segunda-feira, 31 de março de 2014

Infecções hospitalares matam 200 pessoas por dia nos EUA

Paciente é visto no hospital Johns Hopkins, em Baltimore, 26 de junho de 2012
Pessoas hospitalizadas nos Estados Unidos correm risco de contrair infecções associadas às condições sanitárias, que ainda matam cerca de 75.000 pacientes anualmente, informaram nesta quarta-feira autoridades americanas.
"Ainda que tenhamos tido avanços, todos os dias mais de 200 norte-americanos com infecções associadas às condições sanitárias morrem durante sua estadia no hospital", disse o diretor dos Centros Federais para o Controle e Prevenção de Doenças (CDC), Tom Frieden.
Muitas das infecções bacterianas - que podem acarretar em complicações graves que vão de pneumonia a doenças do trato intestinal - poderiam ser prevenidas se os trabalhadores sanitários cumprissem regras de higiene banais, explicou Frieden.
"O cuidado médico mais avançado não funciona se os profissionais de saúde não prevenirem as infecções através de atitudes básicas como a lavagem frequente das mãos", afirma.
Os números, publicados no New England Journal of Medicine, foram retirados de uma pesquisa feita em 183 hospitais nos Estados Unidos, realizada em 2011. Durante o ano em questão, segundo a pesquisa conduzida pelo CDC, foram registradas 721.800 infecções em 648.000 pacientes hospitalizados. Destes, cerca de 75.000 morreram de infecções hospitalares.
As infecções mais frequentes foram pneumonia e as causadas por uma intervenção cirúrgica (ambas com 22%), seguidas das infecções gastrointestinais (17%), as do trato urinário (13%) e as da corrente sanguínea (10%).
Os agentes causadores destas infecções foram Clostridium difficile (12%), Staphylococcus aureus, incluindo Staphylococcus aureus resistente à meticilina ou SARM (11%), Klebsiella (10%), E. coli (9%), Enterococcus (9 %), e Pseudomonas (7%).
O estudo também mostra uma diminuição de 4% no número de infecções causadas por SARM e de 2% nas provocadas por Clostridium difficile entre 2011 e 2012.
"Tais acontecimentos representam milhares de vidas poupadas e a prevenção de sofrimento nos pacientes, que também se traduz em menores custos em todo os Estados Unidos", avaliou Patrick Conway, diretor médico dos serviços Medicare e Medicaid, sistema de saúde pública do país. Fonte: yahoo notícias

