sábado, 31 de janeiro de 2015

Células de doadores para tratar doenças do coração

Um cirurgião durante uma operação no coração em um hospital francês, no dia 24 de outubro de 2013
O hospital espanhol Gregorio Marañon apresentou nesta sexta-feira, em Madri, um novo tratamento para recuperar um coração danificado por uma parada cardíaca através do uso de células cardíacas de doadores.

"Como parte deste teste clínico, 55 pacientes no total serão tratados. Sete pacientes já foram operados, e a evolução de todos tem sido muito favorável, visto que seus tecidos cardíacos haviam sido severamente afetados", explicou o governo regional de Madri em um comunicado.
"Esta é a primeira vez que este tipo de célula é utilizada para reparar danos causados por um infarto agudo do miocárdio", acrescentou.
"Esta é uma experiência pioneira no mundo", disse à AFP um porta-voz do hospital.
"Estas células alogênicas, ou seja, que não vêm do próprio paciente, mas de corações de doadores, são processadas e armazenadas" antes de serem usadas no coração do paciente, explicou Francisco Fernandez-Avila, chefe do departamento de cardiologia do Hospital Gregorio Marañon, citado no comunicado.
A vantagem deste método é que é não necessário esperar "as quatro ou oito semanas" que seriam necessárias no caso da utilização de células cardíacas do próprio paciente. Além disso, estas células cardíacas selecionadas oferecem um "potencial de reparação maior", disse o cardiologista.
Retiradas do tecido cardíaco de doadores voluntários "remanescentes após uma cirurgia", como na implantação de um marcapasso, essas células que foram alvos de uma seleção, permitem uma melhor reparação de tecidos do coração danificados por um ataque cardíaco do que se viessem de outras fontes, indicou.
Antes de serem tratadas, elas "são estudadas de forma exaustiva" e somente aquelas que funcionam "de forma ideal" são selecionadas e, posteriormente, multiplicadas até alcançar "a dose necessária de 35 milhões por paciente".
As células são então implantadas através de uma artéria coronária, "um processo seguro e simples semelhante a uma angioplastia", de acordo com os médicos. Trata-se de "produzir novo tecido cardíaco, ativando a capacidade de regeneração local do próprio coração."
O paciente deve receber as células "sete dias após o infarto, quando a sua situação clínica se estabilizou e o efeito cardiorreparador pode ser mais eficaz."
Financiado pela União Europeia, o teste é realizado na Espanha pelo grupo espanhol privado Genetrix e coordenado pelo hospital Gregorio Maranon com vinte organizações europeias, incluindo o Hospital Saint-Louis, de Paris. Fonte: Yahoo Notícias

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Bill Gates: mundo deve se preparar para pandemia

O bilionário Bill Gates acredita que o mundo deve aprender com a batalha contra o vírus Ebola para se preparar para uma guerra contra uma possível doença fatal e global, utilizando, para isso, a ajuda das novas tecnologias.
O americano, que participou em Berlim de uma conferência de doadores da organização Gavi, a Aliança Global para Vacinas e Imunização, considera que seria imprudente não se preparar para o risco de uma pandemia mundial.
"Um patógeno ainda mais difícil (que o Ebola) poderia surgir: uma forma de gripe, de SARS ou um tipo de vírus nunca antes visto", declarou em uma entrevista à AFP.

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"Nós não sabemos se isso vai acontecer, mas o risco é significativo o suficiente, e uma coisa que deveríamos aprender com o Ebola é perguntar-nos: Estamos prontos o suficiente? É como quando estamos nos preparando para a guerra, temos aviões e precisamos treinar", continuou ele.
Segundo ele, se preparar pode significar recrutar voluntários para serem treinados para responder rapidamente às emergências de saúde, à imagem dos planos desenvolvidos nos países mais atingidos pelo Ebola - a Guiné, Libéria e Serra Leoa -, que registraram quase 8.700 mortos, segundo o último relatório da OMS.
Campanha de vacinação infantil
Bill Gates, classificado pela revista Forbes como o homem mais rico do mundo, com uma fortuna de cerca de 80 bilhões de dólares, explicou que a fundação que dirige com sua esposa Melinda tem distribuído em torno de 4 bilhões de dólares por ano para ajudar os mais pobres do mundo.

