quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Enxaqueca pode alterar o cérebro permanentemente, segundo estudo

A enxaqueca pode gerar modificações duradouras e permanentes nas estruturas cerebrais
A enxaqueca pode gerar modificações duradouras e permanentes nas estruturas cerebrais, como lesões, segundo uma análise de quase vinte capítulos publicada esta quarta-feira na revista americana Neurology.
"Tradicionalmente a enxaqueca é considerada um problema leve, sem efeitos duradouros no cérebro", revelou o doutor Messoud Ashina, da Universidade de Copenhague, principal autor desta pesquisa.
"Nossa meta-análise nos leva a crer que a enxaqueca poderia, de fato, alterar de forma permanente as estruturas do cérebro de múltiplas formas", explicou.
Os cientistas constataram que a enxaqueca aumenta o risco de lesão cerebral, de anomalias na substância branca e alteração do volume do cérebro de forma comparativa às pessoas que sofrem de cefaleia. Além disso, este risco é maior nas pessoas que sofrem de enxaqueca com aura.
Para esta pesquisa, os cientistas analisaram 19 estudos, 13 deles clínicos, onde os participantes se submeteram a uma prova de imagem de ressonância magnética do cérebro.
Os estudos mostraram um aumento de 68% do risco de lesões da substância branca do cérebro nas pessoas que sofrem de enxaqueca e 34% naquelas com enxaqueca sem aura com relação aos indivíduos que sofrem cefaleia.
O risco de anomalias cerebrais aumenta 44% nos doentes que sofrem enxaqueca com aura comparativamente aos que sofrem da modalidade sem aura.
Esta meta-análise mostra igualmente que a mudança no volume do cérebro é mais frequente nas pessoas com enxaqueca com ou sem aura que naquelas que não sofrem desta patologia.
"A enxaqueca afeta de 10% a 15% da população geral e pode ser muito debilitante", afirmou Ashina.
"Esperamos que outros cientistas poderão esclarecer o vínculo entre as mudanças estruturais do cérebro e a frequência e duração da enxaqueca assim como os efeitos destas lesões cerebrais nas funções mentais", acrescentou. FONTE: yahoo noticias

Cientistas identificam "coletores de lixo" no cérebro

decodificaram o processo crítico pelo qual o cérebro limpa células mortas, em um estudo que poderia contribuir para o tratamento de doenças neurológicas, segundo um artigo publicado nesta quinta-feira pela revista "Developmental Cell".
O "lixo no cérebro", em forma de células mortas, pode ser retirado antes de se acumular porque pode causar doenças neurológicas tanto raras como comuns, como o mal de Parkinson, segundo os pesquisadores da Universidade de Michigan (UM).
A equipe, liderada por Haoxing Xu, professor associado no Departamento de Biologia Molecular, Celular e do Desenvolvimento na UM, identificou dois componentes críticos neste processo de limpeza.
Um deles é uma proteína essencial de canal de cálcio, TRPML1, que ajuda as chamadas células micrófagas a varrerem as células mortas.
O outro, explicou o artigo, é uma molécula alípídica que ajuda a ativar a TRPML1 e o processo que permite que os micrófagos eliminem essas células mortas.
O laboratório de Xu identificou, além disso, um composto químico sintético que pode ativar a TRPML1. Tendo em vista que este composto químico em ultima instância ajuda a ativar este processo de limpeza celular, ele fornece um possível alvo para o desenvolvimento de um remédio que ajude a combater estas doenças neurológicas.
Os cientistas começaram a observar uma doença neurodegenerativa muito rara, chamada mucolipidose Tipo IV, um mal neurodegenerativo infantil caracterizado por múltiplas incapacidades.
O grupo de Xu descobriu que a carência da função de TRPML1, que é o canal pelo qual o cálcio do lisossoma é liberado - o centro de reciclagem da célula - nas células micrófagas, contribui para estas condições neurodegenerativas.
Se esse canal não funcionar, o cálcio não pode ser distribuído e as células mortas não são eliminadas, disse Xu. O composto químico sintético estimula o canal de cálcio de TRPML1 para que libere o elemento na célula.
"Além disso, as células mortas são ruins para as células vivas", disse Xu. Um excesso de células mortas leva as células micrófagas a matarem também os neurônios saudáveis que são necessários para a função neurológica o que, por sua vez, pode levar a estas doenças neurodegenerativas. EFE  fonte: Siga o Yahoo! Notícias no Twitter e no Facebook 

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Nocebo, a outra cara do efeito placebo

Os cientistas descobriram alguns mecanismos do denominado “efeito placebo”, a capacidade que tem algumas pessoas para curar um transtorno ou aliviar uma dor tomando um medicamento ou recorrendo a uma terapia, inócua e sem eficácia, porque creem nos benefícios de dito tratamento.

