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Dos 5.563 municípios, 1.150 (20,7% do total) receberam
pontuação abaixo de 5, em uma escala de 0 a 10 estabelecida pelo índice. Nessas
cidades, onde a infraestrutura de saúde é classificada de alta, média ou baixa,
vivem mais de 50 milhões de brasileiros.
Mais de 70% da população (134
milhões de pessoas) estão em 4.066 cidades (73,1% do total de municípios), que
receberam notas entre 5 e 6,9. Somente 1,9% – cerca de 3,2 milhões de
brasileiros – reside no grupo dos 347 municípios mais bem pontuados, que
conquistaram nota superior a 7.
Para calcular o desempenho do SUS em cada
cidade do país, os técnicos dividiram os municípios em seis grupos, dependendo
da condição econômica e da estrutura de saúde disponível (hospital, posto de
saúde, laboratório).
O grupo 1 reúne os 29 municípios com melhor renda e
infraestrutura de atendimento, com população total de 46 milhões de pessoas. No
topo da lista, aparece Vitória, com nota 7,08. O grande número de exames para
detecção de aids (84% em 2010), alto percentual de cura de pacientes com
tuberculose (80% em 2010) e atendimento de excelência a crianças com câncer são
alguns dos indicadores que elevaram o resultado da cidade, segundo análise de
técnicos do Ministério da Saúde.
Em último lugar desse grupo está o Rio
de Janeiro, com 4,33. Mesmo com a expressiva condição econômica e com a
existência de hospitais e atendimento de referência, a baixa cobertura de
assistência básica, como equipes do Programa Saúde da Família, afetou o
desempenho da capital, conforme o diretor de Monitoramento e Avaliação do SUS do
ministério, Paulo de Tarso.
No outro extremo, o grupo 6 é formado pelas
cidades que não têm estrutura de serviços especializados, como um hospital ou
pronto-socorro, e população total de 23,3 milhões de brasileiros. A maioria dos
municípios brasileiros está nesse grupo, totalizando 2.183. A pequena Fernandes
Pinheiro, no Paraná, com 5.932 habitantes, obteve a melhor nota (7,76) do grupo.
A menor pontuação ficou com Pilão Arcado, na Bahia, onde vivem 32.815 pessoas. O
município obteve 2,5 – o pior resultado do país.
O levantamento inédito
também traz um ranking dos estados. Santa Catarina (6,29), o Paraná (6,23) e o
Rio Grande do Sul (5,9) são os primeiros colocados. Os últimos são o Pará (4,1)
Rondônia (4,49) e o Rio de Janeiro (4,58). Além disso, apenas nove estados
ficaram acima da média do Brasil, que é 5,47.
O Sul teve o melhor
resultado (6,12) entre as cinco regiões do país. Em seguida, vem o Sudeste
(5,56), o Nordeste (5,28), o Centro-Oeste (5,26) e o Norte (4,67).
O
Idsus é o cruzamento de 24 indicadores que avaliaram o acesso e a efetividade
dos serviços nas unidades públicas de saúde. Entre eles, a proporção de
gestantes com mais de sete consultas pré-natal, a quantidade de exames
preventivos de câncer de colo do útero em mulheres de 25 a 59 anos, a cura de
tuberculose e hanseníase e mortes de vítimas de infarto.
Os dados estão disponíveis no endereço eletrônico www.saude.gov.br/idsus.
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