sexta-feira, 30 de março de 2012

Nova York se une à cruzada contra maconha sintética


As autoridades sanitárias de Nova York proibiram nesta quinta-feira a venda da chamada "maconha sintética" alegando graves problemas de saúde vinculados ao seu consumo, somando-se assim à cruzada nos Estados Unidos contra esta nova droga.
A ordem foi adotada em nível estadual pelo secretário de Saúde, Nirav Shah, após o registro de casos de "mortes, problemas renais agudos, comportamento paranóico, vômitos, hipertensão, taquicardia, doenças convulsivas e perda de consciência", segundo um comunicado.
A maconha sintética é uma mistura de ervas aspergidas com múltiplos produtos químicos, cujo uso provoca sensações similares às que se têm ao fumar canabis.
Nos Estados Unidos é legalmente vendida em muitas partes como "incenso" em pequenas embalagens de papel vegetal seco sob os nomes de "Mr. Nice Guy", "K2", "Spice", "Galaxy Gold" e "Smiley Dog". O preço da unidade varia entre 9 e 13 dólares.
"As drogas vendidas como 'maconha sintética' são novas e pouco compreendidas, mas relatórios dos centros de controle de intoxicações mostram que são tóxicas e muito perigosas", disse o secretário de Saúde da cidade de Nova York, Thomas Farley, citado em outro comunicado.
"Como são vendidas em lojas, as pessoas acham que são seguras e o uso destas drogas aumenta rapidamente em Nova York. Com esta ordem, estamos tirando-as das prateleiras das lojas e dizendo a todos em Nova York que nunca façam uso delas", acrescentou.
Antes de Nova York, vários estados do país já tinham proibido a venda da maconha sintética, em alguns casos nos últimos dias, como Nova Jersey (leste), Geórgia (sul) e Indiana (norte).
Pelo menos 30 jovens morreram em todo o país desde que em 2010 o Gabinete de Controle Antinarcóticos americano lançou um alerta sobre o aparecimento desta nova geração de drogas, informou em fevereiro passado um encarregado de um centro de controle de intoxicações de Louisiana (nordeste dos EUA).
Em 2011, 11,4% dos jovens americanos de 17 a 19 anos fizeram uso de "Spice" ou "K2", o que faz deste o segundo entorpecente mais usado depois da maconha nesta faixa etária, segundo dados mais recentes do gabinete.
Os centros de urgência toxicológica de todo o país receberam 6.959 chamados por causa da maconha sintética ou "Spice" em 2011, mais que o dobro do que em 2010 (2.906). Fonte: Yahoo Notícias Saúde

quinta-feira, 29 de março de 2012

Hora do planeta: apelo para apagar as luzes, mas ligar os smartphones


A "Hora do Planeta" é uma ação da WWF

Para incentivar os terráqueos a apagarem suas luzes, no sábado, e salvar um pouco o planeta, os organizadores do a "Hora do Planeta" apostam nas redes sociais, uma ideia talvez não tão brilhante quanto a tela em que ela aparece, esta sim, voraz por energia.
A cada ano, de Sydney a Los Angeles, governos, empresas e população, cada vez mais numerosos, mergulham na escuridão por uma hora para demonstrar sua vontade em combater o aquecimento global, um apelo do WWF.
O novo ato está programado para sábado às 20h30 locais para fazer melhor do que o ano passado, quando 5.200 cidades em 135 países participaram.
A intenção é prolongar a ação para além dos 60 minutos simbólicos, os organizadores incentivam os mais motivados a acompanhar as redes sociais: seguir as novidades no Facebook, compartilhar seus compromissos no Twitter ou produzir vídeos para posar no Youtube.
Esta é a armadilha: todas as tecnologias geram também sua quota de CO2, necessária na utilização de smartphones, tablet ou PC, vorazes por energia.
A cada incursão na web, emitimos CO2 indiretamente: a de combustíveis fósseis queimados para produzir e recarregar nossos dispositivos, mas também para alimentar inúmeros servidores que armazenam os dados.
Difícil é medir com precisão este impacto, mas um estudo realizado em 2008 pela empresa Bio Intelligence Service atribuiu ao setor de tecnologia cerca de 2% das emissões de gases do efeito estufa em todo o mundo, o equivalente ao setor aéreo.
Um simples envio, recebimento e armazenamento de e-mails por um empregado de uma empresa francesa de 100 pessoas gera, por exemplo, 13,6 toneladas equivalentes de CO2, segundo a Agência Ambiental para Gestão de Energia (ADEME).
Por comparação, as emissões anuais por habitante na França é de 6 toneladas.
Em 2009, o Times havia provocado polêmica ao afirmar, a partir do trabalho de um pesquisador de Harvard, que duas buscas no Google geram em média 14g de CO2, tanto quanto o ato de aquecer uma chaleira. A empresa afirmou imediatamente que, de acordo com seus próprios cálculos, uma pesquisa não "pesa" mais do 0,2g.
Em outubro, o Facebook anunciou a escolha de uma cidade do norte da Suécia, Luleaa, para construir seu primeiro centro de armazenamento de dados na Europa, o terceiro no mundo.
O clima ameno é um atrativo da cidade na medida em que "o esfriamento dos servidores é um grande problema para os centros de armazenamento de dados", explicou a empresa, que foi alvo de críticas do Greenpeace.
No Twitter, plataforma que vê passar 340 milhões de mensagens de no máximo 140 caracteres por dia, cada mensagem "pesa" cerca de 0,02 g de CO2, informou no ano passado, Raffi Krikorian, diretor da infra-estrutura do site, em um comentário postado na internet. "Nós podemos fazer melhor", assegurou.
Os organizadores da Hora do Planeta reconhecem que pensaram muito antes de decidir investir na tela em nome da luta contra o aquecimento global.
"No geral, acreditamos que a capacidade de construir uma campanha digital e de se envolver com pessoas de todo o planeta é um dos pontos fortes da tecnologia", disse Andy Ridley , co-fundador e diretor-executivo da operação.
"É importante notar que o objetivo da Hora do Planeta não é o quanto as emissões serão evitadas durante aquela noite, acrescenta, mas sim para envolver os indivíduos, organizações e governos no sentido de um objetivo maior para garantir um futuro sustentável ..." Fonte: Yahoo Notícias