Uma equipe de neurologistas da Universidade de Michigan (EUA), liderado pelo investigador David J. Scott, descobriu que, quando uma pessoa crê que vai tomar um medicamento eficaz, em seu cérebro é ativada uma região relacionada com a habilidade de experimentar um benefício ou uma recompensa (o núcleo accumbens) e segrega uma substância denominada dopamina, que produz um efeito analgésico.
Contudo, esse mesmo poder do cérebro humano para induzir uma cura ou um alívio físico a partir de um pensamento positivo, tem seu lado contrário: o menos conhecido e pouco investigado “efeito Nocebo”, que são os eventos adversos produzidos pelas expectativas negativas presente na mente do paciente, de que sua terapia não funcionará ou inclusive será prejudicial.

 “A expectativa, que é o que esperamos que aconteça, influencia no desenvolvimento de nossa doença, provocando inclusive que os sintomas desapareçam ou que surjam outros novos”, segundo o neurologista alemão Magnus Heier.

Por exemplo, “os pacientes com câncer começam a sentir fortes náuseas quando entram nas salas em que serão tratados com quimioterapia porque entendem, em nível inconsciente, que sentirão essas náuseas depois”, disse Heier a “Deutsche Welle”, o serviço de radiofusão internacional da Alemanha.
Segundo o autor do livro “Nocebo, quando um pensa que está doente”, se um paciente é diagnosticado com uma leve constrição da artéria carótida, quando se sente tonto, sempre atribuirá a esse problema e “já não poderá tirar o diagnostico da cabeça porque está plantado em seu inconsciente”.

Segundo este especialista alemão, a princípio o “placebo” e o “Nocebo” se relacionam com o mesmo efeito, só que um é positivo e outro é negativo, enquanto “ambos nos afetam ali onde menos podemos controlar: o nosso inconsciente”.



O MEDO PODE NOS FAZER ADOECER

O efeito Nocebo aparece quando uma pessoa “tem medo de uma doença ou dos tratamentos ao quais terá que se submeter. Então, os efeitos secundários serão muito mais graves”, de acordo com Heier.
Segundo este neurologista, o medo supõe um stress para o organismo e pode debilitar o sistema imunológico, sendo que é mais fácil que a pessoa adquira bactérias ou vírus, e surja uma dor aonde não deveria haver. Por isso, “se alguém teme desenvolver um tumor, talvez não desenvolva o tumor, mas sim outra coisa devido ao stress”, explicou.

Uma das doenças onde é possível constatar o efeito Nocebo é na fibromialgia, que é caracterizada por uma dor crônica generalizada que o paciente tem nos membros de locomoção, e geralmente são acompanhadas por fadiga intensa, rigidez articular, alterações no sono, depressão e dores de cabeça, entre outras manifestações clínicas.

 “Os pacientes com fibromialgia apresentam muitos efeitos adversos a vários medicamentos que outros doentes, enquanto se desconhece se é por um sintoma de doença, alguma causa psicológica ou sua sensibilidade mental ( sua rede de neurônios processa os estímulos cotidianos banais como se fossem dolorosos), segundo a revista médica “Médicos y Pacientes”.

Segundo um estudo do reumatologista Cayetano Alegre, do Hospital Universitario Vall d’Hebron e do Instituto Universitario Dexeus (Barcelona, Espanha), “o número de abandonos por reações adversas nos afetados com fibromialgia tratados com placebo é o dobro do que com outras patologias”.

Na opinião do doutor Alegre, nestes estudos sempre há uma porcentagem de pacientes que apresentam benefícios com o placebo, que pode chegar em algumas ocasiões a 34% da população, “mas há um grupo de pacientes que com o placebo apresentam efeitos adversos”.

De acordo com a pesquisa, o “efeito Nocebo é a consequência daninha que o placebo tem em qualquer estudo clínico” e é muito prevalecente na fibromialgia, similar à ansiedade e à depressão e significativamente superior a dor neuropática.

 “A frequência de abandonos dos tratamentos com placebo devido aos efeitos adversos é muito superior em fibromialgia do que nas outras três patologias mencionadas”, de acordo com o reumatologista.
Para o doutor Alegre, “possivelmente a presença deste efeitos secundários poderia estar ligada ao transtorno de humor que apresentam esses pacientes, a depressão  e ansiedade. Se bem, o número de abandonos muito maior em fibromialgias faz suspeitar de uma sensibilidade especial, possivelmente ligada a “sensibilização central” que têm.




O PODER DAS ADVERTÊNCIAS


O jornal “The Guardian” destaca um estudo de 1980 feito com pacientes cardíacos que são mais propensos a sofrer os efeitos secundários de suas medicações anticoagulantes se forem advertidos sobre esses efeitos, como no caso de 62 trabalhadores de uma fábrica nos EUA que, em 1962, sofreram dor de cabeça, náuseas e erupções cutâneas, atribuídos a um suposto inseto presente nos tecidos, que nunca foi encontrados.

“Os efeitos do Nocebo são eventos adversos produzidos por expectativas negativas e representam o lado negativo do placebo”, segundo um informe dos pesquisadores Luana Colloca, do Instituto Nacional de Saúde (EUA) e Damien Finnis, da Universidade de Sydney (Austrália), publicado na revista científica “JAMA”.

