sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Focas conseguem dormir com metade do cérebro acordada

Foca dorme no Zoológico de Duisburg
 
As focas conseguem dormir na água com a metade esquerda de seu cérebro adormecida, enquanto o lado direito permanece acordado, indicaram pesquisadores da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA) e da Universidade de Toronto.
O estudo, publicado no Journal of Neuroscience, identificou nas focas substâncias químicas que mantêm uma parte do cérebro acordado, enquanto a outra parte dorme.
"É impressionante do ponto de vista biológico", declarou um dos autores do estudo, o professor John Peever de Toronto, citado em um comunicado. "Focas dormem dessa forma quando estão na água, mas dormem como os seres humanos quando estão em terra, e nossa pesquisa pode explicar este fenômeno único".
A principal autora da pesquisa, a doutoranda Jennifer Lapierre, descobriu este fenômeno analisando as mudanças nas quantidades de diferentes substâncias químicas no cérebro.
A pesquisadora verificou que o nível de acelticolina, um neurotransmissor importante, era baixo na parte adormecida e alto na metade desperta, o que sugere que esta substância estimula a atividade de alerta.
Ao mesmo tempo, os pesquisadores observaram com surpresa que a taxa de outra importante substância, a serotonina, era mantida igual tanto do lado esquerdo quanto do direito. Até então, os biólogos acreditavam ser ela a responsável por estimular o cérebro.
Estas descobertas podem ter alguma importância para os seres humanos, permitindo avanços nas pesquisas sobre os mecanismos do sono.
Cerca de 40% dos americanos sofrem de problemas de sono, revela um outro autor do estudo, Jerome Siegel, do Instituto de Pesquisa do Cérebro da UCLA. Fonte: Yahoo Notícias

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Internação compulsória de viciados começa esta segunda em São Paulo

O plantão judiciário na cracolândia, no centro da capital, que permitirá a internação de usuários de drogas contra a vontade deles, terá início nesta segunda-feira (21) em São Paulo.  O Centro de Referência em Álcool, Tabaco e outras Drogas (Cratod), no Centro, passará a ter juízes e promotores de plantão, das 9h às 13h, para atender medidas de urgência em casos de necessidade de internação.

A junta jurídica será responsável por analisar casos de internação involuntária (com consentimento da família) ou compulsória (sem necessidade de autorização de parentes)

Cinquenta agentes farão abordagens nas ruas. Os dependentes passarão por uma consulta médica para fazer uma avalição de seu estado de saúde. Se for atestado que o viciado não tem domínio da sua própria saúde e condição física e este se negar a receber tratamento, o juiz poderá determinar sua internação imediata.
Famílias dos dependentes também poderão pedir ajuda, segundo a secretária da Justiça e da Defesa da Cidadania, Eloisa de Sousa Arruda. O resgate poderá ser acionado. Se, após a avaliação médica, o viciado não quiser continuar internado, será acionado o plantão de justiça caso ele corra riscos. Os pedidos de internação serão também avaliados pela Defensoria Pública e pelo Ministério Público.

Atualmente, existem 700 vagas abertas em todo o estado para internação de dependentes de álcool e drogas. Durante a internação, eles terão um acompanhamento de um programa de reinserção.

O programa vale apenas para dependentes químicos com estado de saúde considerado grave e sem consciência de seus atos atestada por psiquiatra. “Não é um projeto higienista nem de internação em massa”, disse Eloísa de Souza, na assinatura dos convênios. Fonte Yahoo Notícias

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Estudo mostra que assistir à TV pode afetar qualidade do esperma


