domingo, 31 de agosto de 2014

Tratamento experimental aumenta expectativa de vida de pacientes com insuficiência cardíaca

Sede da gigante farmacêutica Novartis, na Basileia

Um medicamento experimental do laboratório suíço Novartis mostrou-se eficaz no aumento da expectativa de vida de pacientes com insuficiência cardíaca, reduzindo o índice de mortalidade em 20%.
A nova droga, conhecida como LCZ696, poderia substituir as terapias usadas atualmente para tratar a doença, que afeta 26 milhões de pessoas no mundo.
O teste foi feito com 8.442 pacientes de 47 países, ao longo de 27 meses. Foi avaliada a inocuidade e a eficácia do tratamento em pacientes com insuficiência cardíaca, e a comparação com aqueles tratados com o enalapril, vendido em marcas como Renitec e Vasotec.
Foi comprovado que 21,8% dos pacientes tratados com o LCZ696 morreram de insuficiência cardíaca, enquanto, entre os pacientes tratados com enalapril, esta porcentagem foi de 26,5%, uma diferença de 20%.
O medicamento também reduziu em 21% o número de internações por causa da doença.
Segundo os pesquisadores, um dos efeitos colaterais do LCZ696, é a hipotensão, embora eles afirmem que ele causa menos danos aos rins do que o enalapril.
A gigante farmacêutica Novartis anunciou neste sábado os resultados do estudo, no congresso da Sociedade Europeia de Cardiologia, em Barcelona, Espanha. Os resultados foram publicados também pela revista americana "New England Journal of Medicine".
A Novartis deve solicitar à Administração de Alimentos e Medicamentos americana (FDA, sigla em inglês) autorização para começar a vender a nova droga no fim de 2014 e obter o seu equivalente na União Europeia em 2015.
O índice de mortalidade por insuficiência cardíaca é elevado. Cerca de 50% dos pacientes morrem nos cinco anos posteriores ao diagnóstico, segundo a Novartis.
O analista Tim Anderson, da empresa Sanford C, citado pelo "New York Times", estima que o remédio terá um preço elevado, podendo custar sete dólares diários nos Estados Unidos, ou 2,5 mil dólares anuais. As versões genéricas dos demais tratamentos contra a doença custam 4 dólares por dia. Fonte:Siga o Yahoo Notícias no Twitter e no Facebook 

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Testes de vacina contra o Ebola serão acelerados

Os testes de uma nova vacina contra o Ebola serão acelerados, e a substância começará a ser administrada em setembro a voluntários saudáveis de Reino Unido, Gâmbia e Mali

Os testes de uma nova vacina contra o Ebola serão acelerados, e a substância começará a ser administrada em setembro a voluntários saudáveis de Reino Unido, Gâmbia e Mali, anunciou em Londres o consórcio responsável.
A vacina é um projeto conjunto do laboratório farmacêutico GlaxoSmithKline e a organização não governamental médica britânica Wellcome Trust, entre outros organismos, segundo um comunicado.
O anúncio coincide com a advertência da Organização Mundial da Saúde (OMS) de que o vírus Ebola pode afetar a médio prazo até 20.000 pessoas, mas que espera deter a progressão da doença nos próximos três meses.
Os testes para medir a segurança e efetividade da vacina acontecerão, entre outros centros médicos, no Instituto Jenner da Universidade de Oxford.
Ao mesmo tempo em que os testes serão realizados, a GlaxoSmithKline produzirá 10.000 doses para que, no caso de êxito dos testes, a OMS possa iniciar imediatamente um programa de vacinação de emergência nas comunidades mais afetadas.
Os testes devem ser concluídos ao fim de 2014.
"Os acontecimentos trágicos na África exigem uma resposta urgente", disse o professor Adrian Hill, diretor do Instituto Jenner.
"Nos últimos anos, as pesquisas com vacinas similares imunizaram com sucesso as crianças e adultos contra uma variedade de doenças. Nós, junto com os outros participantes no projeto, somos otimistas de que esta vacina candidata será útil contra o Ebola". Fonte Siga o Yahoo Notícias no Twitter e no Facebook 

Ebola matou 1.552 pessoas e pode afetar até 20 mil

Médico da OMS alimenta vítima de Ebola em instalação da OMS em Kailahun, Serra Leoa, em 15 de agosto de 2014
A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou nesta quinta-feira que 1.552 pessoas morreram vítimas do vírus Ebola, que pode afetar, a médio prazo, 20.000 pessoas, mas a organização espera deter o avanço da doença nos próximos três meses.

