quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Mosquito transgênico para combater malária é desenvolvido nos EUA

(Arquivo) A criação de mosquitos vetores da malária geneticamente modificados para que transmitam a seus descendentes os genes que bloqueiam o parasita da doença é uma esperança para erradicar totalmente a grave infecção, causa de inúmeras mortes em todo o mundo
A criação de mosquitos vetores da malária geneticamente modificados para que transmitam a seus descendentes os genes que bloqueiam o parasita da doença é uma esperança para erradicar totalmente a grave infecção, causa de inúmeras mortes em todo o mundo.

A taxa de transmissão entre mosquitos do gene modificado chega a 99,5%, indicaram os pesquisadores cujos trabalhos foram publicados nesta segunda-feira nos Anais da Academia de Ciências (PNAS) dos Estados Unidos.
"Estes resultados são muito promissores porque mostram que a técnica de edição genética pode ser adaptada para eliminar a malária", afirmou Anthony James, professor de biologia e genética molecular da Universidade da Califórnia em Irvine.
O estudo representa um avanço real na técnica genética chamada CRISPR, que consiste em inserir genes que bloqueiam o parasita do DNA dos mosquitos Anopheles stephensi, principal vetor da malária na Ásia e assim garantir que este bloqueador se transmita para os descendentes.
Para comprovar que os mosquitos se transmitiam com efetividade os genes portadores de anticorpos, os cientistas agregaram uma proteína que mudava a cor de seus olhos para vermelho fluorescente. Assim, puderam garantir que quase 100% da nova geração de mosquitos tinha essa característica, o que demonstrou o sucesso da manipulação genética.
Chamando o experimento de "importante primeiro passo", James destacou que serão necessários outros estudos para confirmar a eficácia dos anticorpos.
"Os mosquitos geneticamente modificados que criamos são apenas uma etapa, mas conseguimos demonstrar que esta tecnologia permite criar de maneira eficaz grandes populações de mosquitos geneticamente modificados", explicou.
A malária é um dos principais desafios de saúde pública no mundo, com mais de 40% da população em risco em diferentes regiões.
A cada ano são registrados entre 300 e 500 milhões de novos casos de malária e quase um milhão de pessoas morrem anualmente em decorrência da doença, sobretudo crianças e mulheres grávidas da África subsaariana, segundo os Centros de controle e prevenção de doenças dos Estados Unidos (CDC, em inglês). Fonte: Siga o Yahoo Notícias no Twitter e no Facebook 

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Estudo explica por que dietas nem sempre funcionam

(Arquivo) Vegetais são expostos em loja, em Leipzig, Alemanha, no dia 30 de maio de 2011
Com a chegada do verão, muitas pessoas se questionam por que as dietas publicadas nas revistas nem sempre funcionam. A razão é que as pessoas reagem diferente ao consumo de alimentos saudáveis, permitindo a alguns a perda de peso e a outros não, segundo um estudo publicado nesta quinta-feira.

Uma mulher que participou do estudo apresentou um aumento dos seus níveis de açúcar no sangue a cada vez que comia um tomate, alimento com pouco açúcar e gordura, exemplificou o estudo realizado com 800 pessoas em Israel e publicado pela revista científica Cell Press.
"A primeira grande surpresa e descoberta assombrosa que tivemos foi a grande variedade de reações das pessoas a alimentos idênticos", declarou Eran Segal, pesquisador do Instituto de Ciência Weizmann de Israel.
Para o estudo, foi controlado o nível de açúcar no sangue dos participantes durante uma semana, foram analisadas suas fezes e foi observado o consumo alimentar.
Nenhum participante era diabético, mas alguns eram obesos e tinham condições de saúde similares aos pré-diabéticos.
"Há diferenças enormes entre os indivíduos - em alguns casos tinham reações opostas - e realmente nos faltou informação científica sobre o tema", destacou Segal.
No lugar de seguir dietas padrões, os pesquisadores sugerem regimes mais personalizados, e colocar cada pessoa no centro de seu programa alimentar e não o contrário, o que permitirá não só ajudá-las a controlar seus níveis de açúcar, mas também a melhorar sua saúde, declarou o co-autor do estudo, Eran Elinav.
Os pesquisadores afirmam ter avançado no desenvolvimento de um sistema capaz de fazer uma melhor análise nutricional em função de cada pessoa.
O método necessitava que fossem enviadas amostras de fezes para analisar as bactérias do sistema digestivo. Os pesquisadores identificaram microrganismos específicos vinculados ao nível de açúcar no sangue depois das refeições. Fonte: Siga o Yahoo Notícias no Twitter e no Facebook 

