quinta-feira, 26 de junho de 2014

OMS pede medidas drásticas contra o Ebola e convoca reunião

Centro de isolamento para infectados com ebola em Conacri, na Guiné, o país mais afetado na epidemia atual

A Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu nesta quinta-feira medidas drásticas na luta contra a epidemia do Ebola na África Ocidental, a mais grave da história, e realizará em julho uma reunião com os ministros da Saúde dos onze países afetados.
Segundo a OMS, o número de mortos e casos de vírus Ebola continuam aumentando na Guiné, Libéria e Serra Leoa".
"A OMS está muito preocupada com o contágio da epidemia nos países vizinhos, e pelo potencial perigo de propagação internacional", declarou o dr. Luis Sambo, diretor regional da OMS para a África.
Segundo balanço comunicado nesta quinta-feira pela OMS, Guiné, o país mais afetado, seguido de Libéria e Serra Leoa somam ao longo do ano 635 casos de febre hemorrágica, entre eles 399 mortes.
Segundo a OMS, a atual epidemia de Ebola é a mais grave já registrada pelo número de casos e de mortes constatadas, e também por sua propagação geográfica.
Ante este desafio, a OMS convocou para 2 e 3 de julho uma reunião em Acra, Gana, com os ministros das Saúde dos 11 países envolvidos e diferentes sócios da organizacão que lutam contra o Ebola. Fonte: Yahoo Notícias

Estudo com cobaias atribui ao curry propriedades anti-hipertensivas

Chef prepara prato à base de curry em restaurante indiano em Londres, em 23 de setembro de 2009


Cientistas médicos indianos anunciaram ter testado com sucesso uma mistura de 

temperos conhecida como curry que reduziu a pressão arterial em ratos de laboratório,
 despertando a expectativa de se encontrar medicamentos naturais e baratos para 
tratar esta doença crônica.
S. Thanikachalam, especialista em cardiologia que chefiou a pesquisa, disse que 
sua equipe testou em roedores uma mistura de gengibre, cardamomo, 
cominho e pimenta, ingredientes comuns na cozinha indiana, junto com pétalas
 de lótus branca e outros.
"Vimos, então, mudanças positivas em ratos com pressão arterial elevada 
induzida em nossas experiências em laboratório", disse Thanikachalam, que chefia
 o departamento de cardiologia na Universidade Sri Ramachandra da cidade de
 Madrassa (sul). A droga foi muito eficaz em reduzir a pressão arterial e diminuir 
o estresse  oxidativo em ratos", disse à AFP.
O estudo destaca que as espécies contribuíram a reduzir a hipertensão arterial,
 uma forma secundária da pressão arterial alta, causada por um estreitamento
 das artérias nos rins.
Os indianos são geneticamente predispostos à hipertensão. Um em cada 
quatro pessoas sofre desta doença nas cidades, segundo a Organização 
Mundial da Saúde (OMS).
Não é a primeira vez que o curry foi associado com benefícios para a saúde.
Os resultados do estudo foram publicados na edição de junho da publicação
 médica Experimental Biology and Medicine. Fonte: Yahoo Notícias

terça-feira, 24 de junho de 2014

OMS anuncia descoberta de vírus da pólio no Brasil

Cientista analisa amostra de sangue em laboratório
Um vírus da pólio foi descoberto durante uma inspeção de rotina em águas 
residuais realizada em março passado no aeroporto internacional de
 Viracopos, em Campinas (leste de São Paulo), anunciou nesta segunda-feira a 
Organização Mundial da Saúde (OMS).
O vírus foi detectado em uma amostra de água coletada durante a inspeção de 
rotina, acrescentou a OMS, mas até agora nenhum caso de poliomielite foi registrado.
"Não existe prova alguma de transmissão deste vírus denominado poliovírus 
selvagem tipo 1" (ou WPV1), destacou a OMS.
A região das Américas é considerada livre de transmissão do vírus da pólio desde 
1991 e o Brasil, desde 1989.
Ainda segundo a OMS, não houve nenhum caso de transmissão do poliovírus 
selvagem no Brasil desde 1989.
As autoridades sanitárias brasileiras reforçaram suas atividades de vigilância
 sobre o poliovírus selvagem, assim como sobre as pessoas não imunizadas.
Mais de 95% da população brasileira é vacinada contra a pólio no estado de 
São Paulo e na cidade de Campinas, onde a última campanha de vacinação foi realizada 
em junho de 2013.
Este ano, a campanha deve ser lançada em nível nacional em novembro e será dirigida
 a crianças com idades entre 6 meses e 5 anos.
Desde 1994, todas as amostras coletadas em ambientes testaram negativo para o 
poliovírus selvagem.
Sendo assim, a OMS considera "muito fraco" o risco de que o vírus venha a se 
desenvolver no Brasil.
Em compensação, a OMS estima que o risco é muito "elevado" na Guiné Equatorial
, onde o vírus WPV1 foi detectado, devido ao pequeno número de pessoas vacinadas.
Segundo a OMS, o vírus descoberto no Brasil foi importado. A organização 
recomenda, ainda, a vacinação a todos os viajantes com procedência ou 
destino de regiões onde o vírus foi detectado.
"O Brasil descobriu um caso importado de poliovírus", concluiu a OMS, 
mas "o país não é considerado afetado pela pólio". Fonte: Yahoo Notícias