A fundação também é um dos principais contribuintes da organização Gavi, que arrecadou promessas de doação de 7,5 bilhões de dólares para prosseguir com sua campanha de vacinação infantil de 2016 a 2020.
As vacinas são "os maiores salva-vidas de vidas humanas", de acordo com o americano de 59 anos de idade, que comemora o fato de a chanceler alemã Angela Merkel ter recebido esta conferência de doadores em Berlim e feito da vacinação no mundo uma das prioridades do G7 presidido pela Alemanha este ano.
Ele também expressou sua preocupação com a ascensão de uma corrente anti-vacinação nos países ocidentais, ligada a um medo exagerado dos riscos associados às vacinas.
"Nós nos concentramos em crianças pobres. Milhões delas morrem de doenças que poderiam ser evitadas por meio de vacinas", acrescenta. "É uma pena não haver uma taxa de 100% (de vacinação) nos países ricos."
"Eles escolhem infectar potencialmente pessoas que não podem se proteger", considera Bill Gates, observando que doenças como sarampo e a coqueluche podem voltar a se espalhar.
O co-fundador da empresa de software Microsoft também salienta a importância da tecnologia na realização de campanhas de vacinação.
"Nós usamos fotos de satélite para determinar onde as pessoas vivem, usamos o GPS com telefones móveis para ver se as equipes de vacinação estão indo em todos os lugares que precisam ir, fazemos uma análise estatística para ver se alguma criança não foi atendida", explica.
"As novas tecnologias inovadoras vão nos permitir ver o que está acontecendo, a um custo muito mais baixo", disse ele.
Bill Gates também diz estar orgulhoso de ter incentivado outros bilionários americanos, como Warren Buffett, a dedicar uma parcela significativa de sua riqueza à caridade.
Ele diz que quer levar esta mensagem para a Europa, Índia e China, "onde quer que eu vá, eu digo às pessoas o quanto eu me deleito na filantropia e eu encorajo outros a se envolver." Fonte: yahoo Notícias

Cientistas encontram vínculos entre plástico e menopausa precoce

Mulheres cujos corpos contém níveis altos de certos componentes químicos encontrados em plásticos e cosméticos têm menopausa de dois a quatro anos mais cedo do que mulheres com níveis mais baixos destes em seu sistema
Mulheres cujos corpos contém níveis altos de certos componentes químicos encontrados em plásticos e cosméticos têm menopausa de dois a quatro anos mais cedo do que mulheres com níveis mais baixos destes em seu sistema, disseram pesquisadores americanos nesta quarta-feira.
Enquanto o estudo no jornal PLOS ONE não provou que exposições a químicos causam menopausa precoce, autores dos estudos dizem que associações que eles descobriram merecem maior investigação.
"Químicos ligados à menopausa precoce podem levar ao precoce declínio da função ovariana, e nossos resultados sugerem que nós enquanto sociedade devemos nos preocupar", disse o experiente pesquisador Amber Cooper, professor adjunto de obstetrícia e ginecologia na Universidade de Medicina de Washington.
Os resultados foram baseados numa amostra representativa de 1.442 mulheres em menopausa, com idade média de 61 anos.
Nenhuma das mulheres estava tomando reposição hormonal de estrogênio, nem fizeram cirurgia para retirada dos ovários.
Pesquisadores examinaram o sangue e a urina das mulheres procurando sinais de 111 componentes químicos suspeitos de interferir na produção e distribuição dos hormônios no corpo, diz o estudo.
Eles encontraram 15 componentes químicos que são efetivamente associados com a menopausa precoce e com o declínio das funções dos ovários.
Os pesquisadores incluíram nove bifenilas policloradas (PCBs), três pesticidas, dois ftalatos - tipicamente encontrados em plásticos, itens domésticos comuns, produtos farmacêuticos, loções, perfumes, maquiagens, esmaltes, sabonete líquido e spray de cabelo - e químicos tóxicos conhecidos compostos furânicos "que garantem uma maior avaliação", diz o estudo.
A função ovariana é importante porque sem ela as mulheres ficam inférteis e pode ser um risco para o desenvolvimento precoce de doenças do coração, osteoporose e outros problemas de saúde.
"Muitas dessas exposições químicas estão além do nosso controle porque eles estão no solo, na água e no ar", diz Cooper.
"Mas nós podemos nos educar sobre nossas exposições químicas do dia-a-dia e ficarmos mais atentos sobre os plásticos e outros itens domésticos que utilizamos", destaca.
Ela recomenda que as pessoas usem vidro ou recipientes de papel quando usam o micro-ondas, e minimizem a exposição a químicos nocivos na escolha de cosméticos e produtos de cuidado pessoal.
O estudo foi financiado pelo Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos. Fonte: Yahoo Notícias