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Resistência aos antibióticos ameaça a todos, diz OMS


A diretora-geral da OMS, Margaret Chan, participa de coletiva de imprensa, em Seul, no dia 18 de junho de 2015
O aumento da resistência aos antibióticos representa "um imenso perigo para a saúde mundial", informou nesta segunda-feira a diretora-geral da OMS, Margaret Chan, apresentando a primeira pesquisa da organização sobre o tema.
A resistência, afirmou Chan, "atinge níveis perigosamente elevados em todas as partes do mundo".
Durante coletiva de imprensa, ela explicou que cada vez mais os governos reconhecem que este fenômeno será daqui pra frente "uma das maiores ameaças para a saúde".
"As superbactérias rondam os hospitais e as unidades de cuidado intensivo do mundo inteiro", alertou Chan, lembrando que se nada for feito o mundo se dirigirá a uma "era pós-antibiótica, na qual as infecções poderão começar a matar".
A pesquisa, publicada nesta segunda-feira em Genebra, revela que qualquer pessoa pode um dia ser infectada por uma infecção resistente aos medicamentos.
A resistência aos antibióticos, também chamada resistência antimicrobiana, ocorre quando uma bactéria evolui e torna-se resistente aos antibióticos utilizados para tratar as infecções, segundo a OMS.
Este problema global está principalmente relacionado ao uso excessivo de antibióticos e seu mau uso.
Mas quase metade (44%) das pessoas que participaram da pesquisa, que não pretende ser exaustiva e que foi realizada pela OMS em 12 países, acreditam que a resistência aos antibióticos é um problema apenas para as pessoas que abusam desse tipo de remédio.
Dois terços das pessoas entrevistadas também pensam que não há riscos de infecção resistente aos medicamentos nos indivíduos que tomam corretamente o tratamento antibiótico que foi prescrito.
"Na verdade, qualquer pessoa pode a qualquer momento e em qualquer país ser acometida por uma infecção resistente aos antibióticos", ressaltou a OMS, que lança de 16 a 22 de novembro a primeira "Semana mundial para o bom uso dos antibióticos".
Em abril passado, a OMS lamentou que os serviços de saúde no mundo não atuem corretamente contra o mau uso dos antibióticos, o que conforta a resistência aos medicamentos e leva a mortes causadas por doenças curáveis.
"Um dos maiores desafios sanitários do século XX, que vai precisar de uma mudança mundial de comportamento por parte dos indivíduos como sociedades", lembrou por sua vez o médico Keiji Fukuda, representante especial do diretor-geral para a resistência aos antimicrobianos.
Para chegar a isso, a OMS quer desmistificar as ideias que circulam sobre o assunto.
Três quartos das pessoas entrevistadas acreditam assim que a resistência aos antibióticos ocorre quando o organismo torna-se resistente aos antibióticos. Na realidade, são as bactérias - e não os seres humanos ou os animais - que tornam-se resistentes aos antibióticos e sua propagação é a causa de infecções difíceis de tratar.
Para acabar com o fenômeno, a OMS recomenda tomar antibióticos apenas quando são prescritos por um médico, sempre fazer o tratamento até o final do prazo determinado, mesmo que o paciente já se sinta bem, não utilizar antibióticos de uma prescrição anterior e nunca compartilhar antibióticos com outras pessoas. Fonte: Yahoo Notícias