Estudo americano aponta relação entre autismo e pesticidas

Menina participa de um programa para crianças autistas, em Paris
Uma mulher grávida que vive perto de uma fazenda onde são utilizados ​​pesticidas tem 66% mais chances de ter uma criança autista, revelam pesquisadores da Universidade da Califórnia Davis em um estudo publicado nesta segunda-feira.
Esta pesquisa publicada na revista Environmental Health Perspectives analisa a associação entre viver perto de um lugar onde são usados ​​pesticidas e os nascimentos de crianças autistas, apesar de não deduzir uma relação de causa e efeito.
O autismo é um transtorno de desenvolvimento que atinge uma em cada 68 crianças nos Estados Unidos. Um número crescente em relação a 2000, quando a desordem afetava uma em cada 150 crianças americanas.
Os pesquisadores compararam dados sobre a utilização de pesticidas na Califórnia na residência de 1.000 pessoas que participaram de um estudo de famílias com crianças autistas.
"Observamos onde viviam os participantes do estudo durante a gravidez e no momento do nascimento", explicou um dos autores do estudo, Irva Hertz-Picciotto, vice-presidente do departamento de Ciências e Saúde Pública da Universidade Davis da Califórnia.
"Constatamos que foram utilizados vários tipos de pesticidas, em sua maioria perto das casas onde as crianças desenvolveram autismo ou distúrbios cognitivos."
Cerca de um terço dos participantes do estudo vivia a entre 1,25 e 1,75 quilômetros de onde foram usados ​​pesticidas.
Os pesquisadores também descobriram que os riscos foram maiores quando o contato com o pesticida se deu entre o segundo e o terceiro mês de gravidez.
O desenvolvimento do cérebro do feto poderia ser particularmente sensível a pesticidas, de acordo com os autores do estudo.
"Este estudo confirma os resultados de pesquisas anteriores que constataram ligações na Califórnia entre o fato de uma criança ter autismo e estar exposto a produtos químicos agrícolas durante a gravidez", indicou Janie Shelton, co-autora do estudo.
"Apesar de ainda termos que ver se alguns subgrupos são mais sensíveis do que outros a exposição a pesticidas, a mensagem é clara: as mulheres grávidas devem prestar atenção e evitar qualquer contato com produtos químicos agrícolas." Fonte: yYahoo Notícias

quinta-feira, 19 de junho de 2014

Pais de autistas podem evitar ter mais filhos

Jovem autista monta um colar na França

Os pais de uma criança diagnosticada com autismo parecem um terço menos inclinados a ter mais filhos no futuro do que outros pais, revelou um novo estudo publicado esta quarta-feira.
A pesquisa, divulgada no periódico JAMA Psychiatry, da Associação Médica Americana, foi descrita como a primeira a avaliar a influência de se ter um filho com autismo na decisão de ter outros.
O autismo costuma ser diagnosticado entre o segundo e o terceiro anos de vida e se estima que afete uma em 68 crianças nos Estados Unidos.
As causas deste distúrbio do desenvolvimento neurológico são desconhecidas, mas evidências científicas recentes sugerem que o autismo comece no útero e possa, em algum grau, ter causas hereditárias.
"Embora se tenha postulado que os pais que têm um filho com TEA (transtorno do espectro autista) possam relutar em ter mais crianças, esta é a primeira vez que se analisa a questão com base em números precisos", afirmou o autor do estudo, Neil Risch, professor de epidemiologia e bioestatística da Universidade da Califórnia em San Francisco.
As análises se basearam em dados coletados no estado da Califórnia. Ao contrário de perguntar diretamente aos pais se seu filho autista influenciou de alguma forma sua decisão de ter ou não mais filhos, os pesquisadores revisaram os registros de nascimento de 19.710 famílias nas quais uma criança com transtorno do espectro autista (TEA) nasceu entre 1990 e 2003, e os comparou com os dados de 36.215 famílias de controle sem crianças diagnosticadas com TEA.
Os cientistas descobriram que nos primeiros três anos após o nascimento de uma criança autista, o comportamento reprodutivo foi igual ao das famílias não afetadas.
No entanto, depois deste período, os pais de um filho autista tinham uma probabilidade 33% menor de ter um segundo em comparação com as famílias do grupo de controle, sugerindo que sua decisão pode ter sido influenciada pelo diagnóstico do filho.
O artigo não mergulhou nas razões por trás das decisões dos pais, mas sugeriu que os fatores podem incluir maior estresse e cargo parental, assim como o temor de que o autismo possa afetar outra criança.
Segundo Risch, a pesquisa levanta outra questão complexa: se os pais de uma criança autista são menos propensas a ter mais filhos, por que os casos do transtorno estão aumentando?
"O fato de os pais decidirem ter menos filhos significa que os genes que predispõem ao TEA têm menos probabilidade de ser transmitidos para as gerações futuras", disse Risch.
"O TEA tem um importante componente genético, que deve diminuir com o tempo, devido a esta redução das gestações", acrescentou.
No ano 2000, o autismo afetava uma em cada 150 crianças nos Estados Unidos. Em 2010, esta cifra aumentou para uma em 68, segundo os Centros de Tratamento e Controle e Prevenção de Doença Fonte: yahoo Notícias

