quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Cientistas revelam o lado predador do cavalo marinho

Cavalo marinho é visto em aquário de Taiwan em 5 de novembro de 2012

Um exame detalhado dos cavalos marinhos demonstrou que o pequeno e aparentemente inofensivo peixinho é um mestre da dissimulação, que usa a extraordinária hidrodinâmica de sua cabeça para apanhar sua presa de surpresa, anunciaram cientistas nesta terça-feira.
À primeira vista, o cavalo marinho é um candidato improvável ao título de caçador do ano.
Nadando verticalmente, com a cauda enrolada, ele avança por recifes de coral e ervas marinhas graças a uma nadadeira dorsal que tremula trinta e seis vezes por segundo.
Sua velocidade máxima não excede os 150 cm/h. Neste ritmo lento, a espécie não deveria fazer os copépodes planctônicos, dos quais se alimentam, perderem o sono. Estes crustáceos minúsculos são supersensíveis a qualquer movimento na água causado por um predador.
Além disso, os animais conseguem se deslocar muito rapidamente, reagindo ao perigo em dois milionésimos de segundo.
Eles são capazes de se afastar a uma velocidade de 500 corpos por segundo o que, mal comparando, equivaleria a um ser humano deixar para trás 10 campos de futebol de um só salto.
Em vista destes desafios, como o lento cavalo marinho consegue se alimentar?
A resposta, segundo um estudo publicado na revista Nature Communications, está na extraordinária forma hidrodinâmica de sua cabeça.
Com uma longa tromba e ossos malares lisos, o órgão permite uma resistência mínima à água, o que permite ao cavalo marinho deslizar silenciosamente sobre o copépode sem ser detectado.
Quando se aproxima a cerca de 1 milímetro de seu alvo, o cavalo marinho ataca, usando um sistema de tendões similares ao elástico em seu pescoço para mover a cabeça para frente, cobrindo a distância em menos de um milionésimo de segundo.
Testes de laboratório usando vídeo holográfico tridimensional revelou que os minúsculos cavalos marinhos ('Hippocampus zosterae') tinham 84% de sucesso em se aproximar da presa sem causar uma resposta evasiva.
Ao se aproximar a 1 mm da zona de ataque, eles eram 94% bem sucedidos em apanhar a presa.
O estudo, chefiado por Brad Gemmell, da Universidade do Texas em Austin, sugere que estas conclusões poderiam ter implicações na indústria, quando processos manufatureiros precisam de microestruturas hidrodinâmicas que podem ser imersas em um fluido, sem perturbá-lo.fonte: yahoo notícias

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Estudo aponta emissões de metano nos EUA superiores às cifras oficiais

Foto de 23 de outubro de 2012 mostra um lixão na cidade francesa de Morsbach

As emissões de metano nos Estados Unidos, um poderoso gás de efeito estufa, mais nocivo que o próprio CO2, poderiam ser significativamente maiores do que o indicado em estimativas da Agência de Proteção Ambiental (EPA, na sigla em inglês), segundo um novo estudo publicado nesta segunda-feira.
O estudo revelou que os números da EPA poderiam ter sido subestimados em até 50% com relação à real quantidade de gás produzida pelo país.
A discrepância mais impactante, segundo os cientistas, foi detectada na região sul-central dos Estados Unidos, produtora de petróleo, onde os resultados foram quase três vezes superiores às estimativas da EPA.
"Será importante resolver esta discrepância de forma a compreender completamente o impacto das indústrias nas emissões de metano", afirmou o principal autor do estudo, Scot Miller, doutorando da Universidade de Harvard.
O metano é um gás emitido pelo gado, por lixões, mineração de carvão e pela produção e distribuição de gás natural, entre outras atividades naturais e antropogênicas, explicaram os autores. Segundo eles, acredita-se que as atividades humanas contribuam com cerca de 60% do total das emissões.
Os cientistas explicaram que seus números diferem dos oficiais porque usaram uma metologia diferente.
Segundo eles, a EPA usa uma abordagem "de baixo para cima", que multiplica as quantidades tipicamente emitidas, por exemplo, por cada vaca, unidade de carvão ou unidade de gás natural vendida.
Mas neste estudo, os cientistas usaram uma abordagem inversa, "de cima para baixo", calculando quanto metano está presente agora na atmosfera, rastreando, a seguir, suas fontes usando análise meteorológica e estatística.
"Quando nós medimos o gás metano em nível atmosférico, estamos vendo o efeito cumulativo de emissões que estão ocorrendo na superfície de uma região muito vasta", explicou Steven Wofsy, professor de Harvard e co-autor do estudo, publicado no periódico Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS).
"Isto inclui as fontes que formavam parte dos inventários de baixo para cima, mas talvez também coisas que não pensavam em medir", explicou.
Na análise, os cientistas usaram dados observados entre 2007-2008, quando os Estados Unidos aumentaram intensamente sua produção de gás natural, e os compararam com números da EPA no mesmo período. Eles pretendem repetir a análise usando dados atuais.
O metano é o segundo mais importante gás de efeito estufa, atrás do dióxido de carbono, aprisionando 70 vezes mais calor do que o CO2 na atmosfera, onde permanece por apenas 10 anos contra os 100 de permanência do CO2.
Os cientistas também incluíram pesquisadores da Universidade de Michigan, do Laboratório de Pesquisas de Sistema Terrestre da NOAA, do Laboratório Nacional Lawrence Berkeley de Pesquisa Ambiental e Atmosférica, da Centro de Pesquisas conjuntas da Comissão Europeia na Itália e da Universidade do Colorado em Boulder. fonte: Yahoo Notícias

