Flor, órgão reprodutor de certas plantas
(Angiospermas), que produz os frutos, os quais, por sua vez, encerram as
sementes.
A flor é um ramo terminal que consiste em um talo
modificado: o eixo floral ou receptáculo. O eixo floral tem entre um e quatro
tipos de apêndices especializados ou folhas modificadas, geralmente dispostos
em verticilos nas flores mais evoluídas e em espiral nas mais primitivas. A
flor pode ser bissexuada, hermafrodita ou andrógina, se tiver os órgãos dos
dois sexos; unissexuada monóica, quando há flores de um sexo num pé e do outro
sexo em outro; e assexuada, quando não tem órgãos sexuais.
Numa flor típica, o verticilo externo ou cálice é
formado por várias sépalas. O verticilo seguinte, o androceu, agrupa vários
estames, que produzem nas anteras o pólen necessário para a reprodução. O
verticilo mais interno é o gineceu, formado por vários carpelos, em muitos
casos soldados em um pistilo. Cada carpelo contém pelo menos uma placenta, na
qual estão os óvulos ou sementes imaturas. Cálice e corola formam em conjunto o
perianto. A posição relativa das peças florais é variável. Numa flor hipógina,
as sépalas formam o verticilo inferior, seguido, em ordem ascendente, por
petálas, estames e pistilos. Numa flor perígina, o cálice envolve o gineceu e
as demais peças florais se inserem na borda. Numa flor epígina, a corola é
fixada no gineceu e as demais peças florais se encontram na parte superior do
ovário.
Angiospermas, nome comum da divisão ou filo que
contém as plantas com flor, que constituem a forma de vida vegetal dominante.
Pertencem a esse grupo quase todas as plantas arbustivas e herbáceas, a maior
parte das árvores, salvo pinheiros e outras coníferas, e plantas mais
especializadas, como suculentas, epífitas e aquáticas.
O elemento mais característico das angiospermas é a
flor, cuja função é assegurar a reprodução da planta mediante a formação de
sementes. Estas são formadas a partir de um óvulo envolvido por um ovário que,
conforme cresce a semente fecundada, se desenvolve até converter-se em fruto.
No final de 1998, foram encontrados na China os
resíduos fósseis da mais antiga angiosperma que se conhece. Com 140 ou 150
milhões de anos, a planta, que recebeu o nome científico de Archaefructus
liaoningensis, pertence ao grupo das angiospermas do período jurássico; tem
a mesma idade dos dinossauros e antecede em 25 milhões de anos a primeira
planta com flor de que se tinha notícia até então.
Classificação científica: Angiospermas é a
denominação comum da divisão Magnoliophyta. O grupo das Angiospermas
divide-se em duas classes: Magnoliopsida e Liliopsida, conhecidas
como dicotiledôneas e monocotiledôneas.
O gênero Gardenia agrupa várias árvores e
arbustos perenifólios cultivados por suas flores atraentes e fragrantes. São
espécies nativas de regiões tropicais e subtropicais e costumam ser mantidas em
estufas; poucas são bastante rústicas para resistir ao ar livre em lugares de
verões quentes.
O jasmim forma parte de um grupo de arbustos e
trepadeiras caducifólias e perenifólias de caule lenhoso próprio de regiões
temperadas e tropicais. É cultivado por suas flores, atrativas e fragrantes.
Gosta de sol e de solos férteis e bem drenados.
A flor da corticeira, árvore também chamada de
seibo, é a flor-símbolo do Uruguai. Sua forma semelhante à crista de um galo
deu origem ao nome científico da planta, Erythrina cristagalli.
O fruto de uma planta é o ovário maduro e
engrossado. O grão de pólen (gameta masculino, transportado da antera de uma
flor para o estigma de outra, geralmente por um inseto) germina no estigma,
cresce ao longo do estilo e penetra no óvulo, onde pode ser fecundado. Se a
fecundação ocorre, o óvulo se transforma em semente e o receptáculo que protege
o ovário se avoluma e forma a carne ou polpa do fruto.
A margarida é uma vivaz de crescimento lento;
alcança até 20 cm de altura e a flor tem 2,5 cm de diâmetro. Algumas
variedades são cultivadas como ornamentais.
A flor é formada por até quatro tipos de folhas
modificadas. As sépalas, que envolvem o botão, são as partes mais externas. Em
seguida vêm as pétalas, que atraem os polinizadores, tanto pela cor como pelo
cheiro segregado por certas glândulas. Mais internamente encontram-se um ou
dois círculos de condutos produtores de pólen, que são os órgãos de reprodução
masculinos. Os pistilos, formados por estigma, estilo, ovário e óvulo, são as
peças mais internas. O carpelo recebe o grão de pólen e, se a fecundação
ocorre, forma o fruto.
As plantas com flor se valem do vento, dos insetos,
das aves, dos morcegos e outros mamíferos para transferir o pólen da parte
masculina para a parte feminina. Muitas espécies vegetais evoluíram em estreita
associação com certos animais que asseguram a polinização; na floresta tropical
há plantas polinizadas exclusivamente por uma determinada espécie de inseto,
ave ou morcego. As abelhas procuram o alimento que as flores oferecem – o doce
e açucarado néctar – e o pólen, uma fonte de proteínas, vitaminas e minerais.
Quando uma abelha mete a cabeça nas glândulas de néctar na base da flor, o
pólen gruda no seu corpo ou nas suas patas traseiras. Quando a abelha visita a
próxima flor, o pólen geralmente cai nos órgãos desta última. É assim que se dá
a polinização cruzada.
Polinização, passagem do pólen dos estames ou estruturas
masculinas da flor para o estigma do pistilo, que é a estrutura feminina.
Quando o pólen passa do estame para o estigma da mesma flor, fala-se em
autopolinização ou autogamia; a polinização cruzada ou alogamia é a passagem do
pólen dos estames de uma flor à outra da mesma planta (geitonogamia) ou a uma
planta diferente da mesma espécie (xenogamia).
O vento é o agente mais comum da polinização
cruzada (polinização anemófila). As abelhas e outros insetos, os pássaros e os
morcegos também são portadores de pólen.
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