quinta-feira, 29 de outubro de 2015

OMS diz que relatório sobre câncer não é chamado para deixar de consumir carne

(Arquivo) Diferentes tipos de linguiça à venda na cidade francesa de Toulouse
A Organização Mundial de Saúde (OMS) afirmou nesta quinta-feira que o relatório divulgado nesta semana que associa o consumo de carnes processadas ao câncer não é um chamado para que as pessoas parem de comer carne.
Baseando-se em mais de 800 estudos, a Agência Internacional para a Pesquisa sobre o Câncer (IARC, na sigla em inglês), vinculada à Organização Mundial da Saúde (OMS), colocou o consumo excessivo de carnes processadas como embutidos no Grupo 1 do risco de contrair câncer, principalmente colorretal.
O consumo excessivo de carnes vermelhas em geral - incluindo bovina, suína e ovina - foi incluído no Grupo 2a, como "provavelmente cancerígenas".
O estudo "não pede para que as pessoas deixem de comer carnes processadas, mas aconselha uma redução do seu consumo, o que pode diminuir o risco de câncer colorretal", explicou a OMS em comunicado divulgado nesta quinta.
A agência da ONU cita pesquisas que atribuem 34.000 mortes ao ano à alimentação rica em carnes processadas. Número baixo comparado ao milhão de mortes anuais atribuídas ao tabaco, 60.000 pelo consumo de álcool e 200.000 por causa da poluição.
Mas o estado atual da pesquisa "não permite" determinar uma quantidade segura para o consumo de carne, ressaltou a OMS.
No início do próximo ano, os especialistas "começarão a considerar as implicações para a saúde pública dos mais recentes avanços na ciência e em vez de carne processada e carne vermelha numa dieta saudável", disse a OMS.
Os produtores de carne de todo o mundo rejeitaram veementemente o relatório da IARC. O ministro da Agricultura australiano chamou o estudo de "farsa", enquanto o American Meat Institute acusou o IARC de "distorcer os números para obter certos resultados". Fonte: Siga o Yahoo Notícias no Twitter e no Facebook 

terça-feira, 20 de outubro de 2015

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Forma de malária resistente a tratamento pode chegar à África, diz estudo

(Arquivo) Mosquitos infectados com malária

Formas de malária resistentes aos tratamentos convencionais, já em franca expansão pelo sudeste da Ásia, também podem espalhar-se pelo continente africano e prejudicar as chances de erradicar a doença - é o que aponta um estudo publicado nesta terça-feira na revista Nature Communications.
A malária é uma doença causada por um parasita (Plasmodium falciparum) que é transmitido por mosquitos.
Ela afeta cerca de 200 milhões de pessoas em todo o mundo, principalmente nos trópicos, e causa cerca de 600 mil mortes a cada ano, a maioria na África subsaariana, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
O tratamento padrão atualmente é a artemisinina - desenvolvida pelo cientista chinesa Tu Youyou, que acaba de receber o Prêmio Nobel de medicina - em combinação com outros tratamentos anti-malária.
Mas há alguns anos foram observadas resistências face a este tratamento, principalmente no Camboja e em outros países do Sudeste Asiático.
Para determinar se a África também pode ser ameaçada pela ocorrência deste tipo de resistência, um grupo de investigadores infectou diferentes espécies de mosquitos com parasitas resistentes à artemisinina provenientes de pacientes cambojanos ou de testes laboratoriais.
Estes parasitas infectaram facilmente diversas espécies de mosquitos Anopheles, entre eles o Anopheles coluzzii - principal vetor da malária na África.
Os pesquisadores, liderados por Rick Fairhust, do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas (NIAID) - que depende do Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos (NIH) - também descobriram um fundo genético comum em parasitas resistentes à artemisinina que lhes permite infectar várias espécies de mosquitos ignorando seus sistemas imunitários.
Para os pesquisadores, essa capacidade pode explicar o rápido desenvolvimento da malária resistente à artemisinina no Sudeste Asiático.
Os mosquitos que transmitem o parasita resistente têm, além disso, a tendência de picar do lado de fora das residências, limitando o tamanho de estratégias de controle do vetor com base em redes ou inseticidas, observam os pesquisadores.
Em comunicado resumindo o estudo, a revista Nature Communications assinala que o estudo "não demonstra que os mosquitos infectados podem efetivamente transmitir a doença para os seres humanos", mas há uma "possibilidade de que os parasitas resistentes à artemisinina se propaguem para além do Camboja até a África, o que vai representar um desafio significativo para a erradicação da malária". Fonte: Siga o Yahoo Notícias no Twitter e no Facebook 

