sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Brasil, motor do crescimento mundial da agricultura transgênica

  • Fazendeiro trabalha em sua fazenda de soja transgênica em Mato Grosso do Sul, em outubro de 2004
    Fazendeiro trabalha em sua fazenda de soja transgênica em Mato Grosso do Sul, em …
O Brasil foi, em 2011, o motor da expansão mundial do cultivo de transgênicos e pode desbancar nos próximos anos os Estados Unidos como primeiro produtor do planeta, informou a ISAAA, ONG especializada em biotecnologia para a agricultura.
Os Estados Unidos lideram a produção agrícola de OGM (organismos geneticamente modificados), com 69 milhões de hectares plantados em 2011, seguido de Brasil, com 30,3 milhões, Argentina, com 23,7 milhões e Índia, com 10,6 milhões, segundo dados do Serviço Internacional para a Aquisição de Aplicações Agrícolas em Biotecnologia (ISAAA).
A organização informou que o Brasil foi, no ano passado, o motor do crescimento das plantações transgênicas, com expansão de 20% sobre 2010, o que representou 4,9 milhões de hectares a mais destes plantios.
No mundo, o cultivo de transgênicos atingiu 160 milhões de hectares em 2011, com aumento de 8%. Em 1996, foram apenas 1,7 milhão de hectares.
Embora os Estados Unidos ainda esteja à frente do resto, o "Brasil está reduzindo esta brecha muito rapidamente", disse Clive James, presidente desta associação, em teleconferência celebrada na terça-feira, das Filipinas.
"O Brasil precisará de um tempo (para alcançar os Estados Unidos), mas acho que a vontade política está aí e que o objetivo de aumentar a produtividade através da biotecnologia, tanto para seu mercado interno quanto para suas exportações, especialmente para a China", seu primeiro parceiro comercial, disse.
Segundo ele, o Brasil está aportando novos plantios transgênicos, por exemplo de cana-de-açúcar.
Estes tipos de cultivos geneticamente modificado resistem melhor a secas, frio, doenças e agrotóxicos, além de teren maior produtividade. Também podem ser usados para aumentar o conteúdo nutricional de alimentos e seus defensores os consideram chave para o desafio de alimentar a população mundial, que deve chegar a 9 bilhões de pessoas em 2050.
Mas seus críticos afirmam que não se conhecem seus efeitos a longo prazo, advertem para o monopólio da produção de sementes por algumas multinacionais e consideram que podem ameaçar o meio ambiente.
A União Europeia proíbe a entrada em seu território de qualquer carregamento de cereais, plantas ou vegetais geneticamente modificados ou que apresente traços de OGM.
A ISAAA é uma organização sem fins lucrativos que compartilha conhecimentos e avanços sobre biotecnologia agrícola com camponeses em países em desenvolvimento, através de acordos públicos e privados. Fonte: yahoo notícias saúde

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