A talidomida, um remédio que era vendido nos anos 1950 e 1960 para amenizar os enjoos nos primeiros meses de gravidez, ganhou fama ao provocar danos irreversíveis no desenvolvimento de milhares de fetos.
Analistas calculam que entre 10.000 e 20.000 crianças nasceram com malformações, às vezes sem um ou vários membros, depois de suas mães terem tomado a talidomida.
Apresentado a princípio como um medicamento inócuo, a talidomida era comercializada desde 1956 pela empresa farmacêutica alemã Chemie Grunenthal, em quase 40 países, principalmente na Alemanha e Grã-Bretanha, assim como no Japão e no Canadá.
Os Estados Unidos não autorizaram a comercialização do fármaco, enquanto a França o autorizou por poucos meses em 1961.
Após a descoberta dos efeitos nocivos no desenvolvimento humano, com um forte aumento do número de bebês que nasceram "amputados" de braços e pernas, a talidomida foi retirada do mercado em 1961 em Alemanha e Grã-Bretanha, mas continuou sendo comercializada no Canadá até agosto de 1962, no Japão até setembro de 1962 e na Bélgica até dezembro do mesmo ano.
Em todo o mundo, a talidomida foi comercializada sob várias marcas (Softenon, Talimol, Contergan, entre outras).
Depois do escândalo, os países reforçaram ou adotaram controles prévios para venda de remédios.
Atualmente, a talidomida é utilizada, sob rígidos controles, por suas propriedades originais, em particular para o sistema imunológico.
Vários estudos demonstraram sua eficácia no tratamento da hanseníase, do lúpus eritematoso sistêmico e de uma forma de câncer de médula óssea, o mieloma múltiplo. A comercialização foi autorizada no mercado europeu em 2008.
A talidomida também é utilizada no tratamento de doenças inflamatórias, como a doença de Crohn (enfermidade intestinal), e para algumas afecções dermatológicas.
Mas pelo alto risco para o feto, o remédio é vetado para as mulheres grávidas. Fonte: Yahoo notícias
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