sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Fumo está relacionado com deterioração mental nos homens, diz estudo

 

  • Romeno fuma cigarro em um bar de Bucareste, em 21 de junho de 2011
    Romeno fuma cigarro em um bar de Bucareste, em 21 de junho de 2011
Os homens tabagistas têm maior deterioração mental com o passar do tempo do que aqueles que nunca fumaram, segundo um estudo britânico publicado na segunda-feira nos Estados Unidos, que advertiu, no entanto, que a mesma relação causa-efeito não se observou nas mulheres.
A investigação sugere que os efeitos do hábito de fumar a longo prazo se manifestam em perda de memória e incapacidade para vincular a experiência passada com as ações do presente, assim como uma queda nas habilidades cognitivas gerais.
O estudo, publicado na revista especializada Archives of General Psychiatry, acompanhou através do serviço civil britânico mais de 5.000 homens e 2.100 mulheres com idade média de 56 anos no começo do estudo e foram acompanhados no máximo por 25 anos.
Os cientistas da University College de Londres comprovaram sua condição de fumantes seis vezes neste período e os submeteram a uma série de provas cognitivas.
Eles descobriram que o tabagismo esteve vinculado a uma redução mais rápida na capacidade mental em todos os testes cognitivos entre homens que fumavam em comparação com os homens não fumantes.
"Nossos resultados mostram que a associação entre tabagismo e cognição, sobretudo em idades mais avançadas, parece estar subestimado devido ao risco maior de morte e abandono entre os fumantes", destacou o estudo, chefiado por Severine Sabia, do University College de Londres.
Os homens que pararam de fumar nos primeiros 10 anos após iniciado o estudo estavam ainda em maior risco de deterioração cognitiva, mas a longo prazo os ex-fumantes não mostraram os mesmos níveis de deterioração.
"Este estudo põe em manifesto que fumar é nocivo para o cérebro", afirmou Marc Gordon, chefe de neurologia do hospital Zucker Hillside em Glen Oaks, Nova York, que não participou do estudo.
"Na metade da vida, fumar é um fator de risco modificável, com um efeito mais ou menos equivalente a 10 anos de envelhecimento na taxa de deterioração cognitiva", acrescentou.
As descobertas são chave para explicar o envelhecimento da população mundial, com 36 milhões de casos de demência em todo o planeta, uma cifra que dobrará a cada 20 anos, segundo as projeções, afirmaram os autores do estudo.
O porquê as mulheres não mostraram a mesma relação entre tabagismo e envelhecimento mental não ficou claro, embora os pesquisadores tenham sugerido que o menor tamanho da amostra e a maior quantidade de cigarros fumados pelos homens em comparação com as mulheres poderiam ser fatores contribuintes. Fonte: Yhaoo Notícias saúde

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