sábado, 28 de abril de 2012

Pesquisa revela que aquecimento global acelera ciclo hidrológico

O pôr-do-sol ilumina o mar em Yallingup, oeste da Austrália, em maio de 2011

Um estudo australiano sobre a salinidade dos oceanos nos últimos 50 anos revelou uma "marca" que atesta que as mudanças climáticas têm acelerado o ciclo hidrológico, anunciou nesta sexta-feira um dos cientistas envolvidos na pesquisa.

O estudo, publicado na revista Science e realizado por pesquisadores australianos e americanos, analisou dados oceânicos de 1950 a 2000 e descobriu que os níveis de salinidade nos mares do mundo têm mudado com o passar do tempo.
A co-autora da pesquisa, Susan Wijffels, afirmou que os números são reveladores porque a salinidade era indicativa de mudanças no ciclo de chuva e evaporação.
"O que os resultados estão dizendo é que nós temos uma marca oceânica, uma marca muito clara de que o ciclo hidrológico da Terra já está mudando", afirmou à AFP.
"O que vimos nas observações de como o campo de salinidade já mudou ao longo de 50 anos (é) que nosso ciclo hidrológico se intensificou significativamente", acrescentou.
Wijffels afirmou que o padrão se intensificou com o passar do tempo e que é possível deduzir que a mesma dinâmica também esteja ocorrendo em terra.
"O que isto realmente quer dizer é que a atmosfera pode realmente transportar mais água das áreas que estão secando para as áreas que têm grande ocorrência de chuvas mais rapidamente", acrescentou.
"E isto significa, essencialmente, que as áreas úmidas ficarão mais úmidas e que as áreas secas ficarão mais secas", emendou.
Wijffels explicou que ter uma ideia clara do que ocorreu historicamente com as chuvas foi frustrante porque havia poucos dados de qualidade disponíveis e a maior parte deles foi coletada em terra, particularmente no hemisfério norte.
"No entanto, a maior parte da superfície terrestre é de oceanos e a maior parte da evaporação que move nosso ciclo hidrológico acontece no oceano", afirmou Wijffels, o que faz dos oceanos um objeto meritório de estudo sobre as mudanças climáticas.
Cientistas do CSIRO, entidade de pesquisa e ciência do governo australiano, e do Laboratório Nacional Lawrence Livermore, na Califórnia, usaram dados de embarcações nos oceanos do mundo e modelos climáticos para produzir seu relatório.
Segundo Wijffels, eles revelaram um padrão repetitivo de mudança, que se acredita ser resultante das mudanças climáticas.
"E nós vemos isto no Atlântico norte, no Atlântico sul, no Pacífico sul, no (oceano) Índico; tem se repetido em cada bacia oceânica de forma independente", disse. Fonte: Yahoo Notícias

sexta-feira, 27 de abril de 2012

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Cientistas identificam microorganismos que podem esclarecer vida primitiva

Cientista faz análise de microorganismos em laboratório
"Descobrimos neste lago um ramo desconhecido da árvore da vida. É único", assegurou nesta quinta-feira, em um comunicado, o encarregado do Grupo de Investigação sobre a Evolução Microbiana (MERG) da Universidade de Oslo.
"Para nós, nenhum outro grupo de organismos descende de tão perto das raízes da árvore da vida", acrescentou Kamran Shalchian-Tabrizi.
Este microorganismo "se desenvolveu há cerca de um bilhão de anos, com margem de erro de cem milhões de anos", afirmou.
Para o pesquisador, este organismo microscópico "pode servir de telescópio para observar o microcosmo original" e assim conseguir "entender melhor como foi a vida primitiva na Terra".
Este microorganismo foi descoberto há 20 anos por cientistas da Universidade de Oslo que, "naquela ocasião não sabiam quão importante era", afirmou Kamran Shalchian-Tabrizi. Fonte: yhaoo notícias

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Mudança climática pode levar mosquito transmissor da dengue ao norte da Europa

Paquistaneses afetados pela dengue compartilham leitos enquanto se recuperam da doença em um hospital de Lahore, no Paquistão, em setembro de 2011


a O clima no noroeste da Europa e nos Bálcãs está se tornando propício para abrigar o mosquito-tigre asiático, uma espécie disseminadora de doenças, como a febre do Nilo e a dengue, entre outras, alertaram cientistas nesta quarta-feira.
O alerta foi emitido por cientistas da Universidade de Liverpool, noroeste da Inglaterra, para os quais as duas regiões têm registrado, progressivamente, invernos mais amenos e verões mais quentes.
Estas condições de temperatura favorecem o mosquito, que chegou à Albânia em 1979 e agora está presente em mais de 15 países do sul da Europa.
"Ao longo das últimas duas décadas, as condições climáticas se tornaram mais propícias na parte central do noroeste da Europa - Benelux e oeste da Alemanha - e nos Bálcãs", afirmaram os estudiosos.
Segundo eles, ao mesmo tempo, condições mais secas no sul da Espanha tornaram a região menos aprazível para o inseto.
O mosquito-tigre asiático ('Aedes albopictus'), nativo de regiões tropicais e subtropicais, pode transmitir vírus que causam febre do Nilo, febre amarela, dengue, encefalopatite de Saint Louis e a encefalopatia japonesa, entre outras doenças.
Em 2005 e 2006, provocou uma epidemia de febre do Chikungunya, uma doença que ataca as articulações, na Ilha Reunião, território francês no Oceano Índico.
Um ano depois, provocou um surto da doença na província italiana de Ravena. Em 2010, foi apontado como o transmissor do vírus da dengue na França e na Croácia.
Segundo o Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças (ECDC, na sigla em inglês), em dezembro do ano passado, o mosquito estava presente em mais de 15 países da região, do sul da Espanha a algumas regiões de Grécia e Turquia.
Em artigo publicado no jornal da Royal Society Interface, os cientistas de Liverpool reportaram ter observado os registros climáticos europeus entre 1950-2009 e empregado um modelo de computador amplamente utilizado para simular tendências climáticas para 2030-2050.
"Tendências similares são prováveis no futuro, com um risco aumentado simulado no norte da Europa e levemente reduzido no sul da Europa", destacou o estudo.
"Estas mudanças de distribuição se relacionam com condições climáticas mais úmidas e quentes", acrescentou.
O artigo alerta que o clima sozinho não significa que a espécie vá se disseminar ali. Também aponta que o estudo não considerou a vegetação ou tipos de solo que determinam se o mosquito será capaz de procriar. Além disso, ondas de frio e calor também podem ajudar a limitar a sobrevivência do mosquito, e estes fatores tampouco foram incluídos na pesquisa.
Em meados dos anos 1960, o mosquito-tigre asiático estava limitado a algumas partes de Ásia, Índia e um punhado de ilhas do Pacífico.
Desde então, se disseminou pelas Américas do Norte e do Sul, Caribe, África e Oriente Médio, bem como pela Europa, sobretudo viajando de carona em produtos importados. Font: Yahoo Notícias Saúde.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Gelo da Groenlândia é mais vulnerável ao aquecimento do que se pensava



Imagem de satélite da Nasa mostra gelo desprendido da geleira Petermann, no noroeste da Groenlândia, em agosto de 2010

A cobertura de gelo da Groenlândia está mais sensível ao aquecimento global do que se pensava, já que uma elevação relativamente pequena da temperatura no longo prazo a derreteria completamente, segundo um estudo publicado neste domingo.
Pesquisas anteriores sugeriram que seria necessário um aquecimento de pelo menos 3,1º Celsius acima dos níveis pré-industriais, em uma faixa de 1,9ºC a 5,1º C, para derreter completamente a camada de gelo.
Mas novas estimativas, publicadas na revista Nature Climate Change, estabelecem o limite em 1,6ºC em uma faixa de 0,8ºC a 3,2º C, embora esta temperatura tenha que ser mantida por dezenas de milhares de anos para apresentar este efeito.
A Groenlândia é, depois da Antártica, a maior reserva de água congelada em terra.
Se derreter completamente, provocará uma elevação do nível do mar em 7,2 metros, encharcando deltas e terras baixas.
Segundo o estudo, se o aquecimento global se limitar a 2ºC, uma meta estabelecida em negociações climáticas da ONU, o derretimento completo aconteceria em uma escala de tempo de 50.000 anos.
As emissões atuais de carbono, no entanto, situam o aquecimento muito além desta meta. Se não forem controladas, um quinto da cobertura de gelo derreteria no prazo de 500 anos e toda estaria extinta em 2.000 anos, segundo o estudo.
O estudo foi feito por cientistas do Instituto Postdam de Pesquisa sobre o Impacto do Clima (PIK) e da Universidade Complutense de Madri.
Segundo eles, o risco de perda total do gelo parece remota, em vista da imensa escala de tempo, porém alertaram que suas descobertas contestam muitas suposições sobre a estabilidade da cobertura de gelo com relação ao aquecimento no longo prazo.
A atmosfera terrestre já se aqueceu 0,8ºC desde o início da Revolução Industrial, em meados do século XVIII, e o dióxido de carbono emitido hoje ainda perdurará por séculos.
A cobertura de gelo é vulnerável a um tipo de círculo vicioso, também conhecido como 'feedback positivo', que impulsiona o derretimento, segundo o artigo.
Chegando a 3.000 metros de espessura em alguns lugares, a cobertura de gelo hoje se beneficia do efeito protetor de altitudes maiores e mais frias.
Mas quando derrete, a superfície desce para altitudes mais baixas, com temperaturas mais elevadas, demonstra o modelo de computador.
Além disso, porções de terra expostas pelo gelo absorvem radiação por serem mais escuras e não refletirem a luz. À medida que se aquecem, elas ajudam a derreter o gelo em seus arredores.
"Nosso estudo demonstra que, sob certas condições, o derretimento da cobertura de gelo da Groenlândia se torna irreversível. Isto sustenta a noção de que a cobertura de gelo é um elemento preponderante no sistema terrestre", disse Andrey Ganopolski, cientista do PIK.
"Se a temperatura global superar o limiar significativamente a longo prazo, o gelo continuará a derreter e não se recuperará, mesmo se o clima voltar, após milhares de anos, aos níveis pré-industriais", acrescentou. Fonte:  Yahoo Notícias

terça-feira, 24 de abril de 2012

Hábito de beber oito litros de coca-cola por dia pode ter levado mulher à morte



NatashaHarris tinha 30 anos quando morreu devido a um ataque cardíaco, em fevereiro de 2010.

Dr. Dan Mornin testemunhou em um inquérito, na quinta (19), que Natasha provavelmente sofria de hipocalemia, ou baixo potássio, o que ele acredita ter sido causado pelo consumo excessivo de Coca e má nutrição em geral, de acordo com o jornal 'The Guardian'.

Mornin afirmou que níveis tóxicos de cafeína, um estimulante encontrado no refrigerante, também pode ter contribuído para a morte. O parceiro de Natasha, Chris Hodgkinson, testemunhou que ela bebia entre oito e 10 litros de Coca-Cola todo dia.

"A primeira coisa que ela fazia de manhã era tomar Coca, que ficava ao lado da cama, e a última coisa que ela fazia antes de normir era tomar Coca", disse Hodgkinson. "Ela era viciada."

Outro patologista, Dr. Martin Sage, afirmou em depoimento que "é certamente bem demonstrado que a ingestão excessiva de refrigerante pode ser dramaticamente sintomática, e existem fortes razões hipotéticas para ela se tornar fatal em casos individuais.

A nutricionista Lisa te Morenga, da Universidade de Otago, afirmou que consumo em excesso de qualquer tipo de líquido em um clima temperado pode prejudicar o sistema e equilíbrio natural do corpo.

Karen Thompson, porta-voz da Coca-Cola Oceania, disse em comunicado que o produto é seguro.

"Nós concordamos com a informação do legista de que a ingestão absurdamente excessiva de qualquer produto alimentar, incluindo água, por um curto período de tempo e com o consumo inadequado de nutrientes essenciais, e a falta de procura por cuidados médicos adequados quando necessário, pode ser dramaticamente sintomático." Fonte: Yahoo Notícias

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Deserto do Atacama: laboratório de testes para futuras viagens para Marte

Santiago do Chile, 21 abr (EFE).- O Deserto do Atacama se transformou nos últimos anos num laboratório de testes para futuras viagens em busca de vida microscópica em Marte e na Lua, planetas que têm uma paisagem parecida com a árida e inóspita região norte do Chile.
No Atacama foram feitos testes com robôs que podem caminhar em superfícies extraterrestres, são realizadas pesquisas para detectar a existência de microorganismos e foram projetados centros operacionais para apoiar atividades espaciais.
Um dos projetos mais atrativos é a estação de pesquisa Moon Mars Atacama Research Stations (MMARS), que ainda não tem data definida para ser construída.
Impulsionado pela Universidade de Antofagasta, no Chile, a MMARS terá uma estação base e um ambiente de simulação de ambientes extraterrestres. No futuro, a ideia é transformar o local num centro de referência para pesquisas de instituições internacionais.
O centro funcionará na Estação Yungay, a cerca de 80 quilômetros de Antofagasta e 1.300 quilômetros de Santiago, numa propriedade que o governo ofereceu em março em regime de concessão.
"Agora é tempo de conseguir parceiros e investimentos. Temos o local e é preciso começar a levantar os alicerces", disse à Agência Efe Carlos Riquelme, vice-reitor da Universidade de Antofagasta.
Ao lado da MMARS será construída a Plataforma Solar do Deserto do Atacama (PSDA), que permitirá desenvolver projetos relacionados à concentração solar num lugar com elevada radiação.
A ideia é imitar a plataforma solar que o Centro de Pesquisas Energéticas, Ambientais e Tecnológicas (Ciemat) tem em Almería, na Espanha.
A MMARS poderá servir de base de pesquisas como a realizada por cientistas chilenos e espanhóis para detectar microorganismos que vivem em condições extremas (extremófilos).
A equipe realizou uma perfuração num lago de sal, analisou amostras de rocha e encontrou bactérias e arquéias (microorganismos primitivos) que vivem sem luz solar e oxigênio.
Os resultados da pesquisa, realizada pelo Centro de Biotecnologia da Universidade Católica do Norte, no Chile, e o Centro Superior de Pesquisas Científicas (CSIC) da Espanha, foram publicados em 2011.
O estudo utilizou um instrumento, chamado Signs of Life Detector (SOLID), equipado com um biochip que contém 450 anticorpos para identificar material biológico e que poderia ser empregado para detectar vestígios de vida na superfície de Marte.
"Atualmente estamos trabalhando em colaboração com grupos da Nasa para demonstrar a utilidade do SOLID em futuras missões em Marte", explicou à Agência Efe Víctor Parro, pesquisador do CSIC.
O cientista espanhol admite que devido à atual situação econômica dos Estados Unidos e da Europa não estão previstas missões importantes para Marte, mas é "preciso estar preparado para quando as oportunidades surgirem".
O SOLID poderia ser acoplado a algum dos robôs que vem realizando testes no escarpado solo do Atacama há mais de 15 anos.
Em 1997, a Nasa e a Universidade Carnegie Mellon dos Estados Unidos testaram durante quarenta dias o robô Nomad, que tinha como objetivo buscar água, gelo e minerais na região, o que seria feito posteriormente numa expedição para a Lua ou Marte.
A Nasa continua aperfeiçoando estes aparatos e atualmente está desenvolvendo um novo robô, dotado com um instrumento que recolhe amostras do solo de um metro de comprimento. O robô será testado no Atacama em 2013, segundo disse à agência Efe David Wettergreen, pesquisador da agência americana.
Estas iniciativas ocorrem numa zona onde se concentram grandes observatórios astronômicos, entre eles os telescópios La Silla Paranal, propriedade do Observatório Europeu Austral (ESO), e o conjunto de 66 antenas de radiotelescópio que compõem o ALMA.
Tudo isso num local ermo onde a sequidão convida a olhar para o céu claro em busca de outros planetas, onde a existência de vida é quase uma ilusão. EFE Fonte:  Yahoo Notícias

sábado, 21 de abril de 2012

Gene resistente à seca isolado na Argentina promete revolução biotecnológica



A doutora Raquel Chan fala à imprensa cercada de plantas de teste utilizadas com enxerto do gene resistente à seca

Em um modesto laboratório universitário em plena região agrícola argentina, a bióloga Raquel Chan conseguiu isolar um gene resistente à seca que, enxertado em soja, milho e trigo, promete multiplicar rendimentos em uma verdadeira revolução biotecnológica.

À frente do Instituto de Agrobiotecnologia da Universidade Nacional do Litoral (UNL), Chan coordenou um grupo de pesquisas que estudou o girassol e conseguiu identificar em seu complexo genoma o gene HAHB-4, que o torna resistente à seca e à salinidade do solo.
Inoculados com esse gene, a soja, o trigo e o milho "aumentam enormemente a produtividade", explica a cientista de 52 anos, com voz grave que dissimula a paixão por seu trabalho.
"Para os produtores agropecuários, aumentar a produtividade em 10% já é uma maravilha, e isto dá muito mais, chegando inclusive a duplicá-la em um caso. O que posso assegurar é que em nenhum caso a planta transgênica produziu menos do que a não transformada" geneticamente, entusiasma-se.
Segundo ela, "quanto pior for a condição climática, maior é a diferença a favor da planta manipulada com relação à não manipulada".
Ser resistente à seca não significa que a soja crescerá no deserto, alerta esta mulher afável, que recebeu a AFP em seu laboratório, sem maquiagem e esquiva às câmeras.
"Tem que haver um pouco de água. Será possível cultivar terras com um regime pluviométrico de 500 mm ao ano, o que é muito pouco, e onde hoje não há nada. Claro que nunca serão os Pampas úmidos", admite a cientista, bióloga molecular.
O projeto de pesquisa sobre "genes envolvidos no meio ambiente", que hoje rende frutos inesperados e cuja comercialização é estimada para 2015, começou em 1993, ano em que Chan retornou a Santa Fé após o doutorado em Estrasbrugo, França.
"Se tivéssemos proposto encontrar o gene resistente à seca, talvez nunca o teríamos encontrado. Chegamos (a ele) quase por acaso", relata em seu pequeno escritório de 2 m x 2 m, com estantes repletas de revistas científicas.
Do outro lado do aquário, no laboratório, jovens cientistas se dedicam à pesquisa diante de amplas janelas, com vista para a lagoa Setúbal de Santa Fé, cidade de 450.000 habitantes, 475 km ao norte de Buenos Aires.
Após um árduo trabalho que lhe permitiu identificar o gene, seguiram-se anos de testes em laboratório, inoculando plantas herbáceas denominadas Arabidopsis, cuja resistência e produtividade aumentaram com o gene.
O passo seguinte, levar o experimento à soja, ao trigo e ao milho, exigia investimento e infraestrutura impensáveis para a universidade. Por este motivo, foi assinado um convênio com a empresa Bioceres, fundada por produtores argentinos e especializada em agrotecnologia, que agora tem a licença do produto.
A empresa, por sua vez, se associou à sementeira americana Arcadia, que prevê investir 20 milhões de dólares na comercialização do produto.
A descoberta, anunciada com pompa em fevereiro pela presidente Cristina Kirchner, promete aumentar a produtividade e os ganhos na Argentina, segundo exportador mundial de milho, primeiro de óleo e farinha de soja, terceiro de grãos desta oleaginosa e quarto fornecedor mundial de trigo.
Biotecnologia versus meio ambiente
"A biotecnologia pode dar respostas, pode ajudar a produzir mais alimentos, mas a fome se resolve com decisões políticas", adverte a cientista, formada na escola pública argentina e recebida na Universidade de Jerusalém, onde precisou se exilar durante a ditadura (1976-83).
Segundo esta mãe de dois filhos, um de 21 anos que segue seus passos e é físico e outro de 17, a quem considera "mais preguiçoso", "a ideia não é aumentar as fronteiras da semeadura. Ao contrário, permitiria ter igual rentabilidade em menos território semeado".
Sua descoberta empolga produtores, tanto quanto acende o alerta entre os ecologistas, que vêm denunciando o avanço da fronteira da soja, o uso de agrotóxicos e a tendência crescente à monocultura por rentabilidade.
"A necessidade de produzir mais alimentos, o desenvolvimento tecnológico e a preservação do meio ambiente é a encruzilhada da humanidade", avalia Carlos Manessi, vice-presidente do Centro de Proteção da Natureza de Santa Fé.
Engenheiro agrônomo que produz babosa orgânica, Manessi recebe a AFP a apenas dois quilômetros do centro de Santa Fé para mostrar como, às margens da esrada, um antigo produtor de laranja e tangerina transformou seus 25 hectares em terra arrendada para a produção de soja.
"Penso que o gene é revolucionário para a agricultura", diz o presidente da Sociedade Rural de Santa Fé, Hugo Iturraspe, contrariando os ecologistas.
Este produtor agropecuário e ex-jogador de pólo de 62 anos, dono de 300 hectares cultivadas com soja e criador de cavalos de pólo que exporta para a Europa, espera que a nova soja modificada chegue logo ao mercado.
"Com estas sementes, não só vão aumentar a quantidade de toneladas de soja, mas vão se multiplicar a quantidade de campos que vão poder entrar na agricultura", afirma este descendente de um grande proprietário de terras do século XVIII.
De pé no meio de seu campo, a 80 km de Santa Fé, ele exibe as plantas de soja que, afetadas pela seca de dezembro e janeiro passados, têm um ou dois grãos por vagem ao invés dos três ideiais.
"Se me assegurar a rentabilidade ou a aumentar, não me importa a que preço a nova semente transgênica será comercializada", afirma. Fonte:   Yhaoo Notícia

quinta-feira, 19 de abril de 2012

População crescente e má gestão ameaçam aquíferos latino-americanos

População crescente e má gestão ameaçam aquíferos latino-americanos
"É o recurso hídrico que todos utilizamos e do qual todos dependemos", enfatizou, defendendo a importância de conscientizar em todos os níveis sobre a necessidade de preservar os aquíferos, com uma perspectiva de longo prazo.
Aureli participa de quarta até a sexta-feira, em Montevidéu, da primeira consulta regional no âmbito do Projeto Governança de Águas subterrâneas, programa desenvolvido pela Unesco junto com o Fundo Mundial para o Meio Ambiente (GEF, na sigla em inglês), a Organização para a Agricultura e a Alimentação (FAO), a Associação Internacional de Hidrogeólogos (AIH) e o Banco Mundial (Bird).
A especialista avaliou que em questão de risco, o aumento da população é mais importante do que a mudança climática, mas é preciso somar também a contaminação, a falta de políticas de gestão das águas subterrâneas e a quantidade de poços, muitos sem nenhum tipo de controle.
"É um problema muito complexo porque o acesso à água não pode ser caro", afirmou Aureli. "Se a pessoa que precisa de recursos hídricos antes de pensar em si próprio pensa em como o que está fazendo pode prejudicar seu entorno, as coisas mudariam. As leis não servem para mudar o mundo. Um usuário que queira esconder um poço o fará, sempre. (...) Quando se compreenda que se compartilha, os benefícios afinal são maiores, as coisas irão melhor, mas não estamos lá ainda, falta muito".
A contaminação é mais difícil de detectar no caso das águas subterrâneas e também é maior o tempo para se recuperar o aquífero, se for possível fazê-lo.
"O perigo é muito maior", assegurou, destacando que "é muito difícil descontaminar um aquífero".
Aureli destacou um exemplo bem sucedido no Chile, no qual diante do esgotamento de alguns aquíferos começou-se a trabalhar com os usuários até o nível governamental.
Mas "também é um exemplo que nos diz outra vez até que o homem não enfrente um problema, não procura um remédio. Não precisamos chegar a situações de aquíferos já comprometidos para começar a aprovar legislações ou tentar remediar o problema. Há países onde os aquíferos ainda não têm problemas mas se não os estudamos, não os gerirmos, os problemas virão dentro de 10 ou 20 anos", alertou.
Segundo a alta funcionária da Unesco, apesar da importância das águas subterrâneas, o tema não terá destaque na conferência sobre sustentabilidade Rio+20, que será celebrada em meados do ano.
"Fala-se de 'green economy' (nr: economia verde), mas (...) sem uma sociedade que se comprometeu e age na defesa de valores ambientais, nunca se alcançará a economia sustentável para o futuro e para todo mundo", acrescentou.
O encontro em Montevidéu é o primeiro de cinco que serão celebrados em Quênia, Jordânia, China e Holanda entre 2012 e 2013.  fonte Yahoo notícias

terça-feira, 17 de abril de 2012

Mouse tem mais germes do que vaso sanitário, diz estudo




O resultado assustador seria explicado pelo fato de que muitos usuários comem diante do computador, prática que transforma o local de trabalho em terreno fértil para germes e bactérias. Além disso, a gordura e resíduos acumulados nas mãos vão para o mouse e dispositivos elétricos não são limpos com a mesma frequência que outros itens do escritório.

A pesquisa também constatou que os mouses dos homens são mais sujos que os das mulheres, com aproximadamente 40% de bactérias a mais.

O segundo item mais sujo do escritório é o teclado, seguido pelo telefone e cadeira. Fonte: Yahoo Notícias saúde

domingo, 15 de abril de 2012

Estudo aponta risco de anticoncepcional da Bayer

A Bayer HealthCare Pharmaceuticals informou que atualizou as bulas dos anticoncepcionais contendo drospirenona nos Estados Unidos, seguindo a determinação do órgão regulador americano. O novo texto alerta que o medicamento com esse hormônio pode estar associado com "risco mais elevado" de tromboembolismo venoso (TEV) do que outros remédios. No Brasil, o laboratório comercializa os anticoncepcionais Yaz e Yasmin com esse hormônio.
A empresa, no entanto, ressalta que "dados clínicos de período de mais de 15 anos e os resultados de estudos de segurança realizados pós comercialização de até 10 anos" reforçam a conclusão da companhia de que os medicamentos são "seguros e eficazes quando utilizados conforme orientação médica". A Bayer também atualizou as bulas no Canadá, na Austrália e em países da Europa, a pedido de órgãos reguladores locais. Mas isso não deverá ocorrer no Brasil, informa a assessoria de imprensa da empresa, sem que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determine a mudança.

A agência brasileira informou que, quando os estudos foram publicados, no ano passado, os médicos foram convocados a denunciarem a formação de coágulos sanguíneos relacionados ao uso de drospirenona. Em seis meses, nenhum episódio foi relatado.
A agência informa ainda que tem acompanhado o caso e solicitou os estudos à FDA. "Até o presente momento, não houve sinal de risco sanitário identificado no âmbito do Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - Notivisa".
O vice-presidente do departamento de Doenças Cerebrovasculares da Associação Brasileira de Neurologia (Abneuro), Rubens Gagliardi, lembra que todo anticoncepcional tem risco de facilitar a trombose, que pode levar ao Acidente Vascular Cerebral (derrame). "Esse tipo de suspeita (risco maior de provocar o coágulo sanguíneo) merece um estudo aprofundado, com segmento populacional grande, por três ou quatro anos. O risco de AVC é muito sério. Se for comprovado, deve ser divulgado na bula, sim". Fonte: Yahoo.notícias saúde