terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Estudo comprova que "hormônio do amor" previne efeito do álcool

Sydney (Austrália), 24 fev ().- A oxitocina, conhecida também como o "hormônio do amor", previne a intoxicação alcoólica em roedores e poderá abrir portas para futuros tratamentos contra a dependência do álcool em seres humanos, segundo estudo divulgado nesta terça-feira.
"Descobrimos que as oxitocinas bloqueiam os efeitos da intoxicação do álcool e previnem a atuação em partes do cérebro que estão ligados ao alcoolismo", explicou à emissora "ABC" Michael Bowen, um dos autores da pesquisa da Universidade de Sydney.
No estudo divulgado hoje pela revista científica "Procedimentos da Academia Nacional de Ciências", a equipe liderada por Bowen analisou o papel da substância no bloqueio dos efeitos do álcool no organismo, que é induzido pela liberação da dopamina.

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Ao observar o comportamento de grupos de roedores sóbrios e embriagados, os cientistas perceberam que os primeiros davam voltas ao redor de suas jaulas, enquanto os outros se sentavam visivelmente sedados com os focinhos apoiados na quina das caixas.
O curioso foi que um terceiro grupo de ratos, ao qual foi dado o hormônio antes do consumo de álcool, rodeava a jaula como os roedores sóbrios.
Em outros testes para medir a sobriedade, Bowen e seus colaboradores observaram por quanto tempo os roedores aguentavam ficar pendurados verticalmente na grade de arames.
"Os ratos sóbrios se sustentavam de 10 a 15 segundos, enquanto os embriagados aguentaram apenas dois", explicou o psicólogo australiano, ressaltando que os que estavam sob o efeito da oxitocina conseguiram ficar pendurados cerca de dez segundos.
"A substância reverte quase por completo o efeito do álcool", afirmou o cientista ao refletir sobre as possibilidades de prevenir as consequências que o consumo da bebida produz, como o relaxamento excessivo dos músculos.
Estudos anteriores mostram que a oxitocina pode reduzir o consumo do álcool, os desejos e a síndrome de abstinência, por isso há chances de ser um componente crucial para possíveis tratamentos contra o alcoolismo.
"Aqui há um remédio que potencialmente pode fazer com que se consuma menos álcool e caso seja ingerido, os efeitos serão reduzidos", indicou Bowen.
O desafio agora é aprimorar os descobrimentos para tratamentos em seres humanos, embora a oxitocina já seja utilizada de forma segura para induzir partos. EFE Fonte: Yahoo Notícias

2 comentários:

  1. Oi, Gilberto!
    Talvez apenas corte o efeito do álcool, mas isso não quer dizer cura do alcoolismo. A oxitocina é o hormônio que também é liberado no ato da amamentação, deixando as mães amorosas e com instinto de proteção aguçado. Seguindo essa linha e sendo os alcoolicos em sua maioria violentos, o uso da droga pelo menos ajudará a combater a violência doméstica. Quem sabe para os não alcoolicos também?
    *Descobrir o restante de vida talvez não seja uma boa... Por acaso ontem li uma última postagem de uma pessoa que morreu e ela escreveu algo como: Tenho pouco tempo de vida e não sei o que fazer com esse tempo.
    Beijus,

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  2. Sim, Luma! Concordo plenamente com sua opinião, Mas antes de mesmo de venderem ou de patentearem o remédio é preciso que não deixemos os nossos jovens se tornem alcoólatras.(No mais ele será somente mais um paliativo).

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