quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Aids: os avanços e desafios para enfrentar a doença

O vírus da imunodeficiência humana (HIV) infecta as células do sistema imunológico, as altera e chega a anular sua função. Assim, a progressiva deterioração do sistema imune produzido pela infecção desemboca em imunodeficiência. "Considera-se que o sistema imunológico seja deficiente quando já não consegue cumprir sua função de luta contra as infecções e doenças", indica a Organização Mundial da Saúde.

A aids, sigla em inglês para Síndrome de Imunodeficiência Adquirida, é a fase mais avançada da infecção por HIV, esclarece o "Guia para o uso de agentes antirretrovirais em adultos e adolescentes infectados pelo HIV-1" do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos.
O tratamento antirretroviral, recomendado para a infecção por HIV, consiste em tomar diariamente uma combinação de remédios contra o vírus. "Embora estes remédios não possam curar a infecção, as pessoas desfrutam de uma vida saudável e vivem mais", aponta o citado documento.

A Unaids calcula que 34 milhões de pessoas vivem com o HIV no mundo todo. (Foto: EFE)
"Hoje em dia, o paciente que se trata responde à medicação e a toma corretamente pode ter uma esperança de vida muito similar à de uma pessoa não infectada pelo HIV", sustenta José María Miró, vice-presidente da Sociedade Espanhola de Doenças Infecciosas e Microbiologia Clínica e consultor sênior do Serviço de Doenças Infecciosas do Hospital Clínico e Provincial de Barcelona.

"A aids, mortal há 15 anos, agora é uma doença crônica na qual um paciente que adquiriu a infecção aos 20 anos tem uma esperança de vida estimada de mais de 40 anos", diz.
Tratamento e pesquisa
"No momento atual, há cinco famílias de antirretrovirais e mais de 25 remédios ativos para enfrentar o vírus da aids", diz Miró.

No entanto, os cientistas continuam pesquisando a efetividade e a segurança dos remédios a longo prazo. Trabalham, além disso, para evitar o diagnóstico tardio, para erradicar o vírus e para criar vacinas tanto preventivas como terapêuticas.

"As mais importantes são as vacinas preventivas. Isto representaria dar uma vacina a uma pessoa saudável para que não se infecte com HIV se entrar em contato com o vírus", explica Miró. Até o momento não se conseguiu, "mas estão sendo feitos muitos esforços e progressos para que em um futuro possa haver", especifica.

As vacinas terapêuticas, por sua vez, se destinariam aos infectados pelo HIV. O objetivo é reforçar o sistema imunológico destas pessoas para que controle o vírus. "A doença não progrediria nos pacientes e não seria necessário dar tratamento antirretroviral por toda a vida", declara o especialista. No entanto, poderiam transmitir a doença, pelo que se recomenda o uso do preservativo, explica.

O médico explica que uma pessoa infectada pelo HIV pode contagiar tantos parceiros quanto tiver. O risco em apenas um ato sexual é de aproximadamente de 0,5%, se se trata de uma relação vaginal, e de 1% se esta for anal, esclarece. No entanto, a presença de outras doenças sexualmente transmissíveis tais como sífilis, herpes e linfogranuloma podem fazer com que tal risco passe de 1% para 10% e inclusive para 15%.
Até o momento, o HIV/aids tirou a vida de mais de 27 milhões de vidas e calcula-se que a cada ano morram por esta causa dois milhões de pessoas, segundo dados da Organização Mundial da Saúde.

Momento no qual se realiza um teste de aids em uma mulher do distrito de Kibaha, em Dar-es-Salam, capital financeira …

se completar 30 anos desde que se registrou o primeiro caso da doença, a Unaids calcula que umas 34 milhões de pessoas vivem com o HIV no mundo todo.
Em 2011, o lema da campanha Mundial Contra a Aids era "Chegar a Zero". O slogan se refere ao objetivo de alcançar o zero, tanto em novas infecções como no número de mortes relacionadas com a doença. Algo que, infelizmente, ainda se está longe de conseguir.
Fonte: Yahoo Notícias

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