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Autoridade alimentar europeia considera improvável glifosato ser cancerígeno

A Autoridade Europeia de Segurança Alimentar (EFSA) indicou nesta quinta-feira, em um relatório, que é improvável que o glifosato, substância muito utilizada em pesticidas, represente um perigo cancerígeno para o homem
A Autoridade Europeia de Segurança Alimentar (EFSA) considerou improvável, nesta quinta-feira, que o glifosato, muito utilizado nos pesticidas, seja cancerígeno para o ser humano, contradizendo assim afirmação divulgada em março pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
A opinião da EFSA foi aplaudida pela indústria agroquímica e criticada por ONGs como o Greenpeace, que questionou a independência da entidade.
A Comissão Europeia deve decidir antes de junho de 2016 se mantém ou não o glifosato, o herbicida mais produzido no mundo, na lista da UE de substâncias ativas autorizadas para a próxima década e esperava as conclusões da EFSA.
"A Comissão toma nota do informe. Temos até junho de 2016 para tomar uma decisão", afirmou Enrico Brivio, porta-voz comunitário, em coletiva de imprensa, destacando que esta decisão será adotada depois de consultar os Estados-membros.
O informe da EFSA servirá como guia para a Comissão Europeia. Também servirá aos Estados-membros quando tiverem que reavaliar a segurança dos pesticidas que contêm glifosato.
Esta decisão contradiz a anunciada em março pela agência do câncer da Organização Mundial da Saúde (OMS), que considerou como cancerígenos possível ou provável cinco pesticidas, entre eles o glifosato.
A Agência Internacional de Pesquisas sobre o Câncer (IARC, na sigla em inglês) qualificou na ocasião o glifosato, presente, entre outros no Roundup, da Monsanto, um dos herbicidas mais vendidos, de cancerígeno "provável para o homem", mas destacou que as "provas são limitadas".
Após esta avaliação da IARC, a ministra francesa do Meio Ambiente, Ségolène Royal, pediu a proibição da venda de herbicidas com esta substâncias a particulares.
O painel de cientistas da EFSA e de especialistas dos órgãos de avaliação de riscos dos Estados-membros fixou em seu informe uma dose máxima de referência para o glifosato. Não deveria ser superior a 0,5 mg por quilo de peso corporal.
"É a primeira vez que esta exposição é aplicada a esta substância", diz a EFSA.
Além desta dose de referência, a EFSA propõe outros limites de segurança toxicológica como guia. Já foi fixado um limite de 0,1 mg por quilo de peso corporal como um nível aceitável de exposição para os operadores e uma dose diária aceitável para os consumidores de acordo com a dose máxima de referência (0,5 mg).
A EFSA utilizará estes "novos valores toxicológicos" quando reexaminar, junto com os Estados-membros, em 2016, os limites máximos de resíduos de glifosato nos alimentos.
A indústria aplaude, as ONGs criticam
"A conclusão da EFSA marca uma nova etapa-chave no processo de reavaliação científica do glifosato", informou, em um comunicado, Richard Garnett, presidente do Glyphosate Task Force, que reúne 40 empresas presentes na agroquímica, entre elas a americana Monsanto e a suíça Syngenta.
A opinião da autoridade europeia "confirma as avaliações anteriores pelas autoridades do mundo inteiro, que concluíram de forma constante que a aplicação do glifosato não representa nenhum risco aceitável para a saúde, os animais ou o meio ambiente".
Mas a opinião publicada pela EFSA foi duramente criticada pelo Greenpeace, que denunciou que a UE "livra o risco de câncer do herbicida mais utilizado do mundo".
O Greenpeace questionou, ainda, a independência dos especialistas da EFSA.
"As evidências sobre o dano [do glifosato] são irrefutáveis, mas a EFSA desafia a agência do câncer mais autorizada do mundo para satisfazer as corporações como a Monsanto", disse Franziska Achterberg, diretora para políticas alimentícias do Greenpeace.
As conclusões da EFSA sobre o glifosato "levantam sérias dúvidas sobre sua independência científica", acrescentou.
Os riscos à saúde pelo uso do glifosato, inclusive o risco de câncer, será analisado por outro organismo comunitário, a Agência Europeia de Substâncias e Misturas Químicas (ECHA, na sigla em inglês), que poderia adotar uma avaliação diferente daquela da EFSA, destacou o Greenpeace.
O uso de herbicidas que contêm glifosato se generalizou rapidamente desde que foi lançado no mercado na década de 1970. Com o desenvolvimento de cultivos transgênicos resistentes a esta substância, como a soja RR (Roundup Ready) da Monsanto, seu uso se disseminou ainda mais. Fonte: Siga o Yahoo Notícias no Twitter e no Facebook 

