quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Cientistas avançam na criação de células-tronco para transplante

Pesquisadores trabalham com células-tronco em 6 de fevreiro de 2013, em laboratório de Ahmedabad
Cientistas anunciaram nesta quarta-feira ter conseguido uma forma simples de fazer as células animais voltarem a um estado jovem e neutro, um feito enaltecido como um avanço revolucionário na busca por desenvolver tecidos para transplantes em laboratório.
A pesquisa, publicada na revista Nature, pode ser o terceiro grande avanço das células-tronco, um campo futurístico que visa a reverter doenças letais ou incapacitantes, como o mal de Alzheimer, o câncer e outras.
O avanço mais recente veio do Japão, assim como seu antecessor, que rendeu ao seu inventor um Prêmio Nobel.
Depois que superar obstáculos de segurança, a nova abordagem poderá derrubar os custos e as barreiras técnicas na pesquisa sobre células-tronco, afirmaram comentaristas independentes.
"Se funcionar no homem, essa pode ser a virada de jogo que acabará por disponibilizar um amplo espectro de terapias usando as próprias células do paciente como material inicial", disse o professor de Medicina Regenerativa Chris Mason, da University College de Londres.
"A era da medicina personalizada chegou", acrescentou.
As células-tronco são células primitivas que, à medida que crescem, diferenciam-se, dando origem a várias células especializadas que formam diferentes órgãos, tais como o cérebro, o coração, o rim e assim por diante.
A meta é criar células-tronco em laboratório e estimulá-las a desenvolver células diferenciadas que serviriam para criar órgãos de reposição danificados por doenças, ou acidentes.
Um dos obstáculos, no entanto, é assegurar que essas células transplantadas não sejam atacadas como um invasor pelo sistema imunológico do corpo.
Para conseguirem isto, as células-tronco teriam de carregar o código genético próprio do paciente, de forma a que seu organismo identifique o novo órgão como amigável.
Em 1998, deu-se o primeiro avanço: o uso de tecnologia da clonagem - iniciada com a ovelha Dolly - para coletar células-tronco com base em embriões em estágios iniciais, cultivados a partir do próprio DNA do doador.
Muito versáteis, essas células-tronco "pluripotentes" são controversas, pois o método consiste na destruição do embrião, algo contestado por religiosos conservadores, entre outros.
Em 2006, uma equipe de cientistas chefiada por Shinya Yamanaka, da Universidade de Kyoto, co-ganhador do Nobel de Medicina em 2012, criou as chamadas células-tronco pluripotentes induzidas (iPS, na sigla em inglês).
Com isto, a equipe pegou células maduras e as codificou com quatro genes, "rebobinando" os programas genéticos das células para devolvê-las a um estado juvenil.
A técnica teve de superar a barreira precoce de causar tumores nas células e ainda enfrenta problemas de eficiência, uma vez que menos de 1% das células adultas costumam ser reprogramadas com sucesso.
O último avanço, realizado por Haruko Obokata, no Centro RIKEN de Biologia do Desenvolvimento em Kobe, fez uma abordagem "de baixa tecnologia" totalmente diferente e surpreendente.
'Marcas de pluripotência'
Os glóbulos brancos em ratos recém-nascidos foram devolvidos a um estado versátil, quando incubados em uma solução com alta acidez por 25 minutos, seguidos de um giro de cinco minutos em uma centrífuga e de uma imersão por sete dias em uma cultura de crescimento.
As denominadas células STAP (sigla em inglês para Aquisição de Pluripotência Desencadeada por Estímulo) são de uma inovação revolucionária.
Até agora, apenas células de plantas e não de mamíferos conseguiram ser reprogramadas até um estado juvenil por intermédio de fatores ambientais simples.
"Essas células STAP contêm todas as marcas da pluripotência", declarou Obokata nesta terça-feira em um briefing na Internet com jornalistas.
As células STAP parecem ter uma habilidade limitada para se auto-renovar, e ainda é preciso ver se podem ser obtidas de humanos.
Só muito depois poderão ser realizados testes em humanos.
Foram necessários 13 anos para a realização dos primeiros testes com células-tronco embrionárias e seis anos para os primeiros testes com iPS.
Dusko Ilic, cientista especializado em células-tronco no Kings College de Londres, disse que a abordagem "de fato é revolucionária", alertando, porém, que "não torna mais próxima a terapia baseada em células-tronco".
"Precisaremos usar as mesmas precauções para as células geradas desta forma, assim como para as células isoladas de embriões, ou reprogramadas com um método padrão", afirmou, em comentários reportados pelo Science Media Centre, em Londres. Fonte: yahoo notícias