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Tratamento contra leucemia mostra-se eficaz contra Parkinson

Um medicamento utilizado no tratamento da leucemia, já aprovado pela agência norte-americana de medicamentos (FDA), mostrou-se eficaz no combate ao mal de Parkinson e a uma forma de demência
Um medicamento utilizado no tratamento da leucemia, já aprovado pela agência norte-americana de medicamentos (FDA), mostrou-se eficaz no combate ao mal de Parkinson e a uma forma de demência - segundo resultados de um estudo clínico limitado apresentado em Chicago.
A molécula Nilotinib dos laboratórios suíços Novartis, comercializada sob o nome de Tasigna, permitiu uma "melhora significativa e animadora" na redução das proteínas tóxicas no cérebro.
Estas proteínas foram vinculadas com o desenvolvimento das doenças neurodegenerativas, explicaram os pesquisadores do centro médico da Universidade Georgetown de Washington, que fizeram o estudo com uma dúzia de pacientes.
Os resultados da pesquisa foram apresentados durante a conferência anual da Associação Norte-americana de Neurociência, realizada no final de semana em Chicago.
Segundo o estudo, o Tasigna melhorou as capacidades cognitivas, motoras e não-motoras de pacientes em tratamento pelo Parkinson e da Demência de Corpos de Lewy, um problema cognitivo caracterizado por depósitos anormais de uma proteína que se formam no interior das células do cérebro.
"Até onde sei, é a primeira vez que uma terapia parece reverter a um grau mais ou menos importante o avanço da doença, o declive cognitivo e das capacidades motoras dos pacientes que sofrem de doenças neurodegenerativas", ressaltou o professor Fernando Pagan, professor adjunto de neurologia no hospital universitário Georgetown.
Mas Pagan explicou que "é essencial realizar um estudo clínico mais extenso antes de determinar o verdadeiro impacto deste medicamento".
Os pesquisadores citaram inúmeros exemplos para subsidiar suas palavras: um doente condenado a permanecer em cadeira de rodas que conseguiu levantar-se e voltar a caminhar, ou o caso de três pacientes que mal conseguiam falar e que, após o tratamento, conseguiram manter conversas normais.
Sem dúvida, a pesquisa - afirmou Pagan - não conseguiu contrastar seus resultados com pacientes que receberam um placebo ou outros tratamentos diferentes.
Os pesquisadores constataram que o Tasigna propiciou o aumento da produção de dopamina, um importante neurotransmissor que favorece a comunicação entre neurônios.
Segundo eles, a suspensão do medicamento pareceu provocar novamente problemas cognitivos e motores - apesar dos pacientes terem retomado seus tratamentos habituais contra o Parkinson. Fonte: Siga o Yahoo Notícias no Twitter e no Facebook 