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

EUA priorizam impacto do aquecimento em suas pesquisas oceanográficas

Turistas se bronzeiam na praia da ilha de Praslin, Seychelles, em 6 de março de 2012
O aumento do nível dos oceanos, o impacto do aquecimento em ecossistemas marinhos e a atividade sísmica ligada aos tsunamis são as prioridades das pesquisas oceanográficas americanas nos próximos 10 anos, determinou a Academia de Ciências em um informe publicado nesta sexta-feira.
"A próxima década e além deveria ser um período de possibilidades e de avanço no campo da ciência dos oceanos, com avanços que beneficiem a sociedade e a economia, não apenas no nosso país, mas no mundo inteiro", explicou Shirley Pomponi, co-presidente do comitê que redigiu o documento e diretora da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA).
"Esperamos que este informe, que incorpora contribuições de vários cientistas, aporte à Fundação Nacional de Ciências (NSF, na sigla em inglês) e a outras agências federais uma visão e direção estratégicas para a ciência e a pesquisa oceanográfica", acrescentou.
Os autores do informe pedem também um reajuste do orçamento federal para financiar a pesquisa oceanográfica para um nível adequado, destacando a insuficiência dos recursos de 2000 a 2014 para manter a infraestrutura científica, como a frota de navios de pesquisa, equipamentos de perfuração no mar e observatórios marinhos.
Para o ano fiscal em curso, esta quantia se aproxima dos US$ 435 milhões.
Sem um aumento adequado do orçamento da ciência fundamental para a NOAA, a única solução seria reduzir o valor atribuído à infraestrutura de pesquisas, como navios, destacou o informe. Fonte: Siga o Yahoo Notícias no Twitter e no Facebook 

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Implantado primeiro pâncreas artificial em menino de quatro anos para tratar diabetes

Xavier posa com os pais e uma funcionária
Um menino australiano de quatro anos, Xavier Hames, recebeu um pâncreas artificial, o que foi classificado por especialistas como o primeiro caso no mundo no tratamento de diabetes do tipo 1, anunciou o Hospital Infantil Princess Margaret, de Perth.
O pâncreas artificial implantado, parecido com um reprodutor MP3, está conectado ao corpo através de vários tubos enxertados sob a pele.
"O aparelho reproduz a função biológica do pâncreas para prever os níveis baixos de glicose e deter a administração de insulina", indicou na quarta-feira um comunicado do departamento de Saúde da Austrália Ocidental.
"Isso, por sua vez, evita as consequências graves de baixo nível de glicose, como o coma, convulsões e uma possível morte", acrescentou o comunicado, que não indicou quando a operação ocorreu.
A Fundação de Pesquisa de Diabetes Juvenil (JDRF), uma organização sem fins lucrativos que financiou o projeto, indicou que a tecnologia monitora os níveis de glicose e interrompe o fornecimento de insulina até 30 minutos antes que ocorra um ataque hipoglicêmico.
"Este dispositivo pode prever hipoglicemia antes que aconteça e deter a administração de insulina antes de um evento previsto", disse Tim Jones, um dos médicos do hospital.
"Isso, unido ao fato de que a bomba retoma automaticamente o fornecimento de insulina quando os níveis de glicose se recuperam, é um avanço médico real", acrescentou.
Naomi Hames, a mãe de Xavier, declarou que o dispositivo já havia melhorado a vida de seu filho, afetado pela doença desde que tinha 22 meses.
"O sistema é impermeável, razão pela qual Xavier pode praticar esportes aquáticos", disse a mãe.
Além disso, "nos dá tranquilidade durante a noite", acrescentou.
O pâncreas artificial foi desenvolvido durante cinco anos no Hospital Infantil Princess Margareth, com a ajuda de outros estabelecimentos, indicou.
Cada aparelho tem um custo de 8.100 dólares. Fonte: Siga o Yahoo Notícias no Twitter e no Facebook 