Antioxidantes não contribuem no combate ao câncer, diz estudo

Washington, 29 jan (EFE).- Os antioxidantes, muito populares nas últimas décadas entre as pessoas preocupadas com a saúde, aceleram a progressão do câncer de pulmão nos ratos e não trazem benefícios para as pessoas saudáveis, diz um artigo publicado nesta quarta-feira pela revista "Science Translational".
"Os antioxidantes são utilizados amplamente para proteger às células dos danos induzidos pelas espécies reativas de oxigênio", explicaram os pesquisadores liderados por Volkan Sayin, da Universidade de Gotemburgo, na Suécia.
"O conceito de que os antioxidantes podem ajudar a combater o câncer está profundamente enraizado na população em geral, promovido pela indústria dos suplementos alimentícios e sustentado por alguns estudos científicos", acrescentou o artigo.
Mas as provas clínicas "deram resultados incoerentes", disse.
As substâncias químicas conhecidas como antioxidantes retardam alguns tipos de danos celulares impedindo a acumulação de moléculas das espécies reativas de oxigênio (ERO) que podem danificar as células.
Entre esses antioxidantes estão a vitamina A, que pode ser obtida através do consumo de cenoura, abóbora, brócolis, batata doce, tomate, couve, melão, pêssego, entre outros alimentos; e vitamina C, presente em laranjas, limas, limões, pimentões, vegetais com folhas verdes e morangos.
Já a vitamina E está presente nas frutas secas e sementes, grãos integrais, óleos vegetais e óleo de fígado, e outro antioxidante conhecido, o selênio, pode ser obtido da carne de peixe e frutos do mar, carne vermelha, ovos, frango e alho.
Nas últimas décadas, a venda de suplementos alimentares com antioxidantes se transformou em um grande negócio e uma análise feita em 2009 pela Pesquisa Nacional de Saúde e Nutrição determinou que nos Estados Unidos, estes produtos fornecem 54% da vitamina C, 64% da vitamina E, 14% de caroteno alfa e beta, e 11% de selênio, entre os adultos.
Segundo os Institutos Nacionais de Saúde, as altas doses de suplementos de antioxidantes podem ser danosas em alguns casos.
Por exemplo, certos estudos relacionaram o uso de suplementos com altas doses de betacaroteno com um maior risco de câncer de pulmão nos fumantes, e os suplementos com altas doses de vitamina E com o risco de acidente vascular cerebral (AVC) e câncer de próstata.
O estudo sueco apontou que os antioxidantes aceleram a progressão do câncer de pulmão em ratos de laboratório e em linhagens de células humanas.
Os autores usaram doses de vitamina E e acetilcisteína normais na dieta diária. Os humanos normalmente recebem estes suplementos de forma inalável, mas aos ratos os mesmos foram administrados por via oral.
Quando os ratos com câncer de pulmão em seus períodos iniciais receberam antioxidante o crescimento de seus tumores se acelerou e estes se tornaram mais invasivos.
O câncer matou os ratos de forma duas vezes mais rápida que nas cobaias que não receberam antioxidantes.
As conclusões do estudo indicam que as pessoas que têm pequenos tumores não diagnosticados no pulmão (isso é possível em qualquer pessoa, mas mais provável nos fumantes) deveriam evitar os suplementos de antioxidantes. EFE Fonte: yahoo notícias

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Hong Kong sacrifica 20 mil frangos por causa de foco de gripe H7N9