Mais de 11 sinais no braço indica risco de melanoma

É essencial conhecer o número total de sinais no corpo para estabelecer os riscos de desenvolver câncer de pele
A presença de mais de 11 sinais no braço direito indica um risco maior de melanoma, um tipo de câncer de pele, segundo um estudo da King's College em Londres publicado nesta segunda-feira.
Ainda que apenas de 20% a 40% dos melanomas procedam da evolução de um sinal, é essencial conhecer o número total de sinais no corpo para estabelecer os riscos de desenvolver câncer de pele, segundo o trabalho publicado no British Journal of Dermatology.
No total, 3.694 mulheres brancas participaram do estudo realizado durante oito anos no Reino Unido. Os pesquisadores contaram o número de sinais em cada uma delas e em 17 partes distintas do corpo.
O exercício se repetiu com 400 homens e mulheres que sofriam de melanoma.
"Constatamos que um número superior a 11 sinais em um braço está vinculado a um risco significativo de ter mais de 100 sinais no corpo inteiro, o que indica um sério risco de melanoma", assegura o estudo.
"Esta rápida avaliação clínica deve servir para uma análise acerca do risco de melanoma", completou o estudo, que pede aos médicos que adotem o método.
O melanoma é um câncer muito agressivo, cuja frequência aumenta rapidamente na Europa, sobretudo pelo costume de tomar sol.
As pessoas de pele clara com muitas pintas e marcas têm maior risco de sofrer câncer cutâneo quando tomam sol.
O câncer de pele mais frequente é o carcinoma, que geralmente é menos grave e que, na maioria dos casos, ocorre nas zonas descobertas do corpo (cabeça e colo) depois dos 50 anos de idade.  Fonte: Yhoo Notícias

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Descoberta de micoses reaviva suspeita sobre origem do Alzheimer

(Arquivo) Clínica de tratamento para pacientes com mal de Alzheimer, Francheville, no dia 7 de fevereiro de 2008
As micoses - infecções causadas por fungos microscópicos - podem ter uma relação com o mal de Alzheimer: é o que sugere um grupo de pesquisadores espanhóis, alimentando a hipótese de que a doença neurodegenerativa contra a qual ainda não há cura tem origem infecciosa.
"Não existem provas conclusivas, mas se a resposta for sim, o Alzheimer pode ser tratado com remédios antifúngicos", escreveu a equipe de pesquisadores espanhóis em estudo publicado nesta quinta-feira na revista Scientific Reports (do grupo Nature).
O estudo aparece um mês após um polêmico artigo britânico que despertou medo no grande público e questionamentos da comunidade científica, lançando a hipótese de transmissibilidade da doença.
Comparando tecidos cerebrais recolhidos após a morte de onze pessoas que sofriam com o mal de Alzheimer e outras dez pessoas que não apresentavam a doença, Luis Carrasco, do centro de biologia molecular de Madri e sua equipe, descobriram estruturas assinalando a presença de diferentes tipos de fungos em todos os doentes de Alzheimer sem exceção, mas não entre os não doentes.
Segundo os pesquisadores, foram detectados traços em diferentes partes do cérebro dos doentes, incluindo nos vasos sanguíneos, o que poderia explicar as patologias vasculares frequentemente observadas nos pacientes de Alzheimer.
"Coletivamente, nossos trabalhos fornecem provas irrefutáveis da presença de micoses no sistema nervoso central dos pacientes de Alzheimer", afirmam no artigo, estimando que a descoberta relança a hipótese de uma origem infecciosa para a doença.
Os fungos podem explicar porque a doença avança lentamente e por que os pacientes apresentam inflamações crônicas e uma ativação do sistema imunológico.
Mas eles não excluem a possibilidade de que os doentes de Alzheimer possam, por diversas razões (modificações na higiene ou alimentação, sistema imunológico menos performático), ser mais sensíveis às micoses.
- 'Possível, mas a confirmar' -
"É um estudo interessante e totalmente possível, mas que deve ser confirmado por uma outra equipe", destacou Christophe Tzourio, neurologista e diretor da unidade de pesquisa em neuroepidemiologia do Inserm/Universidade de Bordeaux.
A hipótese de uma infecção que poderia estar na origem do Alzheimer não é nova. Pesquisadores levantaram a hipótese de que o vírus da herpes ou a 'Chlamydophila pneumoniae', parasita na origem de infecções respiratórias graves, poddam desempenhas um papel na doença degenerativa - teoria que não foi confirmada depois, lembra Tzourio.
"Não sabemos se as micoses ocorreram antes ou após a aparição do Alzheimer", aponta por sua vez Laura Phipps, do centro britânico de pesquisa sobre o Alzheimer.
O mal de Alzheimer afeta principalmente as pessoas idosas. A doença leva a uma deterioração das capacidades cognitivas e consequente perda de autonomia. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 47,5 milhões de pessoas sofrem de demência no mundo, das quais 60 a 70% provocadas pelo Alzheimer.
A maioria dos especialistas concorda que trata-se de uma doença complexa e que é necessária geralmente "uma conjunção de fatores" para que alguém desenvolva as lesões específicas que são o desenvolvimento de placas amiloides e o acúmulo de proteínas Tau anormais no interior dos neurônios.
Entre os fatores de risco conhecidos estão, além da idade, a hipertensão arterial, a obesidade, o tabagismo ou o sedentarismo, assim como predisposições genéticas.
As pesquisas aumentaram nos últimos anos para compreender melhor a doença e sobretudo descobrir um tratamento curativo.
Em artigo publicado pela Nature no mês passado, o especialista britânico em doenças neurodegenerativas John Collinge lançou a hipótese de uma outra forma de transmissão após ter encontrado na autópsia de dois doentes mortos pela doença de Creutzfeldt-Jakob um dos dois sinais do Alzheimer: as placas amiloides. Fonte: Yahoo Notícias