Homem assiste à TV em Kensington, Maryland
Os homens que passam mais de 20 horas por semana na frente da televisão produziriam um esperma de qualidade inferior ao daqueles que se abstêm de assistir à telinha, segundo um estudo americano que será publicado na terça-feira em um periódico britânico.
Cientistas da Escola de Saúde Pública de Harvard, em Boston, analisaram amostras de esperma de 189 homens jovens, com idades entre 18 e 22 anos, aos quais fizeram perguntas precisas sobre seu estilo de vida, como prática de exercícios, alimentação, tempo passado em frente à televisão.
O grupo que ficou mais de 20 horas por semana assistindo à televisão apresentou uma concentração de espermatozoides 44% menor do que o grupo que passou menos tempo vendo TV.
Um outro fator importante é a prática de exercícios físicos, revelou o estudo publicado na edição online da revista britânica Sports Medicine, do grupo British Medical Journal.
Os homens que praticam atividades físicas durante 15 horas ou mais por semana têm uma concentração de espermatozoides 73% maior do que aqueles que fazem menos de 5 horas de exercícios por semana.
Contudo, em todos os casos analisados, as concentrações de espermatozoides seriam suficientes para permitir a concepção, ressaltou o estudo.
A qualidade do esperma parece decair após várias dezenas de anos em diferentes países ocidentais, mas as razões para este empobrecimento não são sabidas com certeza.
Os cientistas suspeitam que o estilo de vida sedentário e a falta de exercícios sejam, em parte, responsáveis por este declínio.
Para os autores do estudo, "será preciso avaliar o impacto dos diferentes tipos de atividades físicas sobre a qualidade do esperma porque estudos precedentes sugeriram efeitos contraditórios dos exercícios sobre as características do esperma". Fonte: Yahoo Notícias

Estudo com ouriços do mar mostra como reduzir CO2 na atmosfera


Na presença de um catalisador de níquel, o CO2 se transforma em carbureto de cálcio ou de magnésio, um mineral inócuo presente na crosta terrestre e que é utilizado no setor da construção para fabricar cimento e outros materiais, além de ser usado em hospitais para fazer gesso, segundo o estudo.

corpo de ...
O carbureto de cálcio é o principal componente do giz.
O método idealizado pelos especialistas britânicos consiste em fazer com que o CO2 liberado para atmosfera pelas indústrias passe diretamente da chaminé da fábrica a uma coluna de água rica em nanopartículas de níquel e que, posteriormente, recuperam o carbureto de cálcio sólido que seria depositado no fundo.
"Este processo não funcionaria em todos os casos já que não poderia se adaptar ao tubo de escape de um automóvel, mas é uma solução efetiva e barata que poderia estar disponível em nível mundial para algumas de nossas indústrias mais poluentes e ter um impacto significativo na redução do CO2 na atmosfera", segundo Siller.
Na atualidade, as propostas para se desfazer do CO2 consistem em capturá-lo e injetá-lo sob terra em formações rochosas, algo que pode ser perigoso caso sejam produzidos escapes.
A alternativa é transformar o CO2 em carbureto de cálcio ou de magnésio, o que já pode ser feito empregando uma enzima de anidrase carbônica, que é inativa em meios ácidos e efetiva durante pouco tempo, por isso que é um sistema mil vezes mais caro que o níquel, segundo o autor principal do estudo, o estudante de doutorado em engenharia química Gaurav Bhaduri.
"A beleza de um catalisador de níquel é que segue funcionando independentemente do ph e graças às propriedades magnéticas pode ser recuperado e utilizado várias vezes", além disso o produto derivado do carbureto é útil e inócuo para o meio ambiente, afirmou. EFE  Fonte: Yahoo Notícias