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Testes em cães alimentam esperança de tratamento para hemofilia

Cachorro é visto em 31 de janeiro de 2013 em Saint-Fraimbault, França
Cientistas anunciaram nesta terça-feira ter tratado a hemofilia em cães acertando um gene defeituoso, o que representou um avanço no tratamento desta disposição congênita em humanos também.
A hemofilia A, a forma mais disseminada da doença sanguínea hereditária, afeta um em cada 10 mil homens.
Ela se dá na presença de um gene defeituoso, passado por linhagem materna, que causa deficiência em uma proteína coagulante denominada Fator VIII.
Atualmente não há cura. O sangramento sem controle é tratado com injeção coagulante, embora o sistema imunológico de alguns pacientes possa reagir a ela.
Uma equipe de cientistas chefiada por David Wilcox, da Escola Médica de Wisconsin, em Milwaukee, usou um vírus como um microscópico Cavalo de Tróia em testes com cães.
Eles esconderam uma versão ativa de um gene chamado ITGA2B em um vírus inofensivo.
O vírus foi, então, usado para "infectar" três cães com hemofilia A, inserindo o gene sadio em células-tronco que fazem plaquetas ou minúsculos fragmentos de células que coagulam o sangue.
Dois dos cães que produziram os níveis mais elevados de Fator VIII depois do tratamento não apresentaram episódios de sangramento severo durante toda a duração do estudo, de dois anos e meio.
Segundo o estudo, publicado na revista Nature Communications, nenhum dos três cães precisou de medicamentos para suprimir seu sistema imunológico após receberem o novo gene.
A terapia genética se baseia na ideia de que doenças hereditárias podem ser combatidas encaixando-se genes funcionais para substituir defeituosos.
Ela estourou na cena médica no final dos anos 1990 e é uma das áreas mais promissoras da biotecnologia, teoricamente oferecendo a promessa de bloquear ou reverter as doenças hereditárias.
Mas esta nova fronteira também tem sido alvo de alguns reveses, notavelmente uma resposta inesperada e incontrolável do sistema imunológico.
Até agora, os sucessos têm sido poucos, limitados a distúrbios em um único gene, ao contrário dos complexos distúrbios multigenéticos presentes nas doenças mais comuns.
Em julho, cientistas na Itália disseram ter tratado seis crianças com leucodistrofia metacromática, uma doença do sistema nervoso que é causada por mutações do gene ARSA.
Os reveses também incluíram a morte de um voluntário americano de 18 anos, Jesse Gelsinger, em 1999, e o desenvolvimento de câncer em duas crianças francesas tratadas com uma síndrome provocada pela falta crônica de defesas imunológicas. Fonte: yahoo Notícias

Estudo associa uso de anticoncepcionais a risco maior de glaucoma

(Arquivo) Mulher segura cartela de anticoncepcional

As mulheres que tomam anticoncepcionais orais durante mais de três anos correm duas vezes mais riscos de desenvolver glaucoma do que aquelas que não fazem uso da pílula, alertou um estudo divulgado esta segunda-feira nos Estados Unidos.
O aumento do risco foi semelhante, independentemente do tipo de anticoncepcionais orais ingeridos, afirmou Shan Lin, da Universidade da Califórnia em San Francisco, autor principal do estudo realizado com 3.406 mulheres maiores de 40 anos entre 2005 e 2009.
"Este estudo deve fomentar mais pesquisas para estabelecer a relação causal entre a ingestão de anticoncepcionais orais e o glaucoma", disse este professor de oftalmologia, que apresentou sua pesquisa na conferência anual da Academia Americana de Oftalmologia.
"Por enquanto, as mulheres que tomaram anticoncepcionais orais durante três anos ou mais devem fazer um exame de glaucoma e consultar periodicamente um oftalmologista, sobretudo se tiverem outros fatores de risco existentes", recomendou.
Uma das principais causas da cegueira, o glaucoma afeta cerca de 1% da população maior de 40 anos. Esta doença crônica é causada pela destruição progressiva das fibras do nervo óptico devido a vários fatores, entre os quais o mais comum é um aumento anormal da pressão intraocular (PIO).
Embora este estudo não tenha chegado a estabelecer uma relação de casualidade entre a pílula e o glaucoma, pesquisas anteriores demonstraram que o estrogênio, hormônio sexual feminino, pode ter um papel significativo no desenvolvimento desta doença.
O glaucoma é incurável, mas por meio de um tratamento precoce, com frequência pode ser controlado com medicamentos ou com uma cirurgia para estabilizar a destruição do nervo óptico.. Fonte: Yahoo notícias