Cientistas apontam bilhões de planetas potencialmente habitáveis na galáxia


Bilhões de planetas potencialmente "habitáveis" existem na Via Láctea, dos quais provavelmente uma centena nas imediações do Sol, anunciou o Observatório Austral Europeu (ESO).
Um grupo internacional do instrumento HARPS, um espectrógrafo do telescópio do ESO no Chile, descobriu nove 'super Terras' em um simples conjunto de 102 estrelas do tipo "anãs vermelhas".
Estas 'super Terras' são planetas rochosos com massa entre uma e 10 vezes a da Terra. Caso estejam em uma zona onde a temperatura é propícia à existência de água líquida, em tese poderiam ter alguma forma de vida.
As "anãs vermelhas", estrelas relativamente frágeis e frias comparadas com o Sol, são muito comuns nas galáxias e representam 80% de todas as estrelas na Via Láctea.
A partir deste grupo de anãs vermelhas, os astrônomos do ESO conseguiram estimar a frequência das 'super Terras' em nossa galáxia.
"Nossas novas observações com o HARPS significam que mais ou menos 40% de todas as anãs vermelhas têm uma 'super Terra' em sua zona habitável, onde a água líquida pode existir na superfície do planeta", explicou Xavier Bonfils, do Observatório de Ciências do Universo de Grenoble, coordenador da equipe.
"O fato de as anãs vermelhas serem tão comuns - há 160 bilhões na Via Láctea - nos levou ao assombroso resultado de que há bilhões de planetas deste tipo em nossa galáxia", explica um comunicado do ESO.
Como muitas anãs vermelhas estão próximas do Sol, esta nova estimativa significa que provavelmente há uma centena de 'super Terras' na zona habitável de estrelas situadas nas imediações do astro, a uma distância inferior a 30 anos-luz, destacou o ESO.
O HARPS descobriu em particular "a irmã mais próxima da Terra localizada até agora". Batizada de "Gliese 667Cc" e com uma massa quatro vezes maior do que a da nossa Terra, este planeta pertence a um sistema que possui três estrelas e parece estar nas imediações do centro da zona habitável.
"A zona habitável em meio às anãs vermelhas, onde o nível de temperatura permite a existência de água líquida na superfície, é muito mais próxima à estrela do que a Terra do sol", revelou Stéphane Udry, do Observatório de Genebra.
"Mas as anãs vermelhas são conhecidas por estarem sujeitas a erupções estelares que podem submergir o planeta em uma onda de raios X ou de radiações ultravioletas, tornando a vida menos provável na região".
Portanto resta muito caminho a percorrer para detectar uma hipotética forma de vida extraterrestre Fonte: Yahoo notícias

quarta-feira, 28 de março de 2012

Estudo americano revela que metade dos cânceres é evitável


A metade de todos os cânceres poderia ser evitada se as pessoas adotassem estilos de vida mais saudáveis, afirmaram cientistas americanos em um estudo publicado nesta quara-feira.
O tabagismo é responsável por um terço de todos os casos de câncer nos Estados Unidos e até três quartos dos casos de câncer de pulmão no país poderiam ser evitados se as pessoas não fumassem, destacaram em artigo publicado na revista Science Translational Medicine.
Estudos científicos já demonstraram que muitos outros tipos de câncer também podem ser evitados, seja com vacinas, como por exemplo as disponíveis contra o HPV (papilomavírus humano) e a hepatite, que podem provocar câncer de colo do útero e de fígado, ou com proteção contra a exposição ao sol, que pode causar câncer de pele.
O conjunto da sociedade deve reconhecer a necessidade destas mudanças e levá-las a sério na tentativa de desenvolver hábitos mais saudáveis, alertaram os pesquisadores.
"É hora de investirmos em aplicar o que sabemos", disse a principal autora do artigo, Graham Colditz, epidemiologista do Centro Oncológico Siteman da Universidade de Washington em St. Louis, Missouri (centro).
Praticar exercícios, comer bem e não fumar são hábitos chave para evitar quase a metade das 577.000 mortes por câncer nos Estados Unidos previstas para este ano, um número superado apenas pelas doenças cardíacas, acrescentou o estudo.
Mas os especialistas destacaram uma série de obstáculos para as mudanças de hábito em uma sociedade na qual, segundo estimativas, foram diagnosticados mais de 1,6 milhão de casos de câncer este ano.
Entre os obstáculos, destacaram o ceticismo de que o câncer pode ser evitado e o hábito de intervir tarde demais para deter ou prevenir um tumor maligno já instalado.
Além disso, grande parte das pesquisas sobre o câncer se concentra no tratamento no lugar da prevenção, e tende a ter uma visão de curto prazo no lugar de um enfoque de longo prazo.
"Os seres humanos são impacientes e esta característica humana, em si, é um obstáculo para a prevenção do câncer", ressaltou o estudo.
As grandes diferenças de renda entre as classes sociais altas e as baixas, que fazem com que os pobres tendam a ficar mais expostos a fatores de risco do que os ricos, complicam ainda mais o panorama.
"A contaminação e a delinquência, o transporte público deficiente, a falta de parques para brincar e fazer exercícios e a ausência de supermercados com alimentos frescos dificultam a adoção e a prática constante de um estilo de vida que reduza ao mínimo o risco de câncer e outras doenças", destacou o estudo.
"Assim como nos outros países, a estratificação social nos Estados Unidos exacerba as diferenças de estilo de vida, como o acesso a cuidados de saúde, a prevenção especial e os serviços de detecção precoce", informaram os especialistas.
"As mamografias, os exames de cólon, o apoio para a dieta e a nutrição, os recursos para parar de fumar e os mecanismos de proteção solar simplesmente estão menos disponíveis para os pobres", acrescentaram.
Isto significa que qualquer tentativa de superar as profundas desigualdades sociais deve ser apoiada por mudanças de política, disse outra autora do estudo, Sarah Gehlert, da Escola de Trabalho Social e da Escola de Medicina da Universidade de Washington.
"Depois de trabalhar em saúde pública durante 25 anos, aprendi que se quisermos mudar a saúde, temos que mudar as políticas", disse.
"Uma política estrita sobre o tabaco é um bom exemplo. Mas não podemos fazer a mudança de política por nossa conta... O que se requer é uma massa crítica de pessoas para falar com mais firmeza sobre a necessidade de uma mudança", acrescentou. Font:e Yahoo Notícias

terça-feira, 27 de março de 2012

'Bypass' cardíaco garante maior sobrevivência do que angioplastia



Os pacientes que se submetem a cirurgias cardíacas de 'bypass', como a ponte de safena, têm mais chances de sobreviver em longo prazo do que os que optam por procedimentos menos invasivos, como a angioplastia, indicou nesta terça-feira um importante estudo realizado nos Estados Unidos.
A pesquisa analisou informações de 190 mil pacientes no país e descobriu que os que fizeram um 'bypass' tinham um índice de mortalidade mais baixo nos primeiros quatro anos (16,4%) se comparados com aqueles que se submeteram a angioplastia (20,8%).
As operações de 'bypass' requerem uma cirurgia com o coração aberto para criar um desvio ao redor de uma artéria obstruída usando uma veia tirada de outra parte do corpo do paciente.
O tipo de angioplastia examinado no estudo, conhecida como intervenção coronariana percutânea (ICP), implica uma pequena incisão para enfiar um balão, um 'stent' ou tubo através da artéria obstruída para desbloqueá-la.
"Nossa pesquisa é a maior até agora, já que usa dados de todo o país. Também é muito mais abrangente do que qualquer outro estudo", disse William Weintraub, chefe da cardiologia do Christiana Sistema Único de Saúde e principal autor do estudo.
"Ao combinar informações de várias bases de dados, se percebeu que a sobrevivência era melhor com a cirurgia coronária do que com a intervenção coronária percutânea", destacou. 
No entanto, a descoberta não sugere que a cirurgia de 'bypass' seja a opção adequada para todos.
"Isso inclina a balança para a cirurgia coronariana, mas não de forma tão abrupta", disse Weintraub.
"Agora, quando recomendamos uma cirurgia coronariana aos pacientes, apesar de ser uma intervenção maior que uma ICP, podemos garantir que é uma boa decisão", acrescentou.
A doença coronária, principal causa de morte nos Estados Unidos, ocorre quando o acúmulo de gordura estreita ou bloqueia as artérias do coração.
A descoberta foi apresentada na 61º conferência da Escola Americana de Cardiologia (ACC, na sigla em inglês), realizada em Chicago.Fonte: Yahoo Notícias saude

