"O fato é que as vítimas de crimes que são humanos adultos recebem menos empatia do que as crianças, os filhotes e os cães adultos que são vítimas de abuso ou crimes. Isso indica que os cachorros adultos são vistos como dependentes e vulneráveis, tais como seus filhotes e como as crianças", explicou Levin.
Em seu estudo, Levin e o coautor Arnold Arluke, outro professor da Universidade de Northeastern, consideraram as opiniões de 240 homens e mulheres, com idades entre 18 e 25 anos.
Na elaboração da pesquisa, os participantes receberam, ao acaso, quatro artigos fictícios sobre abusos de criança de um ano de idade, um adulto de 30 anos, um filhote e um cachorro de seis anos de idade.
As histórias eram idênticas, exceto pela identificação da vítima. Depois que os participantes leram o artigo, os pesquisadores pediram que os mesmos qualificassem seu grau de empatia em relação à vítima.
"Nos surpreendeu a interação de idade e espécie", indicou Levin em sua apresentação. "A idade parece ser mais relevante que a espécie quando se trata de obter empatia. Aparentemente, se considera que os humanos adultos são capazes de se proteger, enquanto os cachorros adultos são vistos como filhotes maiores".
A diferença entre a empatia despertada pelas crianças e pelos filhotes de cachorro foi insignificante estatisticamente.
Apesar do estudo ter se baseado na relação entre humanos e cachorros, Levin acredita que as conclusões seriam similares no caso de gatos.
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