A OMS anunciou que até 26 de agosto morreram 1.552 pessoas das 3.069 que contraíram o vírus Ebola em quatro países da África ocidental.
A organização advertiu que a epidemia avança de "forma acelerada".
"O número total de casos de febre hemorrágica pelo vírus Ebola poderia superar 20.000", afirma a OMS, que no entanto espera deter o aumento de novos casos em três meses e "interromper qualquer transmissão residual em seis a nove meses".
A Libéria foi o país mais afetado, com um total de 1.378 casos registrados, sendo 694 fatais.
Na Guiné, país onde teve início a epidemia no começo de 2014, foram registrados 648 casos, com 430 mortes.
Em Serra Leoa o balanço é de 1.026 casos com 422 pessoas falecidas.
Na Nigéria, seis pessoas morreram em 17 casos registrados.
"Mais de 40% do número total de casos surgiram nos últimos 21 dias", destaca a OMS.
A doença tem uma taxa de mortalidade de 52%, que varia entre 42% de Serra Leoa e 66% de Guiné.Siga o Fonte: Yahoo Notícias no Twitter e no Facebook 

terça-feira, 26 de agosto de 2014

Especialista indica que epidemia de Ebola deve aumentar

O professor Peter Piot lê um artigo sobre seu trabalho envolvendo o vírus, em seu escritório, no centro de Londres
O professor belga Peter Piot, um dos responsáveis pela descoberta do vírus Ebola em 1976, afirmou nesta terça-feira que estão reunidas as condições para que a epidemia "acelere", e lamentou a "extraordinária lentidão" da resposta da Organização Mundial de Saúde (OMS).
"Nunca havia acontecido uma epidemia de tal envergadura. Há seis meses assistimos ao que se poderia chamar de 'tempestade perfeita', porque estão reunidas todas as condições para que acelere", afirmou em uma entrevista ao jornal francês Libération.
A epidemia de febre hemorrágica Ebola, que já provocou mais de 1.500 mortos, "explode em países onde os serviços de saúde não funcionam, devastados por décadas de guerra. Além disso, a população desconfia radicalmente das autoridades", completa o especialista.
"É necessário restabelecer a confiança. Em uma epidemia como a do Ebola, não é possível fazer nada sem confiança".
O coordenador da ONU na luta contra o Ebola, David Nabarro, advertiu na segunda-feira que o combate à epidemia é uma "guerra" que não está vencida de antemão e que pode durar seis meses.
Piot lamentou a "extraordinária lentidão" das instituições.
"A OMS despertou apenas em julho, apesar do alerta ter sido feito no início de março e da epidemia ter começado em dezembro de 2013. Agora assume a liderança, mas é muito tarde", afirmou.
No início de agosto, os especialistas da OMS consideraram que era "ético" fornecer aos pacientes medicamentos experimentais com efeitos colaterais ainda desconhecidos. Fonte: Yhaoo Notícias

Consumo de energia pelo cérebro na infância atrasa o desenvolvimento físico


Washington, 25 ago (EFE).- Uma razão pela qual a infância dos humanos é tão prolongada em comparação com a de outros mamíferos é que o desenvolvimento do cérebro consome tanta energia que retarda o desenvolvimento físico, afirma um artigo publicado nesta segunda-feira na "Proceedings of the National Academy of Sciences" (PNAS), a revista oficial da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos.
O estudo, que contou com a participação de cientistas de várias universidades e foi comandado por Christopher Kuzawa, do Departamento de Antropologia da Universidade Northwestern, no estado de Illinois, tenta explicar por que as crianças crescem em um ritmo tão lento que se parece mais com o dos répteis.
Os autores partiram da hipótese que o elevado custo energético do desenvolvimento do cérebro humano poderia explicar alguns aspectos típicos dos humanos, inclusive o crescimento lento nos anos que precedem a idade adulta.
Os cientistas acrescentaram que, apesar de ser amplamente aceito que as necessidades metabólicas do desenvolvimento do cérebro humano restringem o ritmo da evolução, esses requisitos não eram conhecidos.
Além disso, as hipóteses anteriores indicavam que o consumo de recursos por parte do cérebro era, em relação ao restante do corpo, muito maior logo após o nascimento, quando o tamanho do cérebro é maior em proporção.
"Nossas conclusões indicam que nossos corpos não podem dar o luxo de crescer mais rápido durante a infância devido à enorme quantidade de recursos que são necessários para sustentar o desenvolvimento do cérebro humano", afirmou Kuzawa.
"Nós humanos temos muito que aprender e essa aprendizagem requer um cérebro complexo e faminto de energia", acrescentou.
Esse estudo é o primeiro que combina dados de tomografias por emissão de pósitrons (PET, sigla em inglês), uma análise que mede a absorção de glicose, e imagens de ressonância magnética (MRI, sigla em inglês), que medem o volume cerebral.
A combinação de dados serviu para mostrar que as idades em que o cérebro consome a maior parte dos recursos correspondem ao tempo em que o corpo se desenvolve em ritmo menor.
O apetite do cérebro por energia atinge o seu ápice por volta dos quatro anos de idade.
Segundo o estudo, com essa idade o cérebro "queima" o combustível equivalente a 66% do que é utilizado pelo resto do corpo.
Esse ritmo de consumo, que equivale a mais de 40% do total do gasto energético do corpo, termina ao redor dos cinco anos de idade, quando o cérebro utiliza o máximo de glicose.
É no período entre quatro e cinco anos de idade que o cérebro desenvolve o seu máximo de conexões nervosas, as chamadas sinapses dos neurônios, e quando os humanos aprendem muitas das coisas que serão necessárias para a sobrevivência.
Por isso as crianças crescem de forma mais lenta e são fisicamente menos ativas nessa etapa, para compensar a forte demanda por energia no cérebro, segundo os investigadores. EFE Fonte: Siga o Yahoo Notícias no Twitter e no Facebook 

