As autoridades sanitárias de Nova York proibiram nesta
quinta-feira a venda da chamada "maconha sintética" alegando graves problemas de
saúde vinculados ao seu consumo, somando-se assim à cruzada nos Estados Unidos
contra esta nova droga.
A ordem foi adotada em nível estadual pelo secretário de Saúde, Nirav Shah,
após o registro de casos de "mortes, problemas renais agudos, comportamento
paranóico, vômitos, hipertensão, taquicardia, doenças convulsivas e perda de
consciência", segundo um comunicado.
A maconha sintética é uma mistura de ervas aspergidas com múltiplos produtos
químicos, cujo uso provoca sensações similares às que se têm ao fumar
canabis.
Nos Estados Unidos é legalmente vendida em muitas partes como "incenso" em
pequenas embalagens de papel vegetal seco sob os nomes de "Mr. Nice Guy", "K2",
"Spice", "Galaxy Gold" e "Smiley Dog". O preço da unidade varia entre 9 e 13
dólares.
"As drogas vendidas como 'maconha sintética' são novas e pouco compreendidas,
mas relatórios dos centros de controle de intoxicações mostram que são tóxicas e
muito perigosas", disse o secretário de Saúde da cidade de Nova York, Thomas
Farley, citado em outro comunicado.
"Como são vendidas em lojas, as pessoas acham que são seguras e o uso destas
drogas aumenta rapidamente em Nova York. Com esta ordem, estamos tirando-as das
prateleiras das lojas e dizendo a todos em Nova York que nunca façam uso delas",
acrescentou.
Antes de Nova York, vários estados do país já tinham proibido a venda da
maconha sintética, em alguns casos nos últimos dias, como Nova Jersey (leste),
Geórgia (sul) e Indiana (norte).
Pelo menos 30 jovens morreram em todo o país desde que em 2010 o Gabinete de
Controle Antinarcóticos americano lançou um alerta sobre o aparecimento desta
nova geração de drogas, informou em fevereiro passado um encarregado de um
centro de controle de intoxicações de Louisiana (nordeste dos EUA).
Em 2011, 11,4% dos jovens americanos de 17 a 19 anos fizeram uso de "Spice"
ou "K2", o que faz deste o segundo entorpecente mais usado depois da maconha
nesta faixa etária, segundo dados mais recentes do gabinete.
Os centros de urgência toxicológica de todo o país receberam 6.959 chamados
por causa da maconha sintética ou "Spice" em 2011, mais que o dobro do que em
2010 (2.906). Fonte: Yahoo Notícias Saúde