domingo, 15 de junho de 2014

Nasa se prepara para lançar satélite que medirá CO2 na atmosfera

Ilustração divulgada em 12 de junho de 2014 pela Nasa mostra satélite OCO-2, que vai medir CO2 na atmosfera

A Nasa se prepara para lançar, em 1º de julho, seu primeiro satélite construído para medir os níveis de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera, o principal gás de efeito estufa que tem uma incidência-chave sobre o clima.
Este gás alcançou seu maior nível nos últimos 800.000 anos.
O satélite Orbiting Carbon Observatory-2 (OCO-2) é muito similar ao OCO-1, destruído durante seu lançamento, em fevereiro de 2009.
O dispositivo permitirá ter uma imagem mais completa e mais global das emissões humanas e naturais de CO2, assim como dos poços de carbono, oceanos e florestas, que absorvem e capturam este gás.
"O dióxido de carbono na atmosfera tem um papel essencial no equilíbrio energético do nosso planeta e é um fator-chave para entender como nosso clima muda", explicou Michael Freilich, diretor da divisão de ciências da Terra da Nasa.
O satélite OCO-2 será lançado por um foguete Delta 2, da companhia United Launch Alliance, da base aérea Vandenberg, na Califórnia, e será levado a uma órbita quase polar a 705 quilômetros de altitude.
Será o primeiro observatório de uma frota de cinco satélites internacionais que orbitarão a Terra a cada 99 minutos para realizar observações quase simultâneas.
O OCO-2, cuja missão durará pelo menos dois anos, fará medições de amostras de fontes de emissão de CO2 e poços de carbono em toda a Terra para permitir aos cientistas estudar melhor as mudanças com dados atuais.
Em abril, as concentrações mensais de CO2 na atmosfera superaram as 400 partes por milhão (ppm) no hemisfério norte, seu nível mais alto nos últimos 800.000 anos, segundo a Nasa.
A combustão de fontes fósseis (hidrocarbonetos, gás natural e carvão) e muitas outras atividades humanas liberam cerca de 40 bilhões de toneladas de CO2 na atmosfera a cada ano, o que gera um acúmulo sem precedentes deste gás de efeito estufa.
Os climatologistas concluíram que o aumento das emissões de CO2 resultantes das atividades humanas, sobretudo pela combustão fóssil e o desmatamento, modificaram o equilíbrio natural do carbono na Terra, o que provoca aumento das temperaturas e alterações no clima da Terra.
Hoje, segundo cientistas, menos da metade do CO2 emitido pela atividade humana fica na atmosfera.
Uma parte do restante é absorvida pelos oceanos, mas os poços de carbono terrestres não foram todos identificados e ainda não se entende muito bem seu funcionamento, acrescentaram.
As medições dos níveis de CO2 que o OCO-2 fará serão combinadas com os dados das estações de observação terrestre, os aviões e outros satélites, acrescentou a Nasa.  Fonte: Yhaoo Notícias

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