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Na transição do mundo animal inferior para o
superior nós encontramos a classe dos répteis. Entre eles, a sub-classe dos
ofídios é particularmente interessante como formadora de veneno. Observando-se
estes animais tem-se a impressão de que eles se retiraram do caminho que,
através desta transição, os levaria para a formação dos animais superiores,
entre os quais não se encontra mais a capacidade de formar venenos.
A formação das serpentes é curiosa e anormal por
dois aspectos. O excesso no desenvolvimento da coluna vertebral se encontra
frente à curiosa configuração do seu sistema metabólico e das extremidades.
Quanto a este último, as extremidades propriamente estão faltando, em
compensação a força digestiva, o metabólico propriamente está
extraordinariamente aumentado. A observação do esqueleto nos mostra uma
repetição infinita de vértebras e costelas, tendo-se contado, em alguns casos,
até 400 vértebras. Neste fluxo infinito faltam os limites anterior e posterior,
faltam respectivamente a cintura escapular e a bacia; as costelas também não se
fecham, falta o externo. Também no crânio falta este elemento de fechamento e
os ossos ficam lado a lado totalmente móveis. A mandíbula inferior fica aberta
da mesma forma que as costelas. Buscamos os ossos do ouvido e o tímpano e não
os encontramos. Os sentidos não estão desenvolvidos. A visão ocorre através de
pálpebras fechadas se bem que transparentes e que, com o endurecimento de toda
a pele do animal, se tornam também opacas até a próxima troca de pele, quando
então recuperam a sua transparência. Falta a bexiga; os ventrículos cardíacos,
assim como em todos os animais de sangue frio, não estão separados. O trato
digestivo está primitivamente configurado. O estômago é apenas uma ampliação do
esôfago e está separado do intestino apenas por um estreitamento. Uma das
metades do pulmão está atrofiada. O animal carece de voz.
Perante a todas estas insuficiências encontramos a
força extraordinária das glândulas digestivas. Vesícula biliar, fígado,
pâncreas e sobretudo as glândulas salivares estão fortemente configuradas de
forma extraordinária. O alimento (presa) praticamente nada para dentro do trato
digestivo em um rio de saliva. Nestes sucos digestivos vive uma força de
dissolução que não somente substitui a função da dentição dos animais
superiores, senão que transcende plenamente esta capacidade. Uma ampliação
desta colossal força agressiva das glândulas digestivas aparece nas secreções
das glândulas que produzem o veneno, na saliva mortal que não somente tira a
vida da vítima mas que também, praticamente, inicia sua digestão extra
corporal, pois o sangue da vítima picada perde sua capacidade de coagulação, a
sua força de isolamento perante o mundo exterior é destruída. Assim a vítima já
pertence ao corpo da cobra antes mesmo de ser engolida.
Todas as cobras são venenosas, até mesmo os ovos já
são venenosos. As cobras que aparentemente não são venenosas, são assim porque
carecem do instrumento para picar as vítimas, de forma que a saliva não pode
fluir para dentro do ferimento.
Existem dois tipos de veneno de cobras que
correspondem a polaridade que se manifesta na configuração total destes
animais. O veneno do tipo dos Áspides ataca o Sistema Nervoso Central e
paralisa a respiração. O tipo dos Vipéridos destrói o sangue com o seu veneno.
Temos assim, por um lado a hipertrofia dos elementos da coluna vertebral, a
cobra do sistema nervoso e por outro lado, temos a cobra metabólica com seu
sistema metabólico extraordinariamente agressivo. A picada dos Vipéridos produz
fortes dores, enquanto a picada dos Áspides é relativamente indolor.
Já nos referimos ao fato da serpente ser o animal
que na transição para uma evolução superior segura, através da configuração do
seu corpo, princípios antiqüíssimos, fazendo resistência a este desenvolvimento
até um tipo de animal superior. Junto a isto está uma consciência cósmica muito
abafada mas muito abrangente. O ser das cobras envolve o espaço do corpo e o
espaço vital destas cobras, magicamente através do veneno. Estes princípios
formativos tiveram que ser sacrificados no caminho da evolução. Falando de uma
forma imaginativa, a cobra teve que ser elevada. Com isto, Mercúrio (Asclépios)
faz com que o impulso do veneno se torne um impulso terapêutico quando faz a
cobra se enrolar ao redor de um bastão erguido. Moisés cura assim por meio da
imagem das cobras de bronze que envolvem este bastão erguido àquele povo que,
procurando através da migração pelo deserto a sua terra do futuro, tem que se
separar da sua doença egípcia, isto é, tem que se separar daquele elemento da
sabedoria do passado, da sabedoria da cobra, cuja imagem o faraó levava em sua
cabeça como sinal de sua realeza.
