Los Angeles (EUA), 10 abr (EFE).- Uma equipe multidisciplinar da Universidade de Stanford, na Califórnia, desenvolveu um método para estudar o cérebro sem alterar sua forma e conexões internas graças a um processo químico que o torna transparente, anunciou nesta quarta-feira a instituição.
O revolucionário avanço promete mudar a análise do funcionamento desse órgão até agora indecifrável.A nova técnica, denominada Clarity, apresenta um grande potencial para acelerar as pesquisas sobre doenças como o alzheimer e a esquizofrenia e lançar luz sobre os neurônios vinculados à síndrome de Down e ao autismo.
"O estudo de sistemas intactos com esse tipo de resolução molecular e em toda sua dimensão foi um objetivo não alcançado na biologia, uma meta que o Clarity começa a cumprir", explicou Karl Deisseroth, engenheiro biológico, psiquiatra e líder do projeto.
O método, divulgado nesta quarta-feira em um artigo publicado na internet pela revista "Nature", foi testado fundamentalmente em ratos, mas também passou com sucesso por experiências com peixes-zebra e em amostras de cérebro humano.
Até o momento, o estudo do interior do cérebro implicava seccioná-lo, com a perda consequente de sua estrutura. Graças ao Clarity, o membro é acessível como uma só peça, com suas conexões e complexidade molecular intactas.
Os cientistas podem penetrar nele com tecnologia tridimensional, fazer medições e utilizar produtos químicos que permitam distinguir suas estruturas internas por cores.
"Nunca mais o estudo em profundidade do nosso órgão tridimensional mais importante ficará limitado por métodos bidimensionais", indicou Thomas Insel, diretor do Instituto Nacional de Saúde Mental dos Estados Unidos. EFE Fonte: yahoo notícias
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