Segundo  Luana e Finnis, os efeitos do Nocebo e placebo são resultados diretos do contexto psicossocial ou do meio ambiente terapêutico na mente do paciente, o cérebro e o corpo, e ambos os fenômenos podem ser produzidos por múltiplos fatores, como as sugestões verbais e experiência passada.

Estes especialistas indicam como a informação verbal negativa pode converter-se em um estímulo que não irrita as terminações nervosas em uma experiência estimulante da dor, similar a provocada por um estímulo doloroso real.

Assim mesmo, Luana e Finnis indicaram que aqueles pacientes que são informados sobre a interrupção de morfina em um pós-operatório, tem suas dores aumentadas  em comparação com aqueles que têm suprimido a droga, mas dado o fato e ainda acho que eles estão recebendo.

Eugenio Frater
E F E – REPORTAGENS

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Estudo detecta lesões cerebrais em pilotos de aviões-espiões

(Arquivo) Avião espião da Força Aérea dos EUA
Minúsculas lesões cerebrais são muito mais comuns em pilotos da Força Aérea americana que voam a grandes altitudes do que em não pilotos, revelou um estudo publicado nesta segunda-feira.
As descobertas, publicadas na revista Neurology, descrevem uma análise de 102 pilotos que voam aviões de reconhecimento U-2 a uma altitude de cerca de 21 mil metros.
Segundo o estudo, estes pilotos, com idades entre 26 e 50 anos, tinham quase quatro vezes o volume e três vezes o número de lesões cerebrais que os não pilotos.
As lesões foram detectadas independentemente de os pilotos terem se queixado de sintomas de doença descompressiva.
Aqueles que não eram pilotos apresentaram também algumas lesões, associadas ao processo normal de envelhecimento. Mas estas se encontraram prioritariamente na matéria branca frontal, enquanto as lesões encontradas em pilotos de grandes altitudes eram mais distribuídas de forma mais uniforme em todo o cérebro.
O impacto destas lesões ainda permanece desconhecido.
"O risco de doença descompressiva entre pilotos da Força Aérea triplicou desde 2006, provavelmente devido a períodos maiores e mais frequentes de exposição dos pilotos", afirmou o autor do estudo, Stephen McGuire, da Universidade do Texas em San Antonio e da Escola de Medicina Aeroespacial da Força Aérea americana.
"Até agora, no entanto, não conseguimos demonstrar qualquer declínio neuro-cognitivo clínico permanente ou de memória", acrescentou.
A doença descompressiva pode afetar mergulhadores autônomos, pilotos e escaladores quando a pressão em volta de uma pessoa muda rapidamente e bolhas de nitrogênio são liberadas no sangue.
Os aviões U-2 começaram a voar nos anos 1950 e inicialmente foram projetados pela Central de Inteligência Americana (CIA) para intensificar a vigilância da União Soviética após a Segunda Guerra Mundial. Fonte: yahoo notícias

Novo estudo alimenta debate sobre vínculo entre cobre e Alzheimer

O primeiro-ministro da Indonésia, Muhaimin Iskandar, visita vìtima de acidente em mina de cobre em 19 de maio de 2013
Cientistas publicaram novas evidências nesta segunda-feira de que o cobre pode provocar o depósito de placas no cérebro que causam o Mal de Alzheimer, alimentando novos debates sobre o papel deste mineral nesta doença degenerativa.
A comunidade científica está dividida sobre a questão de se o cobre - encontrado na carne vermelha, em legumes, laticínios e dutos usados para canalizar água potável em grande parte dos países em desenvolvimento - causa ou evita o Mal de Alzheimer.
No mais recente estudo publicado no periódico Proceedings of the National Academy of Sciences, os cientistas observaram como o cobre nos vasos sanguíneos pode causar um colapso na barreira sangue-cérebro, levando a um depósito da proteína beta-amiloide, placas que são a marca registrada do Mal de Alzheimer.
De acordo com o principal autor do estudo, Rashid Deane, professor da Universidade do Centro Médico Rochester, experimentos usando células de cobaias e humanas demonstraram que níveis baixos de cobre liberados através da água potável se acumularam nas paredes capilares que levam sangue para o cérebro.
"São níveis muito baixos de cobre, equivalentes ao que as pessoas consumiriam em uma dieta normal", disse Deane.
O cobre provocou uma oxidação que interferiu em outra proteína, denominada proteína-1 relacionada a receptor de lipoproteína (LRP1), que normalmente removeria as beta-amiloides do cérebro, destacou este estudo.
Não apenas o cobre pareceu evitar a desobstrução das placas que acredita-se que sejam a principal responsável pelo mal de Alzheimer, como também estimulou os neurônios a produzir mais beta-amiloides.
Em um comunicado à imprensa, os cientistas descreveram suas descobertas como um "golpe duplo", que "fornece fortes evidências de que o cobre tem um papel-chave no Mal de Alzheimer".
"O cobre é um metal essencial e é claro que estes efeitos se devem à exposição durante um longo período", disse Deane no comunicado.
"A chave será extrair o equilíbrio exato entre o consumo excessivo e escasso de cobre. Atualmente, não podemos dizer qual seria o nível certo, mas a dieta pode finalmente desempenhar um papel importante em regular o processo", acrescentou.
No entanto, outros especialistas que estudaram a relação entre o cobre e o Mal de Alzheimer questionaram as descobertas do estudo.
"Pesquisas incluindo a nossa mostram o contrário, que o cobre evita que a (proteína) amieloide forme o tipo de estrutura vista nas placas", afirmou Christopher Exley, professor de Química Bioinorgânica da Universidade Keele em Staffordshire.
Exley e seus colegas publicaram recentemente seu último estudo sobre o tema na edição de fevereiro da revista científica britânica Nature.
"Acreditamos como grupo, com base no que sabemos, e nossa pesquisa foi feita com cérebros humanos e tecidos cerebrais, que o cobre protege contra o Alzheimer", afirmou.
"É preciso uma quantidade significativa de tecido para produzir resultados em que você tenha um grande nível de confiança. O sistema capilar de um camundongo é algo muito, muito pequeno", disse Exley à AFP.
Outro cientista, George Brewer, professor emérito de medicina interna da escola de medicina da Universidade de Michigan, disse que os "autores perderam um ponto importante sobre a toxicidade do cobre no cérebro".
"Eles não diferenciam o cobre transportado na água potável, como apresentado em seu estudo, do cobre encontrado na comida", afirmou Brewer em um e-mail enviado à AFP.
"Sempre tivemos cobre na comida, portanto esta não deve ser a causa desta nova epidemia de mal de Alzheimer", afirmou.
"Se eles tivessem vinculado este quantidade de cobre à comida, ao invés de relacioná-la à água potável, não teria qualquer efeito", concluiu. Fonte: yahoo notícia