Agentes da vigilância sanitária de Hong Kong usam equipamento especial para recolher aves supostamente contaminadas com o vírus da gripe H7N9, em 28 de janeiro de 2014
Autoridades de Hong Kong anunciaram o início, nesta terça-feira, de uma operação de matança de 20.000 frangos, depois da descoberta de um foco de gripe aviária H7N9 em aves importadas da China.
O medo de uma epidemia nesta megalópole já traumatizada pela crise da Síndrome Respiratória Aguda Severa (SRAS) em 2003 ressurgiu depois da recente morte de dois homens portadores do vírus H7N9 após uma estada na China.
As aves serão sacrificadas quimicamente.
Faltando poucos dias para o Ano Novo Lunar chinês, na próxima sexta, o chefe do Executivo de Hong KOng, Leung Chun-ying, expressou dúvidas sobre a conveniência de continuar importando frangos vivos.
Desde o inverno (boreal) de 2013, a China enfrenta problemas por causa da contaminação pelo vírus H7N9, que infectou 140 pessoas, deixando 47 mortos, segundo balanço oficial. Fonte: yahoo notícias

domingo, 26 de janeiro de 2014

Cientistas querem desenvolver cultivos transgênicos ricos em ômega-3

Óleo de peixe à venda em Berlim
Cientistas britânicos afirmaram nesta sexta-feira ter solicitado ao governo uma permissão para realizar testes em campo de plantas geneticamente modificadas (OGM) capazes de produzir ácidos-graxos encontrados no óleo de peixe.
A empresa de agronomia Rothamsted Research desenvolveu camelina - uma planta conhecida como falso linho - para produzir dois importantes ácidos-graxos ômega-3 contidos no óleo.
Os ácidos eicosapentaenoico (EPA) e docosahexaenoico (DHA) têm um efeito benéfico na saúde cardiovascular das pessoas.
Mas com o declínio dos estoques pesqueiros e com o uso das provisões existentes de óleo em fazendas de pesca, os cientistas estão em busca de uma nova fonte.
Depois de testes bem sucedidos em laboratório e na estufa, a Rothamsted agora quer examinar uma plantação de OGM em um ambiente controlado, mas em condições reais.
Espera-se que o teste provoque polêmica na Grã-Bretanha, onde a opinião pública é contra o desenvolvimento comercial de quaisquer cultivos OGM, embora estes sejam importados.
A solicitação apresentada pela Rothamsted ao ministério de Meio Ambiente será examinada por especialistas em um processo de 90 dias, que incluirá uma consulta pública.
O professor Johnathan Napier, principal cientista do projeto, disse que a companhia estava "muito interessada em dialogar com o público" sobre o que estava fazendo. Fonte: yahoo notícias

Mudança climática ameaça espécies marinhas na Antártida

Buenos Aires, 24 jan (EFE).- A grande diversidade de espécies marítimas que habita a península antártica está em perigo devido ao aquecimento global e à ação dos homens, segundo uma pesquisa de cientistas argentinos.
As substâncias liberadas na atmosfera pelas atividades industriais e agropecuárias no mundo todo terminam, pela própria ação da natureza, nas regiões polares e provocam um aumento nas temperaturas da área.
Este é um dos fenômenos que contribuiu para transformar a península antártica no ponto austral onde as temperaturas se elevaram com maior rapidez nos últimos 50 anos, o que ainda intriga os analistas.
"Isto se vê acelerado por oscilações anualizadas associadas ao fenômeno do El Niño e à mudança dos centros de alta e baixa pressão que ocorre no Atlântico Sul, motivo pelo qual os ventos predominantes foram do mar, que tem maior temperatura, ao continente", explicou à Agência Efe o pesquisador Ricardo Sahade, do Instituto Antártico Argentino.
Estas mudanças profundas, somadas à atividade nas bases instaladas no continente gelado, afetaram o ecossistema, sobretudo o meio submarino bentônico, ou seja, a vida que habita o leito do mar.
Professor da Universidade Nacional de Córdoba e pesquisador do Conselho Nacional de Pesquisas Científicas e Técnicas (CONICET), Sahade integra uma equipe de especialistas que se dedica, desde 1994, a estudar na enseada Potter, da base argentina Carlini, as consequências do aquecimento global nessas comunidades submarinas.
"90% das geleiras da península retrocede e na enseada Potter foi muito evidente. Há uma geleira que em 1996 terminava no mar e agora retrocedeu ao ponto de deixar uma nova ilha descoberta", acrescentou.
Este retrocesso causou a entrada de sedimentos da terra no mar, o que dificulta a alimentação das espécies bentônicas que se nutrem de filtrar partículas de água.
"Aí vimos grandes mudanças nessas comunidades em um tempo muito curto, o que era absolutamente inesperado", ressaltou Sahade.
As espécies que mais sofreram as consequências foram as ascídias, conhecidas como "batatas do mar", embora também tenham sido afetadas as esponjas, os corais e algumas algas marinhas.
"É a primeira mudança que se observa desta magnitude pela mudança climática", especificou o pesquisador argentino, que admitiu que o maior conhecimento do impacto na vida animal se observa nos arredores das bases.
"Os fiordes, como o espaço analisado na enseada Potter, praticamente não foram estudados e o que estamos vendo é que isto pode estar ocorrendo ao longo de toda a península", disse.
Além disso, os cientistas tentam esclarecer as incógnitas sobre a ilha recém descoberta após o retrocesso da geleira, que apareceu cheia de microorganismos.
Os cientistas se perguntam se estes microorganismos já viviam sob o gelo ou se desenvolveram nos seis anos que demoraram desde que a geleira deixou descoberta o lugar até que tomaram as mostras para analisar.
"Na Antártida, todos os processos biológicos, como a colonização, são muito lentos" e qualquer das duas opções tem desconcertados os especialistas, acrescentou Sahade.
"Este lugar sempre nos traz surpresas", concluiu o cientista. EFE Fonte: yahoo notícias