Hanseníase: uma doença que diminui mas não desaparece

Com mais de 200.000 novos casos diagnosticados a cada ano no mundo, a hanseníase ainda é uma doença muito presente no mundo, cujas terríveis sequelas poderiam ser evitadas com exames e tratamentos precoces
Com mais de 200.000 novos casos diagnosticados a cada ano no mundo, a hanseníase ainda é uma doença muito presente no mundo, cujas terríveis sequelas poderiam ser evitadas com exames e tratamentos precoces, segundo especialistas.
O Brasil, por exemplo, ocupa o segundo lugar no mundo em casos de portadores da doença.
"É desesperador, não conseguimos ver o final disso", salienta o professor Vincent Jalier, infectologista francês especializado na doença.
"Em primeiro lugar, é a doença da pobreza", assegura o médico beninense Roch Christian Johnson, lembrando que a hanseníase segue golpeando os países com sistemas sanitários frágeis e que afeta sobretudo jovens adultos que vão carregar as sequelas durante toda sua vida.
O número de casos anuais detectados passou de 1 milhão a 300.000 nos últimos 20 anos. Desde 2005 tem se estabilizado entre 200.000 e 300.000, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), um número que segue provocando preocupação.
Causada por uma microbactéria transmitida pelas vias respiratórias, a hanseníase é uma doença infecciosa conhecida desde a Antiguidade, mas que desapareceu espontaneamente dos países ocidentais paralelamente à melhoria da qualidade de vida e do nível de higiene.
A doença afeta primeiro a pele, depois o sistema nervoso e, se não for tratada a tempo, pode provocar paralisia, mutilação dos membros e cegueira.
Sua evolução extremamente lenta - a incubação dura entre um e dez anos, às vezes mais - faz com que seja uma doença difícil de controlar nos países mais pobres, no sul da Ásia, África ou América Latina, onde é endêmica.
Diagnóstico precoce
Segundo a OMS, a índia é o país mais afetado (com mais de 127.000 casos em 2013), seguido do Brasil (31.000), Indonésia (cerca de 17.000) e dois países africanos, Etiópia e República Democrática do Congo (entre 3.500 e 4.000 novos casos).
Desde 1995, a OMS oferece gratuitamente aos países pobres tratamentos que combinam três antibióticos, o que tem permitido que entre 15 e 16 milhões de pessoas se recuperem. Destas, contudo, entre cerca de 20 a 30% sofre de invalidez permanente.
Na ausência de uma vacina eficaz, o diagnóstico precoce é a única arma atual para limitar suas sequelas, segundo especialistas.
"A hanseníase pode ser totalmente curada se for tratada quando só há manchas na pele. Quando os nervos já estão afetados é outro assunto", afirma o doutor Francis Chaise, cirurgião da mão e dos nervos periféricos.
O problema continua a ser o diagnóstico nas regiões mais pobres, que com frequência são de mais difícil acesso.
Para o doutor Jarlier, "teria que voltar a cada ano para diagnosticar rapidamente os novos doentes em fase de incubação, que podem contaminar ao seu redor" por não saber que são portadores da doença. O outro grande desafio é o diagnóstico bacteriológico, que só pode ser feito através de exames muito complexos. Fonte: Yahoo Notícias

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Pneumonia aumenta riscos de doenças cardíacas

  1. Foto registra imagem de caixas de antibióticos em farmácia em Mumbai no dia 20 de outubro de 2010

As pessoas que foram hospitalizadas por pneumonia enfrentam um risco maior de ataques cardíacos ou infartos nas semanas ou meses seguintes.
Um estudo publicado pela revista da Associação Médica Americana é o primeiro a se focar apenas em pacientes de pneumonia sem histórico de doenças cardíacas.
Os pesquisadores ainda tentam entender por que o corpo humano fica mais vulnerável depois de uma pneumonia, mas assinalaram que as pessoas que são hospitalizadas por esta doença pulmonar devem considerar possível o risco de sofrer doenças cardiovasculares no futuro.
A pesquisa se baseou em casos de mais de 3.800 pessoas. Um grupo tinha 45 a 64 anos e outro superava os 65.
Ao comparar mais de 1.200 pacientes com pneumonia com 2.500 pacientes do grupo de controle, todos da mesma idade, ao longo de dez anos, os especialistas descobriram que os primeiros tinham um risco maior de sofrer problemas cardíacos.
"No grupo de 65 anos ou mais, o paciente de pneumonia tinha quatro vezes mais possibilidades de desenvolver uma doença cardiovascular nos primeiros 30 dias depois da infecção", indica o estudo.
"No décimo ano, havia menos do dobro de possibilidades".
No grupo mais jovem, o risco de doença cardiovascular foi 2,4 vezes mais alto nos primeiros 90 dias depois da hospitalização por pneumonia, mas este risco já não era tão significativo depois de dois anos.
O estudo mostra que os médicos devem desenvolver um plano de cuidados que leve em conta que os pacientes poderão desenvolver doenças cardiovasculares nas semanas, meses ou anos posteriores à recuperação da infecção, afirmou o principal autor do estudo, Vicente Corrales Medina, especialista em doenças infecciosas do hospital de Ottawa. Fonte: Siga o Yahoo Notícias no Twitter e no Facebook 