domingo, 18 de agosto de 2013

VIVENDO E APRENDENDO
















Taí uma coisa que nós fazemos e é tão perigosa!
CEBOLAS! Eu nunca tinha ouvido essa!

Em 1919, quando a gripe matou 40 milhões de pessoas havia um doutor que visitou muitos agricultores para ver se ele poderia ajudá-los a combater a gripe, pois que muitos deles que haviam contraído a doença haviam morrido.

Em uma visita na propriedade de outro fazendeiro, na mesma região, a médico surpreendeu-se em saber do bom estado de saúde que lá encontrou. Todos estavam muito saudáveis. Quando o médico perguntou ao fazendeiro o que eles estavam fazendo para se protegerem da gripe, a mulher deste prontamente respondeu que ela colocava uma cebola cortada (com casca) em pratos e distribuia-os nos quartos da casa.

O Médico não podia acreditar no que ouviu. Pediu ao fazendeiro para lhe entregar uma das cebolas que estava usando e pôs sob seu microscópio, quando então observou enorme números de bactérias da gripe ali acumulados.

Levado a um pneumologista, este explicou que as cebolas são um ímã enorme para as bactérias, especialmente as cebolas cruas.

Em suma, nunca mantenha cebolas fatiadas para serem usadas no dia seguinte, mesmo que colocadas em sacos fechados, herméticos ou na geladeira. Seu consumo deve ser imediato, vez que pode ser um perigo consumí-las a posteriori.

Além disso, os cães nunca devem comer cebolas. Seus estômagos não pode metabolizar cebolas.

Lembre-se: é perigoso cortar uma cebola e consumí-la no dia seguinte. A cebola se torna altamente venenosa, mesmo depois de uma noite única, e cria bactérias tóxicas. Estas bactérias podem causar infecções do estômago adversos por causa de secreções biliares em excesso e intoxicação alimentar.