terça-feira, 17 de junho de 2014

Aplicativo de celular pode ser nova arma brasileira contra a dengue

Varela da Fé, agente da prefeitura de Natal, testa áreas infectadas com mosquitos para prevenir a dengue, em 14 de junho de 2014

Médicos brasileiros esperam contar em breve com uma tecnologia própria para conter surtos de dengue, graças a um aplicativo para "smartphones" desenvolvido por cientistas brasileiros em Natal.
Na capital do Rio Grande do Norte, uma das 12 cidades-sede da Copa do Mundo, o novo aplicativo poderá alertar os moradores sobre os locais onde há concentrações de mosquitos e casos de dengue com um simples toque.
O aplicativo foi desenvolvido pelo cientista acadêmico Ricardo Valentim, em colaboração com o epidemiologista Ion de Andrade, que trabalha para a prefeitura de Natal.
"Se alguém identificar a dengue, a aponta no mapa (do aplicativo) e isso nos permite ver onde está se desenvolvendo e reagir imediatamente para impedir que continue se espalhando", disse Andrade.
O aplicativo "Observatório da Dengue" está atualmente em fase de testes, mas espera-se que já esteja disponível online no fim do mês. Quando começar a funcionar, permitirá às autoridades saber exatamente onde agir.
"Se forem mosquitos, podemos localizar e tratar a fonte de água. Se um caso suspeito for confirmado, podemos tratar a vítima", explicou Andrade.
O Brasil tem sido o país mais castigado pela dengue neste século, com sete milhões de casos reportados entre 2000 e 2013, com 800 mortes nos últimos cinco anos.
Em Campinas, onde a seleção portuguesa e seu astro, Cristiano Ronaldo, estão hospedados, três mulheres, de 27, 69 e 81 anos, morreram de dengue este ano.
Não há cura para a doença transmitida pelo mosquito "Aedes aegypti" e o tratamento consiste em acompanhamento da evolução clínica da infecção.
- Plano anti-mosquito da Copa -
Várias cidades do nordeste do país, como Natal, Recife (Pernambuco) e Fortaleza (Ceará), foram consideradas zonas de risco em um artigo publicado no mês passado por cientistas brasileiros e europeus na revista Doenças Infecciosas The Lancet.
Só este ano, Natal registrou 3.000 casos e, embora seja conhecida como "Cidade do Sol", tem sofrido com chuvas torrenciais desde que a Copa começou, na quinta-feira passada.
Em um hospital local, Joana aguarda para fazer um exame de sangue.
"Sinto dores de cabeça, nas articulações e tenho febre. No domingo senti dores nos ossos", queixa-se.
Apesar de estar com todos os sintomas da dengue, Joana pode sofrer de uma simples virose, daí a necessidade do exame.
"Temos visto vários casos de dengue recentemente, mas estamos muito longe de estarmos perto dos níveis considerados de epidemia", disse o médico potiguar Mario Toscano.
Os bairros mais pobres de Natal muitas vezes não têm acesso à água corrente e menos ainda a computadores ou smartphones com aplicativos.
Por isso, nas favelas, onde as crianças andam descalças e o esgoto corre a céu aberto por falta de saneamento, o risco de pegar dengue é maior.
"Este é exatamente o tipo de lugar que atrairia mosquitos", disse o agente sanitário Aberdal Varela da Fé, apontando para uma cisterna de concreto com água parada, usada por várias famílias para cozinhar e tomar banho em seus pequenos barracos de um único quarto.
Na água parada, as fêmeas dos mosquitos põem ovos que viram larvas e logo se transformam em mosquitos transmissores da doença.
Depois de visitar outra casa próxima, Aderbal Varela, um dos 380 agentes sanitários contratados pela cidade para controlar focos da dengue, viu um cenário melhor.
"Sua casa está muito limpa", disse à idosa Ivanilda Firmino. "Todos os recipientes com água têm tampa".
Dona Ivanilda têm razões para permanecer vigilante. "Sou muito cuidadosa porque o meu filho já teve dengue quatro vezes", disse.
Com centenas de milhares de visitantes estrangeiros viajando pelo Brasil até o final da Copa do Mundo, em 13 de julho, as autoridades estão tomando as precauções necessárias.
"Sempre há um risco, mas este ano não é tão grande", disse Alessandre de Medeiros Tavares, chefe médico do grupo de controle de dengue da Prefeitura de Natal.
"Graças aos nossos trabalhos de campo, tivemos menos casos. Se tivermos que fazer mais, temos um plano para a 'Copa do Mundo' pronto para entrar em ação", destacou. "Mas acreditamos que o mais provável é que não tenhamos que usá-lo".  Fonte: Yahoo Notícias