sábado, 10 de outubro de 2015

Genoma humano africano de 4.500 anos é sequenciado

(Arquivo) Pesquisadores conseguiram sequenciaram o genoma de um homem africano de 4.500 anos, um desafio que tornou-se ainda mais difícil devido ao calor - que complicou a recuperação do DNA dos antigos restos mortais
Pesquisadores conseguiram sequenciaram o genoma de um homem africano de 4.500 anos, um desafio que tornou-se ainda mais difícil devido ao calor - que complicou a recuperação do DNA dos antigos restos mortais.
A descoberta foi feita usando o crânio de um homem enterrado de cabeça para baixo em uma caverna nas colinas do sul da Etiópia, de acordo com um estudo publicado nesta sexta-feira na revista Science.
A caverna era fresca e seca o suficiente para preservar o DNA durante milhares de anos, segundo o estudo, explicando que análises anteriores foram limitadas a amostras de regiões norte e árticas.
Embora o homem tenha morrido antes da onda de imigração de retorno à África ocidental a partir da Eurásia cerca de 3000 anos atrás, seu genoma mostrou que a migração "foi mais de duas vezes maior do que se pensava, afetando a composição genética do população de todo o continente africano", garantiram os pesquisadores em comunicado.
O fenômeno, conhecido como "retorno eurasiano", ocorreu quando os indivíduos da Eurásia ocidental, incluindo o Oriente Médio e Anatólia, de repente invadiram o Chifre da África.
Ao comparar seu antigo genoma com o DNA de africanos modernos, os pesquisadores descobriram que as populações atuais da África Oriental compartilham 25% do DNA dos seus antepassados ​​da Eurásia.
Além da região, populações africanas em todo o continente podem rastrear pelo menos 5% do seu genoma para a imigração eurasiana.
Os investigadores acreditam que esta descoberta mostra que a enorme onda de imigração era muito maior do que se pensava e pode ter representado cerca de um quarto da população do Chifre de África na época.
"Com um genoma antigo, temos uma janela direta para o passado antigo. O genoma de um indivíduo pode fornecer um retrato de toda uma população", explicou Andrea Manica, do Departamento de Zoologia da Universidade de Cambridge, um dos participantes no estudo.
"A pergunta é o que os levou a se deslocarem tão repentinamente", afirmou. A causa da migração massiva continua sendo um mistério. Fonte; Siga o Yahoo Notícias no Twitter e no Facebook 