domingo, 17 de novembro de 2013

Diabetes registra progressão alarmante no mundo

A diabetes, que mata uma pessoa a cada seis segundos no mundo, não para de crescer, com 382 milhões de portadores apenas em 2013
O fardo do diabetes, que mata uma pessoa a cada seis segundos no mundo, não para de crescer, com 382 milhões de portadores apenas em 2013, informou a Federação Internacional do Diabetes (FID).
Em 2013, 382 milhões de pessoas no mundo têm diabetes, ou seja, 8,4% dos adultos. Esse número deve chegar a pelo menos 592 milhões até 2035, de acordo com as últimas estimativas da FID.
A federação publicou a 6ª edição de seu Atlas do Diabetes por ocasião da Jornada Mundial do Diabetes, neste 14 de novembro.
A maioria dos portadores tem entre 40 e 59 anos, e 80% vivem em países de rendas baixa ou média, diz a FID.
Esse flagelo causou a morte de 5,1 milhões de pessoas em 2103. "A cada seis segundos, uma pessoa morre de diabetes", alertam os especialistas dessa organização não governamental fundada em 1950, que reúne mais de 200 associações de 160 países.
O avanço contínuo de casos de diabetes no mundo é um sinal de que "a batalha para preservar as populações do diabetes e de suas complicações incapacitantes e potencialmente fatais está sendo perdida", afirmam os pesquisadores.
Eles estimam em 175 milhões (46% do total) o número de diabéticos atualmente não diagnosticados. Ao ignorar a doença, muitos evoluem em suas complicações, como cegueira, amputações, ou acidentes cardiovasculares.
Esse aumento é, basicamente, devido ao diabetes do tipo 2 (o mais comum), ligado ao sedentarismo, à obesidade e às mudanças nos hábitos alimentares, como ingestão em excesso de bebidas açucaradas, entre outros. Fonte: yahoo notícias

Novo objetivo climático do Japão preocupa UE e Estados insulares

A União Europeia e pequenos Estados insulares lamentaram nesta sexta-feira a decisão de Japão de revisar drasticamente para baixo o objetivo de reduzir os gases de efeito estufa devido à interrupção dos reatores nucleares após o acidente de Fukushima.
A União Europeia emitiu um comunicado em Varsóvia, onde é realizada desde segunda-feira a conferência das Nações Unidas sobre o clima, pedindo o Japão para levar em conta as consequências desta decisão, enquanto a Aliança de Pequenos Estados Insulares (Aosis) denunciou um "enorme passo atrás".
O governo japonês abandonou seu objetivo anterior de redução dos gases de efeito estufa em 25% entre 1990 e 2020 para deixá-lo em "3,8% entre 2005 e 2020", o que equivale a um aumento de 3% com relação ao nível de 1990, segundo os cálculos da administração japonesa.
A UE reconheceu as dificuldades que o Japão enfrenta após o terremoto e o tsunami de março de 2011 e suas repercussões no setor nuclear.
Contudo, apesar de compreender a situação, os europeus esperam que "todos os países cumpram seus compromissos de redução e que os países desenvolvidos, em particular, continuem mostrando a liderança no assunto", segundo o comunicado da Comissão Europeia.
A Aosis, que reúne as nações mais vulneráveis diante do alta do nível da água, acusou o Japão de voltar atrás em suas promessas, feitas na Cúpula de Copenhague em 2009.
O tufão Haiyan, que devastou as Filipinas, só "é a última de uma série de catástrofes meteorológicas ligadas ao clima", disse Aosis em um comunicado.
"A menos que a comunidade internacional trabalhe junta para reduzir de forma urgente as emissões de gases de efeito estufa, sabemos que outros tufões como Hayan esperam na esquina", alertaram.
O ministro do Meio Ambiente japonês, Nobuteru Ishihara, fará um anúncio oficial na próxima semana em Varsóvia sobre o novo objetivo de seu país em matéria de redução de gases de efeito estufa, causadores do aquecimento do planeta. fonte: yahoo notícias

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Cães descendem dos lobos europeus, aponta estudo

O melhor amigo do homem descende dos cães que foram domesticados 
na Europa há 20 mil anos, revela uma pesquisa que descarta que esses 
animais tenham vindo do Oriente Médio, ou da Ásia, como apontam outras teorias.
"A origem dos cães modernos está no continente europeu, e não no Oriente 
Médio, ou no leste da Ásia, e remonta a cerca de 20 mil anos", declarou o
 professor de Biologia Evolutiva da Universidade da Califórnia em Los 
Angeles, Robert Wayne, um dos autores do estudo publicado nesta 
quinta-feira na revista americana "Science".
"Os antigos lobos da Europa tinham um vínculo de parentesco 
direto com os cães, o que permite fazer que a história arqueológica 
corresponda à evolução genética desses animais", explicou, ressaltando 
que "a Europa é o lugar onde foram encontrados os restos dos cães mais antigos".
Até agora, nenhum vestígio canino de mais de 13 mil anos foi
 encontrado no Oriente Médio, ou na China, ressalta o estudo.
Os cientistas analisaram o DNA mitocondrial (transmitido pela 
mãe) encontrado nos ossos de dez lobos e oito cachorros antigos,
 a maioria procedente da Europa. Os animais viveram há milhares de anos, 
dois deles há mais de 30 mil anos.
Os cientistas compararam esses antigos DNA com os genomas de 77 cães
 domésticos, 49 lobos e quatro coiotes modernos e determinaram 
que os cachorros mantinham parentesco com os lobos antigos, ou
 com os cães procedentes da Europa.
A conclusão é que os cães descendem dos antigos lobos da Europa, hoje extintos.
Robert Wayne reconhece, porém, que o estudo não porá fim à
 polêmica genética sobre a origem dos cães.
Alguns cientistas rejeitam as conclusões do estudo. Para
 Peter Savolainen, professor do Instituto Real de Tecnologia 
de Solna, na Suécia, esses trabalhos não levaram em conta amostras 
procedentes de outros países.
"Se nos fixarmos apenas nas amostras na Europa, naturalmente
 que só se pode concluir (...) que os cães são de origem europeia", ironizou.
"Nossos dados apontam uma origem chinesa dos cães, e eu
 continuo convencido de que é o lugar", disse ele à AFP. 
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Cientistas encontram evidências mais antigas de vida na Terra