segunda-feira, 26 de março de 2012

Uvas e soja: armas eficazes para prevenir a hipertensão


As uvas, ricas em potássio e antioxidantes, e a soja, em isoflavonas, podem ser armas eficazes para prevenir a hipertensão, importante fator de risco cardiovascular, segundo dois estudos publicados neste domingo durante uma grande conferência de cardiologia nos Estados Unidos.
Os trabalhos foram apresentados na 61ª conferência anual da American College of Cardiology, reunida em Chicago (Illinois, norte), durante o fim de semana.
Com relação às uvas, este é o primeiro estudo controlado cientificamente a confirmar o efeito do consumo cotidiano desta fruta em baixar a pressão arterial de pessoas pré-hipertensivas.
O estudo levou 46 homens e mulheres a medir o consumo de uvas três vezes ao dia, comparando-o com o consumo de biscoitos e outros alimentos que não contêm frutas ou legumes.
Para a soja, os cientistas analisaram amostras de um estudo iniciado em 1985 para analisar o risco de doenças coronarianas nos jovens adultos americanos.
Esta pesquisa, financiada pelo Instituto Nacional de Saúde (NIH, na sigla em inglês) contou com 5.115 americanos brancos e negros de 18 a 30 anos, que os examinou em diferentes intervalos de tempo.
O estudo apresentado neste domingo se concentrou nos efeitos das isoflavonas, que a soja contém em grande quantidade, para baixar a pressão arterial.
As isoflavonas são substâncias próximas ao estrogênio, hormônio feminino que contribui para a produção de ácido nítrico, conhecido por dilatar os vasos sanguíneos e reduzir a pressão arterial.
As pessoas com pré-hipertensão têm pressão arterial sistólica entre 120 e 139 mm/Hg e diastólica entre 80 e 89 mm/Hg.
Um em cada três americanos adultos se ajusta a esta definição, segundo os Centros de Controle e Prevenção de Diabetes (CDC) dos Estados Unidos.
"Nosso estudo demonstra que se você pode optar entre comer uvas ou biscoito de chocolate, se sairá melhor se escolher as uvas, pelo menos servirá para reduzir a pressão arterial", declarou o principal autor do estudo, doutor Harold Bays, diretor do Centro de Pesquisas de Louiseville (Kentucky) sobre arteriosclerose e metabolismo.
Os resultados mostram de fato que as pessoas que consumiram uvas tiveram uma clara baixa de sua pressão sistólica na quarta, oitava e décima segunda semanas (de -4,8% a -7,2% ou de menos 6 a menos 10,2 mm/Mg).
O doutor Bays não identificou como as uvas agem na pressão arterial, mas lembrou que as frutas são muito ricas em potássio e antioxidantes como os polifenóis.
"As uvas são ricas em potássio, conhecido por baixar a pressão arterial", disse este médico, cuja pesquisa foi financiada por uma organização que incentiva o consumo desta fruta e é subvencionada por produtores californianos da mesma.
Ele destacou que é necessário fazer testes clínicos mais aprofundados para confirmar seus resultados.
No grupo de estudo sobre as isoflavonas, aqueles que consumiram mais quantidade desta substância diariamente (mais de 2,5 miligramas) tiveram uma pressão arterial sistólica claramente mais baixa (-5,5 mm/Mg, em média) do que os indivíduos que ingeriram menos de 0,33mg.
Basta tomar um copo de leite de soja, que contém 22 mg de isoflavonas, explicou Safiya Richardson, principal autora deste estudo e que está concluindo o doutorado em medicina da Universidade de Columbia (Nova York).
Esta pesquisa também demonstrou que os afroamericanos, grupo étnico com forte tendência à hipertensão, eram beneficiados pelos efeitos das isoflavonas, disse Richardson.
De acordo com a cientista, este estudo facilitaria os testes clínicos para provar cientificamente a ação das isoflavonas na pressão arterial. Fonte: Yahoo Notícias

domingo, 25 de março de 2012

Células-tronco da medula óssea permitem tratar a insuficiência cardíaca


A utilização em pacientes cardíacos de células-tronco provenientes de sua medula óssea permitirá reparar seus tecidos afetados, revela um estudo clínico divulgado neste sábado nos Estados Unidos.
Trata-se da pesquisa mais ampla realizada até agora para examinar a terapia celular em pacientes que sofrem de insuficiência cardíaca crônica e cujo coração é incapaz de bombear o sangue.
Os participantes neste estudo clínico, de uma idade médica de 63 anos, sofriam igualmente de um mau funcionamento do ventrículo esquerdo de seu coração, afirmaram os autores da pesquisa, apresentada na 66a. conferência anual do American College of Cardiology (ACC), celebrada neste fim de semana em Chicago, no estado do Illinois (norte dos EUA).
O estudo foi desenvolvido entre 2009 e 2011 em cinco centros hospitalares e com 92 pacientes, parte dos quais foram escolhidos aleatoriamente para serem tratados com células-tronco provenientes de sua medula óssea.
O teste clínico foi conduzido pelo dr. Emerson Perin, diretor de pesquisas clínicas em medicina cardiovascular do Instituto do Coração do Texas (centro-sul).
O ventrículo esquerdo dos pacientes analisados bombeava menos de 45% do volume normal de sangue.
Os pesquisadores comprovaram que as pessoas que foram tratadas com células-tronco de sua medula óssea apresentaram uma melhoria modesta, mas significativa de 2,7%, do volume de sangue bombeado, em relação aos pacientes não tratados.
Os mais jovens registraram melhores resultados por ter um número maior de células-tronco em sua medula.
As células-tronco foram injetadas no ventrículo esquerdo dos pacientes por meio de um cateter. fonte: Yahoo Notícias Saúde

sexta-feira, 23 de março de 2012

Dia Mundial da Tuberculose: Brasil investe no combate a uma doença invisível


Dia Mundial da Tuberculose: Brasil investe no combate a uma doença invisível

O Brasil avança em novos tratamentos de combate à tuberculose para atingir as metas estabelecidas dentro dos Objetivos do Milênio definidos pela ONU, depois de ter sido um precursor no método de diagnóstico de uma doença que mata 1,5 milhão de pessoas por ano no mundo.