Cientistas encontram bactéria intestinal que evita alergias alimentares

Ratos de laboratória em 23 de janeiro de 2014
Camundongos criados em um ambiente estéril ou que ingerem antibióticos nos primeiros momentos da vida carecem de uma bactéria intestinal comum que parece evitar as alergias intestinais, afirmam cientistas americanos nesta segunda-feira.
A bactéria, denominada "Clostridia", parece minimizar a propensão dos roedores a desenvolver alergia a amendoim e os cientistas gostariam de descobrir se ela faz o mesmo efeito nos seres humanos.
Enquanto isso, eles descobriram que fornecer aos roedores probióticos contendo "Clostridia" em um momento posterior de suas vidas poderia reverter a alergia, segundo estudo publicado no periódico Proceedings of the National Academy of Sciences.
"Estímulos ambientais, como o uso excessivo de antibióticos, dietas ricas em gordura, nascimento por cesariana, remoção de patógenos comuns e até mesmo a alimentação com fórmula afetaram a microbiota com a qual nós coevoluímos", explicou a autora sênior do estudo, Cathryn Nagler, professora de alergia alimentar da Universidade de Chicago.
"Nossos resultados sugerem que isto poderia contribuir para a suscetibilidade crescente a alergias alimentares", acrescentou.
Os cientistas afirmam que a incidência de alergias alimentares entre crianças aumentou 18% nos Estados Unidos entre 1997 e 2007.
A causa precisa das alergias é desconhecida, mas alguns estudos sugerem que mudanças na dieta, na higiene e o uso de sabonetes antimicrobianos e produtos desinfetantes podem provocar alterações nas bactérias do trato gastrointestinal, tornando as pessoas mais suscetíveis a alergias, algumas das quais podem ser fatais.
Os cientistas fizeram a experiência com camundongos. Alguns nascidos e criados em condições estéreis foram expostos a alergênicos do amendoim. Eles também deram antibióticos a cobaias recém-nascidas, uma prática que reduziu significativamente a quantidade de bactérias.
Os dois grupos de ratos apresentaram níveis significativamente mais elevados de resposta dos anticorpos aos alergênicos do amendoim em comparação com os ratos com uma flora bacteriana na média.
Sua sensibilidade aos alergênicos alimentares poderiam ser revertidas se a bactéria "Clostridia" fosse reinserida no intestino dos ratos.
Os cientistas advertiram que é necessário fazer mais estudos para verificar se a bactéria teria o mesmo efeito em seres humanos. Fonte: Ytahoo Notícias

domingo, 24 de agosto de 2014

OMS diz que levará meses para frear epidemia de Ebola

Keiji Fukuda, o vice-diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS), em uma coletiva de imprensa na cidade suíça de Genebra, em 8 de agosto de 2014
O vice-diretor da Organização Mundial de Saúde (OMS) para a Segurança Sanitária, Keiji Fukuda, alertou nesta sexta-feira que o trabalho de frear a epidemia de Ebola "não será fácil" e levará "vários meses".
"O ritmo e a extensão da aceleração do Ebola estão em um nível jamais vistos. É uma situação sem precedentes", declarou Fukuda em uma entrevista coletiva com o coordenador da ONU contra o Ebola, dr. David Nabarro, na sede da Missão das Nações Unidas na Libéria (Minul).
"Nunca vimos uma situação do Ebola cobrindo as cidades e as zonas rurais tão rapidamente e com tal amplitude geográfica", insistiu.
"Essa situação não vai se inverter de um dia para o outro, não vai ser fácil. Esperamos vários meses de trabalho árduo, vários meses lutando contra esta epidemia", disse Fukuda na coletiva de imprensa realizada na Monróvia, capital da Libéria, um dos países mais afetados pela crise.
Em Genebra, a OMS divulgou nesta sexta o mais recente boletim sobre a doença, datado de 20 de agosto.
São pelo menos 1.427 mortos até o momento: 624, na Libéria; 406, na Guiné; 392, em Serra Leoa; e cinco, na Nigéria. Ao todo, foram registrados 2.615 casos, entre confirmados, prováveis, ou suspeitos.
"O principal objetivo da nossa vinda à Libéria é ver a epidemia do Ebola com os olhos das pessoas, dos profissionais de Saúde, dos serviços do governo da Libéria, para ter uma medida dos problemas que vocês enfrentam nessa luta e compreender os desafios", explicou o dr. Nabarro, que chegou à Monróvia na quinta-feira à noite. Ambos viajam pelos países afetados e ainda visitarão Freetown, Conacri e Abuja. Fonte: Yahoo Notícias