Sydney (Austrália), 13 nov (EFE).- Uma equipe de cientistas internacionais descobriu, no noroeste da Austrália, um complexo ecossistema fossilizado de micróbios com aproximadamente 3,5 bilhões de anos, uma descoberta que supõe uma das evidências mais antigas de vida na Terra, informou nesta quarta-feira a imprensa local.
Estas estruturas sedimentares induzidas por micróbios ou MISS, que foram achadas em uma zona rochosa chamada Dresser Formation, situada em uma remota zona da região de Pilbara, "poderiam ser a evidência mais antiga da vida na Terra", disse o cientista da Universidade da Austrália Ocidental, David Wacey.
Segundo a emissora local "ABC", pesquisas científicas prévias resultaram no descobrimento de microfósseis e de estromatólitos de menor antiguidade do que as estruturas sedimentares encontradas em Pilbara.
Nesse sentido, a descoberta em questão faz com que "as evidências das primeiras formas de vida na Terra sejam situadas milhões de anos atrás" do que era admitido até então, acrescentou Wacey.
"Quando estes micróbios estavam vivos interagiam com os sedimentos nos quais viviam e criavam pequenas comunidades de entreajuda para sobreviver, naquele que devia ser um ambiente muito difícil", explicou o cientista australiano.
A descoberta mencionada até aqui se caracteriza pela inclusão de "fragmentos de micróbios degradados nos quais não é possível apreciar a forma original", já que as células não se diferem claramente, embora ainda conserve algum material original.
As rochas sedimentares onde foram encontrados os restos destes micróbios são provavelmente as "mais antigas e mais bem preservadas da Terra", sublinhou o cientista, que ressaltou que tal descoberta poderia contribuir em várias áreas com a investigação espacial.
Alguns projetos científicos se centram na busca de estruturas de micróbios na superfície de Marte para determinar se, em algum momento, já existiu vida nesse planeta. EFE Fonte: Siga o Yahoo Notícias no Twitter e no Facebook 

Empresa alemã é condenada em caso de escândalo de próteses mamárias

Prótese PIP
Um tribunal civil francês condenou a empresa alemã de certificação TUV no escândalo dos implantes mamários fraudulentos PIP, considerando que a líder mundial em controle de qualidade "faltou com suas obrigações de controle e vigilância".
Na decisão que foi obtida pela AFP, os juízes ressaltam que a TÜV Rheinland "faltou com suas obrigações de controle, de prudência e de vigilância no exercício de sua missão".
O tribunal também condenou a empresa e sua filial francesa a "reparar os prejuízos materiais e imateriais causados aos distribuidores e os prejuízos físicos e/ou psicológicos causados aos portadores de implantes mamários da marca PIP".
A certificadora alemã terá que pagar 3.000 euros para cada vítima, enquanto aguarda a perícia individual de cada uma.
Seis distribuidores - um búlgaro, um brasileiro, um italiano, um sírio, um mexicano e um romeno - exigem que a empresa pague 28 milhões de euros, enquanto mais de 1.600 mulheres portadoras de próteses, principalmente da América do Sul, exigem 16.000 euros cada por danos morais.
No total, são cobrados 53 milhões de euros.
Restava encontrar quem tivesse a responsabilidade de indenizar as vítimas, já que no julgamento criminal, realizado em Marselha (sul) e onde a TUV não foi citada, os cinco réus, os ex-executivos e diretores da companhia responsável pela fraude, a Poly Implants Prothèses (PIP), foram considerados sem solvência.
Jean-Claude Mas, fundador da empresa e outros quatro diretores da companhia foram acusados de fraude pelo uso de um gel de silicone impróprio para uso médico em implantes mamários.
Os autores das queixas acreditam que a fraude não teria ocorrido se as inspeções da TUV fossem adequadas.
Durante o julgamento, os advogados dos distribuidores das próteses e das vítimas denunciaram que, apesar de seus "extensos poderes", a TUV nunca verificou os implantes, limitando-se a um controle de documentos.
Na fraude perfeitamente organizada, a PIP conseguiu burlar facilmente todos os controles de qualidade, já que era advertida antecipadamente da visita dos fiscais.
"Bastaria a análise de poucas próteses", ressaltou um dos representantes dos distribuidores, Olivier Aumaitre
Após o veredicto, Aumaitre considerou a decisão "um avanço para todas as vítimas do mundo inteiro".
"A TUV tornou confiáveis no mundo inteiro produtos que não mereciam certificação", resumiu Laurent Gaudon, advogado de várias vítimas.
Para as poucas que foram ao tribunal, a decisão é uma esperança. "Estou muito feliz. É um primeiro passo", considerou a inglesa Jan Spivey. Marisol Vargas, uma venezuelana de 32 anos, se disse decepcionada após uma processo "tão longo": "Três mil euros, não é grande coisa".
Por meio de sua advogada, Cécile Derycke, a companhia alemã anunciou que vai recorrer da decisão. A advogada declarou que as indenizações representam "um grande risco para a empresa".
"A TÜV aplicou rigorosamente a regulamentação em vigor", insistiu, argumentando: "Não somos nem uma autoridade de vigilância nem um fundo de indenização".
A promotoria não citou durante o julgamento uma eventual condenação. "As vítimas devem ser indenizadas, e serão. Mas será esta a instância?", questionou o promotor Nicolas Bessone, que, no entanto, observou a falta de atenção da TÜV com esse "pequeno cliente".
Ele também mencionou a nova regulamentação europeia, inspirada pelo caso PIP, que tornará os controles surpresa obrigatórios. "Se isso é necessário é porque podemos considerar que a TÜV não cumpriu suas obrigações", acrescentou.
No início de maio, a justiça francesa autorizou os distribuidores que apresentaram as queixas a bloquear 900.000 euros das contas bancárias da filial francesa da TÜV, em uma decisão que foi confirmada por um juiz de execução.
Além dos processos movidos na França, trezentas mulheres argentinas também entraram com uma ação coletiva no país, exigindo 41 milhões de euros de indenização da PIP e da TÜV. Fonte> Siga o Yahoo Notícias no Twitter e no Facebook 