Repasse esta mensagem a todos os que você ama e se preocupa! Fonte: Facebook

sábado, 17 de agosto de 2013

Descoberta nova espécie de carnívoro em florestas da América do Sul

Olinguitos são mostrados nesta quinta-feira (15)
O olinguito, um pequeno mamífero que parece uma mistura de gato e ursinho de pelúcia, originário das florestas das regiões andinas do Equador e da Colômbia, foi apresentado esta quinta-feira por cientistas como a primeira espécie de carnívoro descoberta no continente americano em 35 anos.
Este animal de olhos grandes e pelagem felpuda vermelha-alaranjada já tinha sido visto há anos nas selvas do Equador e da Colômbia, e também em museus e zoológicos, mas era confundido com seu parente mais próximo, o olingo, explicaram os autores da descoberta, divulgada na edição desta quinta-feira da revista americana Zookeys.
Mas os especialistas detectaram que este mamífero, que os habitantes dos bosques andinos chamam de "neblina", era diferente do olingo porque não acasalava com ele.
Pesando 900 gramas, a nova espécie, denominada 'Bassaricyon neblina', é o mais novo membro da família Procyonidae, à qual pertencem, entre outros, os guaxinins, os juparás e os olingos.
"A descoberta do olinguito nos mostra que o mundo não está completamente explorado e que seus segredos mais elementares não foram revelados", afirmou Kristofer Helgen, curador de mamíferos no Museu de História Natural do Instituto Smithsonian em Washington e chefe da equipe de pesquisas que encontrou a nova espécie.
"Se ainda é possível encontrar novos carnívoros, quais outras surpresas nos esperam", acrescentou.
"Documentá-las é o primeiro passo para o entendimento de toda a riqueza e diversidade da vida na Terra", afirmou o pesquisador.
-- Espécie embaixadora --
A descoberta do olinguito foi o surpreendente resultado de uma década de pesquisas para categorizar os olingos, uma família de várias espécies de carnívoros que vivem nas árvores, agrupadas no gênero Bassaricyon.
Ao examinar mais de 95% dos espécimes de olingos em museus, junto com exames de DNA e dados históricos, a equipe de Helgen descobriu evidências do olinguito, uma espécie que até o momento não tinha sido identificada.
O primeiro indício que chamou a atenção dos pesquisadores foi o tamanho da cabeça e dos dentes dos olinguitos, menores e de formato diferente aos de seus primos, olingos.
Estudos comparativos sobre as peles destes animais nos museus concluíram ainda que a nova espécie era menor e com pelagem mais comprida e densa.
Seu hábitat, uma única região das montanhas andinas, entre os 1.500 e os 2.700 metros sobre o nível do mar, também foi determinante porque estava a uma altitude muito superior de onde vivem os olingos.
Mas a informação foi obtida de espécimes coletados no começo do século XX e os cientistas precisavam comprovar se os olinguitos ainda existiam na natureza.
Para isso, Hengel lançou-se a uma nova expedição de três semanas nos bosques andinos, ao lado de Roland Kays, diretor do laboratório de Biodiversidade do Museu de Ciências Naturais da Carolina do Norte (sudeste dos EUA), e o zoólogo equatoriano Miguel Pinto.
Os cientistas passaram dias gravando e documentando a vida, o comportamento e o hábitat dos olinguitos.
A equipe determinou que a nova espécie é predominantemente noturna e come sobretudo frutas, embora também se alimente de insetos. Poucas vezes deixa as árvores e teria um único filhote por vez.
Mas também encontraram que estes animais se veem ameaçados pelo desenvolvimento humano, com 42% de seu hábitat histórico agora transformado em áreas agrícolas ou urbanas.
"Esperamos que o olinguito sirva como espécie embaixadora dos bosques nebulosos de Equador e Colômbia, para chamar a atenção do mundo para estes hábitats críticos", disse Helgen. Fonte: Siga o Yahoo! Notícias no Twitter e no Facebook 

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Estudo inédito no mundo rastreia baleias-minke-anãs

Foto divulgada nesta quarta-feira (14) mostra baleias-minke-anãs na Grande Barreira de Corais
Baleias-minke-anãs foram marcadas e rastreadas na Grande Barreira de Corais australiana em um estudo inédito no mundo sobre a espécie, que visa a resolver o mistério de onde os cetáceos passam o verão.
Cientistas da Universidade James Cook, do estado de Queensland, participam do projeto, que também envolve cientistas de Alasca. Eles marcaram quatro baleias no mês passado e agora estão rastreando seu avanço para o sul ao longo da costa leste da Austrália.
"Embora ocorram em todo o Hemisfério sul, a Grande Barreira de Corais abriga a única agregação conhecida no mundo destas pequenas baleias de delicada beleza", declarou Alastair Birtles, pesquisador da universidade.
Birtles, que estuda há 18 anos as minke-anãs, disse que embora se saiba que os animais se reúnem todo inverno na costa da Ilha Lizardo, no norte de Queensland, onde elas passavam os meses de verão permanecia um mistério.
Pouco se sabe sobre as minke-anãs, que costumam ter entre 5 e 7 metros de comprimento. Embora haja algumas centenas na Grande Barreira de Corais, elas não eram notadas até os anos 1980.
Baleias como as jubarte e as francas são conhecidas por migrar até a costa leste da Austrália nos meses mais quentes para passar o verão nas águas mais frias da costa da Antártica, mas não se sabe se as minke-anãs, menores, se juntam a elas.
"Não temos ideia de aonde vão", afirmou à AFP Birtles, co-diretor do Projeto Baleia Minke, da Universidade James Cook.
"A questão é: elas fazem esta longa migração até as águas antárticas ou vão para outra parte do Pacífico Sul?", questionou.
Por serem baleias de mar aberto, as minke-anãs são quase impossíveis de estudar fora da pequena margem de tempo que passam na Grande Barreira de Corais em meados do inverno, quando se observa o comportamento da corte.
"São uma subespécie de baleia sem descrição. Ninguém sabia de sua existência até 20 anos atrás", disse Birtles.
"Um dos grandes mistérios do Oceano Austral é pensar que há um animal aqui, que antes de tudo não tem um nome (científico) apropriado e que não se sabe aonde vai durante nove meses do ano. É extraordinário, especialmente porque pesa cinco ou seis toneladas e tem seis metros de comprimento", acrescentou.
As quatro baleias levam desde meados de julho marcadores do tamanho de caixas de fósforo situados nas barbatanas dorsais, implantados por cientistas que trabalham em um silencioso navio sônico e infra-sônico utilizado pelo Departamento de Defesa Australiano.
Em 12 de agosto, a primeira baleia marcada, um jovem macho apelidado de Spot, tinha deixado o arrecife para trás e se dirigido rumo ao sul, ao longo dos limites da plataforma continental na altura da costa de Sydney, tendo nadado quase 3.000 km em menos de trinta dias.
Uma fêmea chamada Deep Scars não estava muito atrás, mas as outras duas baleias - embora se dirigissem para o sul - estavam muito mais ao norte.
"Seus rastros transformaram nosso entendimento dos movimentos destes animais, que até este ponto só tínhamos documentado graças a mergulhadores que os observavam e tiravam fotos de seus padrões de cores únicos, que nós usamos para identificar os animais individualmente", disse Birtles.
Os pesquisadores agora esperam fazer um estudo mais extenso sobre os cetáceos no ano que vem. Fonte: Siga o Yahoo! Notícias no Twitter e no Facebook 

