dos filhotes.
Com base nessas análises de voo e dados estatísticos, os pesquisadores demonstram que as aves marinhas são guiadas por seu sentido de cheiro e navegam usando uma imagem mental de cheiros locais, transportados pelos ventos locais.
"O acordo entre as previsões teóricas e as observações foram chocantes, uma grande surpresa", explicou à AFP o britânico Andrew Reynolds do Instituto de Pesquisas Rothamsted, um dos principais autores deste trabalho.
O dimetilssulfito -- que vem em grande parte do plâncton em suspensão na água -- ou de outros odores típicos dos locais podem formar uma paisagem olfativa. E essas aves, que vivem um longo tempo, pode aprender a memorizar esses cheiros.
"Nossas descobertas põem fim a 40 anos de debate sobre a navegação das aves", afirmou Andy Reynolds. Fpnte: Siga o Yahoo Notícias no Twitter e no Facebook 

domingo, 14 de junho de 2015

MERS soma 11 óbitos e 126 infectados na Coreia do Sul

Funcionários sanitários desinfetam um centro de artes em Seul
O Ministério da Saúde da Coreia do Sul informou nesta sexta-feira que o balanço de mortos pelo coronavírus MERS subiu para 11 e que foram registrados quatro novos casos, o que aumenta para 126 o total de infectados no país.
O número de mortos aumentou desde o primeiro relatório apresentado no dia pelas autoridades, depois que uma mulher de 72 anos morreu após ser infectada por outro paciente em um hospital.
As autoridades já haviam anunciado o fechamento temporário de um hospital de Seul pelo medo de que o local se convertesse em uma fonte de contágio, já que a doença se propagou no país depois que um paciente infectado visitou vários centros hospitalares.
Um porta-voz do governo federal de Seul disse à AFP que o centro permanecerá fechado até 23 de junho.
No país, 52 instalações sanitárias foram expostas à infecção, incluindo 18 em Seul e 16 na província de Gyeonggi.
O hospital St. Mary's na cidade de Pyeongtaek, onde foi registrada a primeira onda de contágios, permanecerá fechado até esta sexta-feira, como medida preventiva que leva em consideração o período de incubação do vírus.
Já o hospital Samsung, o maior centro médico do sul de Seul, onde ocorreram 58 dos 126 contágios, já foi desinfectado e permanecerá aberto.
No entanto, as autoridades convocaram a população a seguir com suas atividades e destacaram que o ritmo de contágios está se desacelerando.
"O número de novos casos confirmados caiu fortemente e há poucos riscos de que o vírus se propague por transmissões aéreas a comunidades fora dos hospitais", disse em um comunicado o ministério da Saúde.
O primeiro caso foi diagnosticado no dia 20 de maio em um paciente que havia viajado à Arábia Saudita.
O homem de 68 anos propagou a doença depois de visitar quatro centros médicos nos quais outros pacientes e equipe médica foram infectados, o que gerou fortes críticas da opinião pública às autoridades.
Atualmente há 3.680 pessoas em quarentena, de um máximo de 3.805 no dia anterior. Fonte: Siga o Yahoo Notícias no Twitter e no Facebook 

quinta-feira, 11 de junho de 2015

Antiácidos podem aumentar risco de crise cardíaca, diz estudo

Certos medicamentos que reduzem a acidez do estômago podem estar ligados ao aumento de 16 a 21% do risco de um ataque cardíaco, de acordo com um estudo divulgado nesta quarta-feira

Certos medicamentos que reduzem a acidez do estômago podem estar ligados ao aumento de 16 a 21% do risco de um ataque cardíaco, de acordo com um estudo divulgado nesta quarta-feira.
Conhecidas como inibidores da bomba de prótons (IBP), tais como Nexium, Prilosec ou Prevacid, essas drogas estão entre as mais prescritos do mundo e representam um mercado de 14 bilhões de dólares, afirmaram os autores da pesquisa da Stanford School of Medicine, na Califórnia.
Eles são eficazes para reduzir a acidez do estômago e evitar o refluxo gastroesofágico.
"A relação que constatamos entre o uso destes medicamentos e o aumento do risco da crise cardíaca não prova em si mesmo uma relação de causa e efeito", argumentou Nigam Shah, professor adjunto de informática biomédica da Universidade de Stanford e um dos autores da pesquisa.
Mas insistiu que, visto que a pesquisa foi realizada com base em históricos médicos eletrônicos de quase três milhões de pessoas, e após rastrear minuciosamente bilhões de dados médicos, este vínculo deveria ser considerado algo sério, sobretudo tendo em conta que muitos destes antiácidos estão disponíveis sem receita médica.
Nos Estados Unidos, os médicos fazem mais de cem milhões de receitas médicas por ano para estes antiácidos considerados inofensivos - salvo para as pessoas que tomam o anticoagulante Plavix -, indicaram os pesquisadores, cujo estudo foi publicado na revista norte-americana PLOS ONE.
"Estes medicamentos não são tão seguros quanto pensamos", comentou Nicholas Leeper, professor adjunto de cirurgia cardiovascular da Universidade de Stanford, principal autor do estudo.
Comparados com outra classe de antiácidos conhecidos como anti-histamínicos H2, como o Pepcid, Tagamet ou Zantec, estes não têm relação com um aumento do risco cardíaco, segundo uma análise dos registros médicos de 2,9 milhões de pacientes.
Estes anti-histamínicos H2 estão presentes no mercado há mais tempo que os IPP e são razoavelmente eficazes contra a acidez do estômago.
Cabe destacar que se observou uma maior frequência de crises cardíacas em pessoas que tomavam os antiácidos IPP com menos de 45 anos e com boa saúde, concluíram os pesquisadores. Fonte: Yahoo Notícias