domingo, 15 de junho de 2014

Nasa se prepara para lançar satélite que medirá CO2 na atmosfera

Ilustração divulgada em 12 de junho de 2014 pela Nasa mostra satélite OCO-2, que vai medir CO2 na atmosfera

A Nasa se prepara para lançar, em 1º de julho, seu primeiro satélite construído para medir os níveis de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera, o principal gás de efeito estufa que tem uma incidência-chave sobre o clima.
Este gás alcançou seu maior nível nos últimos 800.000 anos.
O satélite Orbiting Carbon Observatory-2 (OCO-2) é muito similar ao OCO-1, destruído durante seu lançamento, em fevereiro de 2009.
O dispositivo permitirá ter uma imagem mais completa e mais global das emissões humanas e naturais de CO2, assim como dos poços de carbono, oceanos e florestas, que absorvem e capturam este gás.
"O dióxido de carbono na atmosfera tem um papel essencial no equilíbrio energético do nosso planeta e é um fator-chave para entender como nosso clima muda", explicou Michael Freilich, diretor da divisão de ciências da Terra da Nasa.
O satélite OCO-2 será lançado por um foguete Delta 2, da companhia United Launch Alliance, da base aérea Vandenberg, na Califórnia, e será levado a uma órbita quase polar a 705 quilômetros de altitude.
Será o primeiro observatório de uma frota de cinco satélites internacionais que orbitarão a Terra a cada 99 minutos para realizar observações quase simultâneas.
O OCO-2, cuja missão durará pelo menos dois anos, fará medições de amostras de fontes de emissão de CO2 e poços de carbono em toda a Terra para permitir aos cientistas estudar melhor as mudanças com dados atuais.
Em abril, as concentrações mensais de CO2 na atmosfera superaram as 400 partes por milhão (ppm) no hemisfério norte, seu nível mais alto nos últimos 800.000 anos, segundo a Nasa.
A combustão de fontes fósseis (hidrocarbonetos, gás natural e carvão) e muitas outras atividades humanas liberam cerca de 40 bilhões de toneladas de CO2 na atmosfera a cada ano, o que gera um acúmulo sem precedentes deste gás de efeito estufa.
Os climatologistas concluíram que o aumento das emissões de CO2 resultantes das atividades humanas, sobretudo pela combustão fóssil e o desmatamento, modificaram o equilíbrio natural do carbono na Terra, o que provoca aumento das temperaturas e alterações no clima da Terra.
Hoje, segundo cientistas, menos da metade do CO2 emitido pela atividade humana fica na atmosfera.
Uma parte do restante é absorvida pelos oceanos, mas os poços de carbono terrestres não foram todos identificados e ainda não se entende muito bem seu funcionamento, acrescentaram.
As medições dos níveis de CO2 que o OCO-2 fará serão combinadas com os dados das estações de observação terrestre, os aviões e outros satélites, acrescentou a Nasa.  Fonte: Yhaoo Notícias