ONG denuncia epidemia de Ebola sem precedentes na Guiné

(Reprodução) Médicos atendem um paciente com Ebola, na cidade de Gueckedou
A Guiné enfrenta uma epidemia sem precedentes da febre Ebola, com 22 casos confirmados e 78 mortes suspeitas registradas em todo o país, considerou nesta segunda-feira a organização Médicos sem Fronteiras (MSF), que tenta conter a sua propagação.
"Nós somos confrontados com uma epidemia de amplitude jamais vista de acordo com a divisão do número de casos no território, com várias cidades envolvidas no sul do país", epicentro da epidemia, e na capital Conakry, declarou Mariano Lugli, coordenador da MSF na Guiné, em um comunicado recebido pela AFP em Dacar.
"MSF tem atuado em quase todas as epidemias declaradas de Ebola desde o seu aparecimento nos últimos anos, mas os casos estão mais concentrados e em locais remotos. Essa disseminação complica enormemente o trabalho das organizações que tentam controlar a epidemia", explica Lugli.
Desde janeiro, a Guiné enfrenta uma epidemia de febre hemorrágica viral que, segundo o último balanço do ministério da Saúde, causou a morte de 78 pessoas de um total de 122 casos registrados.
Segundo o ministério, de várias amostras analisadas desses casos, 22 deram positivo para o vírus Ebola. A metade desses casos foram registrados em Conakry, e a outra metade em duas cidades do sul: Guéckédu (seis casos) e Macenta (cinco casos).
Vários casos suspeitos foram assinalados na Libéria e em Serra Leoa, países vizinhos da Guiné. Dois casos na Libéria foram confirmados como sendo o vírus Ebola, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Na Guiné, as autoridades e seus parceiros, incluindo a OMS e a MSF, continuam nesta segunda-feira seus esforços para tentar conter a propagação da epidemia, particularmente essa de Ebola, altamente contagiosa e fatal na maioria dos casos.
O vírus Ebola é transmitido por contato direto com sangue, fluidos corporais ou tecidos de pessoas infectadas, seja de homens ou animais, vivos ou mortos.
De acordo com o governo da Guiné, o vírus identificado no país é "do tipo Zaire", uma das cinco espécies da família dos filoviruses que causam Ebola.
A origem da febre hemorrágica nas outras amostras examinadas ainda é desconhecida.
"A cepa Zaire do vírus Ebola (...) é a mais agressiva e mortal. Ela mata mais de nove em cada 10 casos", disse Michel Van Herp, membro da MSF atualmente em Guékédou, citado no comunicado.
"Para parar o surto, é importante traçar a cadeia de transmissão. Todos os contatos de pacientes que possam ter sido contaminados devem ser monitorados e isolados ao primeiro sinal de infecção", acrescentou.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o vírus está entre os mais contagiosos e mortais entre os humanos.
Não existe qualquer tratamento ou vacina específica para a febre hemorrágica provocada pelo vírus ebola.
A doença, que provoca febre hemorrágica, ganhou este nome de um rio no norte da República Democrática do Congo (RDC), onde foi detectado pela primeira vez em 1976, quando o país ainda se chamava Zaire.
Desde então, o ebola matou pelo menos 1.200 pessoas de 1.850 casos registrados.
O vírus, da família Filoviridae (filovírus), tem cinco espécies (Zaire, Sudão, Costa do Marfim, Bundibudjo e Reston), e se transmite por contato direto com o sangue, os fluidos ou os tecidos dos indivíduos infectados.
A doença é particularmente devastadora porque os médicos geralmente estão entre as primeiras vítimas, o que ameaça o serviço de saúde em países com graves carências. fonte> yahoo notícias

domingo, 30 de março de 2014

Cientistas produzem cromossomo artificial de levedura

Cientistas conseguiram produzir um cromossomo artificial de levedura, um grande avanço no campo emergente da Biologia Sintética

Cientistas conseguiram produzir um cromossomo artificial de levedura, um grande avanço no campo emergente da Biologia Sintética, que permitirá conceber novos fármacos, nutrientes e biocombustíveis, de acordo com o estudo divulgado nesta quinta-feira.
Até agora, os pesquisadores haviam conseguido fabricar cromossomos de bactérias e de DNA viral, de estrutura muito mais simples. Desta vez, foram necessários sete anos de trabalho de uma equipe internacional de cientistas para construir esse genoma e reunir 273.871 pares de bases de DNA de levedura. Esse total é inferior a seu equivalente natural, que tem exatamente 316.667.
Os pesquisadores fizeram várias alterações na base genética desse cromossomo, incluindo a eliminação de porções redundantes para a reprodução do cromossomo e seu crescimento.
"Nossa pesquisa tornou realidade a teoria da Biologia Sintética", disse Jef Boeke, diretor do Instituto de Sistemas Genéticos do Centro Médico Langone da Universidade de Nova York, que dirigiu a pesquisa publicada on-line na revista "Science".
Segundo ele, "esses trabalhos representam o maior passo de um esforço internacional para construir o genoma completo de levedura sintética".
Esse cromossomo eucariótico (uma estrutura que contém os genes no núcleo das células de todos os vegetais e animais), que experimentou mudanças sem precedentes, foi depois integrado às células vivas de levedura de cerveja.
Estas últimas se comportam de maneira normal, mas possuem novas propriedades que a levedura natural não tem, ressaltaram os pesquisadores, acrescentando que a levedura tem 16 cromossomos ao todo, enquanto o humano tem 23 pares.
"Fizemos mais de 50 mil mudanças no código DNA do cromossomo, e nossa levadura está viva, o que é notável", comemorou Boeke.
Agora, deverá ser possível desenvolver variedades sintéticas da levedura capazes de fabricar medicamentos raros, ou certas vacinas, entre elas a utilizada contra a hepatite B. As leveduras artificiais também poderão ser usadas para estimular o desenvolvimento de biocombustíveis mais eficazes. fonte: yahoo notícias

quarta-feira, 26 de março de 2014

Casos suspeitos de ebola são registrados em Serra Leoa

(2012) Funcionários da Organização Mundial de Saúde (OMS) entram em um hospital de Uganda para tentar conter uma epidemia do vírus Ebola
Dois casos suspeitos de febre do ebola foram registrados em Serra Leoa, país vizinho da Guiné, onde esta febre hemorrágica deixou dezenas de mortos, anunciou nesta terça-feira o Ministério da Saúde.

