terça-feira, 12 de março de 2013

Aspirina pode prevenir o melanoma em mulheres, diz estudo

Um novo estudo desenvolvido pela Faculdade de Medicina da Universidade Stanford, nos Estados Unidos, descobriu que o uso regular de ácido acetilsalicílico, mais conhecido como aspirin,a pode diminuir o risco de mulheres desenvolverem o tipo mais agressivo de câncer de pele, o melanoma - que pode resultar em metástase. Os resultados foram publicados dia 11 de março no periódico Cancer, da Sociedade Americana de Câncer.

O trabalho foi feito com base nos dados de quase 60 mil mulheres de 50 a 79 anos, que haviam participado da Iniciativa de Saúde da Mulher, um estudo demográfico realizado com mulheres na pós-menopausa. As participantes eram caucasianas - fator de risco para desenvolver o câncer - e foram acompanhadas durante 12 anos. Elas forneceram informações sobre alimentação, atividade física, histórico de exposição ao sol e de uso de medicamentos. Os cientistas também fizeram consultam clínicas com elas durante esse período para se certificarem de que elas realmente estavam usando aspirina e para realizar exames capazes de diagnosticar
melanoma.

De acordo com o estudo, mulheres que tomavam aspirina mais de duas vezes por semana apresentaram um risco 21% menor de desenvolver melanoma do que aquelas que nunca faziam uso da droga. Esse efeito protetor aumentou conforme o tempo de uso do medicamento: aquelas que o fizeram durante um ano tiveram um risco 11% menor de ter melanoma; as que fizeram uso da droga entre um e quatro anos apresentaram um risco 22% menor, e as que tomaram aspirina por mais de cinco anos apresentaram um risco 30% menor.

Os autores afirmam que a
aspirina pode prevenir o melanoma por meio de seus efeitos anti-inflamatórios, já que as inflamações na pele são um dos fatores que levam ao desenvolvimento do melanoma. Embora os resultados sejam positivos, os pesquisadores afirmam que ainda não é possível receitar aspirina para prevenir o melanoma, já que eles ainda não chegaram à conclusão sobre qual é a quantidade adequada de aspirina que deve ser tomada e durante quanto tempo. Há também desvantagens para o uso de aspirina, como efeitos adversos que podem incluir dores no estômago, úlcera e hemorragia.

Previna-se contra o câncer de pele
"Quem tem dificuldade para se bronzear, notou o surgimento de muitas pintas pelo corpo ou até mesmo nasceu com olhos azuis tem mais chance de ter câncer de pele, principalmente a partir dos 40 anos", afirma a dermatologista espanhola Isabel Longo, uma das principais palestrantes do Skin Cancer 2012, que aconteceu em São Paulo. Só se lembrar da proteção nos dias de praia é um erro. Ir trabalhar, passear no parque, pegar ônibus, qualquer atividade fora de casa deve ser motivo você se prevenir contra os raios solares UVA e UVB - e o cuidado é ainda mais importante no caso de pessoas mais sensíveis a doenças graves como melanoma e carcinoma. Os fatores de risco para câncer de pele são simples de identificar, o tipo de câncer.
Mulher toma sol na praia - Foto: Getty Images

Dificuldade para se bronzear

Ter pele bem bronzeada de sol costuma significar beleza e vitalidade (além de férias em algum lugar com belas praias). Mas existem riscos relacionados às horas de exposição ao sol e eles não podem ser descartados, principalmente se você tem a pele muito branca e ela fica vermelha em vez de amorenar. "Nesse caso, o risco de câncer de pele é alto por dois motivos: pela sensibilidade natural da pele e porque, como não consegue se bronzear facilmente, essa pessoa acaba ficando tempo demais exposta aos raios UVA e UVB", explica a dermatologista Marcia Puceli, especializada em câncer de pele.
Mulher com pintas passa creme nas pernas - Fotos: Getty Images