terça-feira, 9 de junho de 2015

Cepa atual do vírus Ebola na África é menos virulenta que a de 1976

(Nov/2014) Funcionário trabalha em um centro de tratamento do ebola em Macenta, Guiné, no auge da crise
A estirpe do vírus Ebola que circulou na África Ocidental em 2014 e causou uma epidemia sem precedentes da febre hemorrágica, é realmente menos virulenta do que quando apareceu pela primeira vez no centro do continente, em 1976.
A pesquisa feita por virologistas americanos em macacos rhesus nos Instituto Nacional de Saúde (NIH) mostrou que a infecção na África Ocidental, que causou pelo menos 11.000 mortes, não está se tornando mais grave.
"Na verdade, o novo estudo sugere que a atual cepa do vírus chamado Makona é menos capaz de causar sintomas no modelo animal usado, em comparação com a estirpe de 1976", mostrou o estudo.
A cepa anterior é conhecida como Mayinga, enquanto a que afetou recentemente Libéria, Guiné e Serra Leoa é identificada como Makona.
Em 1976, o surto de Ebola foi limitado. Causou a morte de 318 pessoas na República Democrática do Congo - antigo Zaire - e 425 em Uganda. Mas seu impacto foi baixo porque ocorreu em áreas rurais e muito pouco povoadas.
No experimento do NIH, foram infectados dois grupos de animais com uma ou outra cepa do Ebola.
Em três dias, ambos grupos estavam contaminados com o vírus. Os infectados com a cepa Mayinga desenvolveram erupções no quarto dia e estavam gravemente doentes nos dias quinto e sexto.
Mas os macacos infectados com a estirpe Makona não desenvolveram erupções até o sexto dia e os sintomas não apareceram até o sétimo.
Além disso, o dano hepático, que é um resultado típico da infecção de Ebola, apareceu nos macacos infectados com a cepa Makona dois dias depois daqueles com a Mayinga.
Finalmente, o sistema imunológico dos animais com estirpe mais fraca -- Makona -- produziram quase o triplo de proteínas antivirais daqueles com a mais forte.
Os virologistas que conduziram o estudo planejam investigar mais a forma como reagem os sistemas imunológicos em ambas as estirpes do Ebola, mas supõem que seja necessário um intervalo mínimo de sete dias após a infecção para o corpo responder de forma eficaz.
Aparentemente, os macacos infectados com a estirpe Mayinga não desenvolveram qualquer forma de proteção imunitária porque a doença progrediu muito rapidamente.
Atualmente, na África, estão sendo conduzidos três testes clínicos de fase 3 de duas vacinas contra a cepa Makona. Até agora, eles têm mostrado resultados promissores. Fonte: Siga o Yahoo Notícias no Twitter e no Facebook 