Surge o V20, bloco dos países vulneráveis às mudanças climáticas

O presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim, é visto ao lado da encarregada da ONU sobre mudanças climáticas, Christiana Figueres, em 7 de outubro de 2015, em Lima
Ministros dos 20 países mais vulneráveis às mudanças climáticas lançaram nesta quinta-feira, em Lima, o bloco V20 para reunir recursos que lhes permitam combater o impacto do aquecimento global em seus territórios.
O grupo, que inclui alguns dos países mais pobres e pequenos do mundo, confronta o de líderes das economias industrializadas e emergentes, o G20, que também terão seu encontro na capital peruana.
O lançamento do V20 ocorre em um momento em que os líderes de 188 economias do mundo participam em Lima da reunião anual do Fundo Monetário Internacional (FMI) e Banco Mundial (BM).
"Somos países de renda baixa e média, pequenos em tamanho, os menos desenvolvidos, desérticos, áridos, montanhosos, insulares, isolados e sem litoral", disse o grupo em uma declaração.
"Representamos cerca de 700 milhões de pessoas (...) e estamos unidos por nossa vulnerabilidade e a exposição às mudanças climáticas", acrescentaram.
O V20 tem como objetivo constituir um fundo comum público-privado que atue como um seguro contra o custo dos fenômenos meteorológicos extremos e desastres.
O lançamento do V20 ocorre a dois meses da cúpula das Nações Unidas sobre o clima em Paris, onde buscarão um acordo global sobre a redução das emissões de carbono e evitar os efeitos potencialmente desastrosos do aquecimento global.
Os recursos para as nações pobres e vulneráveis foram um ponto de fricção importante nas rodadas prévias de conversações.
A ajuda financeira global aos países em desenvolvimento que lutam contra as mudanças climáticas alcançou 62 bilhões de dólares em 2014, mais da metade da meta de US$ 100 bilhões fixada para 2020, anunciou nesta quarta-feira um informe da OCDE.
A encarregada da ONU sobre mudanças climáticas, Christiana Figueres, deu as boas-vindas ao V20 e pediu um "financiamento ambicioso e oportuno" para impulsioná-lo.
"As mudanças climáticas não são apenas uma questão ambiental, são uma questão econômica fundamental e precisam de soluções financeiras", disse.
Compõem o V20 Afeganistão, Bangladesh, Barbados, Butão, Costa Rica, Timor Leste, Etiópia, Gana, Quênia, Kiribati, Madagascar, Maldivas, Nepal, Filipinas, Ruanda, Santa Luzia, Tanzânia, Tuvalu, Vanuatu e Vietnã. Fonte: Siga o Yahoo Notícias no Twitter e no Facebook 

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Cientistas descobrem porque elefantes raramente têm câncer