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Dieta rica em proteínas animais aumentaria risco de diabetes

Alimentos ricos em proteínas animais e, portanto, acidificantes, aumentariam sensivelmente o risco de diabetes tipo 2, a mais comum

Alimentos ricos em proteínas animais e, portanto, acidificantes, aumentariam sensivelmente o risco de diabetes tipo 2, a mais comum, revelou um estudo publicado esta terça-feira por cientistas do Inserm.
"Este é o primeiro estudo a estabelecer um vínculo entre a carga ácida da alimentação e um aumento significativo do risco de diabetes tipo 2", comentou o doutor Guy Fagherazzi, um dos autores do estudo publicado na revista Diabetologia, da Associação Europeia de Estudo do Diabetes.
A acidez do nosso organismo depende diretamente daquilo que comemos e alguns alimentos teriam um efeito acidificante, enquanto outros teriam um efeito basificante ou alcalinizante uma vez absorvidos pelo nosso organismo.
Ela é medida pela escala PRAL (sigla em inglês para carga ácida renal potencial), que permite classificar os alimentos em função de sua carga ácida ou básica.
Segundo o doutor Fagherazzi, as carnes, sobretudo aquelas processadas industrialmente, assim como os queijos e os produtos derivados de leite fazem parte dos alimentos mais acidificantes, enquanto as frutas e os legumes, ao contrário, são alcalinizantes.
Os cientistas do Inserm (Instituto Nacional da Saúde e da Pesquisa Médica francês) estudaram a alimentação de umas 66.000 mulheres filiadas ao plano de saúde dos professores franceses MGEN (Mutuelle Générale de l'Education nationale) durante um período de 14 anos, durante o qual 1.372 das estudadas desenvolveram diabetes tipo 2.
Ao comparar a composição de sua alimentação e ao ajustar os resultados para eliminar outros fatores de risco (especialmente obesidade, sedentarismo e tabagismo), eles descobriram que 25% que seguiam a dieta mais acidificante apresentavam um risco 56% maior de desenvolver diabetes tipo 2 em comparação com as 25% de mulheres que seguiam uma alimentação mais alcalinizante.
O risco aumentou 96% em mulheres de constituição física normal e que ingeriam alimentos com carga ácida maior, enquanto a alta foi claramente menor (28%) nas obesas ou com sobrepeso, o que leva a crer que "nas mulheres que já apresentam riscos, o efeito da alimentação seria menor", revelou o doutor Fagherazzi.
Para explicar o fenômeno, o cientista levantou a hipótese de que uma dieta acidificante "ocasionaria um aumento do risco de resistência à insulina, ou seja, a incapacidade do corpo de secretar insulina quando precisa para regular a glicemia".
Ele admitiu, contudo, que outros trabalhos serão necessários para confirmar os resultados deste primeiro estudo sobre o tema. Uma pesquisa anterior, publicada em 2011, já tinha evocado a existência de um vínculo entre a resistência à insulina e a carga ácida da alimentação. Fonte: Siga o Yahoo Notícias no Twitter e no Facebook 