quinta-feira, 12 de junho de 2014

Mudanças climáticas criam vencedores e perdedores entre os pinguins

Pinguins na Ilha Magdalena
As espécies de pinguins da Antártica, que no passado se beneficiavam da elevação as temperaturas, agora estão em declínio porque o aquecimento avançou demais, afirmaram cientistas nesta quinta-feira.
Estudos científicos anteriores não haviam conseguido determinar o declínio das populações de pinguins-de-adélia e de pinguins-antárticos, enquanto a de pinguins-de-papua aumenta.
No novo estudo, biólogos afirmaram que todas as três espécies se expandiram depois da última Era do Gelo, que terminou por volta de 11 mil anos atrás, mas as temperaturas em elevação vistas hoje estão ameaçando sua fonte de alimentos.
"Havia menos gelo em volta da Antártica, o que era bom para esses pinguins, pois criou novos hábitats", declarou à AFP Gemma Clucas, do Departamento de Ciências da Terra e Oceano de Southampton.
"No entanto, o que vimos agora é que as mudanças climáticas estão resultando em menos gelo ainda e que isto agora é muito ruim para os pinguins-de-adélia e antárticos, porque eles não têm mais comida suficiente", acrescentou.
Essas espécies comem, sobretudo, krill, pequenos crustáceos similares ao camarão, que se alimentam, por sua vez, de algas sob o gelo em declínio.
Já os papua têm uma dieta mais variada, que inclui peixes e lulas, menos afetadas pelos mares mais quentes.
"O que estamos vendo é um 'reverso de fortunas', em que o aquecimento crescente não é mais tão bom para duas das três espécies de pinguins da península antártica", acrescentou o coautor, Michael Polito, do Instituto Oceanográfico Woods Hole.
"Essa pesquisa mostra com clareza como uma única mudança ambiental, neste caso o aquecimento, pode ter consequências diferentes com o passar do tempo", continuou.
O estudo foi publicado no periódico "Scientific Reports", uma publicação da revista "Nature". Fonte: Yahoo  Notícias

terça-feira, 10 de junho de 2014

Estudo indica que cirurgia bariátrica leva a maior taxa de remissão de diabetes

Mulher é vista dentro de casa, em São Gonçalo, Rio de Janeiro, em março de 2012

A cirurgia bariátrica para redução de estômago supera outros tratamentos por conseguir levar pacientes obesos à remissão da diabetes tipo 2, revelou um estudo sueco publicado nesta terça-feira.
A pesquisa, que será divulgada na edição desta quarta-feira do Jornal da Associação Médica Americana (JAMA), também revelou que o procedimento está vinculado a um número menor de complicações relacionadas com a diabetes nas pessoas que estão severamente acima do peso.
As descobertas vêm à tona em um momento em que obesidade e diabetes alcançam proporções de epidemia, acarretando um caro problema de saúde.
Nos Estados Unidos, mais de 29 milhões de pessoas - ou 9,3% da população - tinha diabetes em 2012, enquanto estimativas dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) apontavam para uma cifra de 26 milhões dois anos atrás.
Tratar a doença e suas complicações relacionadas custaram US$ 245 bilhões em gastos médicos em 2012, uma cifra muito superior aos US$ 174 bilhões de cinco anos antes.
Realizada por uma equipe de cientistas chefiada por Lars Sjostrom, da Universidade de Gotemburgo, a pesquisa consistiu em um acompanhamento do Estudo Sueco sobre Indivíduos Obesos.
O tempo de acompanhamento médio foi de 18,1 anos para pessoas que se submeteram à cirurgia e de 17,6 anos para o grupo de controle, com a finalidade de determinar os efeitos de longo prazo dos procedimentos bariátricos, da remissão de diabetes e das complicações vinculadas à diabetes.
Os autores descobriram que a proporção de pessoas com diabetes tipo 2 que fizeram cirurgia bariátrica e estavam em remissão era de 72,3% dois anos depois do procedimento contra 16,4% no grupo de controle.
Quinze anos depois, as taxas de remissão de diabetes foram de 30,4% entre os que fizeram a cirurgia, significativamente maior do que os 6,5% de remissão no grupo de controle.
Todos os tipos de cirurgia bariátrica - inclusive o bypass gástrico, bem como procedimentos com bandas ou anéis ajustáveis e não ajustáveis - "foram associados com taxas mais elevadas de remissão em comparação com o tratamento usual", destacou um comunicado que anunciou o estudo.
Além disso, segundo os autores, este tipo de cirurgia também está vinculada com uma incidência menor de complicações micro e macrovasculares, embora tenham alertado que as descobertas precisam de confirmação por meio de testes aleatórios.
De acordo com dados dos CDC, divulgados esta terça-feira, uma em cada quatro pessoas com diabetes nos Estados Unidos não sabe que tem a doença.  Fonte: Siga o Yahoo Notícias no Twitter e no Facebook  Observção: Taxa de  Risco cirúrgico não infirmado! 

Mosquitos geneticamente modificados abrem nova frente no combate à malária

Detalhe de uma pipeta com "Aedes aegypti"
Biólogos anunciaram nesta terça-feira ter desenvolvido uma nova arma contra a malária, ao criarem mosquitos geneticamente manipulados para produzir principalmente descendentes machos, levando, eventualmente, ao desaparecimento de uma população inteira de insetos.