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Africano com suspeita de ebola é internado em UPA de Belo Horizonte

Um homem que não teve sua identidade revelada foi isolado em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Pampulha, em Belo Horizonte (MG), por suspeita de ter o vírus ebola. O cidadão é natural da Guiné, na África.

O país de origem do paciente é um dos africanos que ainda não se livrou da epidemia. Apesar de não ter a identidade revelada, sabe-se que o homem tem 46 anos e está no Brasil desde 6 de novembro deste ano. Já no último dia 8 apresentava diversos sintomas da doença.

Ao chegar na UPA para se consultar, foi isolado no exato momento em que se constatou a suspeita de ebola. Junto disso, foi adotado o protocolo nacional para casos suspeitos da doença, que prevê comunicação imediata do caso à Secretaria Estadual de Saúde e ao Ministério da Saúde.

  


Por conta do caso do homem, a UPA Pampulha está fechada para realizar qualquer tipo de outro atendimento. Todos os pacientes e profissionais que entraram em contato com ele estão sob monitoramento e, em alguns casos, trajam roupas especiais que cobrem todo o seu corpo.

Com o desenvolvimento do protocolo, o paciente deverá ser encaminhado para o Rio de Janeiro. Lá, será transferido para o Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, referência nacional em casos da doença. A transferência acontecerá por meio de um avião da Força Aérea Brasileira. Fonte: Yahoo Notícias

domingo, 8 de novembro de 2015

Rompimento de barragens com rejeitos de mineração provoca dano ambiental enorme

Vista aérea da do local de rompimento de barragem, em Bento Rodrigues, Minas Gerais, no dia 6 de novembro de 2015