domingo, 10 de novembro de 2013

EUA querem proibir gorduras trans

Biscoitos recheados são vistos em Washington, em 7 de março de 2012
As autoridades sanitárias dos Estados Unidos querem proibir as gorduras trans presentes em biscoitos e pizzas congeladas, entre outros alimentos processados, mencionando os riscos significativos para a saúde, principalmente de problemas cardiovasculares que podem ser fatais.
"É um passo importante para proteger um número maior de americanos dos riscos potenciais das gorduras trans", declarou Margaret Hamburg, diretora da Food and Drugs Administration (FDA), agência federal que regula alimentos e medicamentos nos Estados Unidos, ao anunciar a decisão preliminar.
"Embora o consumo de gorduras trans artificiais potencialmente nocivas tenha diminuído nas duas últimas décadas nos Estados Unidos, o consumo atual continua sendo um problema de saúde pública importante", acrescentou.
"Uma redução maior na quantidade de gorduras trans na dieta dos americanos poderia evitar 20.000 ataques do coração e 7.000 mortes adicionais por doenças cardíacas ao ano", disse Hamburg.
Especialistas da FDA determinaram que estas gorduras hidrogenadas (também chamadas ácidos graxos trans) "não são geralmente reconhecidas como seguras" para uso na alimentação, informou a agência em um comunicado.
Após essa decisão preliminar, a FDA abriu um período de 60 dias para consultas públicas a fim de obter mais informações e determinar o tempo que o setor agroalimentar necessita para cumprir esta nova norma.
Segundo o Instituto de Medicina dos Estados Unidos (IOM), instituição não subordinada ao governo que assessora os encarregados políticos e o público, as gorduras trans aumentam o colesterol ruim no corpo e elevam o risco de doenças cardiovasculares sem trazer benefício algum para a saúde.
Doces, pipoca e margarina
As primeiras campanhas contra as gorduras trans foram lançadas por grupos de defesa ao consumidor há cerca de dez anos. Em resposta, várias empresas alimentícias reduziram voluntariamente os níveis destas gorduras em seus produtos, como doces, pipocas de micro-ondas, pó para café solúvel e margarinas.
Muitos fabricantes de alimentos e comerciantes nos Estados Unidos demonstraram que a maioria desses alimentos pode ser produzida sem gorduras trans, informou a FDA, acrescentando que graças a estas iniciativas e campanhas, o consumo destas gorduras foi consideravelmente reduzido na dieta dos americanos.
Assim, desde o aparecimento em 2006 de informações sobre estas gorduras nos rótulos que detalham o conteúdo dos alimentos, sua ingestão entre os americanos passou de 4,6 gramas por dia em 2003 a cerca de 1 grama por dia em 2012, uma redução de 78%, segundo a FDA.
"Os fabricantes de alimentos diminuíram voluntariamente os níveis de gorduras trans de muitos alimentos nos últimos anos, mas um número considerável de produtos ainda contém gorduras parcialmente hidrogenadas, fonte principal de gorduras trans nos alimentos processados", insistiu Michael Taylor, diretor-adjunto da FDA para alimentação e medicina veterinária.
Ao final do período de consultas, se a FDA tornar efetiva esta decisão preliminar, as gorduras trans serão consideradas "aditivos alimentares" e não poderão mais integrar a composição dos alimentos.
Esta proibição não é aplicável às gorduras trans que se formam naturalmente em pequenas quantidades em produtos à base de carne e leite, esclareceu a agência.
A decisão foi bem recebida pelos nutricionistas, que destacaram, no entanto, que as empresas alimentícias continuam usando produtos ricos em gorduras saturadas e açúcares.
"Quando os industriais modificam a composição de seus produtos para eliminar as gorduras trans, com frequência as substituem com óleos de coco e de palma, ricos em gorduras saturadas", advertiu Dana Angelo White, professora de dietética da Universidade de Quinnipiac (Connecticut, nordeste).
Segundo especialistas, a eliminação das gorduras trans nos alimentos não é suficiente para evitar a obesidade.
"A fast food causará obesidade, mesmo sem as gorduras trans, porque esses alimentos são cheios de gorduras saturadas ruins e açúcares nocivos à saúde nas quantidades em que são consumidos na típica dieta americana", disse Christopher Ochner, diretor do Centro de Saúde do Adolescente no Hospital Monte Sinai de Nova York.
Os fabricantes de alimentos nos Estados Unidos, agrupados na Grocery Manufacturers Association (GMA), expressaram sua disposição de "trabalhar com a FDA para entender melhor suas preocupações e determinar como nosso setor pode servir melhor aos consumidores".
A GMA destacou, ainda, que reduziu voluntariamente as gorduras trans de seus produtos em 73% desde 2005 FONTE: Siga o Yahoo Notícias no Twitter e no Facebook 

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Estudo demonstra que falar dois idiomas pode retardar a demência

As pessoas que falam dois idiomas podem conseguir afastar a demência por anos, independentemente de terem ou não a habilidade de ler em ambos, revelou um estudo
As pessoas que falam dois idiomas podem conseguir afastar a demência por anos, independentemente de terem ou não a habilidade de ler em ambos, revelou um estudo publicado esta quarta-feira.
O estudo, divulgado no periódico americano Neurology é o primeiro do tipo a demonstrar que os efeitos protetores do bilinguismo podem se estender para as pessoas que são analfabetas.
Os cientistas acompanharam uma população de 648 pessoas na Índia. Todas haviam sido diagnosticadas com algum tipo de demência e tinham 66 anos, em média.
Ao analisar os dados, eles descobriram que aqueles que falavam dois idiomas desenvolveram demência cerca de quatro anos e meio mais tarde do que os monoglotas (falantes de um único idioma).
As diferenças se mantiveram independentemente de conseguirem ler ou não. Catorze por cento dos participantes do estudo eram analfabetos.
O início tardio de perda da memória, tanto na demência vascular quanto no mal de Alzheimer, também foi observado independente de fatores como educação, gênero, ocupação ou residência rural ou urbana.
"Nosso estudo é o primeiro a reportar uma vantagem de falar dois idiomas nas pessoas que não conseguem ler", afirmou a autora do estudo, Suvarna Alladi, do Instituto Médico Nizam em Hyderabad, Índia.
Segundo ela, a pesquisa sugere "que o nível de educação de uma pessoa não é uma explicação suficiente para esta diferença".
"Acredita-se que falar mais de um idioma leve a um melhor desenvolvimento das áreas do cérebro que desempenham funções executivas e tarefas de atenção, o que pode ajudar a proteger (o indivíduo) do início da demência".
De acordo com a pesquisa, não há efeito protetor adicional contra a demência entre pessoas participantes do estudo que falavam mais de dois idiomas. fonte: yahoo notícias

UE autoriza comercialização de duas combinações de milho transgênico

Milho cultivado em São Félix do Xingu, Pará, é visto em 8 de agosto de 2013

A Comissão Europeia - braço executivo da União Europeia - autorizou nesta quarta-feira a importação e a comercialização no bloco de duas combinações de milho transgênico destinadas à alimentação de animais, depois que os países-membros não conseguiram chegar a um acordo para proibi-las.