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Estudo revela simbiose fabulosa entre o bicho-preguiça e a traça

Bicho-preguiça é visto em 16 de janeiro de 2014, em zoológico de Dresden, na Alemanha
Imagine uma criatura tão preguiçosa que busca alimentos no próprio pelo e só se move uma vez por semana para defecar. Bom, esta criatura existe e é um tipo de bicho-preguiça que, como nas fábulas infantis, se beneficia de uma relação muito próxima com as traças.
Depois de estudar o alance do comportamento ocioso deste mamífero arborícola de três dedos, a preguiça-de-bentinho ("Bradypus tridactylus"), natural das bacias dos rios Amazonas e Orinoco, uma equipe de biólogos americanos revelou nesta quarta-feira até que ponto estes pequenos animais chegam para honrar seu nome.
Estes bichos-preguiça aperfeiçoaram em particular a arte da inércia através de uma lenta dança, cuidadosamente coreografada com uma espécie específica de traça, revelou um estudo publicado nas Atas da Real Sociedade B., revista da Royal Society de Londres dedicada à biologia.
As preguiças habitam o chamado dossel florestal, formado pelas copas das árvores, onde se alimentam principalmente de folhas.
Mas, segundo este estudo, uma vez por semana, os animais descem para defecar no chão, o que os deixa particularmente vulneráveis aos predadores. Além disto, o esforço lhes custa "ao redor de 8% da energia que ingerem em um dia".
Por que, então, as preguiças se incomodam em descer?
Os cientistas descobriram que, ao descer, as traças que vivem nos pelos da preguiça, põem seus ovos nas fezes do mamífero, onde as larvas se desenvolvem antes de emergir como adultos e voar para a copa da árvore para se unir ao resto da colônia.
As traças atuam como um tipo de fertilizante, potencializando os níveis de nitrogênio na pele da preguiça que, por sua vez, estimula o crescimento de algas.
A estrutura única do pelo da preguiça-de-bentinho, cujas ranhuras abrigam grande quantidade de água da chuva, permite que estas algas se reproduzam.
Estas verdadeiras hortas de algas, "especialmente ricas em carboidratos e gorduras digeríveis", complementam a dieta da preguiça, à base de folhas e muito pouco nutritivas, afirmaram os cientistas.
Esta "complexa" simbiose "reforça os aspectos fundamentais da conduta da preguiça e seu histórico de vida, e pode fomentar (sua) ociosidade", destacou um resumo da pesquisa.
"Esta fonte até agora desconhecida de alimentos poderia explicar porque as preguiças-de-dentinho têm tanta dificuldade em se alimentar bem em cativeiro", destacaram os pesquisadores.
"Além da ingestão de nutrientes, também é possível que estes cultivos de algas aumentem as chances de sobrevivência das preguiças ao se camuflarem de predadores aéreos" no meio da vegetação, acrescentaram. Fonte: yahoo Notícias