Cientistas comprovam existência de lulas voadoras



Lulas em um aquário de Tóquio
 
Parece uma esquadrilha de drones, mas, na realidade, são pequenas lulas, que conseguem voar a mais de 11 metros por segundo para fugir de seus predadores.
Assim como mísseis, estes moluscos se ejetam do mar lançando poderosos jatos de água à pressão, antes de posicionar suas nadadeiras como asas, explica Jun Yamamoto, da Universidade de Hokkaido, em estudo japonês publicado na revista Marine Biology.
A velocidade dessas lulas é ainda mais do que a do homem mais rápido do planeta: Usain Bolt percorreu 10,31 metros por segundo durante os Jogos Olímpicos de Londres em 2012.
"Até agora, só havia testemunhos e rumores e ninguém sabia exatamente como estes animais faziam para voar, mas finalmente temos provas", afirmou Yamamoto, baseando-se em fotos.
Numa dessas fotos, se vê cerca de 20 lulas voando em formação.
Em julho de 2011, Yamamoto e sua equipe acharam um grupo de 100 lulas em pleno Oceano Pacífico, a uns 600 km de Tóquio. Quando seu barco se aproximou, os pequenos moluscos de 20 centímetros de saíram disparados como foguetes.
"Depois de lançarem um jato de água, elas começaram a voar graças a suas nadadeiras", indica a equipe de Jun Yamamoto em um relatório.
Segundo Yamamoto, elas permanecem no ar durante uns três segundos percorrendo uma distância de aproximadamente 30 metros.
"Ao cair, recolhem as nadadeiras para amortecer o choque, e entram na água de forma aerodinâmica", afirma o relatório.
"Também descobrimos que esta lula não se limita a sair da água, também tem uma posição aerodinâmica muito elaborada para voar", prossegue.
Ao planar, a luta visa a fugir de um possível predador, mas, segundo os autores do estudo, também pode ficar a mercê de outros predadores, os pássaros marinhos.
Há apenas um mês, outros cientistas japoneses, assim como cadeias de televisão do Japão e dos Unidos, anunciaram ter filmado pela primeira vez uma lula gigante a 900 metros de profundidade no Oceano Pacífico.
O mítico molusco, de cor prateada, foi filmado em 10 de julho de 2012 por uma equipe do Museu Científico Nacional japonês em colaboração com a cadeia pública japonesa NHK e o Discovery Channel. Fonte: Yahoo Notícias

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Estudo mostra benefícios do casamento para o coração

foto: cidadesaopaulo.olx.com.br
Pessoas casadas são menos propensas do que as solteiras a sofrer ataques cardíacos, e têm mais chance de se recuperar caso sofram algum, revela um estudo finlandês publicado esta quinta-feira.
Cientistas coletaram dados de 15.330 pessoas na Finlândia com idades entre 35 e 99 anos que sofreram de "eventos coronarianos agudos" entre 1993 e 2002.
Pouco mais da metade dos pacientes morreram no período de 28 dias após o ataque.
A equipe de pesquisadores descobriu que homens solteiros de todos os grupos etários eram de 58% a 66% mais propensos a sofrer um ataque cardíaco do que os casados.
Para as mulheres, os benefícios matrimoniais foram até maiores: as solteiras demonstraram ser de 60% a 65% mais propensas a sofrer eventos coronarianos, escreveram os cientistas finlandeses no periódico European Journal of Preventive Cardiology.
Para os dois gêneros, a vida conjugal também reduziu consideravelmente a mortalidade por ataque cardíaco.
Homens solteiros foram de 60% a 168% mais propensos a morrer de um ataque cardíaco em 28 dias e as mulheres solteiras, de 71% e 175%, em comparação com os homens e mulheres casados.
"Viver sozinho e não ser casado aumenta o risco de sofrer um ataque cardíaco e piora seus prognósticos, tanto para os homens quanto para as mulheres, independente da idade", escreveram os estudiosos.
"A maioria das mortes excedentes já se manifesta antes da hospitalização e não parece se relacionar com diferenças no tratamento", acrescentaram.
Ao especular as razões para suas observações, os estudiosos afirmaram que as pessoas casadas devem ter ingressos combinados maiores, hábitos mais saudáveis e uma rede de apoio mais ampla.
"Deve-se entender que a ressuscitação ou o pedido de ajuda foi iniciada mais rápido e com mais frequência entre aqueles indivíduos casados ou que vivem juntos", afirmaram os autores.
Eles também não descartam os efeitos psicológicos da satisfação conjugal.
"Sabe-se que as pessoas solteiras são mais propensas a sofrer depressão e segundo um estudo anterior, a depressão parece ter um efeito adverso sobre as taxas de mortalidade cardiovascular", disse à AFP o principal autor da pesquisa, Aino Lammintausta, do Hospital Universitário de Turku.
Segundo os cientistas, estudos anteriores sobre os benefícios do casamento para a saúde tinham dados incompletos sobre mulheres ou pessoas de mais idade.
O novo estudo demonstrou que o casamento protege as mulheres até mais do que os homens de morrer de ataques cardíacos.
A pesquisa incluiu pessoas de diferentes grupos raciais e origens sociais e as descobertas "podem, a grosso modo, ter sua aplicação cogitada em países ocidentais", afirmou Lammintaust Fonte Yahoo Notícias

O que se ignora sobre a obesidade?