A decisão, anunciada pela Comissão Europeia, permite comercializar o SmartStax, uma combinação de milho transgênico do grupo Monsanto, e o PowerCore Maze, uma mistura de vários milhos transgênicos produzidos tanto pela Monsanto quanto pelo grupo Dow.
A medida autoriza também a venda de pólen para mel no qual pode haver vestígios de milho MON810, da Monsanto, único milho autorizado para cultivo na UE.
Essa decisão aumenta para 51 a quantidade de organismos geneticamente modificados autorizados para importação e venda na UE com fins alimentícios.
Nesta quarta-feira, a Comissão pediu aos Estados membros que se pronunciem sobre a autorização de um outro milho transgênico para cultivo, o TC1507, da produtora de cereais Pioneer, que apresentou a solicitação em 2011. Fonte: yahoo notícias

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Dose única de vacina contra HPV evitaria câncer de útero, diz estudo

Dose única de vacina contra HPV evitaria câncer de útero, diz estudo
Uma única dose da vacina contra o vírus do papiloma humano (HPV), causador de 70% dos cânceres de colo do útero, poderia bastar para desenvolver uma imunidade de longa duração, ao invés das três recomendadas, revelou um estudo publicado nesta segunda-feira.
"Constatamos que os níveis de anticorpos para as duas cepas virulentas do HPV, 16 e 18, nas mulheres vacinadas com uma única dose permaneceram no sangue até quatro anos", disse Mahboobeh Safaeian, do Instituto Nacional do Câncer (NCI) em Bethesda (Maryland, leste dos EUA), autora do estudo.
"Esses resultados questionam as recomendações atuais segundo as quais a vacina contra o HIV requer doses múltiplas para gerar uma resposta imunológica de longa duração", disse esta especialista em doenças infecciosas, cujo estudo foi publicado na revista Cancer Prevention Research.
Safaeian disse que é preciso realizar mais estudos antes de decidir alguma mudança, mas considerou que "esta descoberta é promissora para fazer campanhas de vacinação mais simples e baratas, com chances de ser implementadas em todo o mundo, especialmente nos países em desenvolvimento, onde ocorrem mais de 85% dos cânceres de colo de útero e onde a doença é uma das principais causas de morte relacionadas ao câncer".
O estudo se baseia nos resultados de um teste clínico financiado pelo NCI para testar a eficácia da vacina Cervarix, do laboratório britânico GlaxoSmithKline, realizado em 7.500 mulheres de 18 a 25 anos na Costa Rica.
Embora todas devessem receber as três doses recomendadas da vacina em diferentes momentos, isso não foi feito com 20% das participantes, explicaram os pesquisadores.
Assim, foram analisadas amostras de sangue de um grupo de 78 jovens que receberam uma dose única, em comparação com grupos de 120 a 192 mulheres que receberam duas ou três doses, como estava previsto.
Eles descobriram que todas as mulheres dos três grupos tinham anticorpos contra as cepas virulentas 16 e 18 do HPV.
Esses anticorpos permaneceram no sangue durante o máximo de quatro anos, que é aproximadamente o tempo que os cientistas esperavam que a vacina fosse eficaz.
Os níveis de anticorpos também mostraram um comportamento estável no tempo, apesar de serem sutilmente inferiores no grupo da dose única, o que sugere que estas "são respostas duradouras", informou o estudo.
O HPV pode causar câncer cervical (uterino), anal e orofaríngeo.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o câncer cervical é o segundo tipo de câncer mais comum em mulheres de todo o mundo e causa 500.000 novos casos e 250.000 mortes ao ano.Fonte: Siga o Yahoo Notícias no Twitter e no Facebook 