A técnica de seleção sexual produz uma geração de mosquitos em que 95% são do sexo masculino, enquanto nas populações normais este percentual corresponde a 50%, reportaram os cientistas em artigo publicado na revista Nature Communications.
Restam tão poucas fêmeas que a população de mosquitos eventualmente desaba, reduzindo o risco de que os humanos entrem em contato com o parasita da malária, transmitido pelas fêmeas que se alimentam de sangue.
"A malária é uma doença debilitante, com frequência fatal, e nós precisamos encontrar novas formas de combatê-la", afirmou o chefe do estudo, Andrea Crisanti, professor do Imperial College de Londres.
"Achamos que nossa abordagem inovadora representa um enorme avanço. Pela primeira vez, fomos capazes de inibir a produção de descendentes fêmeas em laboratório e isto nos dá novas formas de eliminar a doença", continuou.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a malária mata mais de 600.000 pessoas ao ano, sendo as principais vítimas as crianças pequenas da África subsaariana.
Resultado de seis anos de trabalho, o método se concentra nos mosquitos "Anopheles gambiae", os transmissores mais perigosos do parasita da malária.
- 'Um trabalho muito legal' -
Os cientistas injetaram uma parte de enzima de DNA no código genético dos embriões de mosquitos machos. Basicamente, a modificação parte em pedaços o cromossomo X durante a produção de espermatozoides na idade adulta.
Como resultado, quase nenhum espermatozoide funcional continha o cromossomo X, que determina descendentes fêmeas. Ao contrário, a maior parte dos espermatozoides carregava o cromossomo Y, que produz machos.
Os mosquitos modificados foram testados em cinco jaulas, cada uma contendo 50 machos geneticamente modificados e 50 fêmeas silvestres normais.
Em quatro das cinco jaulas, toda a população desapareceu em seis gerações devido à falta cada vez maior de fêmeas.
Os mosquitos machos modificados produziram apenas herdeiros machos modificados, que tiveram o mesmo tipo de descendentes até que não sobraram mais fêmeas.
"A pesquisa ainda está no começo, mas estou muito esperançoso de que esta nova abordagem possa, enfim, levar a uma forma barata e eficaz de eliminar a malária de regiões inteiras", declarou um colega de Crisanti, Roberto Galizi.
Em um comentário independente, o especialista Michael Bonsall, da Universidade de Oxford, referiu-se à pesquisa como um "trabalho muito legal".
"Isto tem implicações importantes para limitar a disseminação da malária", declarou à Science Media Centre britânica. "Será muito empolgante ver o avanço desta tecnologia específica", continuou.
Os cientistas já estão fazendo experimentos na natureza com mosquitos "Aedes aegypti", que transmitem a dengue, e que foram modificados para gerar descendentes que não chegam à idade adulta.
Eles sobrevivem durante apenas uma semana, enquanto mosquitos normais vivem um mês.
O Brasil e a Malásia já soltaram nuvens desses insetos, e em janeiro o Panamá anunciou que também fará o mesmo.
No entanto, estes programas despertam a preocupação de ambientalistas, que chamam atenção para o impacto desconhecido de animais geneticamente modificados no equilíbrio da biodiversidade.
Eles argumentam que se uma espécie de mosquito for eliminada de uma região, isto abriria a oportunidade para uma espécie concorrente - e potencialmente perigosa - vir à tona. Fonte: Yahoo Notícias

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Novas evidências reforçam que Lua se originou de colisão da Terra

Terra é vista da Lua, em 24 de dezembro de 2013
Cientistas alemães disseram nesta quinta-feira que as amostras lunares coletadas nas décadas de 1960 e 1970 mostram novas evidências de que a Lua se formou quando a jovem Terra colidiu com outro corpo celeste.
Os pesquisadores chamam de "A Hipótese do enorme Impacto" o suposto ocorrido, segundo o qual a Lua foi criada quando a Terra bateu com um corpo chamado Theia há 4,5 bilhões de anos.
A maioria dos especialistas apoia esta hipótese, mas eles dizem que a única forma de confirmar que tal impacto ocorreu é estudando as proporções de isótopos de oxigênio, titânio, silício e outros componentes nos dois corpos celestes.
Até agora, os cientistas que estudavam as amostras lunares que chegaram da Terra em meteoritos descobriram que a Terra e a Lua têm uma composição muito similar.
Mas agora, ao estudar as amostras coletadas da superfície lunar pela equipe da Nasa das missões Apolo 11, 12 e 16 e compará-las com técnicas científicas mais avançadas, os cientistas descobriram algo novo.
"Puderam detectar uma leve, mas claramente maior, composição do isótopo de oxigênio nas amostras lunares", destaca o estudo publicado na revista especializada Science. "Esta mínima diferença apoia a hipótese do enorme impacto na formação da Lua".
Segundo modelos que recriaram esta colisão em um nível teórico, a Lua era formada por elementos de Theia em 70% a 90%, e elementos terrestres em 10% a 30%.
Mas agora os pesquisadores revisaram para cima o papel do nosso planeta na composição do seu satélite: a Lua pode ser uma mistura 50/50 de restos da Terra e de Theia. No entanto, faltam mais estudos para confirmar esta versão.
"Agora podemos estar razoavelmente seguros de que a enorme colisão ocorreu", disse o autor principal do estudo, Daniel Herwartz, da universidade Georg-August de Gottingen, na Alemanha. Fonte: uYahoo Notícias