Foto: cerradobears.com.b

Calcula-se que até 2015 uma em cada dez pessoas será gorda. Mas engordamos porque nosso organismo gasta pouca energia, ou porque proporcionamos a nosso corpo muita comida?

Embora uma das razões mais utilizadas para explicar o aumento na quantidade de pessoas obesas, sobretudo nos países desenvolvidos, seja o estilo de vida sedentário, um estudo recente demonstra que a principal causa da atual epidemia mundial de obesidade se deve ao consumo excessivo de alimentos.

Esta é só uma das lacunas de informação, mitos ou confusões que existem na maioria das pessoas em relação à obesidade e que, em muitos casos, impedem de combatê-la eficazmente ou, inclusive, a encorajam. Para emagrecer, ou pelo menos não engordar, convém conhecê-las e esclarecê-las.
Segundo uma das teorias mais frequentes, a crescente obesidade se deve à maior inatividade e ao conseguinte menor gasto de energia da população moderna, comparados com a grande atividade física que há milhares de anos nossos ancestrais caçadores e coletores faziam para conseguir se alimentar. No entanto, a pesquisa ressalta que os caçadores-coletores consumiam a mesma quantidade de energia que os seres humanos na atualidade consomem.
Para chegar a esta conclusão, os pesquisadores avaliaram o gasto de energia dos hazda, uma tribo nômade da Tanzânia que vive na savana, e cujos costumes e atividade física quase não mudaram nos últimos dez mil anos.
Os especialistas americanos comprovaram que os hazda, que caminham durante dias na busca de alimentos, têm um gasto energético (calorias queimadas diariamente) não muito maior do que o de qualquer adulto dos EUA ou Europa.
Engordamos porque dormimos pouco
Esta descoberta questiona, segundo os autores do estudo, a suposição de que nossos antepassados consumiam mais energia que nós e aponta para a ideia de que o atual aumento da obesidade obedece a um maior consumo de alimentos, que comemos demais, e não para uma diminuição no gasto de energia, para que nos exercitamos menos. Outro aspecto ignorado ou escassamente conhecido sobre a obesidade é a relação entre a falta de horas de sono e o aumento de peso.
Segundo o médico Adelardo Caballero, a gordura "se transformou durante as últimas décadas em um dos principais problemas de saúde. A Organização Mundial da Saúde avalia em um bilhão o número de adultos com sobrepeso e em 300 milhões o número de obesos. Há explicações diferentes para o constante aumento destes números e os possíveis fatores sociais que o induzem".
"Diferentes estudos e publicações apontam para o fato de que as pessoas que dormem menos de oito horas diárias e, ao mesmo tempo, possuem horários de refeição irregulares, têm mais risco de sofrer patologias como a obesidade", assinala Caballero.
O recente livro “Obesity”, no qual participaram mais de 30 pesquisadores internacionais, assegura que dormir pouco perturba os hormônios que regulam o apetite como a leptina e a grelina, por isso que o sono de curta duração se configura como um dos fatores que contribui para aumento do risco de obesidade, tanto entre adultos como em crianças.
"Um estudo publicado no International Journal of Obesity corroborou como aquelas crianças que dormem menos de sete horas diárias mostram um aumento de peso superior ao daqueles que dormem um mínimo de oito horas", acrescenta Caballero.
Ele alerta para o crescente aumento do número de pessoas obesas, relacionadas com a ausência do número adequado de horas de sono: não dormir o suficiente implica um maior cansaço, que deriva em uma menor mobilidade, fator ao qual se acrescenta que os hormônios de controle da ingestão aumentam quando não se dormem as horas de sono necessárias.
"Um recente estudo do Center for Health Research de Oregon (EUA), no qual participaram 500 pessoas, indica que quem tenta perder peso é mais propenso a conseguir seu objetivo se tem menos níveis de estresse e dorme entre seis e oito horas diárias" destaca Caballero
Cuidado com os banquetes esporádicos
Além disso, outras pesquisas recentes revelam aspectos pouco conhecidos ou divulgados, mas muito importantes sobre a obesidade.