Na segunda-feira "recebemos informação de dois casos suspeitos no distrito de Kambia (norte), na fronteira com a Guiné", declarou à imprensa uma fonte do ministério.
Os casos não foram confirmados, acrescentou.
Na Guiné as autoridades redobram os esforços para tentar evitar que a epidemia de febre de ebola se propague e chegue aos países vizinhos.
Na segunda-feira, a epidemia chegou à Libéria, onde cinco pessoas morreram e outra sofre com uma febre hemorrágica que pode ter sido provocada pelo vírus do ebola.
Por sua vez, na segunda-feira, no Canadá, foi hospitalizada uma pessoa proveniente do oeste da África que apresentava sintomas "de uma febre hemorrágica, como a que o vírus do ebola provoca".
Desde janeiro e até 23 de março, ao menos 61 pessoas morreram na Guiné devido à febre hemorrágica e em muitos dos casos se confirmou que se tratava do vírus do ebola, um dos mais fatais e contagiosos, contra o qual não existe nenhum remédio ou vacina.
Das 45 amostras analisadas pelo instituto Pasteur na França e no Senegal, 13 resultaram ser casos de ebola.
A epidemia foi declarada nas regiões do sul da Guiné, fronteiriças com Costa do Marfim, Libéria e Serra Leoa.
Os países fronteiriços da Guiné, entre eles Mali, Senegal, Serra Leoa e Costa do Marfim, reativaram os sistemas de vigilância epidemiológica.
"Estamos preocupados. A doença pode viajar facilmente. Os animais transmissores não conhecem fronteiras", declarou Simplice Dagnan, diretor-geral do instituto de higiene da Costa do Marfim.
Na África, a infecção foi observada depois da manipulação de animais mortos encontrados na selva tropical, indicaram as autoridades locais.
Posteriormente o vírus se propaga entre as pessoas através de contatos diretos com o sangue, as secreções, os órgãos ou os líquidos biológicos dos doentes.
A taxa de mortalidade das febres hemorrágicas pode chegar a 90%, lembra Dagnan.
A única forma de luta contra a propagação da epidemia é a prevenção e o isolamento das pessoas afetadas. fonte: yahoo notícias

segunda-feira, 17 de março de 2014

Veneno de caracol marinho pode se tornar analgésico potente

Caracol Helicidae em jardim de Jacobsdorf, na Alemanha, em agosto de 2013
Uma pequena proteína extraída do veneno do caracol marinho conus parece promissora para produzir analgésicos mais potentes que a morfina, com menos efeitos colaterais e menor risco de dependência, segundo trabalhos de pesquisadores australianos apresentados neste domingo nos Estados Unidos.
Os especialistas criaram ao menos cinco novas substâncias experimentais a partir desta proteína que podem conduzir algum dia ao desenvolvimento de analgésicos orais eficazes para tratar algumas dores crônicas.
"Trata-se de um passo importante que pode servir de base ao desenvolvimento de uma nova classe de medicamentos capazes de aliviar as formas mais severas de dores crônicas atualmente muito difíceis de tratar", explicou David Craik, da Universidade de Queensland, na Austrália, autor principal da pesquisa.
O estudo foi apresentado na conferência anual da Sociedade Americana de Química (ACS, em inglês), reunida neste fim de semana em Dallas, Texas (sul).
As dores combatidas por estes medicamentos são provocadas frequentemente por diabetes, esclerose múltipla e por outras doenças que afetam as terminações nervosas, que podem durar meses ou até mesmo anos.
Os tratamentos atuais para estas dores crônicas neuropáticas podem causar efeitos colaterais significativos e são eficazes em apenas um de cada três doentes.
Os conus (caracóis marinhos de águas tropicais) utilizam seu veneno para paralisar suas presas. Este veneno contém centenas de peptídeos, que são pequenas proteínas conhecidas como conotoxinas. Nos humanos, algumas destas conotoxinas parecem ter efeitos analgésicos, explicou o pesquisador. fonte: Yahoo Notícias