Cientistas testam tratamento para alguns sintomas de autismo

Menino brinca com bolha de sabão durante evento de arrecadação de fundos para crianças com autismo em Kiev, Ucrânia, em 28 de maio de 2013
O autismo resulta de um excesso de sinapses, as conexões nervosas do cérebro, concluiu uma pesquisa que poderá levar ao desenvolvimento de um tratamento para alguns sintomas dessa complexa síndrome.
Essa superabundância de conexões entre neurônios resulta de um mau funcionamento do mecanismo normal de eliminação das sinapses inúteis.
Os pesquisadores da Universidade de Colúmbia em Nova York conseguiram restabelecer o mecanismo cerebral do "corte de sinapses" em ratos modificados geneticamente para simular o autismo.
Para conseguir isso, bloquearam - com a ajuda do medicamento rapamicina - a ação da proteína mTOR, que regula a proliferação celular em mamíferos. Desse modo, eliminaram os sintomas típicos do autismo em roedores, como o de evitar contato com os demais. O estudo aparece esta semana na última edição da revista "Neuron".
"Tratamos esses ratos depois do aparecimento dos sintomas (...), a partir desse estudo seria possível, mas não seguro, obter os mesmos resultados em pacientes após serem diagnosticados com a síndrome", disse nesta sexta-feira à AFP o professor David Sulzer, neurobiólogo da Universidade de Colúmbia e principal autor desse trabalho.
Ele acrescentou que o fato de essa disfunção parecer se desenvolver depois do nascimento "é potencialmente uma boa notícia".
Uma em cada 68 crianças nos Estados Unidos tem alguma forma de autismo, segundo as últimas estimativas do governo federal.
Em seu desenvolvimento, o cérebro de um recém-nascido produz uma enorme quantidade de sinapses, por meio das quais os neurônios transmitem e recebem sinais. Durante a infância e a adolescência, o cérebro normal começa a cortar algumas dessas conexões para que as diferentes partes possam se desenvolver sem estarem mergulhadas em um excesso de sinais, o que gera confusão - explicam os neurologistas.
Os autores desse trabalho descobriram essa superabundância de sinapses em autistas pela análise de tecido do córtex cerebral, responsável pelas funções neurológicas superiores, de cérebros de 48 jovens com idades compreendidas entre os 2 e os 20 anos no momento de sua morte. Desses, 26 tinham autismo, e 22 não apresentavam a síndrome.
Constataram, então, que um jovem de 19 anos sem autismo tinha 41% a menos de sinapses do que uma criança pequena. Um rapaz da mesma idade com autismo tinha apenas 16% a menos.
Os neurologistas também observaram que uma superabundância de sinapses aumenta o risco de sofrer epilepsia, já que há mais sinais elétricos no cérebro.
A equipe do professor Sulzer descobriu ainda biomarcadores e proteínas dentro do cérebro de crianças e adolescentes autistas. Isso indica uma disfunção no mecanismo de eliminação das células danificadas e envelhecidas, chamada de autofagia. Sem esse mecanismo, não acontece o corte natural das sinapses.
O professor Sulzer considera a possibilidade de adaptar melhor a rapamicina (utilizada em ratos para restabelecer o corte de sinapses) para tratar certos tipos de autismo, com o objetivo de minimizar os efeitos colaterais. A rapamicina também é um imunossupressor usado contra a rejeição de órgãos transplantados. Fonte: Siga o Yahoo Notícias no Twitter e no Facebook 

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Nova espécie de cobra não venenosa é descoberta em Minas Gerais


Brasília, 19 ago (EFE).- Cientistas de quatro instituições brasileiras anunciaram nesta terça-feira a descoberta de uma nova espécie de serpente não venenosa e que tem seu habitat na Serra do Cipó, em Minas Gerais.

A nova cobra foi batizada como "atractus spinalis" e pertence à família Dipsadidae, que está presente em vários países do continente americano e em algumas ilhas do Caribe.
A serpente foi localizada e identificada por cientistas da UFRJ e da USP, que desenvolviam estudos com pesquisadores do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Répteis e Anfíbios (RAN-ICMBio), com apoio da Fundação Boticário de Proteção à Natureza.
Segundo uma nota desta última instituição, o exemplar encontrado tem 30 centímetros de comprimento, sua pele é avermelhada, com manchas de cor marrom, e um tom mais amarelado sua parte inferior.
O comunicado diz que a mesma foi encontrada sob algumas pedras no Parque Nacional da Serra do Cipó, que faz parte da Serra do Espinhaço, um cadeia de montanhas que se estende entre os estados de Minas Gerais e da Bahia.
A "atractus spinalis" se junta às 1.815 espécies de répteis e anfíbios já identificados no Brasil, mas os cientistas acreditam que existem muitas outras que ainda não foram descobertas.
"A descoberta de uma nova espécie constitui um passo necessário para a ciência e possui um caráter de base, pois marca o início da possibilidade da implementação de medidas de conservação para uma novo animal ou planta até então desconhecido aos olhos da ciência e, por isso mesmo, não priorizado em políticas públicas de conservação ", disse a diretora da Fundação Boticário de Proteção à Natureza, Malu Nunes, citada no comunicado. EFE Fonte: Yahoo Notícias

