"Todos estes elementos e múltiplos testes - cada um com um enorme grau de incerteza - nos conduzem à conclusão de que ao menos a metade desta biomassa foi para além dos 1.000 metros de profundidade e que uma proporção substancial sem dúvida chegou ao fundo do oceano austral", asseguram os pesquisadores.
Assim, a floração de fitoplâncton fertilizado com sulfato de ferro "pode sequestrar carbono em escalas de tempo calculadas em séculos nas camadas de água até acima do fundo do mar e inclusive durante mais tempo nos sedimentos destas profundidades", acrescentaram.
Resumindo os resultados deste estudo, Michael Steinke, da Universidade britânica de Essex, explica: "como as plantas em terra firme, o fitoplâncton, procedente da fotossíntese, que flutua no mar, capta CO2 na superfície do oceano e, quando o fitoplâncton morre, afunda para o fundo do oceano, onde boa parte fica presa nos sedimentos profundos durante alguns anos".
Esta transferência de CO2 contribui, segundo ele, para manter a temperatura ambiente em um nível que facilite a vida em nosso planeta.
"Isto abrirá caminho para métodos de engenharia em grande escala que utilizem a fertilização do oceano para atenuar as mudanças climáticas?", se pergunta. "Sem dúvida não, porque encontrar o local adequado para tais experimentos é difícil e caro", segundo ele.
Em 2007, os especialistas da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN) advertiram para os riscos desta técnica, sobretudo para o ambiente marinho, um aspecto ausente do estudo publicado pela Nature. fonte: Yahoo Notícias
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