Estudo revela letalidade do canto de amor das rãs


O som emitido pelos machos das rãs-túngara para atrair as fêmeas vira seu pior inimigo, pois permite que os morcegos os localizem e cacem, revelou um estudo divulgado nesta quinta-feira, no Panamá, pelo Instituto Smithsoniano de Pesquisas Tropicais
O som emitido pelos machos das rãs-túngara para atrair as fêmeas vira seu pior inimigo, pois permite que os morcegos os localizem e cacem, revelou um estudo divulgado nesta quinta-feira, no Panamá, pelo Instituto Smithsoniano de Pesquisas Tropicais (STRI, na sigla em inglês).
Segundo o trabalho, as rãs-túngara macho chamam as fêmeas nos pântanos onde vivem reproduzindo um som que acaba se propagando pelas ondas criadas na água.
"Infelizmente para as rãs, seu principal predador, um morcego que se alimenta delas, também detecta as ondas, fazendo das rãs uma presa mais fácil", assegurou o STRI, com sede no Panamá.
O estudo garante que as rãs fêmea da espécie conhecida com o nome científico de "Physalemus pustulosus" são atraídas em grande número aos reservatórios d'água, de onde os machos as chamam noite após noite.
Mas estes chamados "também tornam mais fácil que os morcegos que se alimentam de rãs, os "Trachops cirrhosus", encontrem suas presas", segundo um comunicado.
"É comparável ao uso da leitura labial", comentou Wouter Halfwerk, da Universidade de Leiden, um dos autores do estudo, publicado na revista Science junto com o STRI, a Universidade do Texas e a Universidade de Salisbury.
"Quando um morcego voa perto, a primeira linha de defesa da rã é parar de chamar", comentou Rachel Page, cientista do STRI.
"Mas as ondas na água continuam durante alguns segundos, deixando efetivamente uma marca de detecção para o morcego que se aproxima", acrescentou. fonte; Yahoo Notícias

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Substância encontrada no plástico pode ser tóxica, alertam especialistas

Garrafas plásticas à venda em uma loja de Paris

A exposição ao bisfenol A (BPA), substância encontrada no plástico, pode fazer mal à saúde e os níveis toleráveis de exposição deveriam ser divididos em dez, advertiu na sexta-feira a Autoridade Europeia de Segurança Alimmentar (EFSA), destacando que pode afetar, entre outros órgãos, fígado, rins e glândulas mamárias.
"Nossos especialistas identificaram riscos para a saúde associados à exposição de BPA", que é "suscetível de ter efeitos desfavoráveis nos rins e no fígado, assim como efeitos na glândula mamária", anunciou a EFSA em um informe intermediário, prévio a uma decisão final sobre o BPA que planeja publicar em março.
Os "possíveis efeitos do BPA nos sistemas reprodutivo, nervoso, imunológico, metabólico e cardiovascular, assim como no desenvolvimento de câncer (...) poderiam constituir uma preocupação em potencial para a saúde humana", embora "um vínculo entre o BPA e estes outros efeitos sejam considerados improváveis", avaliou a agência.
Os especialistas recomendam, consequentemente, que "a dose diária tolerável para o BPA seja rebaixada, de seu nível atual de 50 µg por kg de peso corporal ao dia para 5 µg por kg". Este nível se estabeleceria "em uma base provisória".
A EFSA explicou que "o risco sanitário para todos os grupos da população é baixo, inclusive para o feto, bebês e crianças", vistos os níveis reais de exposição dos consumidores a esta substância química, presentes em muitos recipientes de alimentos.
Segundo Iona Pratt, presidente do grupo científico da EFSA sobre este tema, "a exposição dos consumidores ao BPA é inferior" para esta nova exposição provisória. "Os níveis atuais de exposição também são inferiores" aos níveis que a agência quer reduzir, explicou à AFP o porta-voz da EFSA, Steve Pagani.
Para terminar sua pesquisa, a EFSA fará uma consulta pública pela internet até 13 de março de 2014.
A EFSA tinha começado esta atualização das informações sobre o bisfenol A em março de 2012, em meio a uma inquietação crescente dos consumidores e das autoridades nacionais a respeito desta substância.
O BPA, também presente nos recibos de caixas eletrônicos, foi proibido na UE em mamadeiras em janeiro de 2011. Fonte: Siga o Yahoo Notícias no Twitter e no Facebook 