sábado, 16 de agosto de 2014

Fatores demográficos e ambientais favorecem vírus emergentes que ameaçam humanos

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 154 novas doenças virais foram descobertas entre 1940 e 2004, das quais três quartos são infecções transmitidas do animal para o ser humano
Vírus como os da Aids, da Sars, do H1N1 e do Ebola ocupam com frequência as primeiras páginas dos jornais, impulsionados pela pressão demográfica,ca pelas mudanças climáticas e por fenômenos migratórios.
"As doenças virais emergentes estão em ascensão, principalmente por causa da densidade e da mobilidade das populações", resumiu Arnaud Fontanet, encarregado da unidade de Epidemiologia das Doenças Emergentes do Instituto Pasteur, em Paris.
A opinião do especialista é compartilhada por Jean-François Delfraissy, diretor da Agência Nacional de Pesquisas sobre a Aids, que destaca que os vírus emergentes "chegam, fundamentalmente, dos países do sul, ou seja, da Ásia ou da África" e sua propagação para o resto do mundo é facilitada pelas viagens de avião.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 154 novas doenças virais foram descobertas entre 1940 e 2004, das quais três quartos são infecções transmitidas do animal para o ser humano (zoonoses). Este foi o caso do vírus da Aids, transmitido aos homens pelos chimpanzés na África, provocando uma das epidemias mais mortais dos últimos cinquenta anos, que já deixou 40 milhões de mortos.
As doenças emergentes também podem ser causadas por "mutações ou recombinações virais", observadas particularmente nos vírus da gripe.
- Reserva animal -
Um vírus pode, finalmente, "emergir" em uma região onde até então estava ausente porque as doenças e os animais atravessaram fronteiras e alcançaram populações não imunizadas, tornando-se, assim, mais virulentas: o melhor exemplo continua sendo o do vírus do Nilo Ocidental, transmitido pelos mosquitos.
Isolado em 1937 em Uganda e detectado depois no Oriente Médio nos anos 1950, o vírus chegou em 1999 na América do Norte, onde se propagou rapidamente, deixando centenas de vítimas, geralmente falecidas por meningite ou encefalite.
Antes de atacar o ser humano, os vírus podem permanecer muito tempo confinados em uma reserva animal, geralmente aves selvagens ou morcegos, destacou Fontanet.
Para ir mais longe, precisam de "hospedeiros intermediários" mais próximos do homem, como o porco, as aves de criação ou os mosquitos, além de condições favoráveis.
A gripe aviária H5N1 surgiu no sul da China, em regiões fortemente povoadas e de forte densidade avícola.
O coronavírus causador da Sars (síndrome respiratória aguda grave), responsável por uma crise sanitária mundial em 2003, que deixou 800 mortos, principalmente na Ásia, aparentemente migrou do morcego para o homem através das ginetas ("Genetta genetta"), pequenos mamíferos carnívoros servidos nos restaurantes de Cantão.
- Mudanças climáticas -
O desmatamento leva a uma aproximação dos animais selvagens das zonas habitadas, enquanto as mudanças climáticas favorecem a multiplicação de mosquitos em regiões onde eram desconhecidos anteriormente.
Este é o caso do vírus da dengue e da chikungunya, transmitidos por dois mosquitos - "Aedes aegypti" e "Aedes albopictus" -, muitas vezes circunscrito ao sudeste asiático, mas atualmente está implantado no continente americano e em parte da Europa, inclusive no sul da França.
Segundo Fontanet, todas as condições estão reunidas para que a febre chikungunya, inicialmente surgida na África oriental e na Índia, e que atualmente afeta o Caribe, se propague em todo o continente americano.
Quanto ao vírus Ebola, descoberto em 1976 em dois surtos simultâneos no Sudão e na República Democrática do Congo, não preocupava os especialistas até a epidemia atual.
"Anteriormente, a infecção estava limitada a alguns poucos povoados e havia uma mortalidade tal que o vírus se esgotava e a epidemia se detinha sozinha", explicou Delfraissy.
Ao alcançar cidades de vários países do oeste da África, o vírus se tornou uma ameaça para as populações afetadas, confrontadas com sistemas de saúde muito deficientes, apesar de que só se transmite por contato direto com pessoas infectadas e não por via respiratória, como foi o caso do Sars.
Segundo especialistas, por esta razão, o Ebola tem poucas chances de se espalhar para outras regiões do mundo.
"Se os meios necessários forem dedicados e os doentes, isolados, a epidemia deve poder ser contida em um prazo de 3 a 6 meses", afirmou Fontanet. Fonte: Siga o Yahoo Notícias no Twitter e no Facebook 