sábado, 6 de junho de 2015

Médicos americanos realizam histórico trasplante de crânio e couro cabeludo

(Arquivo) Cirurgia é realizada em Angers, no dia 24 de outubro de 2013. Médicos dos EUA realizaram uma operação complexa, que anunciaram como a primeira no mundo, em que transplantaram o crânio e o couro cabeludo de um paciente com câncer
Médicos dos Estados Unidos realizaram uma operação complexa, que anunciaram como a primeira no mundo, em que transplantaram o crânio e o couro cabeludo de um paciente com câncer que também recebeu um novo rim e pâncreas durante o procedimento.
A cirurgia de James Boysen, um desenvolvedor de software de 55 anos, levou 15 horas e foi conduzida por mais de 50 médicos, informou nesta quinta-feira o MD Anderson Cancer Center, em Houston, Texas (sul).
Ele acrescentou que este procedimento histórico fez de Boysen "o primeiro paciente que recebe simultaneamente um transplante de tecido craniofacial com transplantes de órgãos sólidos."
A operação no Hospital Metodista de Houston foi planejada ao longo de quatro anos e realizada em 22 de maio, 20 horas depois de os médicos terem sido informados sobre a disponibilidade dos órgãos.
"Foi uma cirurgia muito complexa porque tivemos que transplantar os tecido através de microcirurgia", disse Michael Klebuc, cirurgião que liderou a equipe.
"Imagine conectar vasos sanguíneos de pouco mais de um milímetro sob o microscópio, com pequenos pontos de sutura de um cabelo humano, tudo com ferramentas que você utilizaria para fazer um relógio suíço", disse ele.
Boysen, que reside em Austin, foi diagnosticado com leiomiossarcoma, um câncer raro que ataca os músculos lisos de seu crânio, em 2006.
O câncer foi tratado com sucesso, mas deixou uma grande ferida em seu crânio e couro cabeludo.
O homem, que também foi diagnosticado com diabetes aos cinco anos, já havia recebido um transplante de rim e pâncreas em 1992, que precisavam ser renovados.
Mas esses transplantes não puderam ser feitos devido as lesões no crânio e couro cabeludo e aos medicamentos para supressão imunológica.
Os médicos resolveram o dilema operando tudo ao mesmo tempo.
"Foi uma situação clínica verdadeiramente única", disse Jesse Selber, médico e um dos principais cirurgiões. Fonte: Siga o Yahoo Notícias no Twitter e no Facebook 

segunda-feira, 1 de junho de 2015

Estado indiano processa Nestlé por alta quantidade de chumbo em macarrão

O estado indiano de Uttar Pradesh (norte) decidiu processar a subsidiária indiana da empresa de alimentos Nestlé após a descoberta de níveis perigosos de chumbo em lotes de macarrão instantâneo Maggi
O estado indiano de Uttar Pradesh (norte) decidiu processar a subsidiária indiana da empresa de alimentos Nestlé após a descoberta de níveis perigosos de chumbo em lotes de macarrão instantâneo Maggi - informou neste domingo uma autoridade local.
A agência de segurança alimentar da Índia (FDA) ordenou a retirada do lote, na sequência dos resultados de alguns testes realizados em março com cerca de uma dúzia de pacotes de macarrão.
A empresa suíça contesta as conclusões da FDA e garantiu ter iniciado seus próprios testes.
A análise também revelou a presença de glutamato monossódico, um aditivo alimentar controverso, de acordo com a FDA.
Vijay Bahadur, um funcionário da segurança alimentar de Uttar Pradesh, disse que o processo foi aberto no sábado num tribunal local por dar informações incorretas sobre o conteúdo do produto e produzir alimentos potencialmente perigosos para a saúde.
Se considerada culpada, a Nestlé Índia será multada e seus lídere Fonte: Yahoo Notícias.

Combinação de duas imunoterapias é mais eficaz contra melanoma

A imunoterapia, que utiliza a energia do sistema imunológico para atacar o câncer, é mais potente contra o melanoma quando dois agentes são combinados, mas os efeitos colaterais são mais fortes em alguns pacientes

A imunoterapia, que utiliza a energia do sistema imunológico para atacar o câncer, é mais potente contra o melanoma quando dois agentes são combinados, mas os efeitos colaterais são mais fortes em alguns pacientes - afirmaram pesquisadores neste domingo.
Os resultados de um ensaio clínico de fase III comparando a ação terapêutica da nivolumab (Opdivo), isoladamente ou em combinação com ipilimumab (Yervoy) mostram que a ação conjunta de ambas as terapias foi "significativamente mais eficaz do que o ipilimumab sozinho", de acordo com resultados apresentado neste domingo durante a conferência da Sociedade Americana de Oncologia Clínica, em Chicago (Illinois, norte dos Estados Unidos).
O Opdivo bloqueia uma proteína PD-1 que evita que o sistema imunológico localize e destrua as células cancerosas. O Yervoy, a primeira imunoterapia desenvolvida contra o melanoma, desbloqueia a proteína CTL-4 encontrada nas células do sistema imunológico, o que lhes permite atacar o câncer.
Ambas as moléculas são fabricadas pela farmacêutica norte-americana Bristol-Meyers Squibb, que financiou o estudo.
Depois de nove meses de tratamento, o nivolumab mais do que duplicou o período médio sem progressão do melanoma em comparação com ipilimumab, para 6,9 meses versus 2,9 meses. Mas quando ambos os tratamentos são combinados, este período aumentou para 11,5 meses.
A taxa de resposta para o tratamento foi também mais alta entre os pacientes que receberam a imunoterapia combinada.
O número de efeitos colaterais importantes foi mais alto entre os pacientes que receberam o tratamento nivolumab-ipilimumab combinado. Alguns tiveram parar o tratamento duplo.
Até agora, o ipilimumab e o nivolumab foram aprovados pela Food and Drug Administration (FDA , por sua sigla em inglês), apenas para tratar separadamente melanomas metastáticos inoperáveis ​​ou avançados que não respondem aos tratamentos convencionais. Fonte: Yahoo Noticias