sábado, 11 de janeiro de 2014

Parkinson terá novos avanços graças à terapia genética

O Parkinson é uma doença neurodegenerativa mais comum depois do Mal de Alzheimer. Ela afeta cerca de 5 milhões de pessoas em todo o mundo e 120 mil na França
Surgem novos avanços para o tratamento da doença de Parkinson graças a uma terapia genética experimental que permitiu melhorar a motricidade e a qualidade de vida de 15 pacientes com uma forma avançada da doença.
"Os sintomas motores da doença melhoraram até 12 meses após a administração do tratamento em todos os pacientes, mesmo até 4 anos nos primeiros que receberam os cuidados", declarou o professor Stéphane Palfi, neurocirurgião francês que liderou um estudo clínico cujos resultados foram publicados na revista médica britânica The Lancet.
O Parkinson é uma doença neurodegenerativa mais comum depois do Mal de Alzheimer. Ela afeta cerca de 5 milhões de pessoas em todo o mundo e 120 mil na França.
Conduzido por uma equipe de pesquisadores franceses e britânicos, o estudo clínico em sua fase 1 e 2 traz os resultados apresentados por 12 pacientes tratados desde 2008 pelo professor Palfi no hospital Henri-Mondor de Créteil e de 3 do hospital Addenbrookes de Cambridge (Reino Unido).
A terapia genética ProSavin consiste em injetar diretamente no cérebro um vírus de cavalo inofensivo para os seres humanos, e que pertence à família dos lentivírus, esvaziado de seu conteúdo e "preenchido" com três genes (AADC, TH, CH1), essencial para a produção da dopamina, uma substância que é carente em pessoas com Parkinson.
Com um período de quatro anos de análises, os pesquisadores acreditam que demonstraram com "segurança" a longo prazo este método inovador para introduzir genes no cérebro dos pacientes.
Graças a esta terapia genética, os 15 pacientes que receberam o tratamento voltaram a fabricar e secretar pequenas doses de dopamina continuamente.
Três níveis de doses foram testadas, a mais forte se mostrou mais eficaz , segundo Palfi, que acredita que seu trabalho "abrirá novas perspectivas terapêuticas para doenças cerebrais".
Mas ele reconheceu que ao longo desses 4 anos, os progressos motores se atenuaram devido à progressão da doença.
Outras abordagens da terapia genética utilizam adenovírus (muitas vezes responsáveis por infecções respiratórias) e não os lentivírus, que são injetados diretamente em uma região do cérebro chamada striatum e atualmente sendo desenvolvida nos Estados Unidos e testada em pacientes com formas moderadas e graves da doença.
Dopamina continuamente
A terapia genética ProSavin deve ser alvo de novos testes clínicos a partir do final do ano, indica o prof. Palfi, acrescentando que sua equipe estava tentando melhorar o desempenho do vetor para que ele possa produzir mais dopamina.
Em um comentário anexado ao artigo da Lancet, Jon Stoessl da University of British Columbia, em Vancouver, destacou o lado inovador da abordagem franco-britânica.
Mas ele também lamenta que o tratamento só ataque os sintomas motores e não demais distúrbios (alucinações, mudanças de caráter, distúrbios cognitivos), não relacionados com a produção de dopamina, mas que podem tornar-se cada vez mais difíceis de lidas com o avanço da doença.
O Parkinson é causado pela degeneração dos neurônios que produzem a dopamina, um neurotransmissor relacionado com o controle motor e se traduz em sintomas que pioram progressivamente, como tremores, rigidez dos membros e diminuição dos movimentos corporais.
O principal tratamento consiste em tomar drogas que imitam a ação da dopamina no cérebro (levodopa ou L-dopa), mas que ao longo do tempo causam efeitos colaterais importantes, tais como movimentos involuntários.
Outro tratamento é a técnica de "estimulação cerebral profunda", que envolve eletrodos implantados em estruturas cerebrais profundas, mas exige, posteriormente, "configurações". Fonte: Siga o Yahoo Notícias no Twitter e no Facebook 

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Pesquisadores revelam o mistério da evolução da cólera

 »Huma mulher com cólera é atendida num hospital na República Dominicana. A origem da bactéria responsável ​​pela cólera foi por muito tempo um mistério, porque os cientistas não podiam investigar amostras antigas

Pesquisadores canadenses e australianos conseguiram identificar a cepa da bactéria da cólera, responsável por uma pandemia que causou milhões de mortes no século XIX, e conseguiram, pela primeira vez, sequenciar o genoma deste patógeno.