Mudanças no clima teriam levado civilizações antigas ao colapso

Solo ressecado em Tegucigalpa, 22 de maio de 2013
Colapso civilizações do Mediterrâneo oriental no século XIII a.C., afirmaram nesta quarta-feira cientistas franceses.
Na Idade do Bronze tardia, poderosos reinos se estendiam por regiões onde hoje ficam o Egito, a Grécia, Chipre, Turquia, Israel e os territórios palestinos, mas estes caíram repentinamente por volta do ano 1.200 a.C..
Há tempos, arqueólogos têm discutido as razões para esta queda, frequentemente citando fatores econômicos.
Mas nos últimos anos, novos estudos têm indicado que fatores naturais, inclusive uma seca fria, podem ter esgotado a agricultura, provocado fome e forçado os povos a guerrearem.
As últimas descobertas, publicadas no periódico de acesso aberto PLoS One, se basearam em uma análise dos sedimentos de um antigo lago no sudeste de Chipre, feita pelo pesquisador David Kaniewski, da Universidade Paul Sabatier, em Toulouse (sudoeste).
Kaniewski descobriu evidências de uma seca de 300 anos iniciada cerca de 3.200 anos atrás em grãos de pólen derivados de sedimentos do complexo do Lago Salgado de Larnaca.
Mudanças nos isótopos de carbono e em espécies vegetais locais sugeriram que o complexo de quatro lagos havia sido antes um porto marinho no coração das rotas comerciais da região, fornecendo uma nova peça no quebra-cabeças segundo a qual um histórico de mudanças ambientais empurrou a região para uma Idade das Trevas.
"Esta mudança climática provocou o colapso de cultivos, mortes e fome, precipitando ou acelerando crises socioeconômicas, forçando migrações regionais humanas no final da Idade do Bronze tardia no Mediterrâneo oriental e no sudoeste da Ásia", destacou o estudo.
Outros cientistas descobriram evidências relacionadas a uma mudança do clima nas temperaturas da superfície marinha e uma queda de 2ºC por volta da mesma época no Hemisfério norte.
As causas que provocaram essas mudanças ainda são discutidas.
Para alguns estudiosos, podem ter sido causadas por um período de maior atividade solar, que teria alterado a corrente de vento no Atlântico Norte, provocando seca ao resfriar os oceanos e diminuir a precipitação.
Acredita-se que um evento climático semelhante tenha ocorrido na Idade Média.
"Ainda não há consenso sobre esta última" afirmação, admitiu Lee Drake, professor-adjunto da Universidade do Novo México, cujo estudo próprio demonstrou que uma queda nas temperaturas superficiais do Mediterrâneo coincidiu com a Idade das Trevas Grega no mesmo período.
"Se as temperaturas da superfície do mar caem, então menos água evapora e menos água se precipita sobre a terra. Este período de temperaturas mais frias parece ser consistente com a Idade das Trevas Grega de cerca de 400 anos", afirmou à AFP.
"Esta complexa civilização grega estava sentada em um balde, então o clima veio e o chutou, não havendo realmente nada que pudessem fazer" para alterar os resultados, comparou.
"Você tem cidades lotadas de pessoas e agora você só consegue alimentar a metade delas. Vire-se", acrescentou.
Drake disse que esta pesquisa mais recente ajuda a explicar a mitologia dos Povos do Mar que invadiam terras e oferece uma imagem mais completa do que aconteceu e porque.
"A partir de textos hititas e egípcios, juntamos as peças para formar uma ideia do mundo que existia então, mas realmente se tratava de uma civilização inteira, uma sociedade chefiada pelo Estado, com reis, vassalos, servos, exércitos, que desapareceu deixando muito poucos vestígios no final da Idade do Bronze tardia", emendou.
Esta ideia "dá um peso enorme ao argumento de que o que pôs fim a estas civilizações foram as mudanças climáticas".
Drake disse que ainda não está claro porque, se a mudança de temperatura foi global, o Mediterrâneo respondeu de forma tão dramática.
"Isto é algo considero muito importante entender porque não é inconcebível que possa acontecer de novo", concluiu. Fonte: Siga o Yahoo! Notícias no Twitter e no Facebook 