quinta-feira, 13 de março de 2014

Cientistas dizem que a Terra tem um reservatório de água secreto

Vista da base brasileira Comandante Ferraz, na Antártica, em 10 de março de 2014

Há 150 anos, em "Viagem ao Centro da Terra", o escritor francês de ficção científica Júlio Verne descreveu um amplo oceano existente nas profundezas da superfície terrestre. Hoje, essa estranha e assombrosa imagem encontrou eco inesperado em um estudo científico.
Em artigo publicado na conceituada revista "Nature" nesta quarta-feira, cientistas disseram ter encontrado um pequeno diamante que aponta para a existência de um vasto reservatório abaixo do manto da Terra, cerca de 400-600 quilômetros abaixo dos nossos pés.
"Essa amostra fornece, de fato, confirmações extremamente fortes de que há pontos locais úmidos profundos na Terra nessa área", declarou o principal autor do estudo, Graham Pearson, da Universidade de Alberta, no Canadá.
"Essa zona particular da Terra, a zona de transição, pode conter tanta água quanto todos os oceanos juntos", explicou Pearson.
"Uma das razões, pelas quais a Terra é um planeta tão dinâmico, é a presença de água em seu interior. A água muda tudo sobre a maneira como o planeta funciona", completou.
A prova vem de um mineral raro que absorve água chamado ringwoodite, procedente da zona de transição espremida entre as camadas superior e inferior do manto terrestre, explicam os especialistas. A análise do material revelou que a rocha contém uma quantidade significativa de moléculas de água, da ordem de 1,5% de seu peso.
O manto se situa sob a crosta terrestre, até o núcleo da Terra, a uma profundidade de 2.900 quilômetros. Entre as duas grandes partes do manto - o superior e o inferior -, encontra-se uma zona chamada de "transição", entre 410 km e 660 km de profundidade.
O principal mineral do manto superior é a olivina. Quando a profundidade e, consequentemente, a pressão aumentam, a olivina se transforma, mudando de estado. Entre 410 km e 520 km, ela vira wadsleyite e, entre 520 km e 660 km, chega a ringwoodite, um mineral que contém água.
Essa variedade de olivina já foi encontrada em meteoritos, mas nunca oriunda da Terra, justamente por se encontrar a uma profundidade inacessível.
"Até hoje, ninguém nunca viu ringwoodite do manto da Terra, ainda que os geólogos estejam convencidos de sua existência", destacou o geólogo Hans Keppler, da Universidade de Bayreuth, na Alemanha, no editorial publicado na "Nature".
O mineral ringwoodite foi descoberto pela equipe de Graham Pearson quase por acaso, em 2009, quando os pesquisadores examinavam um diamante marrom sem valor comercial, de apenas três milímetros, procedente da cidade brasileira de Juína, no estado do Mato Grosso.
A amostra foi submetida à análise por espectroscopia e difração por raio X durante vários anos até ser oficialmente confirmada como ringwoodite, tornando-se a primeira prova terrestre dessa rocha super-rara.
O grupo acredita que o diamante tenha chegado à superfície da Terra durante uma erupção vulcânica.
A equipe de Graham Pearson não fala, porém, em água na forma líquida, e sim, contida nesse mineral bem particular.
Ainda falta determinar, como ressaltou Hans Keppler, se a amostra de ringwoodite analisada é representativa do conjunto da zona de transição do manto terrestre.
O nome Ringwoodite vem do geólogo australiano Ted Ringwood, segundo o qual um mineral especial criaria uma zona de transição devido às altas pressões e temperaturas nessa área.
Pearson defendeu que as implicações dessa descoberta são profundas. Se existe água, em grande volume, abaixo da crosta terrestre, isso implica um possível impacto significativo nos mecanismos dos vulcões e no movimento das placas tectônicas. fonte: Yahoo Notícias

segunda-feira, 10 de março de 2014

Homo sapiens passa por evolução inédita, aponta biólogo

(Arquivo) Bonecos representando o Homo sapiens em exposição na cidade francesa de Bordeaux
Mais alto, mais gordo, sexualmente precoce, mas cada vez menos fértil: o homo sapiens não está passando por uma mutação, mas nossa espécie vem sofrendo uma evolução inédita em 200.000 anos de existência, aponta o biólogo francês Jean-François Bouvet.

