Segundo o professor Peter F. Sale, da Universidade de Windsor, do Canadá, mesmo se for firmado um tratado, o aquecimento e a acidificação dos oceanos vão continuar para além de 2100.
- O que acontece agora é grave. Acho muito improvável que os recifes, como eu os conhecia em meados da década de 1960, ainda sejam encontrados em qualquer lugar do planeta até meados do atual século - vislumbra o professor.
De acordo com sua análise, "em vez disso, teremos algas cobrindo escombros e erodindo bancos de pedra calcária".
Para Sale, a única esperança seria um plano mais agressivo de redução nas emissões de CO2 para no máximo 350 ppm (partes por milhão - uma maneira de medir a proporção de moléculas de dióxido de carbono em relação às demais moléculas da atmosfera).
- Perdemos 90% da nossa biomassa de peixes desde a década de 1940 pela poluição das águas costeiras, e a maioria das áreas marinhas não está sendo protegida. Nós temos o direito ético de eliminar todo um ecossistema? - questiona.
Especialistas como Ove Hoegh-Guldberg, principal autor do capítulo "O oceano" apresentado no Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), e John Veron, ex-cientista-chefe do Instituto Australiano de Ciência Marinha e especialista em corais, fazem coro:
- Esta é uma emergência global. O aumento das temperaturas eliminará ecossistemas como os recifes de coral e muitos outros sistemas dos quais os seres humanos dependem - afirma Hoegh-Guldberg.
Segundo Veron, "se a Humanidade não se prevenir contra tais ameaças, nenhuma outra medida poderá salvar as gerações futuras das consequências". Fonte:
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