Por exemplo, permitir-se pequenos "banquetes" de vez em quando pode ter consequências a longo prazo na fisiologia, ainda após haver perdido o excesso de peso inicial, segundo um estudo da Universidade de Linköping (Suécia).
Os pesquisadores suecos comprovaram que basta quatro semanas nas quais aconteçam vários episódios em que aumente o consumo de calorias em até 70%, e se descuide do exercício, para aumentar o peso e a gordura corporal.
Os efeitos dos banquetes podem se manifestar ou perdurar por até dois anos e meio, o que demonstra que "um momento de comida nos lábios pode se transformar em um ano de gordura nos quadris", assinalam. A obesidade também apresenta alguns fatores de risco pouco conhecidos.
O aumento de peso não depende só dos hábitos alimentares, do consumo e do gasto de calorias, também da predisposição genética ou do funcionamento metabólico de uma pessoa.
Segundo foi exposto em um congresso científico organizado pelos Institutos Nacionais da Saúde (NIH, na sigla em inglês) dos EUA, o estresse induz a comer mais vezes fora de hora e sem controle e a ingerir mais doces e gorduras, aumentando os níveis no corpo de insulina e cortisol, que favorecem a acumulação de gordura.
Além disso, o tipo de bactérias que formam a flora intestinal podem fazer com que se absorva mais comida ou ela seja metabolizada de modo deficiente, e certos vírus, como o AD-36 aviário, ou compostos químicos como o dietilestilbestrol (DES) podem propiciar que se engorde.
Por outro lado, muitas pessoas não são conscientes do grau de gordura, já que têm percepções tranquilas sobre seu peso e acreditam que são mais magros do que na realidade são, apesar do que lhes diz a balança, segundo a pesquisa da Harris Interactive/HealthDay, realizada nos EUA.
O trabalho, que comparou o Índice de Massa Corporal (fórmula para calcular o grau de obesidade com base nos quilos e na estatura) com a percepção da própria pessoa sobre seu peso, descobriu que 30% de quem tem sobrepeso não é consciente disso e 70% dos obesos acreditam que só têm "alguns quilos a mais".
"Quem não reconhece o problema ou sua gravidade, é menos propenso a solucioná-lo", assinalam os autores. A pergunta que recomendam fazer é: "Sou uma dessas pessoas?" Fonte: Yahoo Notícias Saúde

Cientistas revertem envelhecimento em ratos de laboratório

Washington, 31 jan (EFE).- Uma equipe de cientistas da Universidade da Califórnia infundiu células-tronco de sangue de ratos velhos com um gene de longevidade que rejuvenesceu o potencial de regeneração dessas células, segundo um artigo publicado nesta quinta-feira na revista "Cell Reports".
O experimento abre novos caminhos para o desenvolvimento de tratamentos para as doenças degenerativas relacionadas com a idade.
Os biólogos determinaram que a proteína denominada SIRT3, da classe conhecida como sirtuínas, desempenha um papel importante ajudando as células-tronco de sangue envelhecidas a lidarem com o estresse.
Quando os pesquisadores infundiram a SIRT3 nas células-tronco de sangue dos ratos velhos o tratamento estimulou a formação de novas células de sangue, o que prova uma reversão da deterioração, relacionada com a idade, na função das células-tronco velhas.
"Já sabemos que as sirtuínas regulam o envelhecimento, mas nosso estudo é o primeiro que demonstrou que as sirtuínas podem reverter a degeneração vinculada com o envelhecimento", disse Danica Chen, professora de Ciência e Toxicologia na Universidade da Califórnia, em Berkeley, e pesquisadora principal do estudo.
Danica assinalou que nos últimos 10 a 20 anos houve muitos avanços na compreensão científica do envelhecimento: em lugar de um processo descontrolado e ao acaso, o envelhecimento é considerado agora um desenvolvimento altamente regulado, o que o torna passível de manipulação.
"Os estudo já mostraram que uma só mutação de gene pode levar a uma extensão do período de vida", declarou Danica. "A questão é se podemos entender o processo o suficiente para desenvolver uma 'fonte molecular da juventude'". EFE Fonte: Yahoo notícias