Mutações do vírus Ebola podem afetar tratamentos experimentais

Médico em unidade de tratamento contra o Ebola em Monróvia, Libéria, em 19 de dezembro de 2014

A cepa do vírus Ebola, responsável pela atual epidemia na África Ocidental, tem mutações que podem frustrar os tratamentos experimentais focados em certos genes de agentes patogênicos, segundo um estudo de virologistas americanos publicado nesta terça-feira.
A maioria dos tratamentos desenvolvidos contra o vírus Ebola se dirige a uma parte da sequência genética ou a uma proteína derivada desta sequência do genoma do vírus, explicaram os pesquisadores do trabalho publicado on-line na revista mBio da Sociedade americana de microbiologia (ASM).
Se uma modificação destas sequências ocorrer como resultado de uma mutação genética, que é uma evolução natural do vírus com o tempo, o tratamento pode ser ineficaz, advertiram.
"Nossa pesquisa destaca as mudanças no genoma que podem afetar as terapias genéticas desenvolvidas desde os anos 2000, a partir de cepas do Ebola responsáveis pelas epidemias de 1976 e 1995", afirmou Gustavo Palacios, diretor do Centro de Ciências do Genoma no Instituto de Pesquisas Médicas de doenças infecciosas do Exército dos Estados Unidos (USAMRIID) em Frederick, Maryland (leste).
Em comparação com o genoma completo da cepa responsável pela epidemia que se originou no Zaire (hoje República Democrática do Congo) em 1976, chamada EBOV/Yam-Mayet, e que provocou uma segunda epidemia no país em 1995 (EBOV/Kik), os cientistas detectaram as mutações em aproximadamente 3% do genoma.
A epidemia atual, por sua vez, é denominada EBOV/Mak.
Os tratamentos genéticos oferecem atualmente a melhor esperança para lutar contra o Ebola, mas nenhum foi aprovado pela agência americana de alimentos e medicamentos (FDA) nem por seu homólogo europeu.
Como a Organização Mundial de Saúde (OMS) adotou medidas de urgência para tentar conter a epidemia atualmente concentrada em três países, Guiné, Serra Leoa e Libéria, um pequeno grupo de pacientes foi tratado com terapias experimentais.
Um teste clínico com um dos tratamentos deve começar em Serra Leoa nos próximos meses.
Os virologistas descobriram que dez das mutações podem interferir com promissores anticorpos monoclonais que estimulam o sistema imunológico.
"O vírus Ebola não apenas sofreu mutação após a descoberta destas terapias, mas também continua mudando", ressaltou o capitão Jeffrey Kugelman, um geneticista da USAMRIID, e um dos autores da descoberta. Três das mutações apareceram durante o atual surto, disse.
Esta epidemia, que começou no início de 2014, deixou 8.600 mortos dos 22.000 casos registrados, segundo um balanço da OMS de 17 de janeiro. Fonte: Siga o Yahoo Notícias no Twitter e no Facebook 

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Estudo prevê para junho fim da epidemia de Ebola na Libéria

Médico em unidade de tratamento contra o Ebola em Monróvia, Libéria, em 19 de dezembro de 2014
A Libéria, o país africano que está no epicentro da epidemia mais mortal de Ebola, poderá se ver livre da doença até o final de junho caso 85% dos pacientes tenham acesso ao tratamento médico, avaliaram cientistas americanos nesta terça-feira.
O número de novos casos começou a cair nas últimas semanas e escolas deverão reabrir as portas no mês que vem, após fechar, em julho, enquanto o país lutava contra o rápido avanço da febre hemorrágica.
Se a tendência à melhor hospitalização e ao cuidado preventivo se mantiver, cientistas da Universidade da Geórgia e da Universidade do Estado da Pensilvânia estimam que o fim do surto mortal pode estar próximo.
O modelo descrito no periódico PLOS Biology inclui fatores como a localização e o tratamento da infecção, o desenvolvimento da capacidade hospitalar e a adoção de práticas seguras de sepultamento.
Se uma taxa de 85% de hospitalização for mantida, a epidemia poderá ser amplamente contida em junho de 2015, informou o principal autor do estudo, John Drake, professor associado da Escola de Ecologia Odum da Universidade da Geórgia.
"Esta é uma possibilidade realista, mas não é uma conclusão anterior", disse Drake.
"O que precisamos é manter o nível atual de vigilância e a pressão o quanto pudermos", prosseguiu.
O modelo que Drake utiliza leva em conta variáveis como a quantidade de pacientes hospitalizados e a de trabalhadores de saúde infectados, as taxas de transmissão em funerais, nos quais os corpos das vítimas costumam ser beijados e tocados, e a eficácia relativa das medidas de controle contra o Ebola.
Eles usaram dados da Organização Mundial da Saúde e do Ministério da Saúde liberiano no período de 4 de julho a 2 de setembro de 2014.
Durante este período, o país adicionou cerca de 300 leitos hospitalares e começou a adotar práticas de funeral mais seguras.
O exercício demonstrou que a "resposta do governo liberiano e dos grupos internacionais reduziu enormemente a probabilidade de uma epidemia maciça".
Na Libéria, 3.496 pessoas morreram de Ebola na atual epidemia, a taxa de mortalidade mais elevada entre os países afetados.
No total, segundo a OMS, a febre hemorrágica matou 8.235 pessoas e mais de 20 mil foram infectadas, a maioria em países do oeste da África, como Libéria, Guiné e Serra Leoa, desde que a epidemia surgiu, no final de 2013. Fonte: Siga o Yahoo Notícias no Twitter e no Facebook 