Uma viagem à 'zona quente' da epidemia de Ebola em Serra Leoa

Usando traje especial, um trabalhador da ONG Médicos sem Fronteira, alimenta uma criança vítima do Ebola em Kailahun, Serra Leoa
Kailahun, uma pequena localidade de Serra Leoa, é o epicentro da pior epidemia do vírus Ebola, que os virologistas denominam de "zona quente", o equivalente ao marco zero em epidemiologia.
A região está de quarentena e ninguém entra ou sai dos distritos orientais de Kailahun e do vizinho Kenema sem uma autorização especial do governo.
"Aqui não se pode baixar a guarda ou o vírus vai te matar. Um erro, uma ação errada, e você morreu, já era", explicou à AFP um trabalhador humanitário veterano.
O balanço de mortos na epidemia de Ebola, iniciada no começo do ano, soma 1.145 vítimas nos quatro países africanos afetados: Guiné, Serra Leoa, Libéria e Nigéria.
Kailahun, onde vivem 30.000 pessoas, a maioria membros da tribo Mende, e sua vizinha Kenema, reúnem a maior parte dos 810 casos detectados e das 348 mortes em Serra Leoa.
Chegar aqui, partindo da capital, Freetown, é um trajeto de 7 a 10 horas em carro, dependendo das condições do tempo e do humor da polícia e dos soldados em cada um dos seis postos de controle. Em três deles, os passageiros têm que lavar as mãos com cloro e têm medida a temperatura.
"Estamos muito tristes porque nossos irmãos e irmãs estão morrendo", disse o guarda Ahamadou em um posto na fronteira entre os distritos de Kenema e Kailahun.
"Precisamos que o mundo se conscientize de que necessitamos de uma vacina. É o único que deterá isto", acrescentou.
Por enquanto, no entanto, não existe nenhum tratamento ou vacina testada clinicamente em humanos.
- "Às vezes, morrem todos"-
O Ebola, uma febre hemorrágica com alta taxa de mortalidade, pode se expandir facilmente em multidões nas quais as pessoas se expõem aos fluidos corporais das demais. Um espirro no rosto ou um contato com sangue ou suor é o suficiente para que haja o contágio.
Apesar de tudo, a multidão frequenta o mercado às sextas-feiras e a cidade se prepara para as orações da noite contra o Ebola.
Não muito longe dali, no centro de tratamento especializado em Ebola, administrado pela ONG Médicos sem Fronteiras (MSF), o clima é bem diferente.
O centro é administrado como um acampamento militar. Todo mundo é submetido a procedimentos, cada paciente e trabalhador sanitário está localizado e vestido em função do risco que representa.
A cada dia são usados até 15.000 litros d'água e 2.000 litros de cloro para garantir que as mãos e a roupa estejam limpas e um enorme buraco de incineração se ocupa do resto.
Os pacientes com Ebola confirmados são alimentados mediante um complexo dispositivo para garantir que as pessoas que não estão infectadas nunca fiquem expostas ao perigo.
Houve sobreviventes - 52 deles até agora, dos quase 200 casos confirmados -, que estão recebendo atendimento psicológico.
Eles devem a vida a um grupo de voluntários estrangeiros, higienistas, equipe de apoio e enfermeiras locais que trabalham sem descanso.
Geraldine Begue, de 31 anos, é uma enfermeira anestesista de Luxemburgo, que deixou o trabalho na Suíça para ser voluntária no centro. Seu trabalho começa às seis da manhã e, dependendo do horário de chegada dos pacientes, pode ser encontrada no centro depois da meia-noite, ocupando-se do ingresso, às vezes, de famílias inteiras.
"Às vezes, todos morrem. Outras, só os pais se recuperam e, na maior parte do tempo, os pais morrem e só sobrevive uma criança. Há de tudo", disse.
A maioria dos pacientes sofre de diarreia, vômitos e fortes dores à medida que seus órgãos param de funcionar, mitigadas com morfina e tramadol.
"O Ebola é um vírus muito desagradável", afirmou.
Mas Begue e seus colegas admitem que seu trabalho consiste, por enquanto, mais em suavizar a morte dos pacientes do que em salvá-los. Fonte: Siga o Yahoo Notícias no Twitter e no Facebook 

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Estudo indica que excesso de sal mata 1,65 milhão ao ano

Uma salina de L'Epine, na ilha francesa de Noirmoutier, em 18 de julho de 2013
O consumo excessivo de sal causa 1,65 milhão de mortes ao ano no mundo, revelou um estudo publicado nesta quarta-feira, segundo o qual a ingestão diária dobra a quantidade recomendada pela OMS.
O excesso de sal pode causar pressão alta, que é um fator causador de doenças cardíacas e derrames, segundo um estudo publicado no New England Journal of Medicine.
Essas mortes "representam quase uma em cada dez mortes por causas cardiovasculares em todo o mundo", disse o encarregado da pesquisa, Darius Mozaffarian, decano da Escola Friedman de Ciências e Normas da Nutrição, da Universidade de Tufts (Massachussets, nordeste).
Cientistas desta universidade e de Harvard pesquisaram a ingestão de sódio de 205 participantes de 66 países e concluíram que a média diária de consumo em 2010 foi de 3,95 gramas, enquanto a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda não ingerir mais de duas gramas por dia.
"Essas novas conclusões denunciam a necessidade de políticas fortes para reduzir o sódio nas dietas nos Estados Unidos e em todo o mundo", acrescentou Mozaffarian.
Os números variam de acordo com as regiões: a ingestão foi de 2,18 gramas por dia na África Subsaariana, enquanto na Ásia Central alcançou 5,51. Nos Estados Unidos foi de 3,6. O governo americano recomenda 2,3 gramas.
No entanto, um artigo anexo da doutora Suzanne Oparil, da Universidade do Alabama (sul), pediu cautela na hora de interpretar os resultados pela "falta de dados de alta qualidade".
Outra pesquisa publicada no mesmo número do New England Journal of Medicine mostrou que tanto índices altos e baixos de sódio são vinculados a um risco maior de uma pessoa morrer ou desenvolver doenças cardiovasculares.
Segundo a doutora Oparil, isto torna mais complexo o tema de se as dietas pobres em sódio podem causar prejuízos à saúde. Fonte: Siga o Yahoo Notícias no Twitter e no Facebook 

