quarta-feira, 11 de julho de 2012

Proteínas da seda servem para conservar vacinas


(Arquivo) A estrutura de seda pode se adaptar a uma série de formas, como microsseringas
A  nova tecnologia permite o uso de proteínas da seda para fabricar uma espécie de invólucro molecular que permite armazenar vacinas e antibióticos sem refrigeração durante anos, segundo um trabalho publicado nesta segunda-feira nos Estados Unidos.
A estrutura de seda pode se adaptar a uma série de formas, como microsseringas e microvesículas, que permitem a esses medicamentos não-refrigerados serem armazenados e administrados em um único recipiente.
As vacinas e os antibióticos podem, desta forma, ser preservados em temperaturas de até 60°, garantem os autores do trabalho, publicado na versão eletrônica dos Anais da Academia das Ciências americana.
A proteína da seda tem uma estrutura e química únicas, que a tornam mais robusta e resistente à umidade, e estável em temperaturas extremas. Além disso, é biologicamente compatível, assinalam os pesquisadores.
Estas propriedades são de grande utilidade para estabilizar "os antibióticos, as vacinas e outros medicamentos", explica o principal autor do estudo, David Kaplan, engenheiro biomédico da universidade de Tufts, em Massachusetts.
"O fato de que também podemos transformar a seda em microsseringas representa uma enorme vantagem, que pode proporcionar uma grande quantidade de oções úteis para estabilizar e distribuir estes medicamentos", acrescenta o pesquisador, que estuda a seda há 20 anos.
A maioria das vacinas, enzimas e anticorpos, bem como muitos antibióticos e outros medicamentos, deve ser refrigerada desde a produção até a entrega, para que mantenha a sua eficácia, o que representa até 80% do custo da vacinação, segundo estimativas.
As proteínas da seda preservam a eficácia das vacinas contra rubéola, caxumba e sarampo, bem como de antibióticos.  Fonte: Yahoo Notícias

Nenhum comentário:

Postar um comentário