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Britânico reverte diabetes com dieta de apenas 11 dias

Na Grã-Bretanha, mais um caso de sucesso na reversão do diabetes tipo 2 voltou a chamar a atenção para a teoria de que por meio de uma dieta de restrição calórica, feita por um período determinado de tempo, é possível se livrar da condição que afeta cada vez mais pessoas em todo o mundo.
O jornalista britânico Robert Doughty, de 59 anos, que até o ano passado estava entre os 371 milhões de portadores do diabetes no mundo, reverteu o quadro da própria condição com uma dieta de apenas 800 calorias por dia.
Num período de apenas 11 dias, Doughty enfrentou o duro regime de ingerir três doses diárias de shakes de reposição alimentícia com 200 calorias cada, somada a uma uma porção de legumes e vegetais de mais 200 calorias. Como parte da dieta, ele também teve que tomar um total de três litros de água por dia.
O drástico regime, que para efeito de comparação tem menos calorias do que apenas um dos lanches vendidos pela rede de fast food Mc'Donalds - o Big Tasty tem 843 calorias - não foi 'nada fácil de enfrentar', contou o jornalista em entrevista à BBC Brasil.
'Frequentemente me sentia muito cansado... Uma noite, depois de ir ao teatro, quase não consegui subir as escadas da minha estação local de trem, e caminhar para casa parecia praticamente impossível. Também sentia muito frio, chegando a colocar quatro camadas de roupa no meio do verão, quando sentia meus dedos ficarem dormentes', disse o jornalista.
Doughty seguiu a dieta depois de procurar na internet estudos referentes ao diabetes tipo 2. Antes de começar o regime, ele procurou o pesquisador Roy Taylor, da Universidade de Newcastle, autor da teoria da dieta de 800 calorias, além do próprio médico, de quem obteve o aval para cortar as calorias diárias.
Ele já havia tentando uma dieta considerada menos radical, com cerca de 1.500 calorias por dia, com a qual emagreceu, mas não reduziu a glicose no sangue para o nível adequado.
A teoria
O diabetes tipo 2 se desenvolve quando o pâncreas para de produzir insulina em quantidades suficientes para manter o nível normal de glicose no sangue. No caso do diabetes tipo 1 - também chamado de diabetes congênito -, o pâncreas para totalmente de produzir insulina, que precisa ser injetada no paciente.
Nos dois casos, sem o controle adequado, o nível de glicose no sangue alcança um patamar de risco, o que pode gerar a longo prazo diversas complicações nos rins, pressão arterial alta, perda parcial ou total da visão, problemas no coração, dentre outros males.
No caso da diabetes tipo 2, a condição está fortemente associada à obesidade, uma condição que se alastra em todo o mundo.
Foi justamente a associação com a gordura que intrigou professor Roy Taylor, da Universidade de Newcastle, no norte da Inglaterra, quando iniciou seus estudos sobre o diabetes tipo 2 há dois anos.
Ele notou que pacientes que se submetiam à cirurgia para redução de estômago passavam por um período de transição, logo após a cirurgia, de redução drástica da quantidade de calorias ingeridas.
'Até se acostumarem com a redução do próprio estômago, os pacientes comiam muito pouco, porque se sentiam saciados muito rápido e tinham náuseas. Com isso eles perdiam muito peso, num espaço de tempo bem curto', afirmou Taylor em entrevista à BBC Brasil.
Passados alguns meses depois do emagrecimento, o pesquisador notou que a maioria dos pacientes que tinham diabetes tipo 2 tinham se livrado da condição.
Todos eles tinham algo em comum: haviam perdido uma grande quantidade de gordura na região abdominal.
Estudos preliminares mostraram, então, que esse tipo de gordura, localizada na barriga, próxima de órgãos como o pâncreas e o fígado, tinha uma associação com o desenvolvimento do diabetes tipo 2.
'Descobrimos que a gordura na região abdominal provoca uma reação metabólica que dificulta a digestão da glicose pelo pâncreas. A simples presença da gordura nessa região causa uma mudança no metabolismo, que dificulta a produção de insulina', explicou Taylor.
Ao fazer a relação entre calorias ingeridas, tempo gasto para perder peso e a quantidade de gordura perdida, principalmente na região abdominal, Taylor chegou à teoria da dieta de hiper redução calórica.
'Cada pessoa é diferente, mas notamos que a redução calórica para algo em torno de 800 calorias por dia causava a reversão do diabetes. Alguns pacientes demoram mais que outros, mas todos conseguem reverter a condição dentro de oito semanas', afirmou o pesquisador.
O estudo de Taylor foi divulgado em 2011, na publicação científica Diabetologia.
Riscos
A dieta das 800 calorias é considerada segura, mas precisa ser feita com acompanhamento médico, pois há vários riscos e fatores que devem ser levados em consideração.