Pintas que se espalham por todo o corpo

Ainda que muita gente ache bonitinho ter algumas pintas espalhadas pelo corpo, a dermatologista faz questão de ressaltar que essas manchas não são normais. "Elas surgem ao longo da vida, por consequência da exposição ao sol e precisam ser avaliadas por um dermatologista." Controle o crescimento das pintas seguindo o ABCDE dos médicos: assimetria reconhecida (se ela não é redondinha), borda irregular, cores múltiplas, diâmetro maior que a ponta de um lápis e evolução (se coça, sangra ou cresce). Já se você possui muitas pintas, faça um acompanhamento com dermatologista para ter certeza de que não existe nenhum problema grave surgindo. Outro ponto importante é o sentido do crescimento. Quando a pinta fica saliente e ganha o aspecto de uma verruga, não há problemas. "Mas se ela crescer para os lados pode estar se multiplicando, e isso não deve acontecer em um adulto", diz a médica.
Ruiva balança os cabelos vermelhos - Foto: Getty Images

Olhos azuis e cabelos em tons claros

"Estudos mostram que pessoas com olhos azuis e cabelos ruivos ou loiros têm mais chance de desenvolver melanoma, o tipo mais raro e agressivo de câncer de pele", afirma a dermatologista Isabel Longo. Nesses casos, não importa a cor da pele: mesmo uma pessoa de pele morena e olhos azuis deve ir ao médico. Quem nasceu com o cabelo ruivo ou avermelhado precisa dar atenção redobrada às orientações médicas. "Essas pessoas possuem felmelanina, um composto que faz a pele oxidar mais e estar menos protegida aos riscos do sol", revela a especialista Márcia Puceli.
Mulher com ombros cheios de sardas acaba de sair do banho - Foto: Getty Images

As sardas não param de aparecer

O charme das sardas não pode servir como desculpa para você ignorá-las. "Pessoas com muitas sardas pelo rosto ou nos ombros precisam de acompanhamento médico e cuidados especiais na hora de tomar sol", diz a palestrante espanhola. Isso porque as sardas não passam de uma resposta da pele sensível ao abuso do sol, ou seja, quanto mais sardas, maior o risco de problemas relacionados ao sol. s especialistas ajudam você:
Médico mostra exames para paciente - Foto: Getty Images

Histórico familiar de câncer de pele

Como é o caso de muitas doenças, o histórico familiar indica maior possibilidade de desenvolver câncer de pele. Mas fique atento para as diferenças: se alguém na sua família já teve carcinoma, não é necessário se assustar, mas avise o médico. O carcinoma, como as sardas, é resultado exagero na exposição solar. "O maior problema está no melanoma, que ainda tem um lado genético não muito bem compreendido pela medicina", afirma a dermatologista Márcia Puceli. As características que tornam uma pele mais sensível também podem ser herdadas. "Por isso é tão importante prestar atenção na maneira como cada pele reage ao sol - tanto a sua quanto a dos familiares".
Homem conversa com médica durante consulta - Foto: Getty Images

Antecedente pessoal não pode ser esquecido

Também é muito importante prestar atenção ao seu próprio histórico, além e conhecer sua herança genética. Como no caso familiar, o desenvolvimento do carcinoma indica um comportamento de riscocomportamento de risco comportamento de risco - que deve ser controlado seguindo as instruções médicas. Reincidência é muito comum e só pode ser combatida se você estiver disposto a adotar hábitos como passar o protetor solar, caminhar pela sombra e evitar se expor ao sol nas faixas horárias de maior incidência solar (das 11h às 16h).
Jovem medita enquanto toma sol na praia - Foto: Getty Images

Tomar sol demais

Mesmo quem não tem características como pele sensível e cabelo ruivo precisa tomar cuidado com o sol. "O risco nunca é nulo, principalmente para pessoas que adotam comportamentos de risco como tomar sol indiscriminadamente". Vale lembrar que a proteção solar não vem só do filtro; chapéus, óculos de sol e até as roupas podem ajudar a bloquear os raios solares, principalmente no cotidiano. Afinal, sol não está presente só na praia ou na piscina, mas faz parte do seu dia a dia.
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Fonte: Por Minha Vida - publicado em 12/03/2013

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