domingo, 11 de janeiro de 2015

Investimentos em energias verdes aumentam fortemente em 2014

"Árvore de vento", equipada com uma centena de folhas de plástico verde, penduradas em um tronco de aço, é vista em Pleumeur-Bodou, França, em 5 de novembro de 2014

Os investimentos em energias limpas alcançaram 310 bilhões de dólares no mundo em 2014, 16% a mais que no ano anterior, graças a um empurrão de Brasil, China e Estados Unidos e os parques eólicos marinhos.
Esta quantidade se aproxima do recorde histórico de 2011, de 317,5 bilhões de dólares, segundo um informe publicado esta sexta-feira pela Bloomberg New Energy Finance (BNEF).
A China, com investimentos de US$ 89,5 bilhões, lidera a lista, uma cifra 32% maior que a anterior.
Nos Estados Unidos, os investimentos aumentaram 8% até US$ 51,8 bilhões.
Mas a alta mais espetacular foi registrada no Brasil, com um aumento de 88%, a US$ 7,9 bilhões.
Ao contrário, os investimentos na Europa, "apesar do entusiasmo suscitada pela energia eólica marinha, estão quase paradas, com uma alta de 1% para US$ 66 bilhões de dólares", disse BNEF em um comunicado.
Logicamente, são os grandes projetos de desenvolvimento de novas capacidades de energias renováveis os que representam a maior parte destes investimentos (US$ 170,7 bilhões).
Destacam-se, ainda, as pequenas instalações descentralizadas de produção energética, como os painéis solares instalados nos tetos dos edifícios e a pesquisa pública e privada e os projetos de redes inteligentes.
A solar é a principal, pois concentra mais da metade dos investimentos, um recorde, seguido pela eólica e as tecnologias inovadoras, como as redes inteligentes, reservas de energia, etc.
Ao contrário, os investimentos diminuíram sutilmente em biocombustíveis (-7%), biomassa (-10%) e pequenas hidrelétricas (-17%).
Prova do interesse pelas energias limpas, as empresas especializadas suscitaram o interesse dos mercados financeiros. Suas ações registraram um novo pico em sete anos, a US$ 18,7 bilhões, 52% a mais do que em 2013, segundo o BNEF.
As emissões da dívida 'verde' (destinadas a financiar projetos relacionados com o meio ambiente) também tiveram resultados em 2014 nunca vistos, com US$ 38 bilhões, duas vezes e meia mais que em 2013.
Apesar destes dados positivos, 2015 se anuncia incerto pela queda dos preços do petróleo, um fator pouco favorável a priori para os investimentos nas renováveis.
"O impacto de um petróleo mais barato será sentido mais no setor do transporte rodoviário do que na produção de eletricidade", disse, no entanto, Michael Liebrich, diretor de BNEF, citado no comunicado. Fonte: Siga o Yahoo Notícias no Twitter e no Facebook 

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Grupo de cientistas portugueses encara desafio de criar vida em Marte