sábado, 2 de fevereiro de 2013

MSN - Vírus ebola pode ter se espalhado pelo mundo.


Associação entre morcegos e ebola africano sugere dispersão do vírus

Cientistas encontraram pela primeira vez evidências da presença do vírus africano da febre hemorrágica Ebola em morcegos frugívoros asiáticos, o que sugere uma disseminação bem maior do vírus em todo o mundo do que se tinha conhecimento.
Associação entre morcegos e ebola africano sugere dispersão do vírus
Cientistas encontraram pela primeira vez evidências da presença do vírus africano da febre hemorrágica Ebola em morcegos frugívoros asiáticos, o que sugere uma disseminação bem maior do vírus em todo o mundo do que se tinha conhecimento.
Isso não significa que surtos de Ebola sejam inevitáveis, afirmou Kevin J. Olival, líder da equipe que capturou os morcegos, da EcoHealth Alliance, embora isso seja possível. Acredita-se que os morcegos bebam a seiva de potes presos às árvores usados para a coleta da saborosa seiva da tamareira. A causa dos surtos fatais do vírus Nipah – que não tem relação com o Ebola – ocorridos em Bangladesh foi atribuída à seiva fresca, contaminada pela saliva de morcegos.
Os coletores de seiva de tamareira devem ser estimulados a colocarem tampas de bambu sobre os potes de coleta para evitar a aproximação dos morcegos, afirmou Olival.
A equipe do cientista capturou 276 morcegos, de quatro regiões de Bangladesh, para realizar o estudo publicado em janeiro no periódico Emerging Infectious Diseases.
"Esses morcegos pernoitam em cavernas, mas existem muito poucas em Bangladesh, por isso colocamos redes de nylon do lado de fora de ruínas antigas que pareciam tiradas de um filme de Indiana Jones", afirmou. "Eles saíram à noite para procurar comida." A equipe desenredou os morcegos, retirou amostras de sangue, saliva, urina e fezes, e depois os liberou.
Cinco dos morcegos capturados, todos da espécie Rousettus leschenaultia, reagiram ao teste de anticorpos do vírus Ebola Zaire. Como os pesquisadores não encontraram o vírus, não foi possível realizar o sequenciamento genético nem verificar o grau de semelhança com a cepa africana.
Embora espécies relacionadas de morcegos frugívoros sejam encontradas na África, Índia e China, elas não possuem territórios comuns e não percorrem distâncias longas, afirmou. É provável, portanto, que o vírus tenha se hospedado em uma espécie ancestral do morcego durante milênios, afirmou Olival. O Ebola Reston, um vírus relacionado que não é conhecido por tornar doentes os seres humanos, foi descoberto em morcegos frugívoros das Filipinas, e um vírus semelhante ao Ebola foi encontrado em morcegos da Espanha que se alimentam de insetos. Mas as evidências de Bangladesh se assemelham mais ao Ebola Zaire.
No início, acreditava-se que o Ebola fosse um vírus de gorilas, porque os surtos humanos começavam depois que as pessoas comiam gorilas mortos. Mas os cientistas acreditam que os morcegos sejam os hospedeiros naturais do vírus e que os primatas talvez sejam infectados por meio da ingestão de frutas nas quais os morcegos salivaram ou defecaram.
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