terça-feira, 12 de agosto de 2014

Ebola: laboratório dos EUA envia droga experimental à África

O laboratório americano que desenvolveu um medicamento contra o vírus Ebola - ainda em fase experimental - informou nesta segunda-feira o envio de todas as doses disponíveis à África ocidental, que enfrenta uma grave epidemia.
"Após atender os pedidos recebidos neste final de semana de um país da África ocidental, os estoques de ZMapp se esgotaram", revelou o laboratório Mapp Bio em seu site.

"Qualquer decisão de utilizar o ZMapp deve ser tomada pela equipe médica dos pacientes", assinalou o laboratório, que entregou o medicamento "gratuitamente".


Leia também:
A droga experimental, desenvolvida em colaboração com uma empresa canadense, é elaborada a partir de folhas de tabaco e de difícil produção em grande escala atualmente.
Segundo os últimos boletins, a epidemia de febre hemorrágica já deixou 961 mortos em Serra Leoa, Libéria, Guiné e Nigéria desde março passado.
O laboratório americano não informou os países destinatários ou o número de doses enviadas, mas segundo a presidência da Libéria, a Casa Branca e a agência americana de medicamentos e alimentos (FDA) aprovaram o envio "de doses do soro experimental para tratar os médicos liberianos atualmente infectados" pelo vírus Ebola.
O comunicado revela que o envio é resultado de um pedido direto da presidente da Libéria, Ellen Johnson Sirleaf, a seu colega americano, Barack Obama, no dia 8 de agosto.
Monróvia informa ainda que o tratamento experimental será levado à Libéria por um emissário do governo americano durante esta semana.
Segundo o mesmo comunicado, a diretora-executiva da Organização Mundial de Saúde (OMS), doutora Margaret Chan, autorizou o envio à Libéria de doses suplementares da droga experimental para contribuir com o combate à epidemia.

O medicamento foi administrado em dois voluntários americanos que contraíram o vírus quando tratavam de pacientes infectados com o Ebola, e se mostrou promissor.


Morte na Espanha
O missionário espanhol Miguel Pajares se converteu na primeira vítima europeia da epidemia de Ebola ao morrer, nesta terça-feira, em um hospital de Madri, cinco dias depois de ser repatriado da Libéria, onde havia contraído a doença.
O padre de 75 anos, que contraiu o vírus no hospital São José de Monróvia, onde trabalhava, foi o primeiro infectado de ebola a ser repatriado à Europa desde o início da epidemia na África, que já deixou mais de 1.000 mortos. Fonte: Yhaoo Notícias


segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Oito chineses em quarentena após contato com pacientes com ebola em Serra Leoa

O Centro de Controle de Doenças de Atlanta, no estado americano da Geórgia, revelou a morfologia do vírus Ebola

Oito funcionários da saúde chineses foram colocados em quarentena em Serra Leoa, onde haviam tratado pacientes com ebola, informou nesta segunda-feira o embaixador chinês em Freetown, Zhao Yanbo.
Entre os oito chineses estão seis médicos e uma enfermeira que trabalhavam no hospital de Jui, nos arredores da capital Freetown, explicou o embaixador a jornalistas.
Os sete profissionais de saúde do hospital Jui "estiveram em contato com um paciente com ebola" tratado em suas instalações e que morreu pouco depois. Eles foram "colocados em quarentena nas últimas duas semanas, sob supervisão médica", declarou Yanbo, indicando que o hospital permanecerá fechado até que seja descontaminado.
O oitavo chinês em quarentena é um médico do hospital público de Kingharman Road, na periferia oeste da capital. Ele também tratou um paciente com ebola e foi colocado em quarentena no dia 8 de agosto.
De acordo com o embaixador, os oito serão mantidos em isolamento até ao final do período de incubação máximo do vírus, que é de 21 dias.
O diplomata não forneceu detalhes e se recusou a dizer se algum dos agentes de saúde apresentou sintomas da doença: febre alta, dor de cabeça, vômito, diarreia e sangramento.
Esse anúncio foi feito pouco antes de uma cerimônia com o anúncio oficial de uma doação chinesa para a Serra Leoa para o combate ao ebola.
O auxílio consiste em kits de proteção, bem como desinfetantes e outros materiais médicos. Fonte: yahoo Notícias