Rudolf Steiner
não recomendou medicamentos feitos com veneno de cobras.
Os Anfíbios e seus Venenos
Os anfíbios, que vivem primeiramente em suas formas
jovens como peixes na água, experimentam, ao se desenvolverem para suas formas
adultas e se tornarem animais terrestres, uma impregnação da sua organização
corporal com o elemento aéreo. Paralelamente ocorre a invaginação da
organização aérea, a formação do pulmão com a evaginação das extremidades. As
brânquias e a cauda se atrofiam. Acontece uma astralização intensa e
trans-animação do animal que foi inicialmente configurado pelo seu corpo
etérico. O elemento anímico, que surge organicamente, se manifesta inclusive
exteriormente através de uma espécie de voz abafada. O pulo no qual se
descarrega o movimento entra ainda que de uma forma caricatural na esfera do
elemento aéreo. As rãs voadoras podem quase que pairar no ar através de uma
poderosa formação cutânea entre os dedos que as seguram como se fossem um
para-quedas. A capacidade de sensação anímica ainda é difusamente distribuída
no corpo e na atmosfera e torna o animal extraordinariamente sensível às
mudanças do tempo. Um órgão muito interessante desta espécie animal é a pele do
corpo que representa uma estrutura extraordinariamente permeável em
contra-posição à pele quase cornificada das cobras, pele que a separa de uma forma
considerável do mundo exterior. Os anfíbios não só podem respirar através de
sua pele, mas também incorporam água, dependendo de sua necessidade, através da
pele. Uma pele assim constituída não limita e sim deixa fluir e interfluir o
meio interno com o meio externo. Por isto o anfíbio pode viver animicamente
tanto na atmosfera como no seu corpo. Os concertos das rãs expressam não só o
estado do tempo mas também o estado corporal do animal.
Esta pele nua, impregnada de ricas glândulas e em um
estado semi úmido, semi mucilaginoso, é antes de tudo uma membrana mucosa.
Pode-se compará-la com a membrana do intestino grosso dos animais superiores e
é totalmente diferente da pele exterior destes animais superiores. A sua
transparência, a sua permeabilidade para o ar e a água apontam para este fato,
para esta relação entre interior e exterior. Isto acontece numa pele normal
quando esta se invagina para dentro em cada abertura do corpo e através do qual
ela se transforma em mucosa, isto acontece com o anfíbio já no seu primeiro
contato com o mundo exterior que, para ele não é exterior. Para tal animal,
interior e exterior não representam realidades vitais da mesma forma que para
os animais superiores ou para os animais bem separados (delimitados) do meio
ambiente.
Este estar "entregue" ao mundo exterior
também se expressa na capacidade de adaptação das cores desta pele com o meio
ambiente e que é própria de muitos anfíbios e mostra que estes anfíbios não
podem se isolar das características do meio ambiente e o imitam com a cor. Uns
imitam o verde da grama, outros o marrom da terra, etc.
Mas como o elemento anímico pode se prender a uma
corporalidade assim constituída? Aparentemente este parece fluir através desta
corporalidade. Onde o elemento anímico encontra o ponto de apoio, a
possibilidade de desenvolver a força de antipatia necessária com a qual se
delimita do meio ambiente? Então o olhar se volta para as glândulas produtoras
de veneno que estão inclusas na pele destes animais. Tocando-se uma salamandra
comum ou um sapo, este toque excitará as forças de antipatia das glândulas do
veneno e assim elas representam o local onde o elemento anímico dos anfíbios
pode se prender e onde se encontra o órgão ativador das suas forças de
antipatia. Também aqui nós encontramos o processo do veneno na intervenção do
elemento anímico no mundo espacial físico onde, sem o veneno, não haveria a
possibilidade deste elemento anímico entrar neste mundo através de órgãos
corporais especificamente configurados para isto. E assim este elemento pode
então se segurar, se afirmar e se delimitar.