O Dia Mundial de Combate à Tuberculose, celebrado anualmente em 24 de março, ganha um significado especial para os brasileiros neste ano em que são lembrados os 50 anos da morte do brasileiro Manuel Dias de Abreu, inventor da abreugrafia, uma das grandes contribuições do país à medicina mundial, que o levou a ser indicado ao Prêmio Nobel cinco vezes.
No entanto, o país que já foi uma referência no combate à doença ainda convive com ela, integrando a lista de 22 nações que concentram 80% dos casos no mundo, com cerca de 4.600 casos por ano, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).
A redução dos casos detectados até 2015 é um dos requisitos brasileiros dentro dos Objetivos do Milênio, definidos no ano 2000 pela ONU.
No começo do século XX, a tuberculose era uma epidemia no país e não havia políticas de controle eficaz ou tratamento. "Cerca de 50% das pessoas que contraíam tuberculose morriam em dois anos, se a doença evoluísse. Hoje existe a perspectiva do tratamento", explicou Miguel Aiub Hijjar, diretor do Centro de Referência Hélio Fraga, no Rio de Janeiro.
A descoberta de medicamentos veio nos anos 40 e o número de casos começou a reduzir, graças também à melhoria das condições de vida. Em 1936, o médico Manuel Dias de Abreu criou uma espécie de raio-X simplificado que oferecia um diagnóstico rápido e barato e que ficou conhecido como abreugrafia.
"A utilização do raio-X comum era dificultada pela falta de recursos que evitassem a contaminação", explicou a especialista em história da tuberculose, Dilene dos Santos. "A abreugrafia virou exame diagnóstico de massas, principalmente nas décadas de 70 e 80, quando era requisitado na admissão a empregos".
Atualmente, acredita-se que 1/3 da população mundial tenha tido contato com o bacilo de Koch, causador da tuberculose.
Esta semana, uma aliança global contra a tuberculose anunciou o primeiro teste clínico de um novo tratamento para a doença, tanto na forma clássica quanto nas resistentes aos antibióticos, que será realizado no Brasil, e em países como África do Sul e Tanzânia.
A Aliança Mundial para o Desenvolvimento de Medicamentos contra a Tuberculose (TB Alliance), financiada por governos e fundações como a Fundação Bill e Melinda Gates, indicou que uma nova combinação de drogas promete avanços.
Para Hijjar, os maiores desafios no tratamento são a sua associação com a Aids, que aumenta a incidência, a persistência da pobreza e o abandono do tratamento.
"A média de abandono no Brasil é de quase 11%, quando o aceitável é 5%", afirmou.
O tratamento deve ser realizado durante seis meses e o abandono leva à resistência aos medicamentos. Na tuberculose multirresistente, se estende por dois anos ou mais.
Atualmente, as pesquisas avançam em três direções: na redução desse tempo, na busca por uma vacina recomendada para adultos e por diagnósticos mais rápidos e modernos, como o GenXpert e Genotype MTBDR plus, substituindo a tradicional baciloscopia, utilizada desde sua invenção, no século XIX.
Carlos Basilia, diretor do Fórum de ONGs Tuberculose RJ - que reúne mais de 200 organizações não-governamentais com diferentes áreas de atuação -, lembrou que a tuberculose ainda têm muitos estigmas.
"Há uma invisibilidade do problema e das pessoas com tuberculose, ao contrário da dengue, por exemplo", afirmou.
Entre os sintomas da tuberculose, estão: tosse persistente há mais de 3 semanas, com presença ou não de catarro ou sangue, perda de apetite, emagrecimento, febre baixa no fim do dia e suores noturnos. Quando apresentado um desses sintomas, é aconselhável procurar o serviço de saúde para que seja feito um exame de escarro. Fonte: Yahoo Notícias Saúde

quinta-feira, 22 de março de 2012

SUS: 27% dos brasileiros vivem em cidades com índices mais baixos de qualidade dos serviços




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Dos 5.563 municípios, 1.150 (20,7% do total) receberam pontuação abaixo de 5, em uma escala de 0 a 10 estabelecida pelo índice. Nessas cidades, onde a infraestrutura de saúde é classificada de alta, média ou baixa, vivem mais de 50 milhões de brasileiros.

Mais de 70% da população (134 milhões de pessoas) estão em 4.066 cidades (73,1% do total de municípios), que receberam notas entre 5 e 6,9. Somente 1,9% – cerca de 3,2 milhões de brasileiros – reside no grupo dos 347 municípios mais bem pontuados, que conquistaram nota superior a 7.

Para calcular o desempenho do SUS em cada cidade do país, os técnicos dividiram os municípios em seis grupos, dependendo da condição econômica e da estrutura de saúde disponível (hospital, posto de saúde, laboratório).

O grupo 1 reúne os 29 municípios com melhor renda e infraestrutura de atendimento, com população total de 46 milhões de pessoas. No topo da lista, aparece Vitória, com nota 7,08. O grande número de exames para detecção de aids (84% em 2010), alto percentual de cura de pacientes com tuberculose (80% em 2010) e atendimento de excelência a crianças com câncer são alguns dos indicadores que elevaram o resultado da cidade, segundo análise de técnicos do Ministério da Saúde.

Em último lugar desse grupo está o Rio de Janeiro, com 4,33. Mesmo com a expressiva condição econômica e com a existência de hospitais e atendimento de referência, a baixa cobertura de assistência básica, como equipes do Programa Saúde da Família, afetou o desempenho da capital, conforme o diretor de Monitoramento e Avaliação do SUS do ministério, Paulo de Tarso.

No outro extremo, o grupo 6 é formado pelas cidades que não têm estrutura de serviços especializados, como um hospital ou pronto-socorro, e população total de 23,3 milhões de brasileiros. A maioria dos municípios brasileiros está nesse grupo, totalizando 2.183. A pequena Fernandes Pinheiro, no Paraná, com 5.932 habitantes, obteve a melhor nota (7,76) do grupo. A menor pontuação ficou com Pilão Arcado, na Bahia, onde vivem 32.815 pessoas. O município obteve 2,5 – o pior resultado do país.

O levantamento inédito também traz um ranking dos estados. Santa Catarina (6,29), o Paraná (6,23) e o Rio Grande do Sul (5,9) são os primeiros colocados. Os últimos são o Pará (4,1) Rondônia (4,49) e o Rio de Janeiro (4,58). Além disso, apenas nove estados ficaram acima da média do Brasil, que é 5,47.

O Sul teve o melhor resultado (6,12) entre as cinco regiões do país. Em seguida, vem o Sudeste (5,56), o Nordeste (5,28), o Centro-Oeste (5,26) e o Norte (4,67).

O Idsus é o cruzamento de 24 indicadores que avaliaram o acesso e a efetividade dos serviços nas unidades públicas de saúde. Entre eles, a proporção de gestantes com mais de sete consultas pré-natal, a quantidade de exames preventivos de câncer de colo do útero em mulheres de 25 a 59 anos, a cura de tuberculose e hanseníase e mortes de vítimas de infarto.