OMS se reúne para discutir epidemia de ebola

A presidente da Libéria, Ellen Johnson Sirleaf

A  Organização Mundial da Saúde (OMS) discutia nesta segunda-feira com especialistas em ética médica a eventual utilização de tratamentos experimentais contra o vírus ebola.
Na Libéria, o governo colocou uma terceira província em quarentena.
Este país do oeste africano já havia restringido a entrada e saída de pessoas das províncias de Bomi e Grand Cape Mount (oeste) em virtude do estado de emergência declarado em 6 de agosto por 90 dias para deter a progressão desta epidemia sem precedentes.
A presidente Ellen Johnson Sirleaf estabeleceu quarentena na província de Lofa (norte), nesta segunda-feira, para "proteger as pessoas ainda não afetadas".
O Exército foi responsabilizado pelo controle do acesso e foram adotadas medidas para o abastecimento das áreas isoladas, indicou.
A região de Lofa faz fronteira com Guiné e Serra Leoa, dois países atingidos pela atual epidemia que também afeta a Nigéria desde julho.
Também nesta segunda, foi anunciada a morte de um terceiro membro do hospital católico da capital Monróvia.
"A ordem hospitalar de São João de Deus anuncia a triste notícia da morte do irmão George Combey na noite passada" por complicações relacionadas ao ebola, declarou a ordem.
Até a semana passada, esta febre hemorrágica altamente contagiosa havia matado 961 pessoas de 1.779 casos confirmados, prováveis ​​ou suspeitos - principalmente nos três primeiros países -, de acordo com o último relatório divulgado em 8 de agosto pela OMS. A taxa de mortalidade é de 54%.
Além da Libéria, Serra Leoa e Nigéria também declararam estado de emergência, enquanto Guiné anunciou "medidas rigorosas para controlar o movimento nas fronteiras".
Como medida de precaução, a Costa do Marfim, onde não foram reportados casos, suspendeu voos para os países afetados, dos quais dois são seus vizinhos, Libéria e Guiné.
Até nova ordem, a companhia aérea nacional não vai operar nas áreas epidêmicas. Além disso, passa a ser proibido o transporte de passageiros dessas regiões para a capital marfinense Abidjan.
Segundo o governo da Costa do Marfim, quase cem imigrantes ilegais liberianos tentaram entrar no país nos últimos dias.
A Costa do Marfim tem ido muito além das recomendações da OMS, que declarou na semana passada "emergência sanitária mundial" sobre o ebola, mas recusou-se a desaconselhar viagens para os países afetados pelo vírus.
A organização internacional se limitou a recomendar o reforço do controle nas fronteiras.
O Kuwait, rico país petrolífero do Golfo, anunciou a doação de 5 milhões de dólares à OMS para ajudar no combate à doença.
Em um comunicado, o conselho de ministros indicou que esta contribuição foi decidida pelo emir, xeque Sabah al-Ahmad Al-Sabah.
'Pânico geral'
Nos últimos dias, pacientes apresentando sintomas iguais aos do ebola - febre alta, fraqueza, dor de cabeça, vômitos, diarreia ou sangramentos - foram colocados em quarentena em alguns países da África, Europa e Ásia, mas os resultados dos testes afastaram a presença do vírus.
Em Benin, vizinha da Nigéria, testes em dois pacientes com suspeita de terem contraído o vírus deram negativo. Amostras colhidas de um alemão, mantido em isolamento em Ruanda, estão sendo analisadas.
No Togo, onde não foram reportados casos, as autoridades anunciaram reforços em seu esquema de controle da doença, mas em Lomé, a capital, muitos disseram estar preocupados, apesar dos anúncios oficiais.
"É o pânico geral. Todo mundo está com medo", declarou à AFP o estudante Paul Magnissou.
Uma reunião por teleconferência está sendo realizada nesta segunda entre especialistas e a OMS, particularmente sobre questões de ética médica, para definir uma posição diante dos apelos urgentes para utilizar medicamentos ainda não autorizados para tentar salvar os doentes.
Após o tratamento de resultados positivos de dois americanos e um espanhol - todos contaminados na Libéria e transferidos para seus países - com o uso de um desses medicamentos desenvolvido pela empresa americana Mapp Pharmaceuticals, aumentaram os apelos por seu uso, mesmo que nunca tenha sido previamente testado em seres humanos e, portanto, não seja aprovado por qualquer autoridade de saúde.
"É ético usar medicamentos não aprovados - e se isso acontecer - quais critérios devem ser utilizados, em que condições devemos administrar este tratamento e quem deve ser tratado?", são algumas das perguntas apresentadas nesta reunião, segundo Marie-Paule Kieny, assistente do diretor-geral da OMS.
Ela ressalta que este medicamento está disponível apenas em pequena quantidade, e também levanta a questão sobre um eventual uso preventivo nos trabalhadores da área da saúde.
O encontro desta segunda-feira deve ser seguido por uma reunião mais ampla na qual serão examinados os diferentes possíveis tratamentos que estão sendo estudados e os meios de acelerar o seu desenvolvimento, de acordo com Kieny. Fonte: Siga o Yahoo Notícias no Twitter e no Facebook