Ao analisar uma amostra bem preservada do intestino de uma vítima, os cientistas puderam desvendar o mistério da bactéria que continua a causar estragos nos países mais pobres do mundo.
Suas descobertas foram publicadas esta semana na prestigiada revista médica americana New England Journal of Medicine.
A pesquisa é importante porque, até o momento, os cientistas não haviam conseguido identificar as primeiras cepas da bactéria Vibrio clolerae, um patógeno que se desenvolve na água.
"Esse avanço pode melhorar significativamente a compreensão das origens dessa bactéria e abre o caminho para melhores tratamentos e, potencialmente, uma (forma de) a prevenção", explicaram os autores do estudo.
Os pesquisadores também foram capazes de confirmar o primeiro dos dois tipos de cólera, classificado como "clássico", e que foi, provavelmente, responsável por cinco das sete epidemias mais mortais do século XIX.
Quase todas são originárias do Golfo de Bengala.
"Compreender a evolução de uma doença infecciosa representa um enorme potencial para compreender a sua epidemiologia, como ela evoluiu ao longo do tempo e os fatores que facilitam a transmissão entre humanos", explica Hendrik Poinar, professor de genética e diretor do centro de estudos de DNA da Universidade de McMaster, no Canadá, um dos co-autores.
A origem da bactéria responsável ​​pela cólera foi por muito tempo um mistério, porque os cientistas não podiam investigar amostras antigas.
Este patógeno se aloja nos intestinos de suas vítimas e nunca atinge os dentes ou ossos, o que torna praticamente impossível traços de DNA bacteriano.
Para esta pesquisa, os geneticistas tiveram acesso a uma gama de tecidos humanos conservados em um museu de história médica criado pela Faculdade de Medicina da Filadélfia em 1858.
A cidade havia sido vítima da cólera, poucos anos antes.
O DNA da bactéria utilizado neste estudo foi extraído a partir do intestino de um homem morto de cólera em 1849.
Os pesquisadores foram capazes de determinar que o biotipo da bactéria chamada "clássica" e a segunda, chamado de El Tor, coexistiram nos seres humanos em águas paradas durante séculos, talvez milhões de anos antes do surgimento de pandemias do século XIX.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que há de três a cinco milhões de novos casos de cólera por ano no mundo, que causam entre 100.000 a 120.000 mortes.
A cólera provoca diarreia significativa levando à desidratação grave e, eventualmente, a morte se não for tratada rapidamente. Fonte: Siga o Yahoo Notícias no Twitter e no Facebook 

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Baleias-piloto encalhadas morrem na Nova Zelândia

  1. Baleias-piloto encalhadas na Indonésia em 2012



Trinta e nove baleias-piloto morreram depois de encalhar em uma
 praia remota da Ilha Sul de Nova Zelândia, disseram autoridades do 
meio-ambiente nesta segunda-feira (horário local).
As baleias estavam sendo monitoradas depois que foram localizadas
 próximo à costa da Golden Bay no domingo, mas a guarda costeira
 não foi capaz de impedi-las de encalhar, segundo o Departamento de Conservação.
O responsável pelos serviços de conservação de Golden Bay, 
John Mason, disse que 12 delas morreram naturalmente e que o
 restante foi sacrificado depois de ser constatado que elas estavam
 muito longe para serem levadas de volta ao mar.
Os encalhes de grupos de baleias-piloto são comuns na
 Nova Zelândia, intrigando os cientistas sobre as causas
 que levam os mamíferos a nadar até a praia em grandes grupos. fonte yahoo notícias

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Colonização de Marte tem mais de mil candidatos

Mais de mil pessoas foram pré-selecionadas para formar parte de um grupo de primeiros colonos do planeta Marte, em 2025, informou nesta quinta-feira a companhia holandesa Mars One, autora do projeto.