Os dados estão disponíveis no endereço eletrônico www.saude.gov.br/idsus.

quarta-feira, 21 de março de 2012

Anvisa suspende temporariamente venda de próteses de silicone


A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu suspender temporariamente a comercialização de próteses mamárias no país, nacionais e importadas. A medida passará a valer a partir de amanhã (22), quando as novas normas serão publicadas no Diário Oficial da União. 

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Pela nova medida, fica obrigatória a certificação dos produtos pelo Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia). A Anvisa determinou que a venda das próteses só poderá ser feita depois de os fabricantes obterem um selo de qualidade, que irá atestar a composição e a resistência do silicone. 

A suspensão deve durar até 31 de março, quando o Inmetro irá publicar uma portaria definitva para a certificação de próteses mamárias de silicone. 

As novas regras foram aprovadas depois do escândalo internacional envolvendo a marca francesa Poly Implant Prothese (PIP) e a holandesa Rofil, acusadas de usar silicone inapropriado, aumentando o risco de o implante romper ou vazar e provocar problemas de saúde. Calcula-se que 20 mil brasileiras tenham implantes das marcas estrangeiras. Fonte: Yahoo Notícias

terça-feira, 20 de março de 2012

Lançado teste clínico de novo tratamento contra tuberculose


  • Saúde manda investigar contratos suspeitos com quatro empresas

    Uma aliança global contra a tuberculose anunciou, nesta segunda-feira, o primeiro teste clínico de um novo tratamento para a doença, tanto para sua forma clássica quando a tipos resistentes aos antibióticos, que será realizado no Brasil, entre outros países.

A Aliança Mundial para o Desenvolvimento de Medicamentos contra a Tuberculose (TB Alliance), financiada por vários governos e fundações, disse que a nova combinação de medicamentos promete avanços na luta contra a doença, responsável por 1,4 milhão de mortes ao ano, a maioria na África.
O novo tratamento poderia ser particularmente útil para as 650.000 pessoas em todo o mundo que sofrem de tuberculose multirresistente (MDR-TB), uma cifra com expectativa de aumento.
"Este novo coquetel antituberculose poderá abrir o caminho para um enfoque inovador e mais eficaz para combater a doença mediante a eliminação da distinção entre a infecção tradicional (TB) e suas múltiplas formas multirresistentes (MDR-TB)" aos antibióticos, disse Mel Spigelman, diretor-geral da TB Alliance.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 8,8 milhões de pessoas sofreram desta doença pulmonar contagiosa no mundo em 2010 e 1,4 milhão morreram.
Atualmente, as pessoas que sofrem de tuberculose precisam ingerir uma série de medicamentos diários durante seis meses, enquanto os que têm MDR-TB devem tomar uma injeção diária nos primeiros seis meses antes de ingerir uma dúzia de pílulas ou mais diárias durante um mínimo de 18 meses.
A TB Alliance, sediada em Nova York, explicou que muitos pacientes não completam o tratamento porque não toleram os efeitos colaterais ou não conseguem segui-lo por ser longo demais. Isto leva a formas da doença resistentes aos medicamentos, inclusive a um tipo de tuberculose amplamente resistente a remédios conhecido como XDR-TB.
O novo tratamento, chamado "Nova Combinação 2" (NC-002), é composto de três agentes: o antibiótico experimental PA-824 e outros dois bactericidas que já são usados contra a tuberculose, a moxifloxacina e a pirazinamida.
Segundo os cientistas, o novo coquetel poderá curar doentes de TB normal e TB resistente em quatro meses contra os atuais seis e 24 meses necessários, respectivamente. O custo do tratamento também será reduzido.
Os novos testes serão feitos em oito locais de Brasil, África do Sul e Tanzânia.
A TB Alliance opera com recursos da Fundação de Bill e Melinda Gates, a agência governamental Irish Aid, o Departamento do Reino Unido para o Desenvolvimento Internacional, a Agência Americana para o Desenvolvimento Internacional e a agência reguladora de alimentos e medicamentos nos Estados Unidos (FDA, Food and Drugs Administration). Fonte: Yahoo Notícias Saúde

domingo, 18 de março de 2012

Holanda sacrifica 42.000 aves para prevenir gripe


O ministério da Agricultura da Holanda anunciou o sacrifício de 42.700 perus após a detecção do vírus H5 da gripe aviário em uma granja.
"Depois dos controles regulares, detectamos a gripe aviária nesta granja de Kelpen-Oler", sudeste do país, afirmou à AFP Murco Mijnlieff, porta-voz do ministério.
"Provavelmente é uma variante suave do vírus, que não é perigosa para os humanos", completou.
A gripe H5N1, a variante mais perigosa da doença, é conhecida por ser altamente letal nas aves. Entre os casos conhecidos em seres humanos matou quase 60% das vítimas, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Em 2003, quase 600 pessoas contraíram a doença e mais de 300 morreram. Fonte: Yahoo Notícias Saúde

sexta-feira, 16 de março de 2012

Planos de saúde não podem fixar limite com despesa hospitalar, decide STJ



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A decisão é da semana passada, mas foi divulgada apenas hoje (22) pelo STJ. Os ministros analisavam o recurso da família de uma mulher que ficou dois meses internada na UTI (unidade de terapia intensiva) devido a um câncer de útero. No décimo quinto dia de internação, a seguradora queria suspender o pagamento alegando que havia sido atingido o limite do contrato de R$ 6.500. Uma liminar garantiu que a empresa continuasse arcando com os gastos até que a mulher morreu.

A cláusula que colocava limite de gasto foi mantida pelo juiz de primeiro grau e pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), que entenderam que o contrato era claro ao estabelecer a restrição e que a adesão foi uma opção da segurada. No entanto, os ministros do STJ reverteram a decisão alegando, principalmente, que o valor da cobertura é muito reduzido.

