Washington, 30 mar (EFE).- O Conselho Consultivo Nacional de
Biossegurança dos Estados Unidos recomendou nesta sexta-feira a publicação de
dois estudos sobre variantes do vírus da gripe aviária (H5N1) que se propagam
entre mamíferos, após ter aconselhado em dezembro que eles não fossem divulgados
por medo de que pudessem ser usados para fabricar armas biológicas.
"Os dados descritos não parecem proporcionar informação que permitiria o mau
uso das pesquisas e que colocassem em perigo a saúde pública ou a segurança
nacional", explicou em comunicado o conselho
A instituição recomendou em dezembro que os estudos, que estavam prontos para
serem divulgados pelas revistas "Nature" e "Science", não fossem publicados por
temer que as pesquisas fossem utilizadas para fins terroristas.
A proibição da divulgação gerou críticas entre a comunidade científica e as
duas revistas, que classificaram a medida como censura.
Os estudos foram realizados nas universidades Erasmus Universiteit Rotterdam,
na Holanda, e de Wisconsin, nos EUA. As pesquisas foram realizadas com mutações
genéticas do vírus H5N1 que podem se propagar entre mamíferos (e portanto entre
humanos).
Um dos objetivos principais dos estudos era obter informação necessária para
evitar uma possível pandemia originada por esta variante e criar uma vacina que
protegesse das novas cepas.
Normalmente, o vírus H5N1 é transmitido entre aves e o contágio para humanos
ocorre raramente, por isso se a doença atingir uma pessoa é considerada
altamente letal.
Em fevereiro, especialistas mundiais convocados pela Organização Mundial da
Saúde concordaram em adiar a publicação dos estudos. Após revisar as pesquisas
nesta semana, os analistas do conselho decidiram por unanimidade liberar a
divulgação do estudo da Universidade de Wisconsin, enquanto seis dos 12 membros
da instituição aprovaram a publicação da pesquisa feita na Holanda.
EFE Fonte: Yahoo Notícias
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