(Arquivo) Uma água-viva (Aurelia aurita) é vista no mar Mediterrâneo, no dia 16 de julho de 2004
A acidificação dos oceanos foi um dos principais impulsionadores 
da maior extinção em massa na Terra há cerca de 250 milhões de
 anos - afirmaram cientistas nesta quinta-feira.
As mudanças nas águas da Terra foram causadas por uma 
intensificação da atividade vulcânica, acabando com mais de 90%
 da vida nos oceanos e dois terços dos animais terrestres, disseram
 os autores do estudo
 publicado na revista Science.
Os oceanos absorveram enormes quantidades de dióxido de carbono 
a partir das erupções vulcânicas, tornando a água mais ácida e
 menos propícia para formas de vida ainda frágeis.
Naquela época, o oceano absorveu carbono a uma taxa 
semelhante à de hoje, mas que persistiu ao longo de 10 mil
 anos, segundo a pesquisa, que se baseia no estudo de rochas 
escavadas nos Emirados Árabes Unidos.
Estas rochas ficaram no leito do oceano por milhões de anos
 e acabaram por preservar um registro das alterações ácidas
 na água ao longo do tempo.
"Os cientistas já suspeitavam que uma acidificação dos
 oceanos teria ocorrido durante a maior extinção em massa
 de todos os tempos, mas até agora faltava uma evidência 
direta", explicou Matthew Clarkson, da Escola de Geociências 
da Universidade de Edimburgo.
"Esta é uma descoberta preocupante, considerando que
 já podemos ver um aumento na acidez dos oceanos hoje,
 resultado de emissões humanas de carbono", concluiu. 
Fonte: Yahoo Notícias