Para o relator, ministro Raul Araújo, a saúde humana não pode ficar sujeita a limites como acontece em um seguro de carro. Ele também lembrou que a legislação da época vedava a limitação desses tipos de prazos. Os ministros também decidiram fixar o valor de R$ 20 mil de dano moral devido à aflição que o episódio causou na paciente e em sua família. Fonte: Yahoo Noticias Saúde

Estudo vincula consumo de arroz branco ao diabetes tipo 2


Estudiosos em saúde afirmaram ter descoberto um vínculo perturbador entre o consumo elevado de arroz branco e o diabetes tipo 2, uma doença que está se tornando uma epidemia em vários países.
Segundo os cientistas, é necessário aprofundar as pesquisas para provar este vínculo aparente e dietas sabidamente ricas em açúcar e gordura permanecem na lista de alimentos a se evitar, afirmaram em artigo publicado nesta quinta-feira.
"O que nós descobrimos é que o arroz branco é propenso a aumentar o risco de aparecimento de diabetes tipo 2, especialmente em níveis de alto consumo, tais como o das populações asiáticas", disse à AFP Qi Sun, da Escola de Saúde Pública da Universidade de Harvard.
"Mas ao mesmo tempo, as pessoas deveriam prestar mais atenção a outras coisas que comem", acrescentou.
"É muito importante dirigir-se não só a um tipo de alimento, mas a todo o padrão de consumo", emendou.
No artigo, publicado no British Medical Journal (BMJ), a equipe de Sun disse que o vínculo surgiu de uma análise feita em quatro estudos publicados anteriormente e realizados em China, Japão, Austrália e Estados Unidos.
Estes estudos acompanharam 350 mil pessoas em escalas de tempo que variaram entre 4 e 22 anos. Mais de 13 mil pessoas desenvolveram diabetes tipo 2.
Nos estudos realizados na China e no Japão, aqueles que comeram mais arroz revelaram-se 55% mais propensos a desenvolver a doença do que os que ingeriram menos o grão. Nos Estados Unidos e na Austrália, onde o consumo de arroz é muito menor, a diferença entre os dois grupos foi de 12%.
Os participantes nos estudos feitos nos dois países asiáticos comeram, em média, de três a quatro porções de arroz por dia, em comparação com uma a duas porções por semana nos países ocidentais.
O arroz branco é a forma predominante de arroz consumida no mundo. Máquinas que descascam e trituram o grão lhe dão uma aparência lustrosa, resultando em um alimento rico em amido.
O arroz integral, ao contrário, tem mais fibras, magnésio e vitaminas, bem como um "índice glicêmico" - medida da quantidade de açúcar - mais baixo do que o arroz branco.
Sun disse que o estudo tem limitações, inclusive detalhes completos sobre o que os voluntários comeram para acompanhar o arroz.
"Eu não acho que possa evidenciar um caso 100% confirmado, dado que esta é uma meta-análise de quatro estudos diferentes", afirmou.
"Mas eu vejo uma consistência entre estes estudos e há plausibilidade biológica que sustente a associação entre o consumo de arroz branco e o diabetes", emendou.
No entanto, acrescentou, "mais dados são necessários para corroborar ou refutar nossas  Fonte: Yahoo notícias.

quarta-feira, 14 de março de 2012

Caminhar uma hora por dia reduz fator genético da obesidade


"Nossa pesquisa mostra que caminhar em um bom ritmo diariamente reduz a influência genética na obesidade, o que se traduz pela queda à metade do índice de massa corporal (IMC)", assinalaram os pesquisadores.
O trabalho foi apresentado na conferência sobre nutrição, atividade física e metabolismo (EPI/NPAM, na sigla em inglês), organizada pela Associação Americana do Coração (AHA) reunida nesta semana em San Diego, Califórnia (oeste).
Já um estilo de vida sedentário, marcado pelo ato de ver televisão quatro horas por dia, aumenta a influência dos genes sobre o tamanho da cintura e faz subir 50% o Índice de Massa Corporal (peso dividido pela altura ao quadrado)", acrescentaram os especialistas, em um comunicado.
Uma pessoa com um IMC de 30 ou mais é considerada obesa.
Participaram do estudo 7.740 mulheres e 4.564 homens. Os cientistas colheram dados sobre a atividade física dos participantes e as horas dedicadas a ver televisão durante dois anos antes de avaliar o Índice de Massa Corporal.
O efeito da predisposição genética à obesidade foi calculado com base em 32 variações genéticas que influenciariam o aumento de peso.
Cada uma destas variantes genéticas que predispõem à obesidade podem aumentar o Índice de Massa Corporal 0,13 kg/m2, segundo os especialistas, entre eles Qibin Qi, da Escola de Saúde Pública da Universidade de Harvard em Boston (Massachusetts, nordeste).
No entanto, este efeito pode ser reduzido nos indivíduos que realizam mais atividade física, em comparação aos que se movem menos, com perdas de 0,15 kg/m2 e 0,08 kg/m2.
Do mesmo modo, o efeito genético do sedentarismo sobre o IMC foi mais pronunciado entre os participantes que passaram 40 horas por semana vendo televisão, em comparação aos que dedicam a essa atividade uma hora ou menos. Os primeiros aumentaram 0,34 kg/m2 de IMC contra 0,08 kg/m2 para os segundos.
Segundo os autores do estudo, o americano médio vê televisão de quatro a seis horas por dia.
Os testes genéticos para determinar se uma pessoa é portadora das variações que predispõem à obesidade, no entanto, ainda não estão disponíveis ao público e os cientistas aconselham aos médicos perguntar a seus pacientes se têm antecedentes familiares. Fonte: Yahoo notícias saúde

segunda-feira, 12 de março de 2012

Gelo da Groenlândia é mais vulnerável ao aquecimento do que se pensava



  • Gelo da Groenlândia é mais vulnerável ao aquecimento do que se pensava

    A cobertura de gelo da Groenlândia está mais sensível ao aquecimento global do que se pensava, já que uma elevação relativamente pequena da temperatura no longo prazo a derreteria completamente, segundo um estudo publicado neste domingo.

Pesquisas anteriores sugeriram que seria necessário um aquecimento de pelo menos 3,1º Celsius acima dos níveis pré-industriais, em uma faixa de 1,9ºC a 5,1º C, para derreter completamente a camada de gelo.
Mas novas estimativas, publicadas na revista Nature Climate Change, estabelecem o limite em 1,6ºC em uma faixa de 0,8ºC a 3,2º C, embora esta temperatura tenha que ser mantida por dezenas de milhares de anos para apresentar este efeito.
A Groenlândia é, depois da Antártica, a maior reserva de água congelada em terra.
Se derreter completamente, provocará uma elevação do nível do mar em 7,2 metros, encharcando deltas e terras baixas.
Segundo o estudo, se o aquecimento global se limitar a 2ºC, uma meta estabelecida em negociações climáticas da ONU, o derretimento completo aconteceria em uma escala de tempo de 50.000 anos.
As emissões atuais de carbono, no entanto, situam o aquecimento muito além desta meta. Se não forem controladas, um quinto da cobertura de gelo derreteria no prazo de 500 anos e toda estaria extinta em 2.000 anos, segundo o estudo.
O estudo foi feito por cientistas do Instituto Postdam de Pesquisa sobre o Impacto do Clima (PIK) e da Universidade Complutense de Madri.
Segundo eles, o risco de perda total do gelo parece remota, em vista da imensa escala de tempo, porém alertaram que suas descobertas contestam muitas suposições sobre a estabilidade da cobertura de gelo com relação ao aquecimento no longo prazo.
A atmosfera terrestre já se aqueceu 0,8ºC desde o início da Revolução Industrial, em meados do século XVIII, e o dióxido de carbono emitido hoje ainda perdurará por séculos.
A cobertura de gelo é vulnerável a um tipo de círculo vicioso, também conhecido como 'feedback positivo', que impulsiona o derretimento, segundo o artigo.
Chegando a 3.000 metros de espessura em alguns lugares, a cobertura de gelo hoje se beneficia do efeito protetor de altitudes maiores e mais frias.
Mas quando derrete, a superfície desce para altitudes mais baixas, com temperaturas mais elevadas, demonstra o modelo de computador.
Além disso, porções de terra expostas pelo gelo absorvem radiação por serem mais escuras e não refletirem a luz. À medida que se aquecem, elas ajudam a derreter o gelo em seus arredores.
"Nosso estudo demonstra que, sob certas condições, o derretimento da cobertura de gelo da Groenlândia se torna irreversível. Isto sustenta a noção de que a cobertura de gelo é um elemento preponderante no sistema terrestre", disse Andrey Ganopolski, cientista do PIK.
"Se a temperatura global superar o limiar significativamente a longo prazo, o gelo continuará a derreter e não se recuperará, mesmo se o clima voltar, após milhares de anos, aos níveis pré-industriais", acrescentou. Fonte: Yahoo Notícias Saúde