Cientista japonesa retira artigos sobre células Stap publicados em revista

(Abril) Haruko chora durante uma entrevista coletiva em Osaka
A jovem cientista japonesa no centro de uma polêmica sobre uma descoberta potencialmente revolucionária no área celular jogou a toalha nesta quarta-feira e aceitou retirar dois artigos publicados na revista científica Nature, anunciou uma porta-voz de seu instituto de pesquisas.
"Confirmo que aceitou", afirmou a porta-voz do prestigiado Instituto Riken. O centro ainda está conversando com o co-autor do controverso estudo, Charles Vacanti, da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos.
No dia 29 de maio, a jovem Haruko Obokata aceitou retirar a menos importante de suas duas comunicações, mas manteve a que, segundo seu advogado, demonstrava a veracidade de suas pesquisas e descobertas sobre a criação das chamadas células STAP, acrônimo em inglês de aquisição de pluripotência através da estimulação.
Obokata, de 30 anos, afirmava há meses ter descoberto um método simples para criar células pluripotentes a partir de células maduras, o que poderia constituir uma revolução para a medicina regenerativa.
As chamadas células STAP são células que voltam ao estado indiferenciado mediante um processo químico inovador, e são capazes de evoluir para criar novos tecidos e órgãos.
Mas após a publicação de seus estudos um dos membros da equipe de pesquisa protestou, alegando que uma parte dos dados apresentados eram, segundo eles, falsos.
O Riken criou então uma comissão de investigação que concluiu que ocorreram irregularidades (falsificação de imagens) na publicação dos resultados.
Estas conclusões provocaram dúvidas sobre a existência das células STAP, embora o comitê não tenha se pronunciado diretamente sobre este ponto.
A pesquisadora apelou desta primeira decisão, mas seu recurso foi negado no início de maio. Fonte: Yahoo  Notícias