Elefante brinca em lago de Lausanne, na Suíça, em 2 de outubro de 2015
Apesar de seu grande tamanho, os elefantes raramente desenvolvem câncer. Em estudo publicado nesta quinta-feira, um grupo de cientistas explica que o segredo destes grandes mamíferos está nos genes.
Os elefantes têm 38 cópias modificadas de um gene que codifica o p53, composto que impede a formação de tumores.
Os seres humanos, por exemplo, têm apenas cópias modificadas deste gene, segundo o estudo divulgado pela revista científica Journal of the American Medical Association (JAMA).
Isso significa que, a medida que os elefantes evoluíram, seus corpos fizeram cópias extra de um gene que evita a formação de tumores.
Por muito tempo, os elefantes foram considerados um enigma por terem muito mais células do que os seres humanos, o que em tese deveria representar um grande risco de desenvolver câncer ao longo de seus 50 a 70 anos de vida.
Mas mesmo assim a análise de uma grande base de dados de mortes de elefantes mostrou que menos de 5% deles morrem de câncer, comparado com 11 a 25% das pessoas.
"O lógico seria que os elefantes desenvolvessem enormes quantidades de células cancerígenas; de fato, já deveriam ter desaparecido a essa altura devido a tão alto risco de câncer", disse um dos principais autores do estudo, Joshua Schiffman, pediatra oncologista do instituto do câncer Huntsman da escola de medicina da Universidade de Utah.
"Acreditamos que a natureza conseguiu manter viva esta espécie processando mais p53", explicou.
Os elefantes também estão naturalmente equipados com um mecanismo interno mais agressivo na hora de matar células danificadas que ameaçam tornar-se cancerígenas, disseram os pesquisadores.
Os investigadores esperam que esta descoberta leve a novas terapias para combater o câncer em seres humanos.
Mas esse dia ainda pode estar longe, na opinião de Mel Greaves, diretor do centro sobre evolução e câncer do instituto de pesquisa do câncer em Londres.
"Esta nova pesquisa dá uma resposta plausível a um dos maiores mistérios da biologia evolutiva: por que alguns grandes animais com muitas células têm taxas baixíssimas de câncer", disse Greaves, que não participou do estudo.
"Não está claro no imediato quais são as lições que podemos tirar", acrescentou. "O principal impacto desta extraordinária história é que ela coloca o foco na questão do por que nós [humanos] estamos tão favoráveis ao desenvolvimento do câncer, considerando nosso tamanho e nossa expectativa de vida; e o que podemos fazer para modificar esta situação".
Também fizeram parte da pesquisa especialistas da Universidade do Arizona e do Ringling Bros. Center for Elephant Conservation. Fonte: Siga o Yahoo Notícias no Twitter e no Facebook 

terça-feira, 6 de outubro de 2015

Macaco que espirra e peixe que caminha são descobertos no Himalaia

O peixe azul com cabeça de serpente está entre as espécies desobertas no Himalaia entre 2009 e 2014
Um macaco que espirra sob a chuva e um peixe que caminha figuram entre as mais de 200 espécies descobertas no leste do Himalaia, segundo um estudo do Fundo Mundial para a Natureza (WWF).
Estas duas descobertas integram uma lista estabelecida e divulgada pelo Fundo Mundial para a Natureza (WWF), que tem por objetivo sensibilizar a opinião pública sobre as ameaças que pendem sobre esta frágil região.
O WWF inventariou as descobertas de cientistas nos últimos anos no Butão, no nordeste da Índia, no Nepal, no norte de Mianmar e no sul do Tibete.
Estas 211 novas espécies descobertas entre 2009 e 2014 incluem 133 plantas, 26 peixes, 10 anfíbios, 39 invertebrados, um réptil, um pássaro e um mamífero.
Uma da espécies mais curiosas é a do "peixe com cabeça de serpente que caminha", pode respirar ar, sobreviver quatro dias em terra firme e rastejar até 400 metros em solo úmido.
Também chamam a atenção a cobra cascavel vermelha, amarela e alaranjada que se parece com uma joia, um peixe "drácula" com pequenos incisivos e um novo tipo de banana.
Nas florestas do norte de Mianmar os cientistas descobriram em 2010 um macaco branco e preto, com o nariz arrebitado que o faz espirrar quando chove.
Nos dias de chuva, este macaco permanece sentado com a cabeça entre os joelhos para que o nariz não encha de água.
Há pouco tempo os cientistas conseguiram tirar fotos deste macaco, chamado pelos habitantes de "Snubby" (Trompete) pela forma de seu nariz.
Esta espécie, que também foi detectada na província chinesa de Yunan, vai ser incluída na lista vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN) com o status de espécie "em risco de extinção".
Esta região, na qual também se encontra o Everest, é um tesouro que ainda não foi totalmente explorado pelos cientistas, afirmou Dipankar Ghose, diretor da WWF na Índia.
Nesta zona de montanhas e florestas, muitas espécies evoluíram e sobreviveram durante séculos protegidas de qualquer influência humana.
No entanto, a WWF adverte contra as ameaças que podem enfraquecer estas espécies, em particular o avanço da presença humana em seus territórios, o desmatamento, a exploração mineradora e hidráulica e a caça.
Apenas 25% do habitat natural está intacto e centenas de espécies estão em perigo, disse o documento.
"O desafio consiste em preservar nosso ecossistema em risco antes que estas espécies - e outras ainda desconhecidas - desapareçam", disse Sami Tornikoski, responsável do programa da WWF para o Himalaia.
A ONG pede um desenvolvimento mais sustentável nesta região, em particular a construção de centrais hidrelétricas que protejam o meio ambiente e ajudem as comunidades locais a se adaptarem às mudanças climáticas.
Dipankar Ghose insiste, por sua vez, na necessidade de uma cooperação entre os diferentes governos da região para ter uma visão global que permita um compromisso entre as necessidades de desenvolvimento e a proteção das espécies. Fonte: Siga o Yahoo Notícias no Twitter e no Facebook 