sábado, 10 de março de 2012

Abelhas são mais parecidas com os humanos do que se imagina


Algumas abelhas gostam de aventura e outras preferem ficar na colmeia: segundo uma nova análise do cérebro destes insetos, algumas substâncias químicas que também afetam a personalidade humana podem explicar esta diferença.
As abelhas são conhecidas por ter uma sociedade estruturada com distintas funções para cada grupo: algumas trabalham como enfermeiras, outras buscam alimento, por exemplo.
Mas dentro destas funções, cientistas descobriram que as abelhas também têm personalidades distintas, segundo um estudo da revista Science que examinou a diferença entre as abelhas exploradoras que buscam comida e as que não.
"Existe uma regra de ouro para a investigação sobre a personalidade que diz que se alguém mostra a mesma tendência em diferentes contextos, isto pode ser chamado de traço de personalidade", disse o coordenador do estudo, Gene Robinson, professor de Entomologia e Neurociência da Universidade de Illinois (norte).
Os cientistas diferenciaram dois grupos de abelhas com a instalação de potes com comida nova com aromas e cores únicas, que mudavam todos os dias, e observaram quais abelhas buscavam experimentar novos sabores e quais preferiam os já conhecidos.
Quando examinaram os cérebros das abelhas aventureiras, eles encontraram diferenças na expressão genética relacionadas com a mesma cadeia molecular que regula a busca de novidades nos mamíferos e humanos.
Estes químicos do cérebro, a catecolamina, o glutamato e o ácido gama-aminobutírico, são conhecidos para influenciar o nível de recompensa que a pessoa sente ao buscar novas experiências.
"Nossos resultados nos dizem que a busca por novidades nos humanos e outros vertebrados têm paralelismos com os insetos", afirmou Robinson.
"Podemos notar as mesmas diferenças de comportamento e as mesmas bases moleculares", completou.
O estudo também sugere que o mesmo tipo de ferramentas genéticas evoluíram nas abelhas, animais e humanos, e que aventurar-se era uma característica que valia a pena conservar porque podia ajudar as espécies a encontrar novas fontes de comida.
"Parece que os mesmos canais moleculares estiveram envolvidos repetidamente na evolução para dar lugar às diferenças individuais na busca por novidade", disse Robinson.
O estudo foi financiado pela Fundação Nacional da Ciência dos Estados Unidos (NSF), os Institutos Nacionais da Saúde (NIH) e pela Illinois Sociogenomics Initiative (SGI). Fonte: Yahoo Notícias saúde

Estudo mostra taxas de infecção por HIV menores em áreas com amplo tratamento



Um novo estudo demonstra que pessoas que vivem em áreas onde é ampla a adoção do coquetel para o tratamento da Aids são menos propensas a contrair o vírus HIV do que em lugares onde poucos recebem cuidados, informou a OnuAids nesta quinta-feira.

A pesquisa, realizada pelo Centro Africano para Estudos de População e Saúde, é a primeira a demonstrar o impacto positivo da terapia com coquetel de medicamentos antirretrovirais em uma comunidade, acrescentou a agência das Nações Unidas.
"Estas descobertas são extremamente importantes", afirmou o vice-diretor-executivo do programa OnuAids, Paul De Lay.
"A OnuAids encoraja todos os países e comunidades a alcançarem uma ampla cobertura da terapia com antirretrovirais, tanto para o benefício das pessoas vivendo com HIV quanto das comunidades nas quais elas vivem", disse De Lay.
A pesquisa, feita com dados coletados na província de KwaZulu-Natal, no leste da África do Sul, demonstrou que em áreas onde a ingestão do coquetel foi superior a 30%, as pessoas saudáveis corriam um risco 38% menor de adquirir o vírus da síndrome da imunodeficiência humana adquirida.
"Esta é a primeira vez que conseguimos demonstrar tais resultados em um assentamento populacional, uma descoberta importante que ajudará a orientar a resposta à Aids", explicou Frank Tanser, do centro de pesquisas da Universidade de KwaZulu-Natal. Fonte: Yhaoo notícias Saúde

quarta-feira, 7 de março de 2012

Cuidados com o consumo de proteínas


Um suculento peito de frango assado. Um ensopado com pedaços de carne magra. Bife de peru com legumes quentes. Esses pratos ricos em proteínas não apenas dão água na boca: eles ajudam a manter músculos e a imunidade fortes, promovem a saciedade e fornecem vitaminas e minerais essenciais que se tornam ainda mais importantes para a boa saúde com o passar dos anos.

Você não precisa de mais proteínas à medida que envelhece. Precisa, porém, manter o seu consumo, o que muitos idosos não fazem, acabando por não consumirem as proteínas e os nutrientes de que precisam. Por quê? Os alimentos parecem menos apetitosos quando o paladar e o olfato ficam mais fracos, problemas dentários tornam a mastigação mais complicada, e cozinhar parece um esforço desnecessário. Seu desafio é comer o suficiente sem obter muita gordura saturada, que ameaça o coração.

Acrescente mais proteínas, como frango ou carne magra, à sua mesa. Adicione peixe e outros alimentos saudáveis que suprem a deficiência de proteínas, como laticínios, nozes, e até alguns legumes. Nosso toque moderno? Use produtos convenientes e saudáveis como peito de frango sem pele e desossado e faça substituições fáceis, como carne de peru moída em vez de carne bovina moída.

As proteínas reduzem a velocidade de absorção do açúcar, minimizando a fome e a vontade de comer doces. Além disso, proteínas magras são ricas em vitaminas do complexo B, que dão mais energia. Por quê? Essas vitaminas ajudam a guiar as reações metabólicas pelo corpo. Elas também protegem contra doenças cardíacas ao controlar a concentração de homocisteína, uma substância presente na corrente sanguínea.

Com as proteínas magras, você também obtém doses saudáveis do multifuncional zinco, um mineral importante para manter uma boa imunidade (ele é fundamental na produção dos leucócitos, que combatem infecções). Um estudo com pessoas de mais de 70 anos mostrou que as que comiam mais proteína tinham ossos mais fortes por quatro anos a mais. Outra vantagem: a niacina, que protege o cérebro.