Entre os anfíbios, as rãs e os sapos são os mais
evoluídos. Os sapos, que entre os anfíbios são os que se tornaram mais
terrestres, podem inclusive secretar seu veneno para fora, o que não é possível
para as rãs.
Rudolf Steiner indicou o veneno do sapo como um
medicamento coadjuvante no tratamento dos carcinomas. De acordo com ele, o
processo formativo do carcinoma se baseia no deslocamento de tendências
formativas da esfera dos órgãos sensoriais, especialmente do ouvido, para a
esfera da organização metabólica e das extremidades, que nós devemos nos
representar como atuantes em todo o organismo humano ainda que esteja centrada
principalmente na organização inferior deste organismo. A organização anímica
do corpo astral não impregna respiratoriamente de forma correta a organização
físico-etérica. Esta não é suficientemente dominada pela primeira e acontece
então um crescimento e uma proliferação sem sentido. De fato devemos ver na
formação do câncer uma espécie de loucura orgânica, de loucura sensorial e o
sentido que mais intensamente está formado pelo ar, para o ar é justamente o
ouvido que recebe os sons. Um animal tão intensamente trans-aerificado em sua
configuração físico-etérica como é o sapo, que fixa seu elemento astral ao
corpo com a ajuda do processo do veneno e que através de sua capacidade de
produzir sons transcende intensamente o nível evolutivo no qual se encontra na
esfera animal representa então, de fato, um processo da natureza que mostra uma
espécie de contraposição ao processo de formação do carcinoma. Naturalmente que
tais reflexões não levaram ao descobrimento de tal medicamento como um
medicamento para o câncer. Rudolf Steiner percebeu isto como um resultado
imediato da sua pesquisa espiritual. Mas o que para a percepção espiritual é
imediato pode se tornar compreensível para o pensar, através da visão conjunta
dos fenômenos e é isto que nós tentamos aqui.
As Aranhas e seus Venenos
É uma forte exigência para a consciência do homem
tentar se encontrar dentro do mundo das aranhas, compreender qual o
relacionamento destas para com o seu ambiente e assim encontrar um ponto de
partida a partir do qual se torne compreensível o que pode representar para o
organismo humano, um medicamento feito a base de aranhas.
As aranhas, pelo fato de terem tantos olhos
multifacetados (olho composto), não podem ter um mundo de percepções semelhante
ou comparável ao nosso. Os curiosos órgãos auditivos, que elas têm em suas
pernas, não podem revelar os sons e tons como nós os ouvimos. A sua capacidade
de tatear não pode ser semelhante à nossa. Na verdade a aranha tateia com o seu
ninho (teia), pelo menos quando se trata de uma aranha que tece ninhos. Nas
aranhas os receptores de tato típicos dos insetos se transformam em mandíbulas
terríveis que, sendo ocas, dirigem o conteúdo das glândulas de veneno para a
vítima. Tais instrumentos sensoriais não transmitem imagens, mas, no máximo,
sinais que descarregam o aparato dos instintos e os movimentos coordenados
automaticamente com estes instintos, através dos quais a aranha pega a vítima
em sua teia mas não só as possíveis vítimas, pois ela pode também tentar
segurar qualquer instrumento que toque esta teia como se este fosse uma mosca,
mas diante da mosca verdadeira, colocada por fora de sua teia, a aranha foge.
Quer dizer com certeza, que na aranha nós temos um ser muito limitado, mas como
que compensando esta limitação, nós encontramos nas aranhas uma sensibilidade
maravilhosa perante o tempo, que se transforma imediatamente na capacidade de
tecer a teia e isto muito antes de se tornar realidade tal mudança de tempo que
se aproxima. Portanto tal animal não é impulsionado dentro do mundo sensorial
através de órgãos sensoriais tão limitados. Ele é impulsionado através da
convivência com um mundo de forças supra-sensíveis do qual surge o sensorial
externo. De outra forma não se pode compreender o sentido profético como o da
sensibilidade perante o tempo. Tal animal está evoluindo por uma esfera de
inteligência, de predição superior que o dirige e orienta dentro do mundo. Uma
inteligência que lhe dá a estática e a geometria, que se tornam tão evidentes
na construção da sua teia, em que se encontram órgãos corporais mediadores
entre tal inteligência e a atividade cheia de sentido que o animal apresenta
para o exterior.