Caprinos


Graças a uma notável capacidade para viver em ambientes desfavoráveis, com escassez de pastos, a cabra pode ser boa fonte de receita, fato que lhe valeu a designação popular de "vaca de pobre".
O caprino, pertencente à ordem dos artiodáctilos, é um mamífero ruminante da família dos bovídeos. Várias espécies e subespécies do gênero Capra são encontradas em todo o mundo. Há incerteza quanto a sua origem geográfica, mas sabe-se que foi um dos primeiros animais domesticados pelo homem, que já consumia seu leite há mais de quatro mil anos. O macho denomina-se bode; a fêmea, cabra; e o filhote, cabrito. Tanto o macho como a fêmea são dotados de chifres ocos e enrugados, mas na cabra estes são voltados para trás, enquanto os do macho são retos.
A cabra doméstica (Capra hircus) é o resultado de cruzamentos sucessivos e intercorrentes entre diversas espécies e subespécies de formas primitivas encontradas em várias regiões da Terra. As espécies selvagens são: C. falconieri, C. aegagrus, C. prisca e C. dorcas.
À exceção das regiões polares, os caprinos são criados em todo o mundo. Os maiores rebanhos encontram-se na Índia, China, Turquia, Nigéria, Irã e Brasil. No que tange à qualidade, os melhores são os da Suíça, Alemanha, Dinamarca, Reino Unido e Estados Unidos. A cabra é valiosa não só pelo leite, que é consumido in natura ou usado para o fabrico de queijo e manteiga, mas também pela carne do cabrito. Os chèvres, tipos de queijo francês muito apreciados em todo o mundo, são feitos de leite de cabra.
O rebanho brasileiro, que ainda não possui aprimoramento genético satisfatório, concentra-se principalmente no Nordeste e no Sudeste. As raças estrangeiras mais difundidas no Brasil são: toggenburg, saanen, nubiana, anglo-nubiana, murciana, mambrina e angorá. Entre as nacionais destacam-se as raças meridional, canindé e moxotó, encontradas principalmente no Nordeste.
As principais raças leiteiras são saanen, toggenburg, alpina, flamenga, murciana, maltesa, granadina e mambrina. As raças cachemira e tibetana produzem pêlo; valesiana e pirenaica, carne; canindé, curaçá, moxotó e africana, couro; dentre as raças de dupla aptidão destacam-se a nubiana (leite e carne) e a meridional (couro e carne). Embora a importância econômica dos caprinos decorra principalmente da produção de leite, no Brasil sua criação visa mais a obtenção de couro e carne.
Os caprinos brasileiros fornecem pêlos crespos e finos de excelente elasticidade, resistência e contextura. O couro é utilizado na fabricação de sapatos, luvas e outras peças de vestuário. O leite, de alto valor nutritivo, é rico em vitaminas A, D e B1, e pobre em vitaminas C e E. A carne mais apreciada é a do cabrito, castrado até 15 dias de idade.
Na criação extensiva, os caprinos alimentam-se de gramíneas, leguminosas, arbustos e folhagens diversas. Necessitam de um suprimento diário de proteínas, gordura, fibras, sais minerais e vitaminas. A criação em estábulo só é indicada quando o objetivo é a produção de leite ou de reprodutores.
No Brasil não há critérios rigorosos quanto à época mais propícia para a monta. O primeiro cio pode manifestar-se antes que a fêmea atinja os oito meses de idade. Os machos são ainda mais precoces. Disto resulta que a separação por sexo deve ocorrer antes dos seis meses. Somente após o primeiro ano de idade deve-se deixar o bode tentar a produção da primeira cria. O cio é curto (no máximo um a dois dias) e o ciclo estral -- que antecede e sucede a ovulação periódica das fêmeas -- dura de 15 a 20 dias. Decorridos 45 dias da parição, o cio volta a ocorrer. O período de gestação, de 136 a 164 dias, é mais curto nas cabras novas ou com mais de uma cria. A inseminação artificial é facilmente aplicável.
O período de lactação nas cabras não aprimoradas geneticamente dura apenas quatro meses, enquanto que nas de raças especializadas se prolonga, às vezes, por um ano. Nas criações intensivas, a ordenha é feita por processo mecânico e somente depois o filhote pode mamar. No início do aleitamento artificial, a cria consome até seis mamadeiras diárias, mas a partir do 15º dia já deve dispor de bom pasto e ração rica em sais minerais e vitaminas. A desmama pode ocorrer logo que os filhotes completam cinco semanas de idade. Os cabritos de raça nascem com peso de três a quatro quilos. Os trigêmeos e quadrigêmeos nascem com menos peso. Procede-se à castração antes do desmame.
Fonte: ©Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda.