Lisboa, 8 jan (EFE).- Criar vida no planeta Marte é o desafio que uma equipe formada por jovens cientistas, a maioria deles portugueses, vai encarar nos próximos anos, quando será responsável por enviar sementes ao inóspito planeta vermelho.
A equipe Seed, cuja base de operações está na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, ganhou um concurso de projetos para experiências em Marte organizado pela Mars One, fundação privada que pretende construir uma colônia neste planeta e ocupá-la a partir de 2025.
Eleita entre outros 35 projetos através de uma votação pela internet, essa pesquisa pretende levar sementes a Marte em 2018 a bordo da primeira grande missão da Mars One.
Os integrantes da Seed se antecipariam, deste modo, pelo menos dois anos ao projeto da Nasa com o mesmo propósito de levar vegetais a Marte, o Mars Plant Experiment.
A maioria deles estuda Biotecnologia Molecular ou Engenharia Biomédica no Porto, embora também participem do projeto um espanhol do Centro de Pesquisas Biológicas e um holandês.
Miguel Ferreira, um destes jovens engenheiros portugueses, afirmou à Agência Efe que as plantas podem ser imprescindíveis para os "sistemas de suporte vital" se quisermos pensar em levar humanos ao planeta vermelho.
Nem todos os projetos finalistas do concurso propunham levar seres vivos a Marte, explicou Ferreira.
Entre seus concorrentes, americanos, alemães, indianos e ingleses, havia protótipos de estufas, sistemas de fotossínteses artificial e sistemas para obter água a partir da urina.
A proposta da equipe portuguesa consiste em conseguir que sejam cultivadas plantas para explorar "a única solução para a ausência de alimentos frescos" em outro planeta devido à duração da viagem, uns 10 meses, período no qual muitos alimentos perdem a validade.
Os vegetais em Marte também ajudariam para a sobrevivência de humanos graças a sua produção de oxigênio.
"A dificuldade será que o nível de gravidade em Marte é mais baixo que na Terra", destacou Ferreira.
A planta utilizada no experimento será a "Arabidopsis thaliana", da mesma família que a mostarda, já utilizada em experiências da Estação Espacial Internacional graças a seu rápido crescimento e a suas sementes de pequeno tamanho, embora pensem em incluir, além disso, outros espécies como a rúcula.
Quando a nave chegar a Marte, a equipe Seed ativará por controle remoto seu sistema para proporcionar calor e água às sementes congeladas que viajarão nela, controlando com fotografias todo o seu processo de germinação e crescimento, segundo Ferreira.
Está previsto que o desenvolvimento e construção do protótipo do sistema termine em dois anos, e os participantes do Seed calculam que custará mais de 100 mil euros, embora o orçamento possa se multiplicar até chegar a 500 mil euros.
O sistema contará com um contêiner de lixo externo, isolante, e outro interno, onde estarão os cartuchos com sementes.
O projeto Mars One pretende estabelecer uma colônia humana em Marte e não recebe dinheiro de instituições oficiais, sendo financiado através de patrocinios e doações. A intenção é transmitir a exploração dos primeiros humanos no planeta de modo similar a um "reality show".
O projeto Seed integrará a primeira missão com carga do Mars One, prevista para 2018, com a qual serão realizados experiências para buscar água sob o solo marciano e serão testados painéis solares como método para obter energia em Marte.
Também será enviada uma câmera com capacidade para transmitir vídeos à Terra em "streaming" (pela internet em tempo real) durante um ano.
A Seed terá o apoio de várias empresas da indústria biológica e aeroespacial que trabalham no cultivo de plantas em ambientes controlados, sistemas de isolamento ou testes de gravidade alterada, entre outras especialidades. EFE Fonte: Siga o Yahoo Notícias no Twitter e no Facebook 

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Radiação com terapia hormonal reduz morte por câncer de próstata

Médicos examinam uma amostra de tecido de paciente com suspeita de câncer, em um hospital próximo a Marselha, sul da França
Idosos com câncer de próstata podem viver mais, se forem tratados com radiação e com terapia hormonal, mas muitos homens não recebem o tratamento correto - alertaram pesquisadores americanos nesta segunda-feira.

A terapia dupla salvou cerca de 50% mais vidas no grupo de homens entre 76 e 85 anos com câncer de próstata localmente avançado, em comparação com aqueles que fizeram apenas terapia hormonal, segundo o estudo publicado no "Journal of Clinical Oncology".
Trata-se da primeira pesquisa a se concentrar em homens da terceira idade com câncer de próstata localmente avançado. O trabalho foi feito com base nos resultados de dois testes clínicos, os quais mostraram que uma terapia combinada poderia salvar vidas, no caso de homens mais jovens.
O câncer de próstata localmente avançado acontece quando o câncer se espalhou para fora, perto da glande prostática, estimulando tumores mais agressivos. Estes tendem à metástase e se tornam fatais, afirmam os pesquisadores.
Estudos anteriores mostraram que, em média, 40% dos homens com câncer de próstata agressivo são tratados apenas com terapia hormonal. Há, portanto, um grupo significativo de pessoas que poderiam se beneficiar de uma terapia com radiação.
"Falhas no uso de tratamentos eficazes para pacientes mais velhos são uma preocupação dos Estados Unidos em matéria de qualidade do cuidado da saúde", disse o autor principal do estudo, Justin Bekelman, professor assistente de Oncologia Radioterápica, Ética Médica e Políticas da Saúde da Escola Perelman de Medicina e do Centro Abramson de Câncer, da Universidade da Pensilvânia.
No universo da pesquisa, foram considerados 31.541 homens com câncer de próstata, entre 65 e 85 anos de idade. Fonte: Yahoo Notícia