Já percebemos relações essenciais semelhantes nas
explanações anteriores, mas, para uma observação mais cuidadosa, a aranha é um
ser extraordinariamente oposto às abelhas. Ao contrário da atmosfera de amor
social, produto de forças sexuais sacrificadas, nas quais vivem as milhares de
abelhas na colméia, nós encontramos na aranha um ser isolado, anti-social,
inimigo de qualquer animal da mesma espécie e expressando dessa forma,
poderosas forças de antipatia. A aranha não é um animal da luz e do sol e sim
um animal da escuridão e das trevas. Da mesma forma que a abelha urde uma rede
aérea perceptível entre a colméia e as flores das plantas, assim urde a aranha
uma rede física na qual morre o vôo da sua vítima. A aranha prolonga sua
corporalidade através da rede de sua teia para a esfera do ar e de acordo com
medidas que correspondem à sua geometria corporal, às medidas das estruturas
das suas extremidades nas quais se esgota também a seu grau de consciência,
pois uma aranha tratada com drogas alucinógenas urde uma teia totalmente
desorganizada. Quer dizer, a aranha procura pela esfera do ar, vivenciando
instintivamente as suas forças de transformação no acontecimento das mudanças
do tempo. Aranhas jovens, inclusive se deixam levar por fios aéreos através do
ar; aranhas mais velhas tecem seu corpo na estrutura aérea que gostaria de
tirar tudo do ar, tudo aquilo que existe como vida voadora, é o fazem com um
órgão de tato amplamente estendido que inclusive anuncia a vítima e a prende
até que a picada venenosa a paralise.
No seu ciclo de palestras "Ciência Espiritual e
Medicina", capítulo XV, Rudolf Steiner mostra como o a aranha da cruz
(Arania diadema) se mostra perante a pesquisa espiritual. De acordo com ele
esta aranha está integrada, com toda a sua organização, a determinadas relações
cósmicas das quais provêm justamente a configuração de suas extremidades,
Segundo esta pesquisa, esta aranha tem muita vida planetária em si. Aí se
encontram relações com forças formativas cósmicas que animais superiores como
por exemplo, os pássaros incorporaram para o interior de sua organização, isto
quer dizer que se tornaram orgânicas. Surge novamente diante de nós a formação
do veneno em relação com o estar ativo de uma esfera extra e supra corporal em
um corpo não amadurecido, em um corpo que carece dos órgãos interiores
correspondentes.
Enquanto na picada da abelha nós experimentamos o
lado do fogo deste animal do calor, o veneno da aranha impregna o organismo humano
com as forças do frio, com o frio gelado. A organização metabólica e das
extremidades é como que puxada para fora do organismo total. O corpo etérico se
desprende, o que se experimenta como uma sensação de adormecimento de braços e
pernas, vivenciando-se o corpo todo como se este fosse muito maior, como
edemaciado e ingurgitado e simultaneamente o corpo fisico é experimentado como
sendo pesado como pedras e muito frio.
Rudolf Steiner recomendou o uso do veneno da aranha
da cruz em alternância com Hyosciamus niger, como medicamento para um caso de
atrofia muscular progressiva da musculatura das pernas, para poder assim
transformar os impulsos anímicos de movimento em processos de crescimento.
Justamente, em tal paciente falta a capacidade para realizar isto.
Considerações sobre alguns preparados
Cobras:
Já falamos que Rudolf Steiner não recomendou o uso
de venenos de cobras como medicamento, mas um conhecimento apurado da essência
do mundo animal, tal como é possibilitado pela Antroposofia e que serve de base para as nossas explanações,
nos levou a elaborar, juntamente com alguns médicos, alguns preparados com
veneno de cobras. Como complementação temos algumas experiências da medicina
homeopática.