domingo, 1 de junho de 2014

Novos tratamentos contra cânceres agressivos têm resultados promissores

Cientista analisa amostra de sangue em laboratório
Vários novos tratamentos contra cânceres avançados de pulmão, sangue, tireoide e ovário resistentes a outras terapias deram resultados positivos, segundo testes clínicos divulgados neste sábado e que confirmam os avanços feitos na luta contra a doença.
A Imbruvica (Ibrutinib), dos laboratórios americanos Pharmacyclics e Johnson & Johnson, conseguiu prolongar a vida de pessoas afetadas por leucemia linfoide crônica, que não respondiam à quimioterapia combinada com um anticorpo, o tratamento padrão para este câncer do sangue, o mais comum em adultos.
Este agente estimula a autodestruição de células cancerosas e bloqueia sua proliferação. A agência que regula medicamentos e alimentos nos Estados Unidos (FDA) o aprovou no fim de 2013 para tratar linfomas resistentes e, em fevereiro de 2014, para a leucemia.
É a primeira vez que um anticancerígeno ingerido por via oral permite um aumento claro da sobrevivência destes pacientes, reforçaram os pesquisadores, que apresentaram este estudo clínico na conferência anual da American Society of Clinical Oncology (ASCO), o maior colóquio sobre o câncer, reunido este fim de semana em Chicago (Illinois, norte dos Estados Unidos).
"Com o Ibrutinib, cerca de 80% dos pacientes ainda estavam em remissão um ano depois, duas vezes mais do que se pode esperar de uma terapia padrão", comentou John Byrd, professor de medicina na Universidade de Ohio, que fez este estudo com 391 pacientes com idade média de 67 anos.
"Estes dados favorecem o uso deste medicamento como primeiro tratamento para estes doentes", avaliou.
Outros tratamentos permitiram atrasar em um ano e meio o avanço de tipos agressivos de câncer na tireoide.
O Lenvatinib, um agente desenvolvido pelos laboratórios SFJ Pharmaceuticals, dos Estados Unidos, e Eisai, do Japão, também levou à redução do tumor em cerca de dois terços dos doentes.
"Confiamos que, com estes resultados, o Lenvatinib se tornará a primeira opção para tratar este tipo de câncer de tireoide", resistente ao iodo radioativo, eficaz na grande maioria dos casos, disse Martin Schumberger, oncologista da universidade francesa Paris-Sud, que chefiou o teste clínico de fase 3 em 392 pacientes.
Um terceiro teste clínico, também apresentado na conferência da ASCO, esteve relacionado com o Ramucirumab (Cyramza), um antiangiogênico do laboratório americano Eli Lilly que bloqueia a formação de vasos sanguíneos nos tumores.
Aprovado em fevereiro de 2014 pela FDA para o tratamento do câncer agressivo de esôfago, este medicamento permitiu prolongar a vida de pacientes com câncer muito avançado de pulmão, segundo teste clínico divulgado neste sábado.
Este resultado modesto foi considerado, de qualquer forma, significativo pelos oncologistas, por ser "o primeiro tratamento que, em dez anos, permite melhorar a evolução deste câncer com um tratamento alternativo à quimioterapia", explicou Maurice Pérol, diretor do serviço de oncologia do tórax no centro contra o câncer da cidade francesa de Lyon e principal autor deste estudo.
Finalmente, um teste clínico com dois agentes experimentais tomados de forma combinada, o Olaparib e o Cediranib, do laboratório britânico AstraZeneca, permitiu duplicar, a 17,7 meses, a sobrevivência de mulheres vítimas de um câncer agressivo de ovário em relação às pacientes não tratadas com Olaparib. Trata-se do primeiro inibidor da enzima PARP que permite o reparo do DNA das células cancerosas.
O Cediranib, por sua vez, bloqueia a formação de vasos sanguíneos no tumor e o crescimento de células cancerosas.
Nenhuma destas duas moléculas ainda foi aprovada pela FDA.
Dispõe-se atualmente de muitas famílias de moléculas que agem sobre distintos objetivos e que permitem bloquear a proliferação de células cancerosas.
A quimioterapia tradicional, ao contrário, bloqueia unicamente a multiplicação destas células mas tem maiores efeitos colaterais.
"Com o desenvolvimento alcançado pela medicina genômica estes últimos anos se tornou possível enfrentar cânceres resistentes aos tratamentos padrão", explicou o oncologista Gregory Masters, do Helen Graham Cancer Center de Newark (Delaware, leste dos Estados Unidos). Fonte: Yahoo Notícias

Estudo aponta avanços no tratamento do câncer avançado de próstata

Médicos examinam uma amostra de tecido de paciente com suspeita de câncer, em um hospital próximo a Marselha, sul da França
Uma nova estratégia de tratamento permitiu prolongar a vida de homens afetados por um câncer avançado de próstata, indicam os resultados de um teste clínico difundido neste domingo durante uma conferência médica.
O estudo, feito com 790 homens que acabaram de ser diagnosticados com um câncer invasivo de próstata, demonstra que a quimioterapia combinada com tratamento hormonal prolonga a vida destes pacientes em cerca de um ano.
"A terapia hormonal é o tratamento clássico do câncer de próstata desde os anos 1950", disse Christopher Sweeney, oncologista do Instituto do Câncer Dana-Farber de Boston (Massachusetts, nordeste dos Estados Unidos), que desenvolveu esta pesquisa apresentada na conferência anual da American Society of Clinical Oncology (ASCO), celebrada este fim de semana em Chicago (Illinois, norte).
"Trata-se do primeiro estudo que identifica uma estratégia que prolonga a vida de pessoas que acabam de receber um diagnóstico de câncer de próstata com metástase", comentou.
"Os resultados são importantes e esta terapia deveria ser o novo tratamento de referência para homens cujo câncer se propagou e podem suportar uma quimioterapia", acrescentou Sweeney.
O câncer de próstata é estimulado por hormônios masculinos ou andróginos no sangue. O tratamento hormonal visa a reduzir sua quantidade. Embora esta terapia seja eficaz, a longo prazo o câncer se torna resistente na maior parte dos casos.
A quimioterapia só costuma ser usada depois que a doença avança, apesar do tratamento hormonal.
Metade dos 790 pacientes participantes no estudo foram tratados unicamente com terapia tradicional e os 50% restantes foram submetidos ao tratamento de supressão hormonal combinado com Docetaxel (Taxoten), um agente que impede a divisão e a multiplicação das células cancerosas.
Após um acompanhamento de 29 meses, 136 das pessoas tratadas apenas com terapia hormonal faleceram contra 101 do grupo que também se submeteu à quimioterapia.
O tempo médio de sobrevida do grupo tratado apenas com terapia hormonal foi de 44 meses, e de 57,6 meses nos pacientes que receberam Taxoten.
O tempo médio de aparecimento de sinais clínicos de um novo avanço do câncer foi de 19,8 meses no primeiro grupo e de 32,7 no segundo. Fonte: Yhoo Notícias