Sydney (Austrália), 26 jul (EFE).- Cientistas australianos desenvolveram novas técnicas de identificação de DNA em drogas ilegais e na coleta de material genético em zonas de desastre, informou nesta sexta-feira a imprensa local.
O ex-cientista da polícia, Paul Kirkbride, afirmou que o primeiro passo foi confirmar a presença de DNA em drogas, já que até o momento não era comprovado que os narcóticos também eram capazes de armazenar rastros genéticos.
O segundo passo foi "desenvolver um processo de sequenciamento" para obter a informação que permitia identificar de onde a droga vinha e determinar se os carregamentos estão relacionados com outros, explicou Kirkbride.
O biólogo molecular Leigh Burgoyne, que liderou este estudo da Universidade Flinders, conseguiu identificar diversas informações em mostras de drogas ilegais, como terra, pelo de animal, pólen, fungos, vírus e DNA humano a partir de restos de cabelo ou pele.
Os cientistas acreditam que a descoberta permitirá identificar às pessoas envolvidas na produção e na distribuição a partir dos carregamentos confiscados, tendo em vista que a droga, ao contrário dos remédios, é elaborada sem controles de impurezas ou contaminação.
A pesquisa partiu do suposto que as pessoas "contaminam" as substâncias ilegais, o que permite comparar "os mesmos padrões de sujeira e os tecidos humanos", explicou Burgoyne à emissora "ABC".
A mesma equipe também conseguiu colher material genético com um arame quente, uma técnica que permitirá a obtenção de DNA após acidentes de avião, atentados e incêndios florestais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário