O Irã comemorou o 30º aniversário da revolução islâmica com o lançamento de um satélite ao espaço. Durante a contagem regressiva, Alá foi invocado. O Ocidente reagiu com preocupação. Em Israel, essa notícia até mesmo teve mais repercussão que os foguetes que voltaram a ser atirados pelo Hamas sobre o Sul do país.
O presidente Ahmadinejad inspecionando o centro nuclear do Irã.
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Esse não foi o primeiro satélite iraniano no espaço. Em 2005, porém, os iranianos ainda dependiam de tecnologia e ajuda dos russos para lançarem seu satélite. Três anos e quatro meses mais tarde, eles mesmos fabricaram o satélite e o colocaram em órbita com um foguete próprio e sem qualquer ajuda. Esse progresso da República Islâmica do Irã causou certas preocupações no Ocidente. Em Israel foram lembradas as seguintes circunstâncias: não se trata do primeiro satélite iraniano e, mesmo que ele seja utilizado para fins de espionagem, o que mais importa não é o próprio satélite, mas a capacidade de lançamento desenvolvida pelo Irã. O país mostrou agora que dispõe de mísseis de longo alcance, que funcionam perfeitamente. Se eles são capazes de transportar satélites, então também podem levar artefatos de destruição. Se pensarmos que o Irã realmente será uma potência nuclear dentro de dois anos, o futuro de Israel não parece muito róseo.
O mal-estar em Israel não melhorou mesmo depois que altos funcionários dos governos da Rússia, da China, da França, da Grã-Bretanha e da Índia elogiaram a intenção do novo presidente americano de dialogar diretamente com o Irã sobre suas aspirações nucleares. Geoff Morrell, porta-voz do Pentágono, voltou a acentuar após lançamento do satélite iraniano no início de fevereiro de 2009: “Certamente devemos estar preocupados com as constantes tentativas iranianas de desenvolvimento de um programa de mísseis balísticos com alcance cada vez maior”. Em Israel, o major-general Isaac ben-Israel, ex-chefe da Agência Espacial do país, esclareceu a problemática com clareza: “Necessita-se de energia especial e adicional para transportar um satélite de 30 a 50 quilos para o espaço. Como o Irã conseguiu fazê-lo, isso corresponde à capacidade de disparar na atmosfera um míssil balístico com uma bomba atômica de uma tonelada até a Europa”. Portanto, frisou ben-Israel, o que deve preocupar não é o satélite: “Ele é apenas um equipamento. Alarmante é a crescente capacidade de lançamento de mísseis balísticos de longo alcance”. Zvi Kaplan, o atual diretor da Agência Espacial israelense, considera que os relatos iranianos são verdadeiros. A respeito, ele disse ao jornal Jerusalem Post: “Não ficamos surpresos, pois na atual era de informações e tecnologia, considerando que há muitos cientistas iranianos que estudam no exterior, eles podem obter esses conhecimentos técnicos com bastante facilidade”.
Poucos dias depois o Irã se manifestou. As afirmações divulgadas deveriam fazer o mundo inteiro ficar pensativo, pois o Irã se mostrou fechado ao tom conciliador de Washington. Foi o que mostraram, por exemplo, as palavras de Hojjatoleslam Ali Maboudi, representante do líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, na Guarda Revolucionária: “Os sionistas levaram Obama ao poder para ajudar a América a enfrentar seus atuais desafios. Todos os governos têm ‘linhas vermelhas’, e nossas ‘linhas vermelhas’ são rejeitar as políticas arrogantes da América e do regime sionista”. Além disso, Maboudi declarou: “A oposição ao regime sionista e a defesa das pessoas oprimidas estão entre os pilares da revolução islâmica, e as relações entre o Irã e a América não mudarão porque Obama assumiu”. O Irã não reconhece o direito de existência de Israel, razão porque freqüentemente os representantes do país falam apenas do “regime sionista”. Como se percebe, o Irã considera que as relações entre Israel e os EUA são tão estreitas que não se pode separar suas políticas. (NA)
Mesmo que o novo presidente dos EUA queira “conversar” com o Irã, isso não trará frutos, pois o objetivo desse país é o aniquilamento de Israel. Um dia, juntamento com Gogue, da terra de Magogue, o Irã invadirá Israel e será julgado por Deus (veja Ez 38.5ss.). Mesmo que ocorra uma espécie de acordo entre os EUA e o Irã, ele será apenas de natureza tática por parte do regime iraniano. Israel e o Irã se encontram em posições diametralmente opostas. As razões para isso são de natureza espiritual e, portanto, encontram-se no mundo invisível. No final, a luta contra Israel culminará no ajuntamento dos exércitos mundiais por parte da besta e dos reis da terra para lutarem contra Cristo (veja Ap 19.19-21). Mas o Senhor os derrotará, pois Ele é o Senhor dos senhores e Rei dos reis. (Conno Malgo - Fonte: http://www.beth-shalom.com.br)
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