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Pesquisa em neurociência nos EUA ganha impulso com doação de US$ 100 milhões

Pessoa usa eletrodos conectados à cabeça no Centro de Pesquisa em Neurociência, em Lyon
A pesquisa sobre doenças neuronais como o mal de Alzheimer, de Parkinson e 
as lesões traumáticas ganhou um impulso nesta quinta-feira com a doação de 100
 milhões de dólares por parte de uma fundação norte-americana.
O dinheiro da Fundação Kavli, que apoia a pesquisa científica, soma-se ao rograma 
de 300 milhões de dólares dirigido pela Casa Branca conhecido como Brain 
Research through Advancing Innovative Neurotechnologies Initiative (BRAIN,
 investigação do cérebro através do avanço das neurotecnologias inovativas, 
em inglês), lançado pelo presidente Barack Obama em abril de 2013.
"A maioria dos fundos servirão para estabelecer três novos institutos Kavli de
 neurociência", disse a fundação em comunicado.
Os centros estarão na Universidade Johns Hopkins em Baltimore (costa este),
 na Universidade Rockefeller em Nova York e na Universidade da Califórnia 
em San Francisco (costa oeste).
"Estes institutos farão parte de uma rede internacional de sete institutos Kavli que
 realizam pesquisas em neurociência, e uma rede mais ampla de 20 institutos
 Kavli dedicados a astrofísica, nanociência, neurociência e física teórica", disse 
o comunicado.
A iniciativa BRAIN também é financiada pelos Institutos Nacionales de Saúde, a 
Fundação Nacional de Ciência e a Agência de Defesa de Projetos de Pesquisa 
Avançada, assim como por parceiros privados.
Quando a iniciativa foi lançada, a Fundação Kavli comprometeu-se a contribuir
 com 40 milhões de dólares.  Fonte: Yahoo  Notícias