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"Pela primeira vez em sua história, a modificação de seu meio ambiente pelo Homem é o principal fator de sua evolução, superando a seleção natural. Não é uma evolução no sentido de Darwin, mas uma retroevolução", resume Bouvet em entrevista à AFP.
Em seu último livro, "Mutants, à quoi ressemblerons-nous demain?" ("Mutantes, como seremos amanhã?"), ele explora a "multiplicidade das mudanças e transformações, por vezes radicais, que afetam os seres humanos em diversos âmbitos" há décadas.
Segundo aponta, a estatura média dos franceses, por exemplo, aumentou em quase 5 centímetros em trinta anos, enquanto a proporção de obesos quase dobrou nos últimos 15 anos, atingindo 15% da população.
Uma tendência que se observa em qualquer região do mundo, assim como a chegada precoce da puberdade, "sobretudo entre as meninas, mas não unicamente nelas", indica o biólogo.
Um estudo realizado nos Estados Unidos mostra que uma menina branca em cada dez e uma menina negra em cada quatro atingem a puberdade aos sete anos.
Paradoxalmente, esta precocidade sexual vem acompanhada de uma "fertilidade em queda livre", de acordo com Bouvet.
Em escala planetária, a concentração de espermatozoides no sêmen reduziu em 40% nos últimos 50 anos.
O homem também apresenta cada vez menos traços "masculinos", a julgar pela redução do nível de testosterona e a suavização de outras características biológicas associadas à masculinidade.
- Big bang químico -
Mas quais seriam ão as causas dessas transformações tão rápidas?
O biólogo menciona, além dos fatores genéticos, o "big bang químico" criado pelo Homem, que está transformando o Homo sapiens em um "Homo perturbatus".
Bouvet cita uma lista de produtos químicos de reputação sinistra: o bisfenol A, ftalatos, DDT, atrazina e outros pesticidas, sem falar nos antibióticos, suspeitos de serem um fator de obesidade.
Estas substâncias poluentes, muitas delas afetam o sistema hormonal, podem ter uma vida extremamente longa: seis ciclos para que a quantidade do inseticida clordecona reduza pela metade, e no caso dos piralenos (PCB) de 94 dias a 2.700 anos.
Todas essas substâncias têm "efeitos comprovados na descendência ao longo de muitas gerações, e que criam um fenômeno a longo prazo", cujas consequências ainda não há certezas.
Por sorte, a medicina moderna já encontrou solução para alguns dos males: fabricar espermatozódes em laboratório a partir de células-tronco já foi realizado em ratos de laboratório, e no futuro estuda-se o útero artificial, "nos próximos cinquenta anos", prevê o autor.
Os avanços da medicina oferecem ao ser Humano a possibilidade de viver mais anos, mas "a esperança de ter uma vida saudável está estagnada", adverte o cientista.
E ainda não há certeza de que a medicina preventiva, que utiliza marcadores genéticos para despistar os riscos de desenvolvimento de algumas doenças, é suficiente para reverter esta tendência.
"Somos a única espécie que sabe que irá morrer. Talvez agora percebamos que saber isso não é, necessariamente, melhor", afirma Jean-François Bouvet. Fonte: yahoo notícias

