sábado, 13 de setembro de 2014

Japão realiza primeiro implante mundial de células reprogramadas iPS

Uma equipe de pesquisadores japoneses realizou nesta sexta-feira a primeira intervenção cirúrgica mundial com células reprogramadas iPS para tratar uma doença ocular que pode causar cegueira
Uma equipe de pesquisadores japoneses realizou nesta sexta-feira a primeira intervenção cirúrgica mundial com células reprogramadas iPS para tratar uma doença ocular que pode causar cegueira.

Esta cirurgia com células iPS, também conhecidas como células-tronco pluripotentes induzidas, faz parte dos primeiros testes clínicos globais em seres humanos com esta técnica de medicina regenerativa.
A paciente é uma mulher de 70 anos, explicou a equipe médica da Fundação para a Investigação Biomédica e Inovação (Ibri) de Kobe (oeste), associada a Masayo Takahashi, diretora do Instituto Público Riken.
O objetivo desta primeira operação é verificar sua segurança e tentar melhorar o estado de saúde da paciente.
O Ministério da Saúde japonês aprovou há um ano o projeto-piloto proposto por Ibri e Riken.
A cirurgia desta sexta-feira consiste em tratar uma variante da degeneração macular associada à idade (DMLA), que é a principal causa da cegueira em pessoas com mais de 55 anos nos países industrializados.
Para conseguir isso, os cientistas criaram células da retina da paciente a partir de células iPS e as implementaram.
As iPS são criadas a partir de células adultas do paciente reduzidas a um estado quase embrionário para gerar quatro genes (normalmente inativos nas células adultas).
Esta manipulação genética tem por objetivo recuperar a imaturidade e a capacidade de se diferenciar em todos os tipos celulares, dependendo do ambiente em que se encontram.
Em 2012, o pesquisador japonês Shinya Yamanaka e o britânico John Gurdon receberam o Prêmio Nobel de Medicina pela criação de um método que permite reprogramar células adultas em células-tronco.
O uso de células iPS não gera questões éticas, ao contrário das células-tronco obtidas de embriões humanos. Fonte: Yahoo Notícias

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