"O dano ambiental é enorme" na região afetada pelo rompimento de duas barragens da mineradora Samarco, no município de Mariana, disse nesta sexta-feira à AFP um dos promotores encarregados de investigar o desastre.
Carlos Ferreira Pinto é promotor de Justiça do Meio Ambiente e está no local para investigar os efeitos e responsabilidades do rompimento das barragens de rejeitos de mineração de ferro, que ocorreu na quinta-feira e deixou 17 mortos até agora, segundo o comandante do Corpo de Bombeiros de Mariana.
Até esta sexta, centenas de equipes de resgate socorreram 500 sobreviventes no povoado de Bento Rodrigues, encoberto por toneladas de rejeitos minerais e lama.
A tragédia provocou danos ambientais?
"O dano ambiental é muito grande. A lama alcançou vários rios e cursos de água, os rejeitos continuam avançando e atingiram a bacia do Rio Doce (onde há uma dúzia de pequenas cidades). O dano é enorme, mas todavia não podemos medir exatamente seu impacto. O rompimento destruiu tudo", explicou o promotor Ferreira Pinto.
Um engenheiro ambiental da Escola de Minas da Universidade Federal de Ouro Preto (vizinha de Mariana), José Francisco do Prado, apontou que "a região onde a barragem se rompeu é de intensa atividade agrícola, mas conta com áreas importantes de conservação de mata atlântica, de interesse ambiental, que foram devastadas pela lama". "O rompimento tem implicações sobre a diversidade aquática e os animais que vivem no local", afirmou.
A lama é tóxica?
Márcio de Souza Almeida, professor de Engenharia Geotécnica na Universidade Federal do Rio de Janeiro, disse à AFP que "a lama dos resíduos de mineração tipicamente contém metais pesados e estes são elementos cancerígenos, então acarreta num grande dano ambiental para os seres humanos e para os animais".
A mineradora Samarco, dona das barragens e propriedade em partes iguais da brasileira Vale e da australiana BHP Billiton, afirmou que a lama é composta em sua maioria por uma areia proveniente do processo de extração do mineral de ferro e "não apresenta nenhum elemento químico que provoque danos à saúde".
José Francisco do Prado explicou por sua vez que o processo do mineral de ferro não utiliza substâncias químicas perigosas, diferentemente de outros processos extrativos como o do ouro, por exemplo.
Porque as barragens se romperam?
Poucas horas se passaram desde o desastre que provocou o rompimento e "por ora o prioritário é evitar mais mortes", disse o promotor Ferreira. Depois, vai procurar identificar as causas e estabelecer responsabilidades.
"Estes diques não se romperam do nada. Nossa linha de investigação é determinar se todas as medidas foram cumpridas, se a capacidade da barragem estava no limite. O importante agora é não descartar nenhuma hipótese", acrescentou.
O geólogo da Universidade de São Paulo, Ideval Souza Costa, explicou que estes tanques "acumulam rejeitos da atividade mineradora" e que ainda não se sabe porque se rompeu. "Para que isso ocorra, é preciso haver algum evento externo ou uma falha de engenharia. O rompimento ocorreu de uma hora pra outra ou já estava cedendo? Dizem que foram percebidos alguns tremores de baixa intensidade, mas acredito que tenha sido falha humana no sentido de controlar o entorno e os dados da barragem, de quanto peso efetivamente suportava. Mas ainda é preciso analisar".
O que a empresa diz?
A empresa Samarco afirma que as barragens que cederam foram submetidas a fiscalização em julho de 2015 e que se encontravam "em total condição de segurança". Segundo a empresa, além da revisão externa, também realiza controles próprios e dispõe de equipes que fazem turnos de 24 horas para manutenção e identificação "de maneira imediata" de qualquer anomalia. Fonte: Siga o Yahoo Notícias no Twitter e no Facebook 

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Campanha pela continuação das pesquisas.





Duas espécies de anfíbios extintas são descobertas no Brasil

(Arquivo) Mais de 90% das espécies da Terra se extinguiram no final do período Pérmico, o último da era Paleozoica

Duas espécies de anfíbios extintas foram descobertas na região nordeste do Brasil, junto aos restos do réptil mais antigo da América do Sul, anunciou nesta quinta-feira o Museu de História Natural de Londres (NHM, sigla em inglês).
Os dois anfíbios, similares às modernas salamandras, viveram há 278 milhões de anos e seus fósseis foram encontrados por uma equipe internacional que incluía pesquisadores da instituição londrina e colegas do Brasil e da Argentina, entre outros países.
A revista científica Nature Communications publicou nesta quinta-feira um artigo com os resultados da pesquisa.
Os fósseis foram achados no estados do Piauí e Maranhão e se encontram agora preservados na Universidade Federal do Piauí, em Teresina.
"Esta descoberta preenche uma importante lacuna geográfica em nossa compreensão sobre a evolução e adaptação dos anfíbios", explicou o Museu Natural de Londres em um comunicado.
A espécie Timonya annae era um animal de 40 centímetros que, nas palavras do NHM, "parecia um cruzamento entre uma salamandra mexicana moderna e uma enguia".
A outra espécie descoberta é a Procuhy nazariensis, próxima à Timonya, e de um porte similar.
Até agora, acrescenta a instituição, o conhecimento sobre o vertebrados quadrúpedes desse período pré-histórico se limitava à América do Norte e Europa Ocidental, sem informações sobre os animais que viviam no sul do Trópico.
"Agora que sabemos que seus parentes distantes habitavam em um vasto sistema de lagos na região tropical do supercontinente da Pangeia, em zonas que hoje correspondem ao nordeste do Brasil, podemos saber mais sobre sua abundância, paleobiologia e sobre a amplitude de sua distribuição longe do equador", explicou Martha Richter, do NHM.
Os pesquisadores também descobriram a mandíbula de um réptil similar ao Captorhinus aguti, um lagarto que se encontra na América do Norte e que é o fóssil de réptil mais antigo achado na América do Sul, com cerca de 278-280 milhões de anos, afirmou ainda Richter.
"Mais de 90% das espécies da Terra se extinguiram no final do período Pérmico, o último da era Paleozoica, porque as condições se tornaram muito inóspitas", explicou Richter.
Ela acrescentou que esta foi a pior extinção em massa até a presente data.
"Entender a composição de faunas extintas como estas encontradas no nordeste brasileiro e como mudam com o tempo, pode nos ajudar a predizer melhor hoje em dia como evoluíram os sistemas de lagos e suas complexas comunidades de animais em resposta às amplas mudanças do meio ambiente", concluiu a cientista. Ler também Fonte: Siga o Yahoo Notícias no Twitter e no Facebook 