sexta-feira, 7 de março de 2014

Injeções de antirretrovirais protegem macacos da Aids por várias semanas

Um primeiro ensaio clínico com 175 pessoas está previsto para começar no final deste ano nos Estados Unidos, Brasil, África do Sul e Malawi, com a mesma terapia antirretroviral
As injeções de antirretrovirais contra o vírus que causa a Aids protegeram macacos por várias semanas após a infecção, uma conquista que abre caminho para prevenir a doença em seres humanos, de acordo com dois estudos americanos divulgados na terça-feira.
Os estudos, realizados por duas equipes diferentes de virologistas, revelaram uma proteção completa nos animais que receberam uma injeção mensal de antirretrovirais.
Testes clínicos realizados nos últimos anos têm demonstrado que ingerir pequenas doses diárias de medicamentos antirretrovirais poderiam reduzir em mais de 90% o risco de infecção por um parceiro sexual HIV-positivo, uma abordagem chamada profilaxia pré-exposição, de acordo com cientistas, que apresentaram seus trabalhos na conferência anual sobre Retrovírus e Infecções Oportunistas (CROI), em Boston (Massachusetts, nordeste).
Mas alguns desses testes tiveram uma taxa de sucesso significativamente menor, porque um grande número de participantes não tomaram a dose de antirretrovirais diariamente.
Assim, uma injeção trimestral ou mensal poderia resolver este problema.
Em um dos dois estudos realizados pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (Centers for Disease Control and Prevention, CDC), os pesquisadores deram uma injeção mensal de um antirretroviral experimental de longa ação chamado GSK744 a seis macacos.
Em seguida, duas vezes por semana, introduziram na vagina das fêmeas um líquido contendo o vírus da imunodeficiência, para simular relações sexuais com um macho infectado.
Nenhuma das fêmeas tratadas com GSK744 foram infectadas, mas seis de um grupo de controle tratadas com placebo apresentaram a doença rapidamente.
Os cientistas do segundo estudo, do Centro de Pesquisa sobre a Aids Aaron Research da Universidade Rockefeller, em Nova York, testaram a mesma droga em 15 macacos, mas desta vez expondo-os ao risco de infecção anal.
Os resultados foram semelhantes: nenhum dos animais tratados foram infectados, mas todos aqueles que receberam placebo sim. Um primeiro ensaio clínico com 175 pessoas está previsto para começar no final deste ano nos Estados Unidos, Brasil, África do Sul e Malawi, com a mesma terapia antirretroviral, que já foi aprovada pela Food and Drug Administration (FDA), a agência americana de alimentos e produtos farmacêuticos.
O GSK744 foi desenvolvido pelo laboratório GlaxoSmithKline. Fonte: yahoo notícias

Descoberto vírus gigante congelado há mais de 30 mil anos

Um novo tipo de vírus gigante, chamado Pithovírus, sobreviveu por mais de 30 mil anos congelado em uma camada de permafrost na Sibéria, sendo contemporâneo à extinção dos neandertais, de acordo com estudo publicado nas Atas da Academia Nacional de Ciências de Estados Unidos (PNAS).
Capaz de infectar amebas, mas inofensivo para humanos e animais, esse vírus elevou para três o número de famílias de vírus gigantes conhecidos, ressaltam os autores dessa pesquisa divulgada na segunda-feira.
Descoberto no solo permanentemente gelado do extremo norte-oriental da Sibéria (na região autônoma de Chukotka), o Pithovírus é muito diferente dos outros vírus gigantes conhecidos, como o Mimivirus (família Megaviridae), o primeiro vírus gigante descoberto em 2003, ou o Pandoravírus, caracterizado na revista "Science" em julho passado.
Os vírus gigantes (de diâmetro superior a 0,5 milionésimos de metro) são, ao contrário dos outros vírus, facilmente visíveis com um simples microscópio óptico.
Esses vírus contêm um grande número de genes em comparação com os vírus comuns (como os da gripe, ou da Aids, que contêm apenas uma dúzia). Seu tamanho e seu genoma são comparáveis ao de muitas bactérias, podendo, inclusive, excedê-las.
"A demonstração de que os vírus enterrados na terra há mais de 30 mil anos possam sobreviver e continuar sendo infecciosos sugere que o derretimento do permafrost, devido ao aquecimento global e à exploração mineradora e industrial do Ártico, pode significar um risco para a saúde pública", disse Jean-Michel Claverie, do laboratório IGS-CNRS de Marselha, França, coautor do estudo.
- Possibilidade de reaparição do vírus -
A possibilidade do ressurgimento de vírus considerados erradicados - como o da varíola, que se multiplica de maneira similar ao Pithovírus -, a partir dessa grande geladeira que é o permafrost, já não é mais um cenário de ficção científica, afirmou Claverie, ressaltando que a varíola fez estragos na Sibéria.
O laboratório IGS-CNRS faz um estudo de "metagenômica" do permafrost que permitirá avaliar o risco.
"Trata-se da busca de DNA, ou seja, as impressões genéticas de vírus (ou de bactérias) patogênicos para os seres humanos para ver se, por exemplo, há rastros de varíola nas amostras dessa camada de permafrost coletadas a 30 metros de profundidade", disse o pesquisador.
Esse processo é seguro, já que é realizado apenas nas impressões que vão ser comparadas com as de bancos de dados já existentes, explicou.
Essa descoberta destaca como o conhecimento da biodiversidade microscópica continua sendo parcial, afirmam os cientistas.
A região de Chukotka, de onde provém o novo vírus gigante, inclui grandes reservas de petróleo, gás natural, carvão, ouro e tungstênio.
O estudo reuniu pesquisadores franceses de Marselha e Grenoble e uma equipe da Academia de Ciências da Rússia. Fonre: yahoo notícias