Bilhões de planetas do tamanho da Terra podem ser habitáveis

Ilustração da Nasa mostra o exoplaneta Kepler ao lado de Júpiter
Bilhões de planetas do tamanho da Terra e em órbita de estrelas semelhantes ao Sol em nossa galáxia podem ser habitáveis, revelaram astrônomos nesta segunda-feira.
Uma em cada cinco estrelas parecidas ao Sol na Via Láctea, que tem 55 bilhões de estrelas, pode ter um planeta do tamanho da Terra em sua órbita, e se este não estiver muito longe ou muito perto do seu astro, há possibilidade de abrigar água líquida e vida.
O estudo se baseia em uma nova análise de três anos de descobertas do Observatório Espacial Kepler, da Nasa.
"Isto significa que, entre as milhares de estrelas que observamos no céu durante a noite, a mais próxima, similar ao Sol e com um planeta em sua órbita, está, provavelmente, a apenas 12 anos luz (cada ano luz equivale a 9,461 bilhões de quilômetros) e é visível a olho nu", assinalou o astrônomo Erick Petigura, da Universidade de Berkeley, na Califórnia.
A pesquisa, publicada nas Atas da Academia Nacional da Ciência, foi apresentada durante a conferência sobre o Kepler em Moffett Field, Califórnia.
"Estes resultados permitem pensar que planetas como a Terra são relativamente frequentes em toda Via Láctea", destacou Andrew Howard, astrônomo do instituto de Astronomia do Avaí e coautor do estudo.
Baseados nos três primeiros anos de dados obtidos por Kepler, os pesquisadores detectaram 3.538 potenciais exoplanetas, dos quais 833 foram confirmados. Entre estes, 647 são do tamanho da Terra e 104 se encontram na distância do Sol habitável, e 10 são rochosos como a Terra, disse Jason Rowe, do instituto SETI, durante a coletiva.
Buscar sinais de vida
O fato de um planeta com massa comparável a da Terra se encontrar em uma zona onde poderia ser habitável não o faz, por si só, propício à vida, observaram os cientistas.
"Alguns poderiam, por exemplo, ter atmosferas muito densas, o que tornaria as temperaturas na superfície muito elevadas para organismos vivos", explicou Geoffrey Marcy. "Na realidade, desconhecemos a variedade dos tipos de planetas e as características sob as quais poderiam haver vida".
"A abundância de planetas como a Terra, em órbita de estrelas relativamente próximas, simplificará as futuras missões da Nasa para estudá-los detalhadamente", destacou Andrew Howard.
Segundo Natalie Batalha, cientista da missão Kepler, "dentro de 50 anos seremos capazes de observar as características da atmosfera destes exoplanetas e o objetivo seguinte será obter imagens de boa qualidade de sua superfície, ver a topografia e buscar sinais de vida".
A missão Kepler, lançada em 2009, se ocupa da busca de planetas fora do sistema solar que podem orbitar a uma distância de suas estrelas que permita a existência de vida.
"Temos muitas missões a considerar no futuro. Penso que algumas delas, que já estão impulsionando a tecnologia, poderiam ser postas em marcha por nossos filhos ou netos", disse Bill Borucki, um dos principais pesquisadores do Kepler. Fonte: Siga o Yahoo Notícias no Twitter e no Facebook 

sábado, 2 de novembro de 2013

Cruzamento de zebra e asno, 'zebrasno' atrai curiosos em Florença

Uma noite de amor entre a zebra Martin e o asno Giada na romântica cidade italiana de Florença teve como resultado um "zebrasno", um filhote raro que está atraindo multidões a uma reserva privada de animais exóticos.

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Aos três meses, Ippo já é uma celebridade: os donos da reserva dizem já ter recebido pedidos por direito de imagem, entre elas de uma empresa de brinquedos e outro para um desenho animado da Disney.
"É muito incomum que uma zebra e um asno acasalem e se reproduzam", disse Serena Aglietti, a filha do dono da reserva, situada em pleno centro de Florença, perto dos monumentos emblemáticos da cidade.
O refúgio Aglietti, um negócio familiar, recolhe animais resgatados de circos ou de donos que os maltratam e abriga uma coleção variada de 170 exemplares, que inclui camelos, lhamas e porcos vietnamitas, entre outras espécies.
Aglietti contou que uma noite de inverno, no ano passado, Martin, uma zebra macho, que tinha sido resgatada de um zoológico onde sofria abusos pulou a cerca de seu recinto. O sedutor Martin usou o focinho para levantar o fecho de uma porta do estábulo onde descansavam os asnos.
Ali, ele consumou o amor com Giada, uma fêmea da raça italiana Asno de Amiata, que tinha sido levada para o local para reproduzir. Depois desta noite de aventura, Martin abandonou a companheira.
Ninguém percebeu o que tinha acontecido até 12 meses depois, período de gestação dos asnos.
"Estivemos no parto. Primeiro saíram os cascos pretos, depois as patas listradas. Ficamos surpresos!", disse Aglietti, assegurando que Ippo está bem.
"É travesso, mas é muito doce com as crianças. Continua mamando, mas também come cenouras", disse.
Ippo: um híbrido que todos querem fotografar
O pequeno Ippo, atração incomum da reserva, reúne centenas de visitantes, que competem por chamar atenção do zebrasno e tirar fotos dele com seus celulares inteligentes.
"Tínhamos curiosidade de ver este animal tão afetuoso. É muito bom para as crianças", disse Patrizia, de 67 anos, que visitou o local com a família.
Morador de Florença, Fabrizio não conseguiu esconder a surpresa.
"Esta é a primeira vez que o vejo. Não é natural, mas a natureza o tornou possível", afirmou.
Ippo é uma boa mistura de seus pais: tem as patas listradas da zebra e a cara de um asno.
No entanto, alguns exemplos anteriores de zebrasnos em todo o mundo - inclusive os de China, Japão e Estados Unidos - mostram que ao crescer, o animal pode acabar ficando mais parecido com um dos pais.
Ippo é oficialmente um zebrasno, como é denominado o animal híbrido nascido do cruzamento entre uma zebra e um asno.
A zebra também pode se acasalar com um cavalo ou uma mula, produzindo filhotes "zebroides".
Segundo Aglietti, em novembro será possível saber se Ippo poderá se reproduzir, embora não tenha sido decidido se convém fazê-lo com uma zebra ou com um asno. "Se ele for fértil, terá a opção de acasalar com qualquer dos animais que temos aqui", disse. Fonte: Yahoo notícias