Vacina anti-HPV não causa síndrome rara, afirma agência europeia

Na França, as queixas foram prestadas em 2014 contra o laboratório Sanofi Pasteur MSD, acusando a vacina anti-HPV Gardasil de causar doenças autoimunes
A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) disse nesta quinta-feira que as vacinas anti-HPV contra o câncer do colo do útero que são regularmente contestadas na Europa não foram a causa de duas síndromes raras, SCDR e SPOT.
A comissão especializada da EMA concluiu, após uma revisão, que "as evidências disponíveis não sugerem que a SCDR e a SPOT são causados por vacinas contra o HPV".
"Consequentemente, não há razão para mudar a maneira como as vacinas são usadas e alterar as informações do produto", escreveu a EMA em comunicado.
A EMA deu início em julho a um estudo, encomendado pela Dinamarca, se duas síndromes raras, síndrome de dor regional complexa (SCDR) e síndrome de taquicardia postural ortostática (SPOT), poderiam estar ligadas às vacinas contra infecções por papilomavírus (HPV).
A SCDR é caracterizada por dor crônica que afeta os membros, enquanto que a SPOT é caracterizada pelo aumento da frequência cardíaca durante uma mudança de posição do corpo e associada à tontura, desmaio, dor de cabeça ou fraqueza.
O número de jovens mulheres de 10 a 19 anos desenvolvendo estas síndromes (cerca de 150 sobre um milhão anualmente para as duas síndromes) não é mais significativo entre as jovens vacinadas, segundo a EMA.
Outro estudo realizado na França pela Agência de Seguros Saúde e Vigilância Sanitária (ANSM) com mais de 2 milhões de adolescentes concluiu em setembro que as vacinas contra o HPV não causavam esclerose múltipla ou outras doenças auto-imunes.
Essas vacinas foram administradas a 72 milhões de pessoas no mundo para parar a transmissão sexual do vírus do papiloma humano (HPV).
Este vírus é a causa de lesões pré-cancerosas que, depois de vários anos, podem evoluir para câncer do colo do útero, bem como cânceres da garganta ou do canal anal.
A maioria dos países recomenda há alguns anos que meninas entre 9 e 12 anos sejam vacinadas antes de seu primeiro encontro sexual.
Na França, as queixas foram prestadas em 2014 contra o laboratório Sanofi Pasteur MSD, acusando a vacina anti-HPV Gardasil de causar doenças autoimunes, incluindo a esclerose múltipla (MS), entre as vacinadas.
Mas para a ANSM, "os benefícios esperados da vacinação em termos de saúde pública são muito maiores do que os riscos aos quais as meninas podem estar expostas". Fonte: Siga o Yahoo Notícias no Twitter e no Facebook