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A seleção foi realizada a partir de 200 mil pessoas, de 140 países, que se inscreveram para fazer parte da primeira onda de colonização do Planeta Vermelho. No total, 1.058 candidatos passaram à segunda fase da seleção, segundo a Mars One.
"O desafio com os 200.000 inscritos era separar os que pensamos ser capazes - mental e fisicamente - para a missão de embaixadores humanos em Marte dos que não levam o desafio a sério", disse Bas Lansdorp, fundador e presidente da Mars One.
A Mars One vai selecionar agora, em várias fases, os 24 colonos que devem viajar a Marte em seis grupos de quatro pessoas.
Os colonos, que jamais poderão regressar à Terra, deverão viver em pequenos habitats, encontrar água, produzir oxigênio e cultivar seus próprios alimentos.
O projeto enfrenta muito ceticismo, mas entre seus apoiadores está o Nobel holandês Gerard 't Hooft, ganhador do prêmio de Física em 1999, que aparece em um vídeo promovendo a Mars One no site de financiamento coletivo Indiegogo.
Até agora, as agências espaciais ao redor do mundo só conseguiram enviar sondas robóticas a Marte, sendo a última a Curiosity, da Nasa, estimada em US$ 2,5 bilhões, e que pousou no planeta vermelho em agosto de 2012.
Se for bem sucedida, a Mars One será a primeira iniciativa, tripulada ou não tripulada, a explorar  fonte: yahoo notícias

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Um terço dos americanos não acredita na teoria da evolução humana


Washington, 30 dez (EFE).- Um terço da população americana rejeita a Teoria da Evolução da espécie humana e os simpatizantes do Partido Republicano acreditam menos nela do que há quatro anos, conforme um estudo publicado nesta terça-feira pelo centro de pesquisa Pew.
Na pesquisa, 33% dos americanos consultados afirmaram que "os seres humanos e outros seres vivos existem em sua forma atual desde o início dos tempos". Já 60% estão de acordo com a ideia de que houve a evolução das espécies.
A proporção dos que aceitam e rejeitam a teoria é praticamente igual à registrada em 2009, quando o centro Pew fez o estudo pela última vez.
Porém, o número de simpatizantes do Partido Republicano que não acredita na evolução aumentou desde a última pesquisa. Passou de 39% para 48%. Entre os Democratas, 67% acreditam na evolução, 3% a mais que em 2009, enquanto 27% resistem à teoria.
Entre os que aceitam a tese científica, 24% acreditam que Deus teve papel importante: essa porcentagem afirmou concordar com a ideia de que "um ser supremo guiou a evolução dos seres vivos com o objetivo de criar humanos e outro tipo de vida na forma como existe hoje".
O nível de aceitação também varia conforme os grupos religiosos, sendo que os protestantes evangélicos brancos são os que mais rejeitam a ideia da evolução: 64% não acreditam nela. Também rejeitam a teoria 50% dos protestantes negros, 31% dos católicos hispânicos e 26% dos católicos brancos.
O estudo foi realizado a partir de entrevistas telefônicas em inglês e espanhol entre 21 de março e 8 de abril de 2013, com 1.983 adultos em todo o país. EFE

Pesquisa mostra que falta de sono causa neurodegeneração

Homem dorme em Jacarta

Cientistas suecos apresentaram nesta terça-feira um estudo que esclarece um pouco melhor os danos cerebrais de uma noite sem dormir, o que poderia incentivar as pessoas mais festeiras a ir para cama mais cedo.
Esses pesquisadores em neurologia da Universidade de Uppsala analisaram amostras de ​​sangue colhidas de 15 homens jovens e de boa saúde divididos em dois grupos: entre aqueles que dormiram oito horas e os que não dormiram.
Entre os que não dormiram, os cientistas constataram um aumento de cerca de 20% de duas moléculas, a enolase específica dos neurônios e a proteína S-100B.
"O número de moléculas do cérebro normalmente aumenta no sangue quando ocorrem lesões cerebrais", indicou em um comunicado o coordenador do estudo, Christian Benedict.
"A falta de sono pode promover processos de neurodegeneração", enquanto que, pelo contrário, "uma boa noite de sono poderia ter uma grande importância para a manutenção da saúde do cérebro", acrescentou.
O estudo, que será publicado na revista Sleep, segue a linha de outro estudo publicado em outubro na revista Science, que concluiu que o sono acelera a limpeza de toxinas do cérebro.
Entre essas toxinas estão a beta-amilóide que, cumulativamente, promove a doença de Alzheimer, de acordo com pesquisadores da Universidade de Rochester (EUA), que trabalharam com ratos.  fonte: yahoo notícias