Quando pesquisadores estudaram 3.718 pessoas com 65 anos ou mais, descobriram que aqueles que consumiam mais niacina oriunda dos alimentos tinham 70%menos chance de desenvolver doença de Alzheimer. A vitamina B6 e a niacina ajudam o corpo a processar o açúcar no sangue com mais eficiência. (Fonte: Guia de Saúde e Longevidade – Reader´s Digest)

sábado, 3 de março de 2012

Cientistas criam 1º banco de material genético de aves em risco de extinção

México, 3 mar (EFE).- Um grupo de cientistas mexicanos criou o primeiro banco de germoplasma (material genético) de aves em risco de extinção da América Latina, entre elas o quetzal de cauda longa, para facilitar a preservação e a reprodução dessas espécies
"Nossa intenção é aplicar técnicas que permitam obter, recolher e guardar células de aves e utilizá-las para a reprodução artificial", disse à Agência Efe Mary Palma, responsável pelo projeto.
O banco está localizado nas instalações do santuário das aves de El Nido, em Ixtapaluca, no estado do México, que abriga mais de três mil pássaros de 600 espécies, muitas delas em risco de extinção
Esse refúgio, que pertence a um grupo civil fundado há 47 anos pelo veterinário Jesús Estudillo, que morreu em 2010, ampara cada uma das espécies por casais e em pequenas comunidades, o que transforma o local "em um habitat favorável para a proliferação".
Segundo a pesquisadora, esse projeto, o primeiro na América Latina, e "talvez no mundo", deve ser desenvolvido "imediatamente", por causa do perigo "latente de desaparecimento de importantes espécies que estão começando a sentir as mudanças climáticas e outros fatores como a poda de florestas e a devastação da fauna".
A cientista explicou que há vários anos o México, assim como outros países, conta com bancos de material genético para conservar o sêmen de mamíferos, principalmente do gado.
No entanto, Mary disse que os sistemas utilizados para a preservação criogênica (técnicas de congelamento) de sêmen de aves não são iguais ao dos mamíferos, já que "são células mais frágeis".
A especialista, responsável pela saúde das aves de El Nido, comentou que nos últimos anos a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) começou a organizar seus próprios bancos de germoplasma, mas por enquanto "estão destinados apenas a aves de gaiola".
Esse projeto será liderado por pesquisadores do Instituto Nacional de Saúde Pública do estado de Morelos, além da Universidade Autônoma Metropolitana (UAM) da Cidade do México.
O santuário de aves, chamado por seus funcionários de "Arca de Noé aviária", é reconhecido internacionalmente por ser um dos primeiros a conseguir com sucesso a reprodução de espécies ameaçadas, e recebeu do Fundo Mundial para a Vida Silvestre e as Nações Unidas o prêmio Global 500 em 1993.
O centro é sustentado pelas doações e a participação de 2 mil voluntários que dividem todos os dias da semana o trabalho árduo de limpeza e manutenção do local.
O santuário está aberto ao público para sensibilizar as pessoas e convencê-las sobre a importância de proteger o meio ambiente.
Mais de 600 espécies como águias, falcões, corujas, periquitos, cacatuas, araras, tucanos, faisões-argus, quetzais e aves ancestrais como ou casuar, originário da Nova Guiné e Austrália e uma das mais antigas do planeta, podem ser vistas em ambientes que tentam recriar o habitat do qual procedem. EFE Fonte: yahoo Notícias Saúde

sexta-feira, 2 de março de 2012

Mudança no pH dos oceanos pode acabar com vida marinha ainda neste século


Madri, 1 mar (EFE).- As emissões de gás carbônico provocadas pelo homem não causam apenas o aquecimento global da Terra, mas também alteram o pH dos mares e oceanos, elevando sua acidez até níveis que poderiam acabar com a vida marinha em poucas décadas. A advertência faz parte de um estudo publicado nesta quinta-feira na revista "Science" e do qual participaram pesquisadores do Conselho Superior de Pesquisas Científicas (CSIC), da Instituição Catalã de Pesquisa e Estudos Avançados (ICREA), e da Universidade Autônoma de Barcelona (UAB). O estudo explica que, nos últimos 300 milhões de anos, a química marinha sofreu "profundas mudanças", embora nenhuma "tão rápida, grande e global como a atual". A acidificação marinha acontece à medida que o CO2 emitido pela atividade humana - originada fundamentalmente pela queima de combustíveis fósseis - é absorvido pelos oceanos. Esse processo prejudica muitas formas de vida marinha e interfere principalmente no desenvolvimento das espécies com carapaça ou esqueleto de carbonato cálcico, como corais e moluscos. Em declarações à Agência Efe, o pesquisador do Instituto de Ciências do Mar Carles Pelejero adverte que a acidificação dos oceanos já está afetando algumas espécies de fitoplânctons próprias de altas latitudes que são a base principal da dieta de salmões e baleias, entre outros animais marítimos, e portanto um elo essencial das redes tróficas dos oceanos.Segundo este especialista, "as águas de altas latitudes, como o oceano Ártico ou o Austral, que são muito frias e, portanto, muito ácidas e ricas em CO2, alcançarão em uma ou duas décadas condições químicas que impedirão que os organismos com carapaça sobrevivam". Além disso, os experimentos desenvolvidos em áreas mais quentes com corais, como a grande barreira australiana, demonstraram que, "neste lado (do Pacífico), esta cadeia de corais está bastante afetada, enquanto na parte do Índico - provavelmente porque estas águas são mais temperadas - os corais continuam crescendo".Atualmente a zona mais afetada, segundo Pelejero, é a costa oeste do Pacífico, onde os criadores de ostras já percebem que a fertilidade e o crescimento dos moluscos são cada vez menores. "O estudo permite aventurar que nas zonas tropicais - que por terem águas mais quentes não toleram tanto CO2 -, a insaturação chegará mais tarde, em cinco décadas", especificou. Embora as pesquisas sobre a acidez dos oceanos costumem basear-se em simulações realizadas em aquários, para este estudo foram realizadas análises paleontológicas e geoquímicas. O trabalho também detalhou momentos da história da Terra associados com uma profunda acidificação, como o máximo térmico do Paleoceno-Eoceno há 56 milhões de anos, quando as emissões vulcânicas e os hidratos de metano congelados nos fundos marítimos liberaram na atmosfera grandes quantidades de CO2. Até mesmo nesse momento, quando aconteceram grandes extinções, a injeção de CO2 aos oceanos foi, pelo menos, dez vezes mais lenta que a atual, o que permite prever consequências mais catastróficas à mudança antropogênica atual", advertiu Pelejero. A única solução é reduzir as emissões de CO2 de maneira drástica e mudar o mais rápido possível o atual modelo energético, ressaltou outra colaboradora do estudo, a pesquisadora Patricia Ziveri. EFE Fonte: Yahoo Notícias saúde