Onde nós encontramos venenos nos reinos da natureza,
sempre temos a ver com atividades mais intensas de determinadas forças
suprasensíveis. Rudolf Steiner falou que os venenos são acumuladores de
espírito. Enquanto um envenenamento comum, como por exemplo por uma picada de
cobra, pode destruir o ser humano, o uso do veneno em forma dinamizada,
especialmente dinamizações médias e altas, pode ter um forte efeito
terapêutico, O mesmo vale para os venenos animais. Neste caso, o quadro
proporcionado pela intoxicação, pode nos proporcionar importantes aspectos
sobre o que podemos esperar terapeuticamente. G. Schenk nos descreve em seu
livro "O livro dos venenos" como a picada da cobra Naja tripudians
pode levar a uma intoxicação que desce desde o cérebro. O efeito vai ao nervo
óptico, aos nervos auditivos, desce para a medula oblonga e finalmente leva a
uma paralisia respiratória. Quer dizer, a pessoa picada par tal cobra torna-se
cega, surda e muda.
No tipo dos Áspides, a mais conhecida é a cobra que
habita a América do Sul, a Lachesis. O efeito do seu veneno se dirige
principalmente para o sangue, onde acontecem graves hemorragias, edemas,
formações de trombos, vômitos, escarros sanguinolentos, diarréias graves e
desintegração gangrenosa das extremidades. Com isso nós temos duas direções
para o uso deste veneno como medicamento:
Paralisias nervosas, mas também convulsões.
Inflamações, destruição de tecidos e destruição do
sangue.
Nestes dois campos temos a atividade do corpo
astral. Rudolf Steiner nos descreve que este membro essencial, quando age
excessivamente ou unilateralmente, pode levar a convulsões, a processos de
destruição nos nervos e até a paralisias, mas também pode produzir processos
inflamatórios. Com a intoxicação nós temos um acontecimento dramático diante de
nós. As forças do corpo astral são violentamente estimuladas dentro do
organismo humano e submergem profundamente nos processos orgânicos.
Com isto, as manifestações podem ser muito variadas
e assim, para Lachesis temos as seguintes:
Manifestações inflamatórias:
amigdalites, supurações e estados sépticos em D12
via oral e como injetável; inflamações genitais em D12 a D20 injetável;
endocardites em D12 injetável; tromboflebites D10 a D15 injetável; pielites
agudas em D12 via oral.
Estados espáticos:
espasmos durante a menstruação, espasmos do
estômago, meteorismos, constipações espáticas, soluços, estados espasmódicos do
coração, neuroses cardíacas. Em D10, D12, D15, D30 por via oral ou injetável.
De forma semelhante, pode ser entendida a atuação do
preparado Naja composta que é uma composição de Crotalus terrificus D20,
Lachesis D12, Naja tripudians D10 e Vipera venus D3O, com a diferença de que
aqui tenta-se combinar a atividade hemolítica da Lachesis com a atividade
neuro-tóxica da Naja tripudians.
Anfíbios:
Temos o preparado Bufo rana em D3, D6 por via oral e
em D3, D6 e D30 injetável para o tratamento coadjuvante do câncer do reto.
Aranhas:
Entre os preparados, devemos apontar especialmente
para a Arania diadema, para cujo emprego temos algumas observações de Rudolf
Steiner que já foram apontadas. Um certo resumo de suas possibilidades
terapêuticas nos dá Simonis em seu artigo "Descrição da Arania
diadema", Revista Elementos Fundamentais para uma Ampliação da Arte de
Curar, números 11 e 12 - ano 1953, p. 260. Nos diz Simonis:
"As Prescrições de Steiner, os seus comentários
nas histórias clínicas, nos mostram o fracasso, a função diminuída do etérico
no organismo humano, Temos uma debilidade, um endurecimento do corpo etérico e
simultaneamente uma atuação rítmica do corpo astral com uma série de
manifestações patológicas, com as quais deve se defrontar o médico moderno.
Trata-se de miogeloses, de endurecimentos doloridos das articulações, de
hipersensibilidades nervosas. Todos os sintomas particularmente sensíveis às
mudanças do tempo ou estados muito mais sutis de manifestações catalépticas,
desmaios, manifestações atetósicas e uma série de outros sintomas em cuja base
encontramos um colapso do corpo etérico".
Algo semelhante pode ser falado sobre as outras
aranhas. Assim nós contamos com Mygale avicularis, a aranha do pássaro, em D15
no preparado Coreodoron I, junto com Agaricus muscarius e Datura stramoniun.
Este preparado se usa alternadamente com Coreodoron II que contém Cuprum
aceticum D4 e Zincum valerianicum D4 no tratamento da Corea minor e estados
semelhantes.
Autor:
W. Pelikan
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