Ao ser pulverizado sobre uma área determinada, o reagente, ainda em fase experimental, pode ressaltar um carcinoma de tamanho inferior a um milímetro. O reagente dá às células malignas um brilho de cor verde, detalham os cientistas na última edição da revista médica "Science Translational Medicine".
A ressonância magnética e outros métodos existentes são incapazes de destacar tecidos cancerígenos de dimensões tão pequenas. A equipe considera que este avanço poderá, no futuro, ajudar a detectar com maior precisão e menor custo o desenvolvimento de um câncer.
"A capacidade do olho humano em detectar, sem ajuda, pequenos focos de câncer ou limites precisos entre o câncer e o tecido normal durante a cirurgia ou a endoscopia é limitada", explicam os pesquisadores em seu artigo.
Yasuteru Urano, professor de Bioquímica da Universidade de Tóquio, e Hisataka Kobayashi, cientista-chefe dos Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos, são os dois pesquisadores que lideram a equipe. Eles esperam que o reagente possa ser utilizado dentro de poucos anos.
O reagente desenvolvido emite um brilho verde em questão de minutos graças a uma reação química quando entra em contato com uma enzima chamada GGT, só presente na superfície das células cancerígenas.
Durante a pesquisa, o grupo conseguiu fazer com que o tecido afetado brilhasse 20 vezes mais que o restante, poucos minutos após pulverizar o reagente sobre o abdômen de ratos que tinham recebido células humanas afetadas por câncer de ovário.
A equipe ainda terá de certificar que a molécula fluorescente não é tóxica para o restante das células, mas já afirma que não foram detectados efeitos perigosos, mesmo ao utilizar grandes quantidades do reagente. EFE
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