Por Minha Vida
Descubra seu
peso ideal
Saiba se você está acima
ou
abaixo do peso.
Para o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, o resultado
desse levantamento mostra que é necessário continuar investindo em ações
preventivas, sobretudo aos mais jovens. "Com o levantamento nós conseguimos
resultados que permitem aprimorar nossas políticas públicas, que são essenciais
para prevenir uma geração de pessoas com excesso de peso", disse o ministro
durante o anúncio dos resultados da última pesquisa de Vigilância de Fatores de
Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel 2011),
promovida pelo Ministério da Saúde em parceria com Núcleo de Pesquisas
Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo.
O estudo retrata os hábitos da população brasileira e é
uma importante fonte para o desenvolvimento de políticas públicas de saúde
preventiva. Foram entrevistados 54 mil adultos em todas as capitais e também no
Distrito Federal, entre janeiro e dezembro de 2011.
O aumento das porcentagens de pessoas com obesidade e com
excesso de peso atinge tanto a população masculina quanto a feminina. Em 2006,
47,2% dos homens e 38,5% das mulheres estavam acima do peso ideal. Agora, as
proporções subiram para 52,6% e 44,7 %, respectivamente.
O problema do excesso de peso entre os homens começa cedo.
Entre os 18 e 24 anos, 29,4% já estão com o Índice de Massa Corporal (IMC) -
razão entre o peso e o quadrado da altura - maior ou superior a 25 Kg/m², ou
seja, acima do peso ideal. Já a proporção em homens com diferença etária de
apenas 10 anos (idades entre 25 e 34 anos) quase dobra, atingindo 55% da
população masculina. Na faixa etária de 35 a 45 anos, a porcentagem alcança 63%
dos homens brasileiros.
Gordura e açúcar no sangue favorecem obesidade
Excesso de peso é maior com o passar dos anos
O envelhecimento também tem forte influência nos
indicativos femininos. Um quarto das mulheres entre 18 e 24 anos está acima do
peso (25,4%). A proporção aumenta 14 pontos percentuais na próxima faixa etária
(25 a 34 anos de idade), atingindo 39,9% das mulheres, e mais que dobra entre as
brasileiras de 45 a 54 anos (55,9%).
O aumento exponencial dos percentuais de obesidade em
curto espaço de tempo também assusta. Se entre os homens de 18 a 24 anos, apenas
6,3% são obesos, entre os de 25 e 34 anos, a frequência de obesidade quase
triplica (17,2%).
Considerando somente a população feminina, há um aumento
de cerca de 6% a cada diferença etária de 10 anos, até chegar aos 55 anos. Entre
as brasileiras com idade entre os 18 e 24 anos, 6,9% são obesas. O percentual
quase dobra entre as mulheres de 25 e 34 anos (12,4%) e quase triplica (17,1%)
entre 35 e 44 anos. A frequência de obesidade se mantém estável após os 45 anos
de idade, porém em um patamar elevado, atingindo cerca de um quarto das
mulheres.
Combate à obesidade
A obesidade é um forte fator de risco para saúde e tem
forte relação com altos níveis de gordura e açúcar no sangue, excesso de colesterol e casos de
pré-diabetes. Pessoas obesas também têm mais chance de sofrer com doenças
cardiovasculares, principalmente isquêmicas (infarto, trombose, embolia e
arteriosclerose), além de problemas ortopédicos, asma, apneia do sono, alguns
tipos de câncer, esteatose hepática e distúrbios psicológicos.
Combater o sedentarismo faz parte do plano do
governo
Um dos objetivos do Plano de Ações Estratégicas para o
Enfrentamento das Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT), lançado em 2011, é
parar o crescimento da proporção de adultos brasileiros com excesso de peso ou
com obesidade. Para enfrentar este desafio, que começa na mesa, o Ministério da
Saúde tem investido em promoção de hábitos saudáveis e firmado parcerias com o
setor privado e com outras pastas do governo.
O consumo excessivo de sal, por exemplo, é apontado como
fator de risco para a hipertensão arterial. Para diminuir o consumo de sódio
entre a população, o Ministério da Saúde firmou acordo voluntário com a
indústria alimentícia que prevê a diminuição, gradual, do uso do sódio em 16
categorias de alimentos.
As metas devem ser cumpridas pelo setor produtivo até 2014
e aprofundadas até 2016. O pão francês, as massas instantâneas e a maionese são
alguns dos alimentos que vão sofrer redução de sal.
Sedentarismo diminui
O relatório também apresenta dados sobre a prática de
atividades físicas. Os homens são mais ativos: 39,6% se exercitam regularmente.
Entre as mulheres, a frequência é 22,4%. O percentual de homens sedentários no
Brasil passou de 16%, em 2009, para 14,1%, em 2011. Em 2009, 16% dos homens
foram classificados como fisicamente inativos.
No entanto, a tendência percebida é de aumento de
sedentários com o aumento da faixa etária. Se 60,1% dos homens entre os 18 e 24
anos praticam exercícios como forma de lazer, este percentual reduz para menos
da metade aos 65 anos (27,5%). Na população feminina, as proporções são
semelhantes em todas as faixas etárias, variando entre 24,6% (entre 25 e 45
anos) e 18,9 % (maiores de 65 anos).
A pesquisa também revela que 42,1 % da população com mais
de 12 anos de estudo pratica algum tipo de atividade física. O percentual
diminui para menos de um quarto da população (24%) para quem estudou até oito
anos. A frequência de exercícios físicos no horário de lazer entre mulheres com
mais de 12 anos de estudo é o único indicador da população feminina que figura
acima da média nacional (33,9%).
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