terça-feira, 4 de março de 2014

Banco Mundial: desperdício ameaça segurança alimentar

(Arquivo) O presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim
O Banco Mundial (BM) soou o alarme nesta quinta-feira sobre o desperdício de alimentos no mundo, que representa uma "grave ameaça" para a segurança alimentar.
"Milhões de pessoas no mundo dormem com fome todas as noites, enquanto milhões de toneladas de alimentos acabam no lixo ou apodrecendo antes de serem comercializados", denunciou o presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim, em um comunicado da instituição.
De acordo com o relatório do Banco Mundial sobre os preços dos alimentos, entre um quarto e um terço dos alimentos produzidos a cada ano são desperdiçados ou perdidos em algum ponto da cadeia de produção.
Cerca de 35% deste desperdício é de responsabilidade do consumidor final, especialmente nos países desenvolvidos. Além disso, 24% se perde durante a produção de alimentos e 24% durante o armazenamento e distribuição, indica o Banco Mundial, sem especificar onde o restante é perdido. fonte: yahoo notícias

Morreu na França primeiro paciente com coração artificial autônomo


(Arquivo) Coração artificial da sociedade Carmat
O paciente a receber o primeiro coração artificial autônomo morreu neste domingo na França, 75 dias após o implante, anunciou o Hospital Georges Pompidou de Paris nesta segunda-feira.
"Setenta e cinco dias depois da implantação do primeiro coração artificial bioproteico Carmat em um homem de 76 anos que sofria de insuficiência cardíaca terminal, o paciente faleceu em 2 de março de 2014", informou o hospital, em um comunicado.
"As causas do falecimento poderão ser conhecidas somente após a análise dos inúmeros dados médicos e técnicos registrados", acrescenta o texto.
O primeiro coração artificial autônomo da história da Medicina, fabricado pela empresa francesa Carmat, foi implantado em 18 de dezembro em um paciente com insuficiência cardíaca terminal.
As autoridades de Saúde francesas aprovaram a intervenção, a primeira desse tipo no mundo, que abre novas perspectivas diante da escassez de órgãos disponíveis.
O Hospital Georges Pompidou também destacou o valor do paciente, "totalmente consciente do que estava em jogo e, com sua confiança, seu valor e sua vontade, fez uma contribuição memorável aos esforços dos médicos para lutar contra uma doença em plena evolução". Fonte: yahoo notícias

Aquecimento climático causará perda de colheitas e outros danos

O aquecimento climático reduzirá a produção mundial de cereais em até 2% a cada dez anos, e poderá representar 1,45 trilhão de dólares até o fim deste século

O aquecimento climático reduzirá a produção mundial de cereais em até 2% a cada dez anos, e poderá representar 1,45 trilhão de dólares até o fim deste século, segundo um esboço de relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), divulgado por um jornal japonês nesta sexta-feira.
Este documento, que teve o projeto publicado pelo jornal Yomiuri Shimbun, será discutido e adotado durante uma reunião de cinco dias do IPCC no próximo mês, em Yokohama, subúrbio de Tóquio.
Segundo o rascunho atribuído ao IPCC, a produção mundial global perderá entre 0,2 e 2% se a temperatura aumentar 2,5 graus.
Uma fonte do ministério japonês do Meio Ambiente não queria que o projeto vazasse para a imprensa local.
A comunidade internacional fixou o objetivo de concluir até o final de 2015, durante a Conferência sobre o Clima da ONU em Paris, um acordo global e urgente de redução das emissões de gases de efeito estufa para limitar o aquecimento a 2°C em relação à era pré-industrial. Fonte: yahoo notícias