sábado, 3 de janeiro de 2015

Câncer surge com mais frequência devido ao azar do que a causas genéticas, afirmam pesquisadores

O câncer surge com frequência por 'azar do paciente', devido a mutações aleatórias que acontecem no processo de divisão celular, e não por causas genéticas ou hábitos de risco
O câncer surge com frequência por "azar do paciente", devido a mutações aleatórias que acontecem no processo de divisão celular, e não por causas genéticas ou hábitos de risco, afirmaram pesquisadores americanos nesta quinta-feira.

O estudo, publicado na revista "Science" e realizado por cientistas da Universidade Johns Hopkins, é baseado em um modelo de estatística que leva em conta uma grande variedade de tipos de câncer.
Ele exclui, no entanto, o câncer de mama, o mais frequente entre as mulheres, e o de próstata, o mais comum entre os homens, depois do de pele.
Dois terços dos cânceres produzidos em adultos podem ser explicados por mutações genéticas aleatórias que fazem com que os tumores cresçam, enquanto um terço é consequência de fatores genéticos ou hábitos de risco.
"Este estudo mostra que se pode aumentar as chances de ter câncer quando se é fumante ou se tem maus hábitos", disse um dos autores da pesquisa, Bert Vogelstein, professor de oncologia na universidade Johns Hopkins.
"Mas numerosas formas de câncer se devem, principalmente, ao azar e à mutação de um gene que provocará um tumor maligno, sem relação alguma com os hábitos de vida ou fatores hereditários", assinalou.
Os pesquisadores analisaram o processo natural de renovação celular, que permite ao corpo humano substituir as células que morrem nos diferentes órgãos.
Há tempos, os cientistas sabem que, quando as células-tronco cometem erros ou mutações, um câncer pode ser produzido, mas esta nova pesquisa é a primeira a tentar compreender a proporção de casos de câncer gerados por este processo em relação aos que surgem devido à genética ou a hábitos de risco.
"Mudar nossos hábitos de vida será muito útil para evitar alguns tipos da câncer, mas não terá nenhuma eficácia em outros", observou Cristian Tomasetti, biomatemático e professor de oncologia na Johns Hopkins. "Deveríamos destinar mais recursos a detectar estes tipos de câncer aleatórios em seu estágio inicial, curável." Fonte: Siga o Yahoo Notícias no Twitter e no Facebook 

quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

Balanço mundial do ebola sobe para 20.206 infectados e 7.905 mortos (OMS)

(Setembro) Médicos transportam o corpo de uma vítima do ebola, em Monróvia, Libéria
O número de mortos no oeste da África pela epidemia de ebola subiu para 7.905, entre 20.206 casos registrados, segundo um balanço da Organização Mundial de Saúde divulgado nesta quarta-feira.
A partir das últimas cifras, registradas em 28 de dezembro, a OMS registrou 9.446 casos em Serra Leoa, dos quais 2.758 resultaram em morte.
Na Libéria, os casos eram 8.018, 3.423 deles fatais.
Na Guiné, eram 2.707 casos registrados, dos quais 1.708 fatais.
Além destes três países, os mais afetados, seis mortes foram registradas no Mali, uma nos Estados Unidos e oito na Nigéria. A Grã-Bretanha registrou esta semana um caso de infecção.
O novo chefe da missão da ONU para a luta contra o ebola (UNMEER), Ismail Ould Cheikh Ahmed, viajará na semana que vem para o oeste da África pela primeira vez desde que assumiu o cargo, anunciou a ONU nesta quarta-feira.
Ahmed estará acompanhado de David Nabarro, coordenador das Nações Unidas para a luta contra a epidemia. A viagem começará segunda-feira em Gana, e ambos seguirão depois para Guiné, Libéria e Serra Leoa.
Ahmed, natural da Mauritânia, foi nomeado para a chefia da UNMEER no começo de dezembro, pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, para substituir o americano Anthony Banbury. Fonte: Yahoo Notícias