De acordo Taylor, o primeiro passo é saber se o indivíduo está bem nutrido e não possui falta de vitaminas no organismo, principalmente o ferro.
Ele ressalta que a dieta de hiper restrição calória poderia ser um meio seguro de reduzir o índice de diabetes 'até mesmo em países pobres, desde que todas as precauções sejam tomadas'.
'Seria importante, porém, se tomar extrema precaução com pessoas que são mal nutridas, que devem ter os níveis de vitaminas e especialmente o ferro verificados antes de se iniciar a dieta. Ainda assim, seria muito barato prover suplementos vitamínicos para estas pessoas e continuar a recomendar a dieta para reverter o diabetes'.
Curto prazo X longo prazo
O Brasil ocupa a quarta colocação no ranking dos países com maior índice de diabetes no mundo, com 13,4 milhões de portadores no país, o que equivale a 6,5% da população, de acordo com o último levantamento da Federação Internacional do Diabetes (FID).
Em primeiro lugar está a China (92,3 milhões), seguida da Índia (63 milhões) e Estados Unidos (24,1 milhões).
'Notamos que há uma relação direta entre aumento poder de compra e o crescimento de casos de diabetes no mundo. Em Países como o Brasil, China e Índia, onde a população está podendo consumir mais, o aumento do diabetes é tipo 2 é assustador', ressaltou o presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes, Balduino Tschiedel, em entrevista à BBC Brasil.
Para Tschiedel, 'a pesquisa britânica de hiper redução calórica na reversão da diabetes tipo 2 tem uma validade científica muito grande, porque vem a confirmar a importância da alimentação como fator fundamental no combate a doença'.
No entanto, ele ressalta que manter-se livre da obesidade e consequentemente do diabetes tipo 2 por um longo período de tempo é o maior desafio.
'O maior problema está em manter uma dieta adequada por um longo período de tempo. Esse é o nosso maior desafio, porque envolve uma mudança comportamental muito difícil de ser alcançada num mundo em que a oferta de alimentos hiper calóricos é muito grande', explica Tschiedel.
Ele ainda ressalta que o esforço para combater a obesidade e o diabetes envolve uma ação conjunta de várias entidades.
'Nós, da Sociedade Brasileira de Diabetes, acreditamos que uma mudança nos hábitos da população só seja possível com um conjunto de medidas que envolvam o governo, sociedade civil e a mídia num esforço conjunto para conscientizar e educar as pessoas sobre a importância de se manter uma alimentação mais saudável e atividades físicas regulares', alerta.
No longo prazo, a eficácia da teoria do professor Roy Taylor ainda está sendo testada.
'Notamos em nossos estudos, que as pessoas que contraíram o diabetes tipo 2 há menos de quatro anos são as que melhor respondem ao tratamento da dieta de 800 calorias. Com mais de quatro anos, notamos que se torna mais difícil a reversão da diabetes tipo 2. Então, ainda é muito cedo para dizer que o mesmo método vá funcionar em pessoas que têm diabetes há muito tempo. Estamos tentando entender qual seria o melhor método para essas pessoas', disse Taylor.
Genética x hábitos
De acordo com estudos feitos na Universidade de Newcastle, a genética parece não ser mais um fator fundamental no desenvolvimento do diabetes tipo 2.
'Mesmo pessoas com tendência genética ao diabetes tipo 2 podem evitar o desenvolvimento da condição se mantiverem uma dieta mais restrita de açúcares e uma rotina de exercícios regulares. O mais importante é não chegar ao ponto de acumular gordura na região abdominal', explicou o professor Taylor.
'Pessoas com histórico na família estão mais suscetíveis a desenvolver o diabetes tipo 2, porque isto é uma tendência genética. Mas o fato é que, qualquer pessoa pode desenvolver a doença pelo simples fato de acumular gordura, principalmente na região do abdômen. Então, hoje em dia, podemos dizer que as pessoas desenvolvem o diabetes tipo dois mais por hábitos alimentares inadequados e falta de exercício físico - com um estilo de vida sedentário - do que pela questão genética'.
O jornalista Robert Doughty disse que, apesar da dieta ter sido difícil de ser seguida, ele não desistiu porque acreditou nos benefícios.
'Durante a dieta, fiquei relembrando a mim mesmo os benefícios do regime pare reduzir a glicose no sangue. O fato dos portadores do diabetes tipo 2 terem 36% mais risco de morrer mais cedo e grandes chances de ter ataques cardíacos, aneurisma, danos na visão e problemas de circulação que podem provocar até esmo amputação de membros, e 50% mais chance de tomarem medicação para o resto da vida, foi meu grande incentivo'.
Ele disse que sua maior alegria foi quando seu médico ligou e disse: 'O seu diabetes se reverteu